BEI financia 1,9 mil milhões de euros de projetos portugueses no Plano Juncker
Até novembro já foram aprovados financiamentos no valor de 1,9 mil milhões de euros, referentes a 27 operações, que, no total, deverão alavancar um investimento de 5,5 mil milhões dos privados.
O Banco Europeu de Investimento vai financiar 1,9 mil milhões de euros em projetos portugueses ao abrigo do Plano Juncker, o que coloca Portugal entre os principais beneficiários deste instrumento que visa fomentar o crescimento na Europa.
De acordo com os últimos valores divulgados pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) — a instituição que financia o Plano Juncker com garantias do orçamento comunitário — até novembro já foram aprovados financiamentos no valor de 1,9 mil milhões de euros, referentes a 27 operações, que, no total, deverão alavancar um investimento de 5,5 mil milhões de euros dos privados.
Até ao final do ano, a expectativa da equipa do BEI em Lisboa é conseguir assinar operações de financiamento no valor de 200 milhões de euros. Ou seja, dos 1,9 mil milhões de operações aprovadas, 200 milhões passem para a fase seguinte que permitirá a chegada efetivado dinheiro à economia real.
A nível europeu, Portugal é apontado como um caso de sucesso na implementação do Plano Juncker, não só em termos absolutos — está em sétimo ou oitavo lugar — mas também em termos relativos. Apenas em Portugal, o BEI financia diretamente um município (a Câmara Municipal de Lisboa) ou um projeto tão pequeno, como o campus da Nova School of Business em Carcavelos (16 milhões de euros) — normalmente o BEI só financia diretamente projetos superiores a 50 milhões de euros.
Com “dezenas de projetos a serem analisados”, a equipa do BEI em Lisboa espera, no próximo ano, acrescentar mais mil milhões de euros em aprovações no âmbito do Plano Juncker.
Mas a atividade do BEI, enquanto tal, em Portugal também está a evoluir a passos largos. A expectativa é de o volume de projetos assinados com o banco, em Portugal, seja idêntico ao do ano passado, em torno dos 1,5 mil milhões de euros. Nos próximos dias deverá ser fechada a assinatura de mais um projeto — o Alqueva — que ajudará a atingir esta meta. O Governo pretende aumentar em 50 mil hectares o regadio do Alqueva através de um empréstimo de 260 milhões de euros. Na sua intervenção inicial na discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2018, no Parlamento, a 14 de novembro, o ministro da Agricultura disse que este mês ainda será oficializado este empréstimo. “Depois de muitos meses, mais de um ano, de negociação com o BEI vai ainda este mês concretizar-se a assinatura do empréstimo de 260 milhões de euros”, anunciou Luís Capoulas Santos. O empréstimo “ainda deixará uma folga financeira de outros cinquenta milhões, para além do PDR [Programa de Desenvolvimento Rural], a investir noutras áreas do país”, acrescentou.
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