Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

Trump visita Las Vegas, levando Melania, mas não a vontade de falar sobre a lei das armas. Por cá, Amazon recebe fatura da Comissão Europeia e May apela à união do partido. Yahoo treme nas botas.

No Twitter, Trump chama “demente” ao autor do massacre e considera um “milagre” a polícia de Las Vegas ter encontrado Stephen Paddock antes do homem de 64 anos ter a possibilidade de prosseguir a matança. Em Las Vegas, adia o debate sobre as políticas relativas à posse de armas. Do outro lado do oceano, quem nada adia é a Comissão Europeia, que continua firme forte na missão de taxar as gigantes norte-americanas que têm passado pelos pingos da chuva fiscal. Theresa May aconselha o partido conservador a ignorar frustração provocada por Boris Johnson e a Yahoo segue falhando na proteção dos dados dos seus utilizadores.

Politico

Trump evita discussão sobre lei das armas

Donald Trump visita, esta quarta-feira, as vítimas do maior massacre da história americana, em Las Vegas, e um hospital local. Stephen Paddock, autor do tiroteio que tirou a vida a quase seis dezenas de pessoas, foi encontrado já sem vida e equipado com 17 armas (o seu arsenal totalizava mais 40), trazendo para cima da mesa, pela primeira vez desde que o empresário assumiu a presidência, a discussão sobre a lei das armas. Durante a visita, Trump não tenciona, contudo, abordar o assunto. “A investigação ainda está no estado prematuro, devemos evitar tomar decisões tão abrangentes”, adiantou uma fonte oficial da Casa Branca. Leia a notícia completa no Politico (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

The Guardian

May apela a união do partido conservador sobre Brexit

A primeira-ministra britânica deverá apelar, esta quarta-feira, à união interna do seu partido sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, numa altura em que a frustração, particularmente, em relação à atitude do ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, tem escalado. Theresa May deverá declarar que é o seu “dever para com os britânicos” voltar a colocar o foco na discussão acerca da segurança laboral dos cidadãos. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso gratuito / conteúdo em inglês)

Washington Post

Afinal, todas as contas do Yahoo foram invadidas

Quatro anos depois do maior escândalo de violação de dados da Yahoo, a empresa anunciou que, afinal, todos os seus utilizadores — cerca de três mil milhões de pessoas — foram afetados. Em 2013, a Yahoo confirmara que apenas um milhar de milhão das suas contas tinham sido invadidas. Esta tinha sido, à data, a maior operação de invasão de dados de sempre. Apesar da dimensão, o ataque não comprometeu nenhuma das palavras-passe encriptadas nem a informação de cartão de crédito dos utilizadores. A atualização acontece poucas semanas depois da empresa ter admitido que, em 2014, o mesmo aconteceu a 500 milhões dos seus utilizadores. Os ataques recentemente assumidos podem colocar em causa a venda da Yahoo à Verizon. Leia a notícia completa no Washington Post (acesso gratuito / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Comissão Europeia entrega fatura fiscal a Amazon

A Amazon junta-se à longa lista de gigantes norte-americanas na mira da comissária europeia da competição, Margrethe Vestager, na sua demanda pelo fim das “lacunas fiscais”. A empresa de Jeff Bezos deverá receber, esta quarta-feira, ordem de pagamento de milhões de euros em impostos atrasados devidos a Luxemburgo. A Comissão Europeia deverá enviar uma exigência semelhante à McDonald’s, nas próximas semanas. A instituição deverá, ainda, repreender a Irlanda por não ter conseguido da Apple os 13 mil milhões de euros que a empresa norte-americana deve em impostos em atraso e emitir sanções que afetem a multinacional fundada por Steve Jobs. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso pago / conteúdo em inglês).

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Bancos mundiais criam plataforma da blockchain para transacções financeiras

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

O Commerzbank, o Banco de Montreal, o Erste Group Bank e o CaixaBank juntaram-se à UBS e à IBM para construírem uma plataforma com base na tecnologia blockchain para transacções financeiras.

Quatro dos maiores bancos mundiais querem intensificar os seus esforços na implantação da tecnologia blockchain tendo para o efeito aderido a uma iniciativa lançada pela UBS e pela IBM para construírem uma plataforma tecnológica para as transações financeiras.

Segundo a Reuters, as instituições financeiras que aderiram a esta iniciativa são o Commerzbank, o Banco de Montreal, o Erste Group Bank e o CaixaBank.

A plataforma, denominada de Batavia, ajudaria os bancos e os seus clientes a autonomizar o processo de financiamento comercial, que permanece altamente manual e em papel, afirmaram os bancos esta quarta-feira citadas pela Reuters.

Esta decisão junta-se a uma outra lançada por bancos europeus que também têm vindo a intensificar os seus esforços na implementação da tecnologia blockchain nos seus negócios financeiros, dando ênfase ao potencial que muitos banqueiros apontam a esta tecnologia, a mesma que está por detrás de moedas digitais como a bitcoin, no setor financeiro e que já está, de resto, a ser usada noutros setores económicos.

A blockchain é uma tecnologia que permite que dados encriptados sobre tudo, desde dinheiro até registos médicos, possam ser partilhados por muitas empresas, pessoas e instituições, de uma forma segura enquanto são atualizados e disponibilizados instantaneamente por todas as partes envolvidas.

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DBRS admite melhorar outlook de Portugal

A agência canadiana reconhece o forte crescimento económico e a redução do défice, mas continua preocupada com o elevado nível de endividamento de Portugal.

A DBRS admite melhorar a perspetiva do rating de Portugal. A agência de notação financeira canadiana reconhece o forte crescimento económico de Portugal no último ano, bem como a redução do défice e dos juros da dívida e, por isso, vê “potencial para uma melhoria no outlook de longo prazo da dívida soberana portuguesa”. Mas avisa: dívida pública elevada, demasiado crédito malparado e dúvidas quanto à sustentabilidade do crescimento a longo prazo ainda preocupam.

“A DBRS olha favoravelmente para o forte crescimento económico de Portugal no último ano, para a redução contínua do défice e a queda dos juros da dívida nos últimos meses”, começa por referir a agência, em comunicado emitido esta quarta-feira.

Contudo, ressalva, “a melhoria do défice estrutural tem sido limitada e, mais importante, o rácio da dívida em relação ao PIB mantém-se elevado“. Ainda assim, lembra a DBRS, espera-se que este rácio comece a diminuir este ano. Recorde-se que o objetivo do Governo é conseguir baixar a dívida para 127,7% do PIB este ano, contra os 130,1% registados no ano passado.

"A evolução da dívida pública no longo prazo depende largamente da durabilidade das melhorias das finanças públicas e do fortalecimento das perspetivas de crescimento a médio prazo.”

DBRS

Para agência de rating,a evolução da dívida pública no longo prazo depende largamente da durabilidade das melhorias das finanças públicas e do fortalecimento das perspetivas de crescimento a médio prazo“. A DBRS reconhece que o crescimento económico neste ano e no próximo deverá ser “forte”, mas olha para essas projeções com cautela. “Parece ser cedo para determinar se este crescimento é estrutural ou simplesmente motivado por fatores cíclicos”, aponta, sublinhando ainda que “as perspetivas de longo prazo divergem”. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, espera que o PIB português venha a crescer 1,2% em 2021 e 2022. Já o Governo português aponta para um crescimento de 2,1% nesse período.

O elevado nível de dívida pública não é o único desafio que Portugal enfrenta. A DBRS aponta também para um “potencial de crescimento ainda lento”, um elevado nível de endividamento das empresas e de crédito malparado dos bancos, além de possíveis pressões orçamentais. “Ainda que os sinais de recuperação da banca sejam encorajadores, a situação mantém-se desafiante, particularmente no que toca à redução significativa dos níveis de crédito malparado e melhoria da rentabilidade. As pressões orçamentais também parecem estar a reduzir-se, mas essas pressões podem voltar, sobretudo se o crescimento desacelerar”.

Cenário mais otimista põe dívida nos 113% do PIB em 2020

Tendo em conta as várias projeções para a economia portuguesa, a DBRS desenhou três cenários para a evolução da dívida nacional: no mais otimista, com um crescimento médio de 2,7% entre 2017 e 2021, o rácio da dívida deverá cair para 113% em 2020; no mais pessimista, com um crescimento médio de apenas 1,2% nesse período, a dívida deverá manter-se mais elevada, nos 120% em 2020; num cenário entre estes dois, o rácio da dívida ficará nos 118% em 2020.

“O outlook para a dívida pública poderá melhorar se o crescimento mais forte persistir a longo prazo e se não houver choques orçamentais ou macroeconómicos, tais como um aumento acentuado das taxas de juro ou choques provenientes da banca”, admite a DBRS.

Notícia atualizada pela última vez às 10h10 com mais informação.

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Rei desilude catalães e independência pode ser declarada dentro de dias

  • ECO e Lusa
  • 4 Outubro 2017

Os ânimos continuam acessos na Catalunha. O discurso do Rei de Espanha não acalmou os catalães que se sentem desiludidos. Líder catalão diz que vai declarar independência "numa questão de dias".

A independência da Catalunha continua na ordem do dia. Às manifestações que levaram centenas de milhares de catalães à rua juntaram-se agora as mensagens do Rei de Espanha e do presidente do governo regional da Catalunha (“Generalitat”) incendiando ainda mais os ânimos.

Carles Puigdemont, disse à estação pública britânica BBC que vai declarar a independência daquela região “numa questão de dias”.

Naquela que foi a sua primeira entrevista após o referendo independentista de domingo passado, Puigdemont indicou que o governo regional catalão “vai agir no final desta semana ou no início da próxima”.

Ainda em declarações à BBC, Carles Puigdemont considerou que “seria um erro que mudaria tudo” se o Governo de Madrid decidisse intervir e assumir o controlo do executivo da Catalunha.

Também descreveu como “muito dececionante” a reação da União Europeia (UE) à repressão exercida pelas forças policiais durante o referendo de domingo.

O líder catalão falou à BBC momentos antes do rei de Espanha, Felipe VI, ter feito uma declaração institucional, transmitida pela televisão, em que acusou “determinadas autoridades” da Catalunha de “deslealdade” institucional e de terem uma “conduta irresponsável”, totalmente à margem do Direito e da Democracia.

Felipe VI frisou que tinha decidido dirigir-se “diretamente aos espanhóis” porque se estão a “viver momentos muito graves para a vida democrática” do país.

Apesar da repressão policial, 42% dos 5,3 milhões de eleitores catalães conseguiram votar e 90% deles fizeram-no a favor da independência, de acordo com a Generalitat.

A consulta popular foi agendada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal. A intervenção policial para impedir a realização do referendo sobre a independência da Catalunha no domingo fez 893 feridos, segundo as autoridades regionais.

O Parlamento Europeu vai realizar na quarta-feira um debate de urgência sobre a situação na Catalunha.

Catalães descontentes com discurso do rei

Centenas de milhares de catalães denunciaram na terça-feira, em Barcelona, as violências policiais ocorridas no domingo, antes de reagirem ao discurso do rei espanhol.

“Ele não percebe nada”, resumiu a enfermeira Marta Domenech, em declarações à AFP.

Felipe VI, mencionando “a grande preocupação” com o comportamento dos dirigentes separatistas catalães, não lançou qualquer apelo ao diálogo, 48 horas depois do referendo de autodeterminação interdito ter sido realizado na região autónoma.

É uma verdadeira vergonha (…). Um rei deve representar um povo, todas as suas pessoas e não apenas uma parte”, afirmou Domingo Gutierrez, um camionista de 61 anos, acrescentando: “Ele não disse uma palavra sobre as pessoas feridas” pelos polícias que procuraram impedir o referendo.

“Pensei que iria pedir que todas as partes se sentassem para falar, mas não”, lamentou Gerard Mur, um jovem jornalista, de 25 anos, no desemprego.

Numa mensagem transmitida pela televisão, Felipe VI acusou as autoridades catalãs de “conduta irresponsável” e considerou que os “legítimos poderes do Estado” devem assegurar “a ordem constitucional”. A partir do Palácio da Zarzuela, Felipe VI recordou também o compromisso da Casa Real com a unidade de Espanha.

Durante todo o dia, independentistas ou não, novos e velhos, 700 mil catalães participaram em conjunto numa série de manifestações em Barcelona, segundo a polícia municipal, indignados pela violência policial, que marcaram o dia de domingo.

“É uma manifestação de catalães pela liberdade e pela dignidade”, disse Georgina Asin, professora, de 35 anos, integrada na imensa multidão que tinha acabado de cantar o hino catalão, na Praça da Universidade.

Ao seu lado, o seu pai e a sua mãe estão absolutamente ultrajados: “O que os polícias e os guardas civis fizeram no domingo foi um ultraje à dignidade: arrastar as mulheres pelos cabelos, agredir mulheres idosas, quando as pessoas apenas pediam para votar”, disse Jose Maria Asin Prades, um antigo profissional de recursos humanos, com 62 anos, que esclareceu que se manifestava, “não contra Espanha, mas contra o governo espanhol”, de Mariano Rajoy, que considerou estar “desligado da realidade”.

A empresária Myriam Lao, de 35 anos, declarou: “Ainda tenho na perna a marca de um golpe de matraca e na cabeça a imagem das idosas com as caras ensanguentadas”.

Em jeito de desafio, desabafou: “Se em Madrid não reconhecem este referendo, de domingo, que nos deem outro. Mas que nos escutem!”.

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Esboço da lei de bases da habitação chega no primeiro trimestre de 2018

A lei está a ser desenhada pela deputada socialista Helena Roseta. Antes do desenho da lei, haverá um processo de participação e discussão pública por todo o país, que arranca já em outubro.

A habitação é um dos únicos direitos sociais previstos na Constituição da República que não tem uma lei de bases. No início do próximo ano, o primeiro esboço desta lei deverá estar pronto. A proposta de lei está a ser desenhada pela deputada socialista Helena Roseta, que quer desenvolver os princípios já previstos na Constituição.

O objetivo inicial era que a Lei de Bases da Habitação, que o PS anunciou em abril que iria ser feita, estivesse concluída até ao final deste ano. O processo atrasou-se devido à campanha para as eleições autárquicas, mas vai voltar a arrancar em outubro, depois da discussão do Orçamento do Estado para 2018, que será apresentado no dia 13. “Não vamos inovar, vamos desenvolver o que está no Artigo 65.º da Constituição”, explica Helena Roseta, em entrevista ao ECO. A deputada e também presidente da Assembleia Municipal de Lisboa dá como exemplo o primeiro ponto desse artigo:

"Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.”

Artigo 65.º

Constituição da República Portuguesa

“O que é uma habitação adequada no século XXI? O que é que são condições de salubridade e conforto? O que é que significa a privacidade familiar? Isto tem de estar definido por lei”, enumera Helena Roseta. São esses os conceitos que estarão consagrados na Lei de Bases da Habitação.

Como se chegou até hoje sem que estes conceitos estejam definidos? “Durante muito tempo, achou-se que o problema da habitação era um problema de mercado. Agora, como há falhas tão grandes de mercado, é que percebemos o quão grave é o problema da habitação”, refere a deputada. “Estas falhas não existem só em Portugal, este não é só um problema que o Medina ou o Costa não conseguiram resolver em Lisboa ou no país. É um problema que está a acontecer por toda a Europa, por uma data de razões: porque as taxas de juro estão muito baixas, porque as aplicações financeiras não dão nada, porque a dificuldade de circulação de capitais aumentou, porque o turismo aumentou”, resume.

Estas falhas não existem só em Portugal, este não é só um problema que o Medina ou o Costa não conseguiram resolver em Lisboa ou no país.

Helena Roseta

Deputada do PS e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa

Assim, antes do desenho da lei, haverá um processo de participação e discussão pública por todo o país, com várias entidades, para que esta não seja uma lei “que aparece já feita”.

“No princípio de outubro, vamos anunciar como iremos fazer o processo participativo. Depois de acabar a discussão do Orçamento do Estado, podemos começar com as sessões e com as discussões. No primeiro trimestre do ano que vem, já podemos ter um primeiro esboço“, antecipa Helena Roseta.

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BCE quer que bancos tenham provisões para cobrir 100% do malparado

A partir de 1 de janeiro de 2018, os bancos europeus terão, no máximo, dois anos para deixar de lado o equivalente a 100% do novo crédito malparado.

O Banco Central Europeu (BCE) vai pedir aos bancos da zona euro que, no próximo ano, ponham mais dinheiro de parte para cobrir o crédito malparado.

A partir de 1 de janeiro de 2018, aponta um comunicado do BCE citado pela Reuters, os bancos europeus terão, no máximo, dois anos para deixar de lado o equivalente a 100% do novo crédito malparado. No prazo de sete anos, terão de conseguir cobrir a totalidade da dívida incobrável (nova e antiga).

Qualquer “desvio” desta orientação do BCE terá de ser justificada e, com base nessas explicações, o regulador decidirá se os bancos em questão precisam de medidas de supervisão adicionais, aponta ainda o comunicado.

Para já, esta orientação do BCE é apenas uma proposta, que estará disponível para consulta pública até 8 de dezembro, aponta ainda a Reuters.

Ao todo, os bancos da zona euro acumulam perto de um bilião de euros em crédito malparado. Os bancos italianos, gregos, espanhóis e cipriotas são os mais afetados. Em Portugal, no final de 2016, quase 16% de todo o crédito concedido às empresas estava em incumprimento. Junto das famílias, esta proporção cai para 4,8%.

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Paulo Rangel considera que “este não é o tempo para nomes”

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

A candidatar-se à liderança do partido, o eurodeputado deverá defrontar Santana Lopes e Rui Rio, que já deram sinais nesse sentido. Luís Montenegro não deverá entrar na corrida.

Com a certeza de que Passos Coelho não se recandidatará à presidência do PSD, resta apenas a dúvida sobre o seu sucessor. À saída da reunião do Conselho Nacional do partido, Paulo Rangel fugiu à questão e disse que o encontro se tratou de um momento de reflexão.Este não é o tempo para nomes nem para números, este é o tempo de pensarmos qual é o futuro que queremos para o PSD“, explicou o eurodeputado.

Face à insistência dos jornalistas, Rangel recorreu a uma passagem bíblica: “Há tempo para rasgar e tempo para coser, há tempo para estar calado e tempo para falar”. O social-democrata rematou o assunto com a conclusão de que “o tempo para falar foi lá dentro e o tempo para estar calado é cá fora“.

Paulo Rangel, que não assumiu, assim, qualquer candidatura à liderança do partido, foi referido, durante a reunião, pelo próprio Passos Coelho como uma das figuras que “podem aproveitar bem o tempo para dizer que o PSD é um pilar de estabilidade e de construção do futuro”. O outro nome mencionado por Passos foi o do líder parlamentar Hugo Soares.

Com a saída de Passos, há quem aponte Rangel como herdeiro dos seus apoios, especialmente junto daqueles que não gostam da solução de Rui Rio, que já deu sinais de que avançará. Por outro lado, a hesitação de Luís Montenegro, ex-líder da bancada laranja, deixa o caminho aberto ao eurodeputado. Apesar da pressão de autarcas, dirigentes e companheiros deputados, os apoiantes de Montenegro consideram que este não é o momento para uma candidatura, tendo em conta a crise que o PSD atravessa, a popularidade do Governo e as legislativas de 2019, adianta o Público.

A candidatar-se à liderança do PSD, Rangel deverá defrontar, além de Rio, Pedro Santana Lopes. O ex-primeiro-ministro e atual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assumiu, na SIC, que está a “ponderar, obviamente” entrar na corrida.

A reunião do Conselho Nacional ficou, ainda, marcada pela saída de Marco António Costa, vice-presidente, que assinalou a importância de Paulo Rangel nas europeias de 2014 — nas quais foi cabeça de lista do PSD — e para o relançamento do partido para as legislativas de 2015.

Pedro Passos Coelho apelou à mobilização dos militantes e mostrou-se disponível, querendo o conselho, para antecipar as diretas já para dezembro. Entretanto, foi apresentada uma proposta para um novo Conselho Nacional, na próxima segunda-feira, dia 9, para marcar as eleições e o congresso.

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Monarch deixa dívida de 36 milhões aos hoteleiros do Algarve

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

Nos meses de agosto e setembro o operador turístico do grupo Monarch trouxe 80 mil turistas ao Algarve. Com a falência do grupo faturas ficaram por pagar.

A falência da Monarch Airlines está a provocar problemas ao turismo em Portugal. Às viagens canceladas junta-se agora um rasto de dívidas junto dos hoteleiros algarvios que podem chegar aos 36 milhões de euros, escreve o Diário de Notícias/Dinheiro Vivo.

Em causa estão cerca de 80 mil turistas que nos meses de agosto e setembro visitaram o Algarve, tendo as reservas sido processadas através de pacotes pelas empresas da Monarch Holidays, Avro e Somewhere2stay — todas pertencentes ao grupo falido — e pagas pelos clientes diretamente a estas empresas.

Com a falência do grupo Monarch, estas faturas passam a fazer parte da massa falida do grupo.

A expectativa de resolução destas dívidas é zero“, adianta Elidérico Viegas, presidente da AHETA, que acrescenta: “A falência tem um impacto enorme nos nossos hotéis, especialmente pelo fim dos operadores turísticos do grupo que trouxeram turistas mas não chegaram a saldar os pagamentos”.

Ainda segundo o Diário de Notícias, o montante de 36 milhões de euros representam cerca de 5% da faturação registada no Algarve nestes dois meses. Um valor que o presidente da AHETA adianta que poderá mesmo aumentar se as estadas já marcadas começarem a cair. “A nossa expectativa é que possa haver outros dez milhões de prejuízo com os cancelamentos”, afirmou.

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IHRU avança com reabilitação de 17 bairros sociais

  • Lusa
  • 4 Outubro 2017

Dos 17 projetos, dois já estão aprovados: a reabilitação do bairro social de Arcozelo, em Barcelos, e de 14 edifícios do bairro Amarelo, em Almada. Em causa está um investimento de 16,3 milhões.

O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) anunciou esta quarta-feira que está a desenvolver projetos e candidaturas para a reabilitação de 17 bairros sociais, totalizando 1.632 fogos, num investimento superior a 16,3 milhões de euros.

“É a primeira vez que o IHRU tem acesso a fundos comunitários para este tipo de projetos, no âmbito dos programas de reabilitação urbana do Portugal 2020, criados em 2014 e 2015”, refere aquele organismo, em comunicado. Segundo o IHRU, dos 17 projetos, dois já estão aprovados, que são a reabilitação do bairro social de Arcozelo, em Barcelos, e de 14 edifícios do bairro Amarelo, em Almada.

"É a primeira vez que o IHRU tem acesso a fundos comunitários para este tipo de projetos, no âmbito dos programas de reabilitação urbana do Portugal 2020, criados em 2014 e 2015.”

Comunicado IHRU

Dos restantes projetos, já foram apresentadas quatro candidaturas e as restantes 11 serão entregues até ao final do corrente ano.

O bairro de Arcozelo, em Barcelos, foi construído em 1973 e é a primeira vez em 44 anos que tem obras de reabilitação integral dos edifícios.

“Estas obras tiveram início no mês de março e visam a remodelação e isolamento das coberturas, revestimento das fachadas com materiais eficientes em termos energéticos, substituição de todas as janelas e respetivas caixilharias e reparação e beneficiação das áreas comuns dos edifícios, nomeadamente escadas e redes comuns de água e eletricidade”, salienta o documento.

No caso dos 14 edifícios do bairro Amarelo, em Almada, cuja construção foi concluída entre 1980 e 1982, serão realizados os trabalhos de reabilitação das partes comuns, nomeadamente, coberturas, fachadas, zonas de circulação e renovação das instalações técnicas, mantendo as características gerais da arquitetura existente. “Como estratégia de intervenção, pretende-se uma reabilitação faseada, priorizando os edifícios em pior estado de conservação, tendo sido identificados os primeiros 14 lotes. Os restantes lotes – 15 a 34, são objeto de uma segunda candidatura que será entregue ainda este ano”, conclui.

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Bolsa abre em queda arrastada pela energia

Lisboa acompanha as quedas das principais praças europeias. Está a ser penalizada pela EDP, que está a cair há sete sessões consecutivas.

A praça lisboeta chegou a abrir em alta esta quarta-feira, mas já inverteu os ganhos e segue agora em queda ligeira. A subida expressiva da Mota-Engil não está a ser suficiente para compensar as perdas do setor energético, numa altura em que o petróleo desvaloriza nos mercados internacionais.

O PSI-20 segue a cair 0,14%, para os 5.432,16 pontos, com 12 cotadas em queda e seis em alta. A penalizar a bolsa está a EDP, que já cai há sete sessões consecutivas e recua agora 0,74%, para os 3,07 euros por ação. Isto depois de o HSBC ter cortado a recomendação da energética de “buy” para “hold”, além de ter reduzido o preço alvo de 3,50 para 3,40 euros.

Ainda na energia, a Galp recua 0,5%, para os 14,88 euros por ação, numa altura em que o petróleo está a cair mais de 0,5 nos mercados internacionais. O barril de brent, que serve de referência para o mercado português, negoceia na casa dos 55 dólares.

Também a penalizar a bolsa está o BCP, que perde 0,24%, para os 24,44 cêntimos por ação.

A impedir maiores quedas está a Mota-Engil, que prolonga os ganhos dos últimos dias e renova máximos de mais de um ano. A construtora está a subir 1,82%, para os 3,35 euros por ação, e já acumula uma valorização superior a 5% desde o início deste mês.

O dia também está a ser negativo no resto da Europa, com as principais praças europeias a negociarem no vermelho. Destaque para o Ibex 35, que continua a ser penalizado pela instabilidade política em torno da Catalunha e recua 0,6%.

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Lone Star quer vender parte de Vilamoura

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

Fundo norte-americano adquiriu, em 2015, o complexo turístico por 200 milhões de euros. Lone Star põe agora à venda marina e terrenos para promoção imobiliária de Vilamoura.

Dois anos depois do fundo norte-americano Lone Star ter comprado o Vilamoura, parte do complexo turístico volta ao mercado e já há interessados. A operação, pela sua dimensão, não deverá ser fechada este ano.

À venda estão terrenos para promoção imobiliária e a marina do empreendimento algarvio, que disponibiliza com 825 postos de arrumação. O Lone Star está a ser representado pela consultora imobiliária CBRE (com quem já trabalhou, em ocasiões anteriores) e um dos interessados pela Aguirre Newman, adianta o Jornal de Negócios.

O Vilamoura conta com 1.700 hectares, dos quais 700 mil metros quadrados são dedicados à construção. O complexo é constituído por áreas residenciais e de hotelaria, uma marina, um casino, um campo de golfe e por campos de ténis e futebol.

Em março de 2015, o Lone Star comprou este empreendimento por 200 milhões de euros, um valor bastante inferior ao que o Catalunya Banc (detido pelo BBVA) tinha dado a André Jordan por estes ativos (360 milhões de euros).

Esta não é a primeira vez que o fundo norte-americano compra ativos em Portugal para depois os alienar. O mesmo aconteceu em 2015, quando o Lone Star vendeu ao Deutsche Bank, por cerca de 200 milhões de euros, os centros comerciais Dolce Vita Porto, Dolce Vita Douro e Dolce Vita Coimbra, que comprara ao Chamartín. No ano passado, repetiu-se o esquema. Desta vez, vendeu aos espanhóis Merlin o edifício Monumental e uma das torres do complexo Torres de Lisboa por mais de 100 milhões de euros. Atualmente, os norte-americanos estão a negociar a aquisição de 75% do Novo Banco, na sequência de um acordo com o Banco de Portugal.

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Proprietários que cobrem rendas acessíveis vão ter isenção fiscal

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

Senhorios que cobrem rendas acessíveis terão desconto no IMI de 50% e ficarão isentos de IRS sobre os rendimentos prediais. Medidas fazem parte da Nova Geração de Políticas de Habitação.

O mercado de arrendamento vai sofrer alterações. Os proprietários que coloquem os seus imóveis no mercado de arrendamento habitacional a preços mais baixos ficarão isentos de IRS sobre os rendimentos prediais que obtenham. Os senhorios terão ainda um desconto de 50% de IMI, podendo mesmo chegar aos 100% se as assembleias municipais assim o entenderem. Para o efeito, considera-se como acessível aquela que for 20% inferior ao valor de referência do mercado. Este enquadramento fiscal terá a duração de vigência do contrato.

Estas medidas fazem parte do novo programa de arrendamento acessível que integra a resolução sobre a “Nova Geração de Politicas da Habitação” que o Governo está a ultimar, segundo avançam esta quarta-feira, os jornais Público (acesso condicionado) e Jornal de Negócios (acesso pago)

A medida deverá ser aprovada em Conselho de Ministros, segundo o Público hoje mesmo, devendo depois, segundo promessa do ministro do Ambiente, ser apresentada às autarquias.

As rendas acessíveis constavam já da Estratégia Nacional para a Habitação, aprovada em 2015, mas só agora o Governo vem concretizar a medida.

As rendas, sobretudo em Lisboa e Porto têm aumentado significativamente, tornando-se incomportáveis para muitas famílias.

Segundo o documento, esta medida é uma resposta “aos agregados familiares em falha de mercado, incluindo por esta via, a população de rendimentos intermédios que não consegue aceder a uma habitação adequada no mercado sem que tal implique uma sobrecarga sobre o seu orçamento familiar“.

Atualmente, as rendas pagam uma taxa de IRS de 28% na categoria F do IRS.

Mas estas não são as únicas “regalias” para os senhorios. O Governo promete avançar com a criação de “um seguro ou fundo de garantia” para proteger os proprietários em caso de incumprimento pelos arrendatários ou de danos no imóvel.

Fundos que apostem no arrendamento também terão incentivos

O Governo está a preparar a criação da figura dos veículos de investimento em património imobiliário, a exemplo do que acontece noutros países europeus. A ideia é atrair fundos de investidores que apostam no arrendamento. O Público escreve que a medida terá sido relançada pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, quando a 19 de setembro discursou para uma plateia de investidores estrangeiros, no Portugal Real Estate Summit. Mendes terá mesmo afirmado que esta será uma das prioridades do Governo depois da discussão do OE para 2018.

Para o secretário de Estado, os REIT, nome por que é conhecida esta figura jurídica, são “uma alternativa equilibrada entre os fundos de investimento existentes e o investimento individual no setor imobiliário”. Já o Ministério das Finanças refere que os REIT são “um veículo muito popular em diferentes países da União Europeia, com diferentes modelações em função das exigências legais de cada Estado”.

Esta medida para dinamizar o mercado de arrendamento tinha já estado prevista no Orçamento de Estado para 2015, mas acabou por não sair do papel.

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