CTT admitem passar a gestão dos seus balcões a terceiros
Em conferência com analistas, os CTT revelaram que o plano de reestruturação da empresa poderá incluir a atribuição da gestão de balcões dos Correios a entidades terceiras.
A acentuada quebra dos seus lucros nos nove primeiros meses deste ano colocou em cima da mesa a necessidade de os CTT avançarem para uma reestruturação que poderá incluir a passagem a entidades terceiras a gestão dos balcões dos Correios. A possibilidade foi colocada em cima da mesa durante a conferência com analistas.
Esta possibilidade é avançada numa nota de research enviada aos clientes pelo Haitong, no seguimento de uma questão colocada pelo analista do banco de investimento Nuno Estácio.
“Quando questionado acerca do potencial encerramento de balcões e a abordagem dos reguladores nesse sentido, os CTT mencionaram que uma das formas de manter a rede poderia ser a passagem de balcões para uma terceira parte, embora nada tenha sido decidido nesse sentido”, escreveu o analista do Haitong.
A passagem a terceiros da gestão de balcões seria uma das formas de a instituição liderada por Francisco de Lacerda conseguir reduzir a sua estrutura de custos. Aquando da apresentação de resultados na passada terça-feira, os CTT anunciaram precisamente que iriam avançar com um plano de reestruturação de custos como forma de se reposicionarem no mercado. Na ocasião a empresa anunciava que “uma reestruturação considerável dos custos, para ajustar a escala de operações às atuais necessidades, está a ser preparada, para ser apresentada antes do final do ano”, prazo que foi confirmado pelos CTT aquando da conferência desta manhã.
Relativamente à conversa de responsáveis dos CTT com os analistas desta manhã para discutir as contas apresentadas, o Haitong diz que a “administração não foi capaz de mudar a perspetiva negativa que os investidores tinham após os resultados”.
O desempenho bolsista do título comprova isso mesmo. As ações dos CTT estendem as perdas, tendo já sinalizado um novo mínimo histórico ao tombarem perto de 5% até aos 3,771 euros. Neste momento, as ações dos CTT recuam 4,24%, para os 3,792 euros, perda que estende para um quarto a perda de capitalização bolsista da dona dos Correios em apenas duas sessões.
(Notícia atualizada às 15h30 com mais informações)
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