É oficial: o Japão terá eleições antecipadas
As eleições ocorrerão no próximo mês, e trata-se de uma forma de Shinzo Abe reforçar o seu poder junto do parlamento nipónico, aproveitando o contexto de caos na oposição.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou esta segunda-feira a dissolução da Câmara Baixa do Parlamento, o que implica a convocação de eleições antecipadas em outubro, com o objetivo de avançar com reformas económicas.
“Há cinco anos, conseguimos mudar o Governo com o apoio do povo e prometemos levar a cabo uma reforma económica”, afirmou Abe em conferência de imprensa, acrescentando: “Agora é o momento para ir mais longe e aplicar as últimas fases [da reforma] para garantir o crescimento”.
Abe chegou ao poder no final de 2012 e, se seu partido, o Democrata Liberal (PLD), ganhar novamente nas eleições (que provavelmente decorrerão em 22 de outubro), enfrentará o terceiro mandato consecutivo até 2021 e ganhará tempo para culminar a aplicação da sua estratégia económica, conhecida como “Abenómica”.
Entretanto, a governadora de Tóquio decidiu lançar um novo partido político para desafiar o partido no poder do primeiro-ministro nas eleições que se esperam no próximo mês.
Yuriko Koike revelou hoje que está à frente do Hope Party (Partido da Esperança) e planeia enviar candidatos para disputar alguns dos 475 lugares na câmara baixa.
Antes da conferência de imprensa em que anunciou a dissolução do Parlamento, o primeiro-ministro nipónico anunciou um plano de estímulo económico de dois mil milhões de ienes (14.972 milhões de euros), que porá em marcha se for reeleito nas eleições antecipadas de outubro.
A Bolsa de Valores de Tóquio subiu hoje, beneficiando da desvalorização do iene em relação ao dólar e das expectativas nas medidas a anunciadas por Shinzo Abe.
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