Confiança dos consumidores em máximos e mais próxima da média europeia
A confiança dos consumidores em Portugal subiu no terceiro trimestre deste ano para o valor mais alto desde sempre e está mais próxima da média europeia, segundo um estudo da Nielsen.
De acordo com os dados disponibilizados no relatório internacional que mede a confiança dos consumidores em todo o mundo, Portugal alcançou os 85 pontos ao nível da confiança dos consumidores, estando apenas a dois pontos da média europeia.
O terceiro trimestre de 2017 “revela mais uma vez que a confiança dos consumidores portugueses continua a subir“, com o Índice de Confiança dos Consumidores Portugueses a subir 15 pontos face ao período homólogo, atingindo 85 pontos, o valor mais alto desde sempre em Portugal.
A Europa alcançou 87 pontos e países como a Finlândia (81), França (71), Rússia (70), Itália (65) e Grécia (60) apresentam níveis de confiança inferiores ao dos consumidores portugueses. Espanha ultrapassou a média europeia, alcançando 91 pontos, destacou.
“De acordo com este estudo trimestral da Nielsen, os países otimistas são aqueles que apresentam um índice superior a 100 pontos. No entanto, tendo em conta o histórico da confiança nacional e o pessimismo que caracteriza tipicamente os portugueses, o valor alcançado de 85 pontos revela-se muito positivo e demonstra um otimismo crescente em Portugal”, segundo Ana Paula Barbosa, da Nielsen Portugal.
Este otimismo verifica-se, por exemplo, continua, quando 55% (contra 27% no período homólogo) considera que o seu país já não está em recessão económica, numa opinião partilhada por apenas 43% dos europeus.
As perspetivas profissionais e financeiras dos consumidores portugueses voltaram também a apresentar melhorias relativamente ao ano passado, com 38% dos inquiridos a revelar ter boas perspetivas no que se refere à sua situação profissional para os próximos 12 meses (uma melhoria de 22 pontos percentuais face ao período homólogo) e “já são quase metade os que se mostram confiantes em relação à sua situação financeira”, acrescenta.
“Este clima de otimismo faz com que os consumidores portugueses estejam mais disponíveis para o consumo e 29% consideram que os próximos 12 meses serão uma boa altura para comprar aquilo que querem ou de que necessitam (mais sete pontos percentuais face ao período homólogo)”, sinaliza.
Após o pagamento das despesas essenciais, 26% refere despender em atividades de entretenimento fora de casa e 21% em férias.
Ainda de acordo com o histórico deste relatório, verifica-se, a partir do início da crise, um aumento da percentagem de portugueses que, após o pagamento das despesas essenciais, optam por utilizar o dinheiro excedente para fazer poupanças.
“Este hábito de poupança adquirido numa altura de recessão acaba por ser mantido após a crise, tendo-se até acentuado. São hoje 47% aqueles que optam por utilizar o dinheiro excedente para fazer poupanças”, refere.
No ‘ranking’ das principais preocupações dos portugueses, está o terrorismo, referido por 24% dos inquiridos e que surge logo após o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, que continua a liderar as preocupações dos consumidores nacionais.
O relatório internacional “Estudo Global de Confiança dos Consumidores” mede as perspetivas de trabalho, finanças pessoais e intenções de compra dos consumidores de todo o mundo, analisando as respostas de um universo de 30.000 inquiridos com acesso à internet em 63 países.
Em Portugal, o inquérito do terceiro trimestre foi realizado entre os dias 13 e 22 de setembro, com uma amostra de 499 inquiridos.
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