BCP aumenta lucros para 133,3 milhões de euros
O banco liderado por Nuno Amado tinha registado prejuízos de 251,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano passado. Agora reforçou os lucros que tinha registado no primeiro semestre.
O Banco Comercial Português (BCP) aumentou os lucros. Alcançou um resultado líquido de 133,3 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma evolução positiva face ao apurado na primeira metade de 2017. No mesmo período do ano passado, o banco liderado por Nuno Amado tinha tido prejuízos.
O banco apresentou um “resultado líquido de 133,3 milhões de euros, beneficiando da expansão contínua do resultado core“, refere a instituição no comunicado enviado à CMVM. Nos primeiros seis meses, o banco tinha lucrado 89,9 milhões de euros. Este valor compara também com os prejuízos de 251,1 milhões de euros registados nos primeiros nove meses de 2016.
De acordo com a apresentação feita pelo banco, o resultado core “cifrou-se em 823,2 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2017, comparando com 665,8 milhões no mesmo período de 2016”. Para esta evolução contribuiu o aumento da margem financeira que foi “impulsionada pela continuação da redução do custo dos depósitos e pelo reembolso dos CoCos”. As comissões cresceram 2,8%.
Exposição ao malparado a encolher
No mesmo período do ano passado, o banco foi fortemente penalizado pelas provisões associadas ao malparado. Este ano, o banco liderado por Nuno Amado está a reduzir de forma expressiva a exposição a estes créditos. Na apresentação dos resultados, Nuno Amado destaca a redução aos NPE [exposição ao malparado], que caiu em 1,4 mil milhões de euros, “já abaixo do objetivo de 7,5 mil milhões anunciado para o final de 2017”.
Nuno Amado afirma que a atividade de crédito regista um desempenho “muito favorável”, tanto nos particulares, como nas empresas. E nota que “há um conjunto de setores que até agora não podíamos conceder novos créditos. Mas, a partir do ano que vem, não teremos essas restrições”.
Rácios melhoram
Perante estes resultados, os rácios de capital estão a melhorar. O CET1 ficou nos 13,2% (phased-in) e 11,7% (fully implemented) em setembro de 2017, subindo tanto face ao período homólogo como ao primeiro semestre.
“Há uma evolução do rácio de capital fully implemented face aos 9,5% de setembro de 2016, que decorre do aumento de capital, líquido do reembolso dos CoCos (impacto líquido de +2,3pp); do registo dos resultados dos últimos 4 trimestres (+1,2pp); e parcialmente compensados por maiores deduções de perdas esperadas e associadas a ativos por impostos diferidos (-1,3pp)”.
O banco salienta ainda que a evolução do rácio de capital fully implemented face a 11,3% em 30 de junho reflete os resultados do trimestre (impacto de +0,1pp); a evolução favorável das reservas de justo valor (+0,2pp, refletindo, em larga medida, a redução das yields da carteira de dívida pública portuguesa).
(Notícia atualizada às 17h18 com mais informação)
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