Portugueses poupam menos do que gostariam para a reforma
Os portugueses poupam atualmente 9,4% do seu rendimento para a reforma, mas sentem que poderiam estar a poupar mais. Quanto aos reformados, 66% deles também gostaria de ter amealhado mais.
Os portugueses sentem que não estão a poupar o suficiente para a reforma e acreditam que poderiam poupar muito mais. O mesmo se passa com os atuais pensionistas. Atualmente, os trabalhadores poupam, em média, 9,4% do seu rendimento para a reforma, um valor abaixo do registado na Europa e no resto do mundo.
Este sentimento de “arrependimento” não é visível apenas nos trabalhadores no ativo. Os que já se encontram reformados também partilham dessa opinião. Esta foi a conclusão do Estudo de Investidores Globais 2017, realizado pela Schroders.
O estudo, que inquiriu mais de 22 mil aforradores espalhados por 30 países, concluiu que, a nível global, os cidadãos sentem que não estão a poupar o suficiente para a reforma. Os trabalhadores que se encontram no ativo estão a poupar 11,4% do seu rendimento anual, mas sentem que deveriam estar a poupar 13,7%. Quanto aos inquiridos aposentados, dois terços (66%) gostaria de ter poupado mais.
Em Portugal, os valores não deixam margens para dúvidas. Mais de metade dos reformados (59%) desejava ter poupado mais e 17% sentem que deveriam ter poupado bastante mais. Atualmente, os portugueses no ativo poupam, em média, 9,4% do seu rendimento para a reforma, um valor inferior ao registado na Europa (9,9%) e a nível mundial (11,4%). Contudo, no que diz respeito a uma vida confortável durante a reforma, sentem que deveriam poupar ainda mais — em média 12,9%, face aos 12,0% na Europa e 13,7% a nível mundial.
Ainda assim, seis em cada dez no ativo (61%) sentem que o valor da reforma será suficiente para terem uma vida confortável. Contrariamente, apenas 56% dos atuais pensionistas acreditam que a reforma que recebem é suficiente para lhes proporcionar o mesmo conforto. Dando a volta ao mundo, é nas Américas que os trabalhadores no ativo mais poupam (12,5%), atrás da Ásia (13,0%) e da Europa (9,9%). Contudo, quando se fala numa reforma confortável, sentem que deveriam estar a poupar em média 13,7%: 12,0% na Europa, 15,3% na Ásia e 15,0% nas Américas.
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