BE entrega proposta para limitar Alojamento Local a 90 dias

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

A proposta, a ser entregue esta semana, significaria que quem alugasse a sua casa a turistas por mais do que 90 dias num ano seria tributado como o são os hotéis.

O Bloco de Esquerda vai entregar esta semana no Parlamento uma proposta para passar a classificar como Alojamento Local apenas as casas que recebam exclusivamente turistas durante, no máximo, 90 dias por ano. Como o candidato do partido à Câmara Municipal de Lisboa, Ricardo Robles, já tinha dito antes ao ECO, é uma questão de “distinção que tem de ser feita”. A proposta será entregue esta semana, escreve o Jornal de Negócios (acesso condicionado) e pede ainda que as câmaras tenham maior capacidade de intervenção.

“A distinção fundamental é essa: o alojamento local, no seu conceito original, era a partilha de casa. São casas de pessoas, que vivem nessas casas, mas que a partilham com quem a visita”, explicara Ricardo Robles ao ECO. Na prática, continuou, “o alojamento local passa a ser efetivamente isto: quem vive na casa e a partilha com outros. Depois, temos de criar uma outra categoria, podemos chamar-lhe o turismo habitacional, onde as casas são transformadas e utilizadas a 100% no turismo, e isso é a prestação de um serviço de turismo. Devemos separar estas águas”.

A proposta que o Bloco de Esquerda agora se prepara para entregar faz esta separação. Assim, a partilha da habitação para turismo só pode ocupar 90 dias por ano, caso contrário passa a ser tratado como um caso de exploração turística intensiva.

De acordo com o Bloco de Esquerda, a nova proposta é útil não só para reduzir a “turistificação” das cidades como pode ser útil para reduzir os preços dos imóveis e ainda para garantir uma maior fiscalização, feita pelas Câmaras Municipais, para garantir que haveria uma visita prévia do local que verificasse a existência de “critérios gerais de segurança, de adequação do espaço e de conforto”.

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Nissan cai 5,4% em Tóquio após irregularidades em inspeções

  • Lusa
  • 2 Outubro 2017

A Nissan admitiu que alguns modelos passaram revisões de segurança nas instalações do fabricante no Japão por pessoal que não tinha as qualificações. Venda de novos veículos no Japão foi suspensa.

As ações da Nissan Motor caíram esta segunda-feira até 5,4% na bolsa de Tóquio, na sequência da suspensão da venda de novos veículos no Japão, depois de a empresa ter admitido irregularidades nas inspeções de alguns modelos.

No intervalo a meio da sessão, as ações da Nissan tinham caído 3,05% e situavam-se em 1.080,5 ienes (8,13 euros), embora tenham chegado a cair até 5,4% durante a primeira sessão.

Na sexta-feira, a Nissan admitiu que alguns dos seus modelos passaram revisões de segurança nas instalações do fabricante no Japão por pessoal que não tinha as qualificações necessárias, o que constitui uma violação da normativa japonesa e poderá obrigar a uma chamada à revisão em massa.

O problema foi detetado pelo Ministério da Terra, Infraestrutura, Turismo e Transporte, durante várias inspeções nas fábricas, e afeta cerca de 60.000 veículos em fábricas e concessionários, à espera de serem comercializados, assim como milhares de automóveis que já tinham sido vendidos.

Entre os modelos afetados estão o Note, o Skyline ou o elétrico Leaf, todos eles fabricados em seis fábricas japonesas da Nissan, onde foram registadas irregularidades. “Os veículos afetados serão inspecionados de novo e as matrículas vão ser retomadas assim que estejam concluídos os controlos”, disse a Nissan em comunicado.

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BlackRock reforça no BCP

A BlackRock aumentou a sua participação no capital do BCP e segue as pisadas da Fosun e do Norges Bank que, em setembro, tinham também reforçado no capital do banco liderado por Nuno Amado.

A gestora de ativos BlackRock reforçou a sua presença no capital do BCP. A participação da BlackRock é agora de 2,64% (anteriormente era de 2,04%), segundo um comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O Banco Comercial Português, S.A. (“BCP”) informa ter recebido da BlackRock, Inc. a comunicação que se anexa, dando nota que, na sequência da transação efetuada no dia 28 de setembro de 2017, passou a deter uma participação de 2,64% no capital social do BCP”, pode ler-se no comunicado emitido pela instituição liderada por Nuno Amado.

Do total do capital da BlackRock, 2,02% corresponde a direitos detidos através de ações, já os restantes 0,62% correspondem a direitos obtidos através de instrumentos financeiros.

Este reforço no capital do BCP, acontece depois de a Fosun, através da sua filial, Chiado, ter anunciado que passou a deter uma participação de 25,16% no capital social do banco e do Norges Bank ter igualmente reforçado a sua participação, passando a deter 2,544%.

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Pessoal de escritório apresenta lista para comissão de trabalhadores da Autoeuropa

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

Das seis listas que concorrem à Comissão de Trabalhadores da fábrica de Palmela, uma é de pessoal de escritório. Eleições realizam-se esta terça-feira.

As eleições para a Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa, que se realizam esta terça-feira, estão a ser disputada por seis listas, sendo que uma dessas listas é de pessoal de escritório, encabeçada por Paulo Marques, escreve o Público (acesso condicionado) na edição desta segunda-feira.

Com cerca de quatro mil funcionários, a Autoeuropa afeta um terço ao setor dos serviços.

As outras listas candidatas são lideradas por Fernando Sequeira, que nas últimas eleições estava com António Chora, o histórico dirigente ligado ao Bloco de Esquerda e que se reformou no início do ano; Isidoro Barradas, ligado ao Sindel/UGT; José Silva do Sitesul/CGTP, Fausto Dionísio e Fernando Gonçalves.

As eleições surgem na sequência da demissão da atual Comissão de Trabalhadores da fábrica de Palmela, liderada por Fernando Sequeira, depois de os trabalhadores da Autoeuropa terem decidido em julho, avançar para uma greve histórica que se realizou em 30 de agosto, a primeira por razões laborais.

O facto de existirem seis listas poderá dificultar que um dos candidatos ganhe por maioria absoluta (seis dos onze lugares).

A nova Comissão de Trabalhadores irá negociar com a administração liderada por Miguel Sanches a compensação pela implementação dos novos horários de laboração contínua, na sequência da escolha desta fábrica para a produção a nível mundial do T-Roc (um veículo desportivo utilitário). A empresa defende que é preciso transformar o sábado num dia normal de trabalho, para que fosse possível estabelecer três turnos diários em seis dias da semana, e em troca haveria “uma folga fixa ao domingo e outra rotativa ao longo da semana”. A somar a isto, a Autoeuropa efetuaria “um pagamento mensal de 175 euros adicional ao que está previsto na lei, 25% de subsídio de turno e a atribuição de um dia adicional de férias”.

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PSI-20 no verde por um triz com energéticas em queda

  • Marta Santos Silva
  • 2 Outubro 2017

Entre os números fracos da Jerónimo Martins, da Mota-Engil e das empresas de energia, surpreende que a bolsa lisboeta se mantenha positivo, como todas as principais praças europeias exceto Madrid.

A Jerónimo Martins, a Mota-Engil, a Galp, a EDP e também a sua Renováveis começaram todas mal a semana, mas o índice de referência nacional manteve-se à tona de água à hora de abertura: o PSI-20 marcava 0,03% de subida, para os 5411,14 pontos.

Do lado das energéticas, as quedas são marcadas. A EDP é a que mais perde, a cair 1,10% para os 3,15 euros, mas a EDP Renováveis também cai 0,6% e a Galp Energia 0,43%. Em parte, estas perdas podem ser explicadas pela queda do petróleo nas bolsas internacionais: no princípio desta segunda-feira o barril de Brent negociava em Londres a perder 0,34%, para os 56,57 dólares, e o WTI, negociado em Nova Iorque, caía 0,21% para os 51,56 dólares.

A gigante retalhista Jerónimo Martins começou a semana a cair 0,33% para os 16,63 euros, e a Mota-Engil, por sua vez, caía 0,88% para os 3,14 euros.

Mas é o um facto que o PSI-20 se manteve em alta na sua abertura. Onde estão os ganhos? Desde logo no BCP, que subia 1,10% para os 0,24 euros, mas também com força na Pharol, cuja ascensão chegava aos 3,21%, para os 0,38 euros. Outras estrelas brilhantes — a Altri, a Ibersol e a Corticeira Amorim estavam todas confortavelmente no verde.

Na Europa, o panorama também é positivo, com uma exceção: Madrid. Após o conflito e os confrontos que marcaram este domingo na Catalunha, após o referendo catalão considerado ilegal pelo Governo central e “legítimo” para o regional, o Ibex-35 acordou maldisposto, a perder 0,75% para os 10.303,30 pontos.

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Ministros britânicos frustrados com a lentidão do Brexit

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

O ministro britânico das Finanças admite que a equipa ministerial está frustrada com a lentidão do processo de negociação de saída do Reino Unido da UE. Mas cerra fileiras em torno de Theresa May.

A equipa ministerial de Theresa May está frustrada com a lentidão das negociações do Brexit, desabafou o ministro britânico das Finanças, Philip Hammond.

Numa conferência do Partido Conservador, em Manchester, Hammond garantiu que apesar da frustração com a velocidade das negociações, a equipa é leal à primeira-ministra e apoia enquanto ela negoceia os termos da partida do Reino Unido. O responsável pela pasta das Finanças minimizou ainda a importância das quatro novas linhas vermelhas traçadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, num jornal britânico que dava conta de cisões dentro do Executivo.

“Estamos frustrados com a lentidão do processo dos últimos meses levado a cabo com a União Europeia”, disse Philip Hammond, à televisão ITV, citado pela Reuters. “É por isso que a primeira-ministra foi a Florença há dez dias e fez um discurso chave escrito especificamente para desbloquear o impasse nas negociações e avançar”, acrescentou.

"Estamos frustrados com a lentidão do processo dos últimos meses levado a cabo com a União Europeia.”

Philip Hammond

Ministro britânico das Finanças

“As posições de Boris nestas questões são bem conhecidas. Apoio a primeira-ministra naquela que é uma negociação muito delicada e complexa com os nossos parceiros da União Europeia para concretizarmos a saída do Reino do modo como os britânicos nos mandataram”, precisou o responsável.

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Novo Banco poderá deixar cair fasquia de comprar 75% da dívida

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

O Novo Banco poderá deixar cair a condição que faz depender o sucesso da operação de compra da dívida, da aquisição de 75% das obrigações. Em troca de uma folga de solidez de 500 milhões.

O Novo Banco (NB) poderá deixar cair a condição que faz depender o sucesso da operação de compra de dívida, da aquisição de 75% das obrigações. A instituição liderada por António Ramalho, a poucas horas do fecho da operação [18 horas desta segunda-feira], tem como objetivo gerar uma folga de solidez de 500 milhões de euros, escreve o Jornal de Negócios (acesso pago) na edição desta segunda-feira.

O mesmo jornal adianta que a possibilidade de deixar cair as condições de sucesso da operação está prevista no memorando da oferta, com data de 24 de julho. Entre as condições de sucesso da operação previstas pelo documento estão a instituição adquirir 75% da dívida (tendo por referência o valor nominal dos títulos), incluindo pelo menos 1.000 milhões emitidos pela sucursal de Londres e ainda a necessidade de estarem cumpridas as condições indispensáveis à venda do Novo Banco.

Mas o memorando da oferta diz também que “o oferente reserva-se o direito de renunciar discricionariamente a qualquer das condições acima prevista, podendo vir a fazê-lo a qualquer momento até ao momento do anúncio dos resultados da oferta”.

A operação de compra da dívida termina esta segunda-feira. Se a operação tiver sucesso, o Novo Banco será vendido até dia 20.

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Medina perde maioria absoluta em Lisboa

  • ECO
  • 2 Outubro 2017

PS ficou com menos três vereadores na Câmara de Lisboa do que aqueles que conseguira em 2013.

O socialista Fernando Medina foi eleito no domingo presidente da Câmara de Lisboa com 42,02% dos votos, pelo que o PS perdeu a maioria absoluta na capital, ficando com menos três vereadores do que em 2013.

Em 2013, a candidatura do PS à Câmara de Lisboa, na altura encabeçada pelo agora primeiro-ministro António Costa, conseguiu eleger 11 mandatos.

Segundo os resultados oficiais divulgados, esta segunda-feira, pelo Ministério da Administração Interna, o CDS-PP conseguiu quatro vereadores, com 20,57% dos votos (mais três do que nas autárquicas anteriores); o PSD obteve dois (perde um), com 11,23%; a CDU dois (mantém), com 9,56%; e o Bloco de Esquerda, com 7,13%, conseguiu um mandato.

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5 coisas que vão marcar o dia

O dia fica marcado pelo fim da oferta de troca de dívida do Novo Banco e pela ressaca das eleições autárquicas. Também é dia de conhecer novos dados da dívida pública.

O Novo Banco dá mais um passo para a concretização da venda ao Lone Star, com o fim do prazo de aceitação da oferta de troca de dívida. Isto no dia em que o país vai acordar com os resultados das eleições autárquicas e em que o Banco de Portugal divulga novos dados sobre a dívida pública, que em julho se aproximou do patamar dos 250 mil milhões de euros.

Termina o prazo para a troca de dívida do Novo Banco

Termina esta segunda-feira o prazo da oferta de troca de dívida do Novo Banco, através da qual a instituição espera conseguir uma almofada adicional de capital de 500 milhões de euros. Os credores do Novo Banco já aceitaram trocar 4,6 mil milhões de euros em obrigações, o equivalente a 73,4% do objetivo definido para o sucesso da operação. A operação é condição essencial para a concretização da venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.

País acorda com novo mapa autárquico

Portugal acorda, esta segunda-feira, com um novo mapa político das autarquias. O PS já detinha a maioria das câmaras municipais e reforçou-a, aproximando-se dos 40% a nível nacional. O PSD afundou e está abaixo dos 20%. Esta segunda-feira, o Presidente da República começa a receber os partidos com assento parlamentar.

Novos dados da dívida pública

O Banco de Portugal vai divulgar novos dados da dívida pública, relativos a agosto. Em julho, a dívida pública atingiu um novo máximo histórico, aproximando-se do patamar dos 250 mil milhões de euros, um aumento que ficou a dever-se, em parte, ao acordo entre o Estado e o Santander relativo aos swaps dos transportes. O Banco de Portugal publica ainda estatísticas sobre as necessidades de financiamento e dívida das administrações públicas, relativas ao primeiro trimestre, e a dívida pública na ótica do Procedimento por Défice Excessivo, relativa ao segundo trimestre.

Tem até hoje para concorrer ao Porta 65

Se quer candidatar-se ao programa de arrendamento Porta 65 Jovem, tem até esta segunda-feira para fazê-lo. Podem concorrer os jovens entre os 18 e os 30 anos e o valor do apoio varia consoante o escalão de rendimentos do agregado familiar.

Qual o efeito da política monetária não convencional?

O grupo de investigação Money Macro and Finance (MMF) Research Group reúne-se em Londres para discutir os efeitos das políticas monetárias não convencionais. O economista chefe do Banco Central Europeu (BCE), Peter Praet, estará presente para falar sobre a experiência da zona euro. O evento também vai contar com o governador do banco central da Dinamarca, Lars Rohde, que vai analisar a experiência do país com taxas de juro negativas.

 

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M&M: o que eles querem para a economia do Porto e de Lisboa

Moreira e Medina vão continuar a comandar os destinos das duas maiores autarquias do país. Mas afinal o que querem para a economia local nos próximos quatro anos?

Sem surpresas, a julgar por aquilo que diziam as sondagens, Fernando Medina, em Lisboa, e Rui Moreira, no Porto, vão continuar à frente das respetivas autarquias.

No Porto, Moreira conseguiu a maioria absoluta, deixando para trás Manuel Pizarro do PS e Álvaro Almeida que concorreu pelo PSD. Depois de quatro anos à frente da autarquia, no discurso de vitória este domingo, o independente Rui Moreira tratou de balizar aquilo que serão as suas grandes apostas para o próximo mandato, numa linha de continuidade face aos últimos quatro anos:

“Continuaremos a apostar na cultura, na diplomacia económica, na afirmação da cidade em todas as suas vertentes, na coesão social e na sustentabilidade”, afirmou, recuperando algumas das bandeiras com que fez campanha e que inscreveu no seu programa, nomeadamente a da “diplomacia económica”.

Também Fernando Medida, que governa a cidade desde a saída de António Costa para a liderança do PS, conseguiu uma vitória clara, com mais de 40% dos votos, à frente de Assunção Cristas do CDS-PP e de Teresa Leal Coelho que concorreu pelo PSD.

No discurso de vitória também não deixou de dizer ao que vinha: “ganhámos energia para dinamizar a economia e para reduzir o desemprego”, referindo-se ainda a um programa de habitação com “rendas acessíveis para os jovens e para a classe média”.

Numa altura em que Medida e Moreira preparam-se para mais quatro anos de governação, o ECO foi revisitar o programa económico com que ambos se apresentaram aos lisboetas e portuenses.

Medina: Startup City, Web Summit e o comércio de proximidade

No seu “programa de governo da cidade de Lisboa”, no capítulo “dar força à economia”, Fernando Medina traça seis prioridades e várias medidas para as concretizar, num programa bastante mais discriminado do que o de Moreira.


1) Mais serviços qualificados, mais empregos. Neste ponto, Medina diz que vai promover, por exemplo, “intervenções integradas que permitam aumentar com rapidez a oferta de espaços de escritórios de qualidade, em particular nos eixos de I) Entrecampos, Av. de Berna, Praça de Espanha, Av. José Malhoa, Amoreiras; II) 24 de Julho, Alcântara, III) Alta de Lisboa, IV) Lispolis/IAPMEI, V) Beato”.

Se Moreira privilegia a InvestPorto, Medina o Invest Lisboa. E por isso diz que quer “desenvolver a ligação com a Invest Lisboa como entidade parceira na promoção internacional de Lisboa, no apoio aos investidores e empresas que se querem instalar na cidade e na conceção e desenvolvimento de projetos de dinamização económica”.

2) Mais empreendedores, mais atitude empreendedora. Neste capítulo, Medina diz que quer posicionar e promover Lisboa “como uma Startup City a uma escala internacional, designadamente através do aumento da promoção internacional da economia e do empreendedorismo de Lisboa e do apoio a eventos e programas internacionais, permitindo reforçar o posicionamento da cidade no ranking Startup Genome”. E aqui sublinha naturalmente a aposta no evento do Web Summit.

3) Fomentar o talento. Aqui, propõe-se a criar “um fundo de cinco milhões de euros para, em cooperação com as universidades, desenvolver programas de investigação, apoiar bolsas de doutoramento, promover jovens cientistas e investigadores, atrair cientistas de topo, melhorar os métodos de ensino e os currículos, e garantir o desenvolvimento de redes internacionais”.

4) Cidade inteligente. No seu programa, Medina diz que quer, por exemplo, lançar um concurso para a rede wi-fi da cidade e ainda “aplicar em projetos de larga escala as soluções do Projeto Sharing Cities”.

5) Aposta no comércio de proximidade. O presidente da Câmara de Lisboa afirma querer “promover a revitalização do comércio tradicional, facilitando a instalação de novos estabelecimentos de comércio tradicional nos bairros da cidade através de programas de promoção de ocupação de espaços vazios, tais como o Programa ‘Loja no Bairro’ que disponibiliza espaços municipais não habitacionais para comércio de proximidade ou empreendedorismo local”.

6) Turismo sustentável. Medina pretende ainda “assegurar junto do Governo a rápida concretização da expansão da capacidade do aeroporto Humberto Delgado e dos investimentos necessários na cidade à sustentabilidade do sistema de mobilidade (rede viária e extensão do Metro ao Aeroporto ao Campo Grande).”

Medina quer ainda “criar novos polos de atração na cidade e definir novas centralidades para o turismo, promovendo a distribuição dos fluxos turísticos e a dinamização económica noutras áreas da cidade”. Destaca, “o Eixo ribeirinho (a nascente e a poente), a Praça de Espanha, a Pontinha/Nova Feira Popular e o Paço do Lumiar”.

Clique aqui para ver o programa completo de Fernando Medina.

Moreira: diplomacia económica, expansão do Metro e o francês e alemão para receber os turistas

No seu manifesto eleitoral “O nosso partido é o Porto”, Rui Moreira diz que tem como objetivo “dinamizar a economia” e promover a “criação de emprego”. Como? “Por via das políticas de atração de investimento direto, da promoção e incentivos ao empreendedorismo”.

O Presidente da Câmara refere que o Porto tem de “atrair negócios e pessoas” e, apesar de não concretizar as medidas em detalhe, fixa sete objetivos estratégicos para que tal aconteça:

1) “Promover a captação de investimento nacional e internacional, fomentando a ligação com os centros de saber da cidade e potenciando a criação de um ecossistema económico que dinamize a criação de emprego de forma transversal”.

2)Criar o departamento de Gestão de Talento no seio da estrutura municipal de atração de investimento (InvestPorto), enfatizando o talento criado na região e atraindo talento nacional e internacional”.

3) “Sustentar um ecossistema de empresas locais nas áreas dos serviços e da indústria, permitindo a criação de empregos para pessoas com diversos perfis e áreas de conhecimento, contribuindo assim para a coesão social na cidade.

4) “Reforçar o posicionamento aberto, cosmopolita e inovador da cidade em termos económicos — a Câmara assume-se como um articulador, orquestrador e agilizador — , exponenciando assim a capacidade de crescimento da cidade ser endógena e sustentável em termos económicos e financeiros”.

5)Retirar o máximo partido dos instrumentos de natureza fiscal ao dispor do município, por forma a contribuir para que os objetivos estratégicos de política de desenvolvimento da cidade a tornem o mais atrativa possível a quem nos procura como polo de criação de emprego e de riqueza”.

6) “Aumentar o investimento no eixo estratégico — informação, inteligência competitiva e assistência técnica, na esfera da Divisão Municipal Desenvolvimento Económico e Atração de Investimento –, no sentido de cimentar de forma definitiva o posicionamento internacional do Porto como cidade relevante para o investimento empresarial”.

7)Fomentar a eficácia da diplomacia económica, projetando ainda mais a cidade em termos internacionais, promovendo e exponenciando o seu potencial.

No capítulo dedicado ao turismo, Moreira destaca a necessidade “de manter um esforço constante de profissionalização na forma como se recebe os turistas, aumentando os níveis de customer care e o leque de idiomas utilizados, com foco especial no francês e no alemão”. E aposta em levar o turismo para fora do do eixo central Baixa – Ribeira, “desde a Foz a Miragaia, de Massarelos a Ramalde, sem esquecer a zona oriental da cidade.”

Nos transportes, já aparecem medidas mais concretas, nomeadamente “corredores de autocarro de alta qualidade, em complementaridade à rede de Metro, nos eixos: Av. Fernão de Magalhães (Praça Francisco Sá Carneiro/Campo 24 de Agosto) e Constituição/Damião de Góis”. E ainda “consolidar a rede de interfaces da cidade do Porto através da construção do interface do Hospital de S. João e do Terminal Rodoviário das Camélias”.

Recorda ainda o que aí vem em termos de expansão da rede do Metro do Porto, com a “construção de uma nova linha e de quatro novas estações na cidade, num investimento próximo dos 200 milhões de euros e um horizonte de execução de quatro anos”.

Clique aqui para ver o programa completo de Rui Moreira.

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Medina: “Não temos medo da descentralização. Podemos gerir melhor que a administração central”

O PS deverá assegurar a maioria absoluta na Câmara de Lisboa, mas Medina garante que vai procurar o diálogo com os vários partidos com representação na autarquia.

Fernando Medina foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa e é já quase certo que irá assegurar a maioria absoluta. No discurso da vitória, o presidente da autarquia lisboeta garantiu que as promessas feitas durante a campanha, sobretudo no que toca à melhoria dos transportes públicos e à criação de um programa de habitação a rendas acessíveis, são para cumprir. E mostrou-se pronto para a descentralização de competências.

“É agora certo que ganhámos mais duas juntas de freguesia do que tínhamos. Temos 19 das 24. Teremos a maioria na Assembleia Municipal e é também certo que teremos a Câmara Municipal de Lisboa pela quarta vez consecutiva”, começou por dizer o presidente reeleito.

Destes resultados, Medina retira duas conclusões: “Ganhamos força para continuar o nosso projeto político, para aplicar um programa que dinamiza a economia, que aposta na redução do desemprego e na projeção de Lisboa como grande capital, ao mesmo tempo que investimos na qualidade de vida e na inclusão social”.

Não temos medo da descentralização de competências. Nós queremos a descentralização de competências porque podemos gerir melhor do que a administração central.

Fernando Medina

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Sobre as mudanças mais imediatas, Medina é claro: “Não temos medo da descentralização de competências. Nós queremos a descentralização de competências porque podemos gerir melhor do que a administração central“, disse diretamente a António Costa, que estava na primeira fila. E prosseguiu garantindo que o executivo vai melhorar os transportes públicos, cumprir com o “amplo programa de habitação a rendas acessíveis para jovens e classes médias”, construir 14 centros de saúde, melhorar a rede de cuidados primários na cidade e “assumir como objetivo o ensino secundário para todos”.

A segunda conclusão que retira dos resultados é que “uma cidade é feita de diversidade” e que, por isso, apesar de conseguir uma maioria absoluta, vai procurar o diálogo com todos os partidos com representação na câmara. “Vamos procurar um ponto de união entre os vários projetos políticos para que Lisboa possa avançar, com a convicção de que o diálogo é necessário, de que a concertação é necessária ao serviço de uma visão clara sobre o futuro da nossa cidade”, sublinhou.

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Passos não se demite, mas avalia recandidatura

O líder do PSD assume um dos piores resultados de sempre do partido. O presidente do PSD não se demite, mas vai ponderar se avança com a recandidatura à liderança.

Passos Coelho assumiu aquele que deverá ser “um dos piores resultados de sempre do PSD”, admitindo que não deixará de avaliar os resultados. O presidente do PSD não se demite, mas vai ponderar se avança com a recandidatura à liderança do partido.

Salientando que não é um “bom princípio” uma demissão na sequência de resultados de eleições autárquicas, Pedro Passos Coelho frisou que fará uma “reflexão sobre as condições” em que poderá colocar-se “em disputa interna do PSD para o próximo mandato”, que “será o mandato que virá a conhecer as eleições legislativas”.

“Disse desde o início que as eleições locais são sobretudo eleições locais e não eleições nacionais, mas evidentemente há sempre leituras nacionais e responsabilidade nacional nos resultados que foram alcançados e, nessa medida, não posso hoje, como presidente do PSD, deixar de assumir a responsabilidade por esse resultado que foi alcançado” afirmou Passos.

A reflexão mais aprofundada dos resultados fica agendada para terça-feira, no Conselho Nacional do partido. “Não posso deixar de dizer, quer aos nossos militantes, quer aos portugueses, que não deixarei de ponderar devidamente os resultados que foram alcançados na medida em que a estratégia nacional não ficará seguramente imune à avaliação que desses resultados vier a ser feita.”

"As eleições locais são sobretudo eleições locais e não eleições nacionais, mas evidentemente há sempre leituras nacionais e responsabilidade nacional nos resultados que foram alcançados e, nessa medida, não posso hoje, como presidente do PSD, deixar de assumir a responsabilidade por esse resultado que foi alcançado.”

Pedro Passos Coelho

Presidente do PSD

Mas isto não significa uma demissão, disse o presidente do PSD. “Disse que não me demitiria da presidência do PSD em resultado de eleições locais e mantenho aquilo que disse”, afirmou.

“O resultado desta noite foi um resultado muito pesado para o PSD e eu não gosto de fugir às minhas responsabilidades”, frisou ainda.

Questionado sobre as causas dos resultados, o presidente do PSD salientou que esta não é a altura certa para encontrar explicações, indicando que haverá também causas nacionais e não apenas locais. Admitiu que o PSD perdeu câmaras que nunca pensou perder, mas também ganhou algumas com que não contava. Por outro lado, os números são agora significativamente inferiores aos conseguidos há quatro anos, já de si negativos, admitiu. Importa agora perceber se a orientação estratégica deve ser mantida ou alterada, indicou ainda o líder dos social-democratas.

O presidente do PSD põe de lado a antecipação de eleições no partido, entendendo que o calendário é o adequado.

(Notícia atualizada às 00h07)

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