Uber: greve reforça “urgência da aprovação” de lei no Parlamento
Os trabalhadores das plataformas digitais Uber, Cabify e Chofer estão em greve esta quarta-feira. Uber reconhece o direito dos trabalhadores e pede mais rapidez ao Governo e deputados.
O diretor geral da Uber em Portugal reagiu esta quarta-feira à greve dos seus motoristas, reconhecendo o direito a manifestarem-se. Rui Bento considera que a paralisação é um sinal da “urgência” de se aprovar um quadro regulatório para estas plataformas online — legislação que está parada na Assembleia da República há vários meses. O líder da Uber quer que a Web Summit “inspire Portugal para celebrar e não para punir a inovação”.
A greve começa às 16h e termina às 20h, tendo como objetivo protestar contra a “perseguição” pelas autoridades policiais que têm sido notícia em vários eventos de maior dimensão, como foi o caso desta segunda-feira, na Web Summit. Os motoristas querem criar o “caos na mobilidade urbana”, uma situação que esperam que sirva de alerta para que os deputados sejam mais rápidos.
Em reação à greve, Rui Bento começa por dizer, em comunicado enviado às redações, que a Uber respeita “o direito que a comunidade de motoristas tem de se manifestar”. “Esta situação reforça mais uma vez a urgência da aprovação, pela Assembleia da República, de um quadro regulatório moderno e transparente para a mobilidade em Portugal, que vá ao encontro das expectativas dos milhares de utilizadores que usam diariamente a Uber para viajar nas nossas cidades, e dos mais de 3.000 motoristas que encontram na Uber uma oportunidade económica”, argumenta, colocando-se ao lado das reivindicações dos trabalhadores, que não trabalham exatamente nestas plataformas, mas antes se ligam a estas para trabalhar.
"Esperamos que o maior evento tecnológico do mundo inspire Portugal para celebrar e não para punir a inovação.”
O diretor geral da Uber tem, por isso, uma esperança: “Esperamos que o maior evento tecnológico do mundo inspire Portugal para celebrar e não para punir a inovação”. Para já, a principal reivindicação das plataformas é que haja um período de tolerância enquanto a legislação não é aprovada e publicada em Diário da República.
Esta terça-feira a Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT), em comunicado citado pela Lusa, garantia que “está ao lado de todos os empresários do setor”, assinalando que “é difícil entender o porquê do arrastamento desta situação, depois das posições públicas favoráveis de vários membros do Governo”. Segundo a ANPPAT, as coimas aplicadas aos motoristas já ascendem a um milhão de euros.
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