Ramada aumenta lucros. Altri e Cofina não

  • ECO
  • 3 Março 2017

A Altri foi a que teve mais lucros, mas não deixou de ver o resultado líquido encolher, assim como a Cofina. Das três cotadas de Paulo Fernandes, só a Ramada ganhou mais.

A Ramada lucrou mais no ano passado. Foi mesmo a única das três empresas de Paulo Fernandes a conseguir aumentar os resultados líquidos. Enquanto a Cofina viu os lucros encolherem em 15%, a Altri sofreu uma quebra de quase 35%, mas continua a ser, das três, a que mais resultados positivos gera. Ganhou 77 milhões de euros.

Ramada aumenta lucros. E o dividendo também

Das três empresas, o Grupo F. Ramada foi o único a conseguir um aumento dos resultados líquidos. Os lucros ascenderam a 13,93 milhões de euros, um crescimento de praticamente 26% face ao mesmo período do ano passado, de acordo com o comunicado enviado pela empresa por João Borges de Oliveira.

O EBITDA em 2016 foi de 21,3 milhões de euros, superior em 19,3% ao registado em 2015. “A margem EBITDA em 2016 ascendeu a 15,5% face a 14,1% em 2015”, refere a empresa que conta com dois ramos de atividade: indústria, que inclui a atividade dos aços, sistemas de armazenagem assim como a atividade relacionada com a gestão de investimentos financeiros, e o imobiliário.

Face aos resultados obtidos, a Ramada vai aumentar os dividendos a distribuir. “Relativamente ao exercício de 2016 o Conselho de Administração irá propor à assembleia geral de acionistas a distribuição de um dividendo de 0,28 euros por ação“, diz. É um aumento de 33% face aos 21 cêntimos pagos no ano anterior.

Custos financeiros travam contas da Cofina

Se a Ramada teve mais lucros, a Cofina não. A empresa de media fechou o ano com lucros, mas de 4,3 milhões de euros, abaixo do registado no ano anterior fruto, essencialmente, do crescimento dos custos financeiros. Aumentaram em cerca de 1,5 milhões de euros num período em que as receitas das publicações recuaram.

“O exercício de 2016 foi caracterizado por um decréscimo das receitas totais comparativamente com o ano anterior (-0,7%), tendo-se registado um decréscimo nas receitas de circulação (-3,2%) e nas receitas de publicidade (-2,5%). As receitas de marketing alternativo e outros registaram um crescimento de 12,8%, tendo atingido os 15,8 milhões de euros.”

“O EBITDA registado no período em causa foi de 13,5 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de cerca de 10% face ao ano anterior. O resultado líquido consolidado atingiu 4,3 milhões de euros, um decréscimo de 14% em relação a 2015”, refere a empresa liderada por Paulo Fernandes. Os custos financeiros aumentaram em 37,9%, passando de 3,7 para 5,2 milhões de euros.

Altri lucra menos, mas é a que gera mais

A Altri é, das três, a empresa que mais lucros gera, apesar de ter apresentado uma quebra no último ano. A empresa de pasta de papel “registou, no exercício de 2016, um resultado líquido de 77 milhões de euros, valor que compara com os 117,7 milhões de euros registados em 2015, representando um recuo de 34,6%”, diz a empresa em comunicado.

“Os resultados da Altri foram afetados sobretudo pela contínua descida dos preços de pasta papeleira do tipo BHKP, ainda que no quarto trimestre se tenha verificado alguma recuperação. O preço médio de mercado da pasta BEKP em 2016 foi de 628,2 euros por tonelada, o que corresponde a uma descida de 11,1% face ao preço médio registado em 2015″, nota a empresa.

Apesar da quebra nos lucros, a cotada co-liderada por Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira vai manter a remuneração a entregar aos acionistas. No comunicado enviado à CMVM, a empresa vai avançar com uma proposta de dividendo de 0,25 euros por ação.

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EDP em curto-circuito. E a Nos?

A EDP chegou a cair mais de 5%, enquanto a Nos caiu mais de 3%, levando o PSI-20 para terreno negativo. Os mercados europeus também fecharam em queda, ainda que de forma mais leve.

A EDP e a Nos conseguiram aumentar os lucros em 2016. Mas, mesmo assim, as ações de ambas as cotadas registaram fortes quedas na última sessão desta semana. Tanto a elétrica como a operadora de telecomunicações reviram em alta a remuneração aos acionistas, após o aumento dos resultados. Mas nem isso acalmou os investidores.

 

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Yellen: Subida dos juros em março é “apropriada”

  • Juliana Nogueira Santos
  • 3 Março 2017

Se o emprego e a inflação mantiverem o caminho ditado pela Fed, Yellen considera apropriado subir a taxa de juro federal ainda este mês.

Janet Yellen, responsável pela Reserva Federal norte-americana, admitiu esta sexta-feira que, se o emprego e a inflação continuarem a corresponder às expectativas, “é muito apropriado” que os juros sofram uma subida.

“Na reunião deste mês, o Comité vai avaliar se o emprego e a inflação estão a evoluir de acordo com as nossas expectativas. No caso de isso acontecer, um ajustamento da taxa de juro federal é muito apropriada”, afirmou Yellen num comunicado proferido no Executives’ Club em Chicago.

Em 2016, a taxa de juro federal só aumentou uma vez. Este ano espera-se que aumente três vezes, com taxa de desemprego a situar-se nos 4,8% e a inflação a atingir os 1,9%. As políticas seguidas até agora pela Fed têm sido criticadas por muitos, incluindo pelo presidente Trump, que afirma que os juros baixos não são um estímulo para a economia nem para as empresas.

Os mercados já subiram a probabilidade de aumento de juros ainda este mês, dos 40% de há uma semana atrás para os 92%, depois de dois oficiais da Fed terem assinalado que estão prontos para subir os juros. A Reserva Federal irá anunciar se vai haver ou não uma subida nos juros no dia 15 de março, logo após uma reunião interna de dois dias em Washington.

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Peugeot já chegou a acordo para comprar Opel

Aquisição da marca alemã por parte da francesa PSA vai criar o segundo maior fabricante europeu de automóveis. Negócio deverá ser anunciado na próxima segunda-feira.

Já há acordo para a PSA Peugeot Citröen, liderada pelo português Carlos Tavares, comprar a unidade europeia da General Motors, que detém a Opel, segundo avança a Reuters. O negócio já foi aprovado pela administração do grupo francês e será anunciado na manhã de segunda-feira.

Contactada, a PSA rejeitou fazer qualquer comentário ao negócio que estará avaliado em alguns milhares de milhões de euros.

Com esta aquisição, o grupo automóvel ficará com 16% de quota de mercado, tornando a PSA no segundo maior fabricante no Velho Continente, apenas atrás da Volkswagen e à frente da rival francesa Renault.

Do lado da PSA, o interesse na aquisição da Opel é encarado como estratégico para aumentar a escala do grupo, ter acesso à engenharia e tecnologia dos carros elétricos da marca alemã, assim como para otimizar os custos através de eventuais sinergias provenientes do negócio.

Para a General Motors, a venda da unidade europeia representaria uma saída limpa do Velho Continente, sobretudo depois de o voto britânico para abandonar o Reino Unido ter pressionado os resultados do fabricante norte-americano.

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Mercedes recolhe um milhão de veículos em todo o mundo devido a risco de incêndio

  • Lusa
  • 3 Março 2017

A recolha, por risco de incêndio, envolve algumas viaturas das Classes C e E e CLA, além de SUV’s GLC. Não se sabe ainda quantos veículos são afetados em Portugal.

A Mercedes vai recolher cerca de um milhão de automóveis em todo o mundo devido a uma peça que pode sobreaquecer e causar incêndios, desconhecendo-se ainda quantos veículos podem ser abrangidos em Portugal por esta “medida preventiva”.

O processo envolve algumas viaturas das Classes C e E e CLA, além de SUV’s (ligeiro com características desportivas) GLC, comercializadas entre 2015 e 2017.

Em declarações à Lusa, fonte oficial do grupo Daimler, representante da Mercedes em Portugal, sublinhou tratar-se de uma “medida preventiva” e que se desconhece ainda quantos veículos em Portugal podem ser recolhidos pela marca para ser reparado.

Segundo a Associated Press, serão recolhidos 308 mil veículos nos Estados Unidos, onde se registaram 30 incêndios. No total, o fabricante alemão contabilizou 51 situações, mas sem causar feridos.

Em documentos divulgados na sexta-feira, a Mercedes indicou ao governo norte-americano que se, por algum motivo, o motor e a transmissão não funcionarem, o limitador de corrente da ignição pode sobreaquecer devido às repetidas tentativas de ligar o veículo.

A Mercedes iniciou a investigação em junho de 2016, depois de receber relatórios acerca de limitadores de corrente “termicamente danificados”.

Os proprietários serão notificados este mês e novamente quando as peças de substituição estiverem disponíveis em julho.

O tempo para instalar um novo fusível para evitar o problema de sobreaquecimento ronda os 60 minutos e a reparação será gratuita.

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Costa quer aumentar investimento público em 20%

  • ECO
  • 3 Março 2017

O investimento vai dirigir-se preferencialmente às escolas, centros de saúde, hospitais, instalações de forças de segurança, mas também à rodovia, diz o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo, em 2017, vai aumentar “já em cerca de 20%” o investimento público, relativamente ao ano passado, que será aplicado em escolas, hospitais, instalações de forças de segurança e rodovias.

Felizmente, este ano vamos poder aumentar já em cerca de 20% o investimento público relativamente ao investimento que pudemos fazer no ano passado, um investimento que se vai dirigir preferencialmente às escolas, centros de saúde, hospitais, instalações de forças de segurança, mas também investimento relativamente à rodovia”, afirmou o primeiro-ministro, António Costa.

O chefe do Governo discursava em Mondim de Basto, durante a assinatura do protocolo entre a Infraestruturas de Portugal, a Câmara de Mondim de Basto e a EDP – Gestão da Produção de Energia para a construção da nova ligação de Mondim de Basto à Estrada Nacional 210 (EN210), em Celorico de Basto.

António Costa referiu que, com a abertura do Túnel do Marão, em maio de 2016, foi encerrado um “longo ciclo de grandes investimentos em infraestruturas rodoviárias no país”, mas considerou que é “um erro pensar” que, concluído este ciclo, “não há mais investimentos a fazer”.

“Para que haja um pleno aproveitamento dos grandes investimentos que foram feitos é essencial agora completar, em muitos concelhos, investimento que à escala nacional têm uma pequena dimensão mas que têm uma enorme dimensão para o desenvolvimento de cada região”, frisou.

António Costa considerou o caso de Mondim de Basto “exemplar”. “Estamos a falar de poucos quilómetros, mas poucos quilómetros que alteram radicalmente as acessibilidades de Mondim”, afirmou.

O primeiro-ministro lembrou a escolha de Vila Real para acolher, em maio, a cimeira ibérica dedicada ao tema da cooperação transfronteiriça. “Quer do lado de cá da fronteira, quer do lado de lá, ambos temos aqui uma enorme oportunidade de estreitar as nossas relações económicas, o nosso espaço de vizinhança e potenciarmos, de uma vez por todas, um mercado de 60 milhões de ibéricos”.

E, por isso, acrescentou, esta “malha fina” que é preciso fechar relativamente “a cada um dos concelhos é absolutamente vital, para que o desenvolvimento não sirva só os que estão junto às autoestradas, A4 ou A7, mas que possam servir todos os concelhos”.

“Temos que aumentar o investimento e temos que conseguir gerir bem as contas públicas porque, mesmo para os crentes, sabemos que não há orçamentos que se giram com milagres. Gerem-se com rigor, com trabalho e capacidade de gestão”, sublinhou.

António Costa lembrou ainda que esta atual geração de fundos comunitários não prevê investimentos na rodovia e que, por isso, estas obras estão a ser feitas com recursos dos orçamentos do Estado e dos municípios e com parcerias com privados, como no caso da estrada de Mondim, a EDP.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, considerou que este é um dia histórico para o concelho e classificou a construção desta ligação a Celorico de Basto como a “obra do século”, já que vai ajudar a “desencravar” este município do distrito de Vila Real. Com melhores acessos, disse o autarca, Mondim será capaz de atrair “mais empresas e emprego” e “mais visitantes e turistas”.

Esta estrada, com apenas 2,7 quilómetros e que vai custar cerca de 8,5 milhões de euros, vai ser construída com o apoio da EDP, que financia parte da obra mesmo sem decisão quanto à construção da barragem de Fridão.

Esta via era uma das contrapartidas pela barragem, cujo processo está suspenso até abril de 2019, o que levou o autarca a desabafar que o “concelho está cansado do impasse à volta da barragem”. “A presença do Governo diz-nos que o compromisso é para valer e a obra vai mesmo avançar”, concluiu o autarca.

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Lesados do BES consideram que Banco de Portugal tinha condições para atuar mais cedo

  • Lusa
  • 3 Março 2017

A reportagem da SIC "Assalto ao Castelo" trouxe à superfície novos dados que indignaram a Associação de Lesados do Papel Comercial.

A Associação de Lesados do Papel Comercial considerou hoje que o Banco de Portugal tinha conhecimentos para atuar mais cedo no caso BES e acusa-o de ter dado aos clientes a ideia errada de que as poupanças estavam seguras.“O Banco de Portugal deveria e tinha conhecimento para atuar mais cedo, sendo que ao longo de todo o processo foi criando uma segurança para estes clientes através da indicação de que o dinheiro estava seguro e seria pago na maturidade a totalidade do capital investido não dando a possibilidade (…) de antecipar o resgate do papel comercial”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

A Associação de Lesados do Papel Comercial (ALPC), criada esta semana em conservatória, recorda os “’emails’ do Banco de Portugal que tranquilizavam os clientes que a provisão que acautelava o risco de reembolso do papel comercial estaria no Novo Banco” para censurar a ação da instituição liderada por Carlos Costa.

A associação destaca os “novos factos” trazidos esta semana pela reportagem da SIC Assalto ao Castelo para considerar que os lesados do papel comercial “foram fortemente prejudicados com a atuação do supervisor”.

“Estes cidadãos são inocentes em todo este processo, apenas confiaram no regulador e, por isso, perderam as poupanças”, termina a ALPC o comunicado enviado à imprensa.

Os lesados do papel comercial são 4000 investidores a retalho que, através de 2000 aplicações, investiram no total 434 milhões de euros em títulos das empresas Espírito Santo International e Rio Forte, através dos balcões do Banco Espírito Santo (BES), dinheiro dado praticamente como perdido aquando da queda do Grupo Espírito Santo (GES).

Desde a queda do BES e GES que estes clientes lesados reclamam a devolução das suas poupanças até porque havia uma provisão no BES, antes da resolução, precisamente para pagar esses créditos, e defendem que é do Novo Banco – o banco de transição do BES – a responsabilidade de pagar o valor em causa. A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) chegou a defender mesmo que provisão devia passar para o Novo Banco.

Esse processo acabou por não avançar, já que o Banco de Portugal defendeu que o Novo Banco só podia assumir esse compromisso se não implicasse prejuízos financeiros e foi no final de 2016 negociado um mecanismo de solução que permitirá aos clientes que o aceitem recuperar parcialmente as perdas.

O mecanismo de compensação foi anunciado em dezembro passado, está agora a começar a ser operacionalizado e passa por devolver aos clientes 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros. Já acima desse valor, irão recuperar 50% do valor investido.

Por exemplo, para uma aplicação de 400 mil euros serão pagos 250 mil euros, o valor máximo possível para esse montante, ainda que seja abaixo dos 75%. Já para uma aplicação de 600 mil, serão pagos 300 mil euros.

Ou seja, os clientes assumem perdas, mas recebem desde já dinheiro por que teriam de esperar anos, provavelmente, para recuperar em processos em tribunal e de forma incerta.

O contrato de adesão a esta solução está a ser finalizado e deverá ser apresentado a cada lesado até final deste mês.

A intenção é que a primeira parcela (cerca de 30% do total) seja paga já este ano, no momento de assinatura do contrato de adesão por cada lesado, sendo o restante valor reembolsado até 2019. O valor será pago aos clientes lesados por um fundo de indemnizações que está a ser criado.

Associação de Lesados do Papel Comercial, criada por lesados que se decidiram afastar da mais conhecida Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC), reiterou hoje as críticas à solução encontrada por considerar que não há igual tratamento para todos.

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Bank Millennium obtém maiores lucros de sempre

  • ECO
  • 3 Março 2017

O banco polaco registou lucros de 160 milhões de euros. Foi o melhor resultado de sempre da instituição controlada pelo banco liderado por Nuno Amado.

O Bank Millennium aumentou os lucros no último ano. Os resultados líquidos ascenderam a 160 milhões de euros, um crescimento expressivo face ao ano anterior que permitiu ao banco controlado pelo BCP atingir um valor recorde. Este desempenho vai dar um impulso às contas do banco liderado por Nuno Amado.

Os resultados líquido ascenderam a 701 milhões de zloty, o equivalente a 160,3 milhões de euros. “É um aumento de 28,3% face ao mesmo período do ano anterior, o valor mais elevado na história do banco”, refere a instituição detida em 50,1% pelo BCP, que consolida estes resultados de forma integral nas suas contas. O BCP apresenta resultados esta segunda-feira, 6 de março.

Excluindo o novo imposto sobre o setor bancário (um custo de 39,8 milhões de euros), bem como eventos extraordinários (como as operações Visa e provisões realizadas no segundo trimestre de 2016), os resultados líquidos ascenderam a 695 milhões de zloty, ou 158,8 milhões de euros. Este valor compara positivamente (mais 4,1%) com os 152,5 milhões de 2015.

Mais crédito, menos comissões

O banco salienta que no último ano o produto bancário aumentou 23%, em termos anuais. A margem financeira subiu 10%, face ao mesmo período do ano anterior, enquanto as comissões líquidas diminuíram 2,5%, em termos anuais, “mas apresentaram um contínuo crescimento desde o segundo trimestre”.

O Bank Millennium apresentou rácio entre créditos e depósitos abaixo de 84%, sendo que os níveis de incumprimento nos empréstimos mantêm-se baixo. O “rácio de crédito com imparidade é de 4,5%”, sendo de 2,5% no caso do crédito à habitação, nota a instituição em comunicado enviado à CMVM.

Rácios? Elevados

Perante estes resultados, o Bank Millennium manteve rácios de capital elevados. A instituição nota nas contas referentes a 2016 que o rácio de capital total consolidado está em 17,4% e rácio core Tier 1 é de 17,3%. São níveis que o banco diz serem “confortáveis para o cumprimento dos requisitos regulamentares de capital”.

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Azevedo Pereira acredita em erro informático: “se for isto, não levem a mal por estar a desdramatizar”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 3 Março 2017

Depois de Brigas Afonso, os deputados ouvem agora Azevedo Pereira sobre as transferências feitas para offshores sem controlo do fisco. Erro informático? Se for assim, Azevedo Pereira desdramatiza.

O antigo diretor-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) acredita que as transferências para offshores sem controlo do fisco podem ter origem em problemas informáticos e, por isso, desdramatiza.

“Em organizações complexas” como a AT, “há sempre problemas informáticos”, diz.

Azevedo Pereira está a ser ouvido na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, relativamente às transferências no valor de quase 10 mil milhões de euros feitas entre 2011 e 2014 para offshores sem controlo do fisco. Ocupou o cargo de Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até julho de 2014, tendo sido depois substituído por Brigas Afonso, também já ouvido pela comissão.

Por lá também já passou Paulo Núncio, antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e Rocha Andrade, que ocupa atualmente esse lugar.

Perante os deputados, Azevedo Pereira salienta que apenas uma declaração, das 20 que têm sido indicadas, deu entrada no período do seu mandato. Embora o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já tenha dito que 14 declarações se concentram em 2014, sendo as restantes referentes a 2011, 2012 e 2013, o antigo líder da AT salienta que, “aparentemente”, as “declarações em causa” terão sido “entregues fora do prazo” ou correspondem a declarações de “substituição”, já depois de ter saído de funções.

Na audição, Azevedo Pereira pôs na mesa uma possibilidade do que pode ter acontecido: a ferramenta de transferência de informação, que não será produzida pela AT, “terá transferido apenas uma parte da informação”. Azevedo Pereira diz que tem a indicação de que, a partir de um determinado nível, a máquina deixou de transferir informação, quando chega a um “caractere” ou “sequência de caracteres” entendidos “como indicação de que o ficheiro terminou”. E fazia isto dando a indicação de que a operação tinha sido bem sucedida. A possibilidade foi assumida sem “certeza”, tendo em conta o que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais já disse no Parlamento.

Rocha Andrade deu a entender que tinha existido erro informático, sem indício de intervenção de natureza política ou técnica, notou Azevedo Pereira. “Se for isto, não levem a mal por estar a desdramatizar o tema”, salientou. Mais à frente, nesse mesmo tom de desdramatização, reforçou que se o erro das offshores for apenas de informática, ‘let’s go on with life’.

O antigo diretor-geral apontou ainda para uma auditoria feita pela Inspeção-Geral de Finanças em maio de 2014 que não denotava a existência de problemas. E sem garantir que não haja impostos perdidos neste processo, Azevedo Pereira diz que não é expectável que tal aconteça. Aliás, salienta mesmo que as transferências para paraísos fiscais tem “impacto mediático” mas historicamente não gera grande receita.

Azevedo Pereira acrescentou ainda que nem todas as transferências dão origem a inspeção efetiva, embora todas passem por um primeiro nível de análise. A questão já tinha sido levantada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI).

A deputada bloquista Mariana Mortágua quis saber se Azevedo Pereira deu conta da queda acentuada das transferências para offshores entre 2011 e 2012, reportando-se aos dados que eram conhecidos na altura, e que agora se sabe que estarão errados. Mas o antigo diretor-geral da AT diz que os dados que tinha apontavam para aumentos. Em 2011 e 2012, quando a informação foi preparada, a versão da ferramenta informática era diferente, explicou depois à deputada Cecília Meireles, do CDS.

O CDS também quis saber se era possível manipular o sistema. “Se acredito que tenha acontecido? Não acredito”, mas isso só será possível saber depois da auditoria da Inspeção-Geral das Finanças, salientou.

(notícia atualizada às 18:22)

 

 

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Depois dos resultados, EDP e Nos afundam PSI-20

A elétrica nacional e a empresa de telecomunicações apresentaram resultados positivos ontem, mas as ações fecharam em queda esta sexta-feira. PSI-20 fechou em terreno negativo.

Apesar dos resultados da EDP e da Nos terem sido positivos, as ações de ambas as empresas tombaram esta sexta-feira no PSI-20. Estes resultados negativos levaram a bolsa lisboeta a terminar a semana em terreno negativo. No caso da EDP, os investidores ficaram desapontados com os resultados operacionais (antes de impostos) da empresa. Já na Nos, segundo uma nota de research do Haitong, os investidores não gostaram das perspetivas para o futuro.

As ações da EDP EDP 0,00% estiveram a desvalorizar 5% esta sessão. A fechar, os títulos da elétrica nacional caíram 3,67% para os 2,81 euros por ação, apesar de esta quinta-feira ter apresentado um lucro superior ao esperado e de ter subido o dividendo para 19 cêntimos. O que está em causa? O EBITDA, que exclui os impostos pagos, caiu 4% em 2016 face a 2015.

A Nos NOS 0,00% também lucrou mais em 2016, mas as suas ações desvalorizaram esta sexta-feira 3,35% para os 5,36 euros por título. Em causa está, segundo os analistas do Haitong, o que foi dito na conferência de resultados: os investidores ficaram desapontados com o tom, em particular com as perspetivas para 2017 e a política futura de dividendos. Ainda assim, ontem a empresa de telecomunicações anunciou que o dividendo ia subir para os 20 cêntimos.

O PSI-20 PSI20 0,00% sofreu com as quedas da EDP e da NOS. O índice lisboeta caiu 1,02% esta sexta-feira para os 4.660,73 pontos, terminando a semana como a começou. No dia em que se soube, segundo o Jornal Económico, que a REN RENE 0,00% está interessada na Portgas — empresa que a EDP vai vender –, as ações da empresa desvalorizaram 1,57% para os 2,64 euros.

A descer estiveram também os CTT CTT 0,00% e a Altri. A contrariar a queda generalizada no PSI-20 esteve o BCP: as ações do banco subiram 1,34% para os 16 cêntimos, evitando assim uma descida mais expressiva do índice português num dia negativo nos restantes mercados europeus. O Stoxx 600 fechou a cair 0,11%.

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Para a Nos, os conteúdos informativos são iguais aos desportivos: devem ser de acesso universal

  • ECO
  • 3 Março 2017

Miguel Almeida, CEO da Nos, esclareceu que a empresa não tem intenção de comprar ativos dos media "pelo menos, de forma proactiva" porque defende que não seria positivo para os portugueses.

Miguel Almeida, diretor executivo da Nos, esclareceu esta sexta-feira, na conferência de imprensa para apresentação dos resultados de 2016, alguns dos pontos que têm estado na ordem do dia.

O que se passou com os conteúdos desportivos deve ser uma lição para os conteúdos informativos

Quanto à compra de ativos dos media e ao setor informativo, Miguel Almeida defendeu que a posição da Nos é muito clara: “Em relação àquilo que são conteúdos específicos live, neste caso que tenham influência ou uma componente relevante de notícias, vemos esse tipo de conteúdos da mesma forma que os conteúdos desportivos: devem ser universais, e portanto não é um caminho que queiramos seguir”.

“É um caminho que, enquanto empresa do setor e enquanto cidadão, me parece pouco positivo para os consumidores e para a sociedade. Portanto, do nosso lado, não esperem nada, pelo menos de forma proativa.”


Ou seja, não quer acreditar que tal possa vir a acontecer, “mas também já não queria acreditar quanto aos conteúdos desportivos”. E recorda que foi “por ação de um concorrente nosso” — a MEO — que se viram “obrigados a neutralizar um movimento de tentativa de utilização exclusiva de conteúdos”. Quanto aos conteúdos informativos, nesta fase não quer “acreditar que se vá por aí, até porque penso que é relativamente claro que o balanço final do processo todo associado aos conteúdos desportivos, do ponto de vista dos operadores, não foi positivo, devido ao aumento de custos, por isso a lição deve ser aprendida“.

Receita média mais baixa, mas mais conteúdos para compensar

A parceria com a Zap, em Angola, teve um impacto negativo nos resultados líquidos da Nos, mas Miguel Almeida mantém-se confiante no progresso da empresa. “Do ponto de vista operacional, a ZAP continua a ter um desempenho bastante positivo, e por isso estamos bastante satisfeitos. Já referimos o impacto negativo que tem nos nossos resultados líquidos, uma vez que houve uma desvalorização significativa da moeda local, e nós consolidamos em euros. Mas do ponto de vista do que é essencial, que é a solidez do negócio lá, continua a desenvolver-se de forma satisfatória”.

Em relação aos preços médios que os clientes da Nos pagam pelos serviços disponibilizados, esses continuam a cair — 2,1% em 2016, em média — e embora a receita média por serviço esteja mais baixa, têm “mais serviços para compensar, e daí o crescimento material que tivemos”.

Mas os utilizadores vão pagar mais em 2017

Miguel Almeida referiu que, entre as várias fontes de crescimento da estrutura de custos da Nos, o aumento dos custos regulatórios — que já aumentaram em 2016 e estão anunciados para aumentar ainda mais em 2017 — vão ter um impacto relevante, “uma vez que as taxas de espetro vão subir, algo que lamentamos profundamente”. Chamou a atenção para o facto de as regras definidas pelo leilão de espetro que ocorreu em 2012, a que concorreram os operadores com base num conjunto de regras, já terem sido alteradas duas vezes em três anos. A nova taxa de espetro ainda não saiu em portaria, mas a Nos já recebeu “indicações oficiais, por isso já não estamos no campo da especulação”, embora “não tenhamos ainda condições de avaliar” o valor concreto desse aumento.

Miguel Almeida pronunciou-se também quanto à taxa municipal de direitos de passagem e afirmou que a Nos, atualmente, paga perto de 30 milhões de euros, e considera que “Não nos passa pela cabeça que no momento em que a União e a Comissão Europeia recomendam de forma muito clara aos governos que atuem no sentido de promover a sociedade da informação e do gigabit, que atraiam a nova geração, a última coisa que faz algum sentido é trabalhar no sentido exatamente oposto, impedindo o acesso às condutas, que é absolutamente essencial para a expansão das redes da nova geração”.

Não nos passa sequer pela cabeça que o governo português vá contra aquilo que é uma claríssima recomendação da União Europeia. O objetivo destas recomendações é impedir que os países fiquem para trás, por isso seria muito estranho que o país quisesse ficar para trás.

Miguel Almeida

“Gostaríamos de ter visto uma Anacom mais empenhada”

Quando questionado acerca da avaliação que a Nos faz à prestação da Anacom, agora que o mandato está a chegar ao fim, Miguel Almeida quis poupar-se a críticas, mas chegou a ressalvar o “atraso de mais de dois anos a cumprir os seus próprios compromissos no que diz respeito à atualização das tarifas de terminação móvel. Mas como se costuma dizer em Portugal, mais vale tarde que nunca”. Também afirma que gostariam de “ter visto uma Anacom mais empenhada em dar voz ao setor, e de facto cumprir a sua missão de desenvolvimento do setor das comunicações de uma forma sustentada. Tomou a voz de causas populistas que em nada ajudam o setor, e que não nos agradaram, mas o balanço final é positivo“, afirmou.

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QSP Summit cresce há 11 anos

  • ECO + QSP
  • 3 Março 2017

Desde que o evento começou, em 2007, a audiência passou de cerca de 400 participantes para os mais de 1500 esperados este ano.

O QSP Summit vai na 11ª edição no próximo dia 23 de março. Desde que o evento começou, em 2007, com 400 participantes passou para os mais de 1500 esperados este ano.

O evento que é considerado um dos melhores da Europa em marketing e gestão e que tem recebido alguns dos mais notáveis especialistas mundiais, irá nesta edição refletir sobre as profundas mudanças do consumidor e a forma como estas espelham os seus comportamentos e hábitos de compra. O tema não podia ser mais direto, “Understanding Consumer”.

A edição deste ano ocupará dois pavilhões da Exponor e 5 auditórios – auditório principal com capacidade para 1200 lugares, salas de worklabs e fórum, num total de mais de 3000 m2 de área, e um espaço de exposição onde estarão presentes cerca de 50 marcas e empresas.O público da maior conferência dedicada ao marketing e gestão em Portugal é composto, maioritariamente, por quadros médios e superiores com mais de 80% dos participantes fidelizados. Quem vai, volta, afirma a organização que acrescenta que o evento vai esgotar a par do que tem ocorrido nos ultimo anos.

O QSP Summit 2017 terá 9 postos de check-in, num esforço da organização em reduzir o tempo de credenciação; e um staff de mais de 50 pessoas a dar apoio a todos os conferencistas e marcas presentes.

O painel de oradores será composto por 18 speakers reconhecidos e especialistas nas suas áreas, apoiados por 8 moderadores nos work labs e fórum, para fomentar o debate e discussão, de forma a que, no final do dia, todos afirmem novamente que para o ano voltarão.

Conheça alguns dos speakers:

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