Nokia perdeu mais de mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano
A Nokia teve uma perda líquida de mais de mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 23% em relação aos números registados em igual período de 2016.
A Nokia teve uma perda líquida de 1.088 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 23% em relação aos números registados em igual período de 2016, adiantou esta quinta-feira a empresa.
O lucro bruto da empresa finlandesa de telecomunicações Nokia entre janeiro e setembro foi de 6.546 milhões de euros, um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que permitiu reduzir a perda operacional em 72% para 403 milhões de euros. Os resultados financeiros do grupo foram ponderados por itens extraordinários relacionados com a aquisição da rival Alcatel-Lucent e os custos de reestruturação decorrentes da fusão.
Excluindo as despesas e as receitas extraordinárias, o lucro líquido atribuído entre janeiro e setembro ascendeu aos 1.160 milhões de euros, 92% mais que no mesmo período de 2016. Nos primeiros nove meses deste ano, a Nokia faturou 16.496 milhões de euros, uma queda de 3%, principalmente devido à queda nas vendas da sua divisão de rede de telecomunicações, que foi ligeiramente compensada pelo crescimento de licenças e patentes.
A Nokia Networks, o principal negócio da empresa, faturou 14,696 milhões de euros até setembro, 7% menos, depois de ter registado vendas menores nas três áreas que atualmente compõem esta divisão: as redes ultra-wideband, serviços globais e redes IP e aplicações. Por sua vez, a Nokia Technologies, a divisão que gere o portfólio de patentes e o negócio de licenciamento, faturou 1.099 milhões de euros, um aumento de 48% e contribuiu com 736 milhões de euros para o grupo, mais 75% do que nos primeiros nove meses 2016.
Parte deste aumento foi devido ao acordo alcançado em maio passado entre a Nokia e a Apple para acabar com as disputas legais relacionadas o uso indevido da Apple nas patentes da empresa finlandesa. Este acordo significou a retirada de todos os processos judiciais movidos pela Nokia em troca do pagamento pela Apple de uma quantia que não foi tornada pública, como compensação por ter usado a propriedade intelectual da Nokia durante anos sem os direitos necessários. As receitas desta divisão também incluem regalias procedentes da venda dos novos aparelhos da marca Nokia, fabricados sob licença e exclusivamente pela empresa finlandesa HMD Global.
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