Lucros da EDP Renováveis cresceram 468%. O que aconteceu à empresa de Manso Neto?
O resultado líquido da empresa liderada por Manso Neto cresceu 468% face ao mesmo período de 2016. Este resultado beneficiou do aumento das receitas mas também de resultados não recorrentes.
A EDP Renováveis registou um forte crescimento dos seus lucros nos nove primeiros meses do ano. No acumulado do ano, o seu resultado líquido atribuível aos acionistas ascendeu a 165 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 468% face ao verificado no período homólogo, informou a empresa liderada por Manso Neto esta manhã.
Os lucros registados entre janeiro e setembro deste ano comparam com 29 milhões de euros registados no período homólogo. O forte crescimento dos lucros da empresa de energias renováveis contou com o apoio do crescimento das receitas, mas também contou com a ajuda de resultados não recorrentes.
As receitas da empresa aumentaram nos primeiros nove meses do ano 11%, para os 1.346 milhões de euros, enquanto o EBITDA reportado totalizou 991 milhões de euros no acumulado do ano. Este valor representa um crescimento de 17% face aos 144 milhões verificados em igual período de 2016, tendo de acordo com a EDP Renováveis beneficiado da “evolução positiva das receitas e do aumento dos proveitos operacionais, os quais incluem um ganho (29 milhões de euros) derivado da venda de uma participação e perda de controlo num projeto de offshore no UK“. De salientar que, em julho, a empresa liderada por Manso Neto vendeu 23% do projeto Moray Offshore na Escócia à francesa Engie.
A EDP Renováveis informa ainda que, em setembro, geria uma carteira global de 10,7 GW repartida por 11 países sendo que, nos últimos 12 meses, aumentou o seu portefólio em 917 MW, dos quais 90 na Europa e 827 na América do Norte. Já a produção de energia limpa ascendeu nos nove primeiros meses deste ano a 19,8 TWh, 10% acima do verificado no período homólogo. “O aumento da produção beneficiou das adições de capacidade (+8% de capacidade média vs 9M16) com superior fator de utilização esperado. O fator de utilização nos nove primeiros meses de 2017 foi de 30% (vs 29% nos 9M16), representando 99% da média de longo prazo (P50)”, diz a empresa.
Em setembro de 2017, a dívida líquida da empresa totalizava 2.999 milhões de euros (+244 milhões de euros vs em dezembro de 2016), “espelhando os investimentos realizados no período e a consolidação da dívida do México“, diz a empresa.
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