MasterCard: Maioria das compras de S. Valentim feitas à última hora

A maioria das compras por ocasião do dia dos namorados é feita à última hora. É um dos dados revelados pela MasterCard, que refere ainda que a maioria dos gastos na Europa é em hotéis ou motéis.

O Dia de S. Valentim está cada vez mais popular. Pelo menos de acordo com a MasterCard, que elabora anualmente um índice para medir o pulso ao mercado das compras de presentes entre caras-metades — ou, por outras palavras, para “destacar as principais tendências globais e regionais de consumo em torno” desta efeméride, indica a empresa num comunicado.

Com base na “análise das transações efetuadas com cartão” da MasterCard nos últimos três anos, a empresa concluiu que “o gasto sentimental aumentou em 49% desde 2014” e que, “apesar de a maioria das compras ainda serem feitas presencialmente em loja, também é verdade que as compras online estão a crescer a um bom ritmo, com um aumento de 37% no número de transações”, indica.

Segundo a MasterCard, o “gasto sentimental” no Dia de S. Valentim cresceu 49% desde 2014.Pixabay

Compras? Só à última hora

Outro dado interessante que é posto a descoberto na edição do “MasterCard Love Index” é que “a maioria das compras de S. Valentim nos últimos três anos terem sido feitas à última hora, com um registo impressionante e 47,4 milhões de transações feitas globalmente ao longo do dia 13 de fevereiro“, garante a MasterCard. Além disso, a preferência dos românticos vai para as refeições, “uma vez que as transações em restaurante subiram 102% desde 2014“, indicam os dados da gigante dos cartões e pagamentos.

Entre os destaques para a Europa, os números da MasterCard referem que “a maioria dos gastos com o Dia dos Namorados destina-se a hotéis ou motéis”, mais propriamente 35%, e duplicou em três anos. “Os europeus lideram em termos de gastos online por comparação com outras regiões”, acrescenta ainda a empresa, indicando que 19% dos gastos nesta ocasião “são feitos em sites de comércio eletrónico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não houve acordo. Houve erro de perceção mútuo”

  • Rita Atalaia
  • 13 Fevereiro 2017

Mário Centeno reconhece que houve “erro de perceção mútuo” sobre a alteração legislativa implementada. E esclarece que nunca existiu um acordo sobre a questão da entrega das declarações dos gestores.

 

Mário Centeno, ministro das Finanças, coma restante equipa do MinistérioPaula Nunes / ECO

A polémica à volta da entrega das declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional por parte da anterior administração regressou na quarta-feira passada quando o ECO divulgou o conteúdo da correspondência entre António Domingues e Mário Centeno. Por isso, o ministro das Finanças explica-se hoje às 17h30. Em causa estão as acusações da oposição de que Mário Centeno mentiu à comissão de inquérito sobre a gestão da CGD. Por causa deste incidente, o PSD vai forçar a ida do ministro das Finanças ao Parlamento.

A divulgação da carta de António Domingues a Mário Centeno reacendeu a polémica. E as críticas chegaram rapidamente. O deputado do CDS João Almeida já veio dizer que houve uma “quebra de verdade sob a comissão de inquérito” por parte de Mário Centeno. Em causa está um requerimento que o CDS fez em novembro, a pedir correspondência entre o ministro das Finanças e António Domingues.

Marques Mendes veio por ainda mais achas na fogueira. O comentador da SIC disse que Centeno “não se portou como um homenzinho” neste processo, acusando ainda António Costa de manipular a publicação do Decreto-lei que permitia a confidencialidade das declarações de património ao ex-presidente da CGD. Diz que houve “marosca”. Acusações que o primeiro-ministro já veio desmentir. Este “ruído” em torno da CGD leva hoje o ministro das Finanças a explicar-se sobre a polémica em torno da CGD.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PME: Governo quer aumentar acesso às linhas de crédito

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2017

O Governo português quer abrir linhas de crédito para capitalizar empresas de maior dimensão. Agora só estão abrangidas as PME até 250 trabalhadores.

Tentar alargar os apoios do Portugal 2020 a empresas com mais de 250 trabalhadores é um dos objetivos que o Executivo fixou para a reprogramação do quadro comunitário, que vai acontecer este ano, anunciou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, em declarações ao DN/Dinheiro Vivo. Mas esta intenção tem de ser negociada com Bruxelas.

É pena que este quadro atual não tenha conseguido manter o preceito em que 20% do apoio ia para empresas maiores. Temos de lutar para alargar estes apoios”, disse Caldeira Cabral, à margem de uma visita a empresas portuguesas na feira Ambiente, em Frankfurt. O Governo quer “lutar para que essas empresas possam ter pelo menos uma parte dos apoios, como existia no passado”, disse o responsável referindo-se às novas regras europeias que determinam que empresas a partir de 250 colaboradores já não são Pequenas e Médias Empresas (PME) e, como tal, não podem candidatar-se livremente ao Portugal 2020.

No âmbito do quadro comunitário agora em vigor, as grandes empresas apenas podem aceder ao Portugal 2020 para tentar obter apoios para projetos de inovação. Por exemplo, a Navigator, uma grande empresa que integra o PSI-20, está a investir em Cacia 121 milhões de euros na criação de uma nova linha de produção para papel tissue (para guardanapos, lenços de papel ou papel higiénico), incluindo a transformação em produto final — um montante totalmente elegível para apoios comunitários (42,16 milhões de euros).

O problema são as empresas que estão no limiar, ou seja, já não são médias empresas, mas ainda não têm um volume de negócios que lhes permita ter o correspondente desafogo financeiro.

Caldeira Cabral explicou que este alargamento de âmbito seria ao nível das linhas de financiamento do Programa Capitalizar exclusivamente reservadas para PME. A linha foi lançada em janeiro com uma dotação de 1,6 mil milhões de euros. “As empresas com mais de 250 trabalhadores não podem ser consideradas PME mas têm, no entanto, uma faturação inferior a 50 milhões de euros, que é o outro critério“, disse o ministro, o que deixa algumas empresas portuguesas de fora destas candidaturas a investimentos.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centeno fala esta tarde sobre polémica na CGD

Mário Centeno vai falar esta tarde no Salão Nobre do Ministério das Finanças sobre a polémica da Caixa Geral de Depósitos.

É às 17h30 que o ministro das Finanças vai falar à comunicação social sobre o caso da Caixa Geral de Depósitos. Em causa estão as acusações da oposição de que Mário Centeno mentiu à comissão de inquérito sobre a gestão da CGD. Por causa deste incidente, o PSD vai forçar a ida do ministro das Finanças ao Parlamento.

A polémica à volta da entrega das declarações de rendimento e património ao Tribunal Constitucional por parte da anterior administração regressou na quarta-feira passada quando o ECO divulgou o conteúdo da correspondência entre António Domingues e Mário Centeno. Nesse mesmo dia, no Parlamento, no debate quinzenal, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, acusou o ministro das Finanças de mentir, acusação que António Costa rejeitou afirmando que não existem provas.

O Presidente da República saiu em defesa de Mário Centeno mas, no dia seguinte, o CDS acusou Centeno de dizer “que inexistia algo que existia”. O Ministério das Finanças respondeu acusando os centristas de “vil tentativa de assassinato de caráter”. Desde então, António Costa reiterou a confiança no ministro das Finanças.

Siga em direto aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Contas “low cost” disparam em 2016

Contas de serviços mínimos bancários cresceram 45% em 2016. Um aumento que reflete sobretudo a conversão de antigas contas à ordem.

As chamadas contas bancárias “low cost” cresceram 45% em 2016, para um total de quase 35 mil contas, segundo dados publicados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

Foram abertas 12.736 contas de serviços mínimos bancários ao longo do ano passado, uma evolução que reflete a conversão de antigas contas de depósitos à ordem — representou 48% dos casos. Já a abertura de uma nova conta representou 52% das contas “low cost” criadas em 2016.

A informação prestada pelo banco central dá conta ainda do encerramento de mais de 1.800 contas de serviços mínimos, das quais 78% foram encerradas por iniciativa do cliente.

Contas “low cost” disparam em 2016

Fonte: Banco de Portugal

Os serviços mínimos bancários incluem um conjunto de serviços bancários considerados essenciais, nomeadamente a abertura e manutenção de uma conta de depósito à ordem e a disponibilização de cartão de débito a baixo custo, bem como a possibilidade de realizar débitos diretos e transferências intrabancárias nacionais.

As regras estabelecem que qualquer pessoa singular pode aceder aos serviços mínimos bancários se não for titular de uma conta de depósito à ordem ou se detiver uma única conta de depósito à ordem, a qual pode ser convertida numa conta de serviços mínimos bancários.

As instituições de crédito não podem cobrar pelos serviços mínimos bancários comissões, despesas ou outros encargos que, anualmente e no seu conjunto, excedam 1% do salário mínimo nacional. No final de 2016, este valor máximo correspondia a 5,30 euros e atualmente situa-se nos 5,57 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pharol perde o brilho depois de máximos de ano e meio

A cotada liderada por Palha da Silva disparou mais de 10% na sexta-feira, mas está agora a corrigir dos máximos alcançados na semana passada.

A bolsa nacional fechou a primeira sessão da semana em queda, a contrariar o sentimento positivo das restantes praças europeias. A penalizar a praça lisboeta estiveram, sobretudo, o BCP e a Jerónimo Martins, mas a maior queda foi a da Pharol, que afundou perto de 12%.

A empresa liderada por Palha da Silva viu os títulos dispararem mais de 10% na sexta-feira, depois de ter sido noticiado que havia um novo interessado na sua compra. Contudo, esta segunda-feira, chegaram a derrapar mais de 20%, para os 34,7 cêntimos, corrigindo dos máximos de ano meio que atingiram na semana passada. A empresa acabou por fechar a sessão a cair 11,93%, para os 38,4 cêntimos.

Fonte: Bloomberg (Valores em euros)

Também o BCP fechou a sessão no vermelho, a perder 1,43%, para os 14,5 cêntimos. Ainda na banca, mas já fora do PSI-20, o BPI subiu 3,04%, para os 94,8 cêntimos. A penalizar a bolsa esteve ainda a Jerónimo Martins, que recuou 0,43%, para os 16,16 euros.

O PSI-20 acabou assim por desvalorizar 0,17%, para os 4596,73 pontos, com 11 cotadas em alta e seis em queda.

A impedir maiores quedas esteve o setor energético, com a EDP, a EDP Renováveis e a Galp a subirem todas perto de 0,5%.

No resto da Europa, o dia foi de ganhos, naquele que é o maior ciclo de ganhos desde outubro do ano passado. O Stoxx Europe 600 valorizou 2,41%, impulsionado sobretudo pelos setores mineiro, tecnológico e financeiro.

No mercado das matérias-primas, destaque para o petróleo. Apesar do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que revelou que os países do cartel estão a cumprir o corte de produção acordado, o petróleo está a cair perto de 2%, para os 55,60 dólares por barril.

Notícia atualizada às 17h02 com mais informação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Todos os vencedores do World Press Photo 2016

  • Paula Nunes
  • 13 Fevereiro 2017

O World Press Photo já anunciou as fotografias vencedoras do concurso deste ano. A foto do assassino do embaixador russo na Túrquia venceu o prémio de Melhor Fotografia do Ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há uma nova empresa a rebocar navios no Porto de Lisboa

A Rebonave juntou-se à holandesa Iskes e fundou a Port Towage Lisbon (PTL), uma nova empresa a operar rebocadores no Porto de Lisboa. Responsável fala de "sobrevivência" e denuncia "monopólio".

A PTL resulta de uma parceria entre a portuguesa Rebonave e a holandesa Iskes.Wikimedia Commons

Opera, desde o início do ano, uma nova empresa de reboques e assistência naval no Porto de Lisboa. A firma, batizada de Port Towage Lisbon (PTL), resulta de uma joint-venture entre a portuguesa Rebonave e a empresa holandesa Iskes, cada uma com uma fatia de 50% da nova companhia. A atividade iniciou-se logo no primeiro dia do ano, a cargo de “uma moderna frota de rebocadores de ambas as empresas”, indicou a Rebonave em comunicado.

A gestão operacional da PTL é da responsabilidade da Rebonave, liderada por José Costa. Em entrevista ao ECO, por email, o também managing director da nova empresa avança que “está previsto um aumento de receita na ordem dos 40% no primeiro ano de operação. Especializado ao semestre admite-se um crescimento mais suave no primeiro trimestre e mais acelerado no segundo semestre do ano em curso”, indica.

No Porto de Lisboa, desde 18 de dezembro, está já um novo rebocador enviado pela Iskes, que foi “alvo de uma modernização profunda”, frisa José Costa. “Acreditamos ter encontrado na Iskes o parceiro certo, com o foco na prestação de um serviço de excelência aos clientes, com o mesmo rigor, nomeadamente na manutenção de uma frota de rebocadores, e postura que entendemos adequada”, refere.

Com uma frota de onze rebocadores, a Rebonave opera em Lisboa e Setúbal e, particularmente, no Estaleiro Naval da Lisnave. Também “realiza operações costeiras, oceânicas e de resgate e salvamento”. Detém uma participação na Reboport, “empresa concessionária do Porto de Sines, com uma frota de seis rebocadores”, lê-se num comunicado.

Admitimos um crescimento na ordem dos 40%, em relação ao ano passado.

José Costa

Managing director da PTL

Uma questão de concorrência

Em dezembro, num comunicado, a Rebonave indicava que “vários operadores portuários” manifestavam “preocupação com a oferta de contratos globais, suportados numa prática de monopólio, resultando inevitavelmente numa limitação da competitividade do porto, por uma regulação em alta dos preços”. A PTL nascia assim para “dar uma resposta alternativa, competente e de qualidade”.

Questionado acerca o assunto, José Costa, sem referir nomes, explica que “no mercado existem quatro empresas portuguesas e uma empresa multinacional”. “Esta última, entre muitas outras ‘técnicas’, utiliza a sua dimensão e presença noutros portos para assegurar contratos de prestação de serviços globais, originando, na prática, um monopólio nos portos onde decide estar”, denuncia. E acrescenta: “Os navios, quando demandam os nossos portos, já vêm contratualizados.”

Ao que o ECO apurou, para além da Rebonave (Lisboa) e da Reboport (Sines), as empresas a operar no mercado português são a Aguanave (Lisboa), a Norschif (Funchal) e a Svitzer (Lisboa), esta última uma empresa multinacional com sede na Dinamarca.

Segundo José Costa, a situação resulta numa “regulação de preços ‘em alta’ pura e simplesmente por ausência de concorrência”: “Esta fase de regulação em alta é antecedida por uma fase de forte manipulação de preços anormalmente baixos, com características predatórias, que levam à eliminação da concorrência, em particular se de PMEs [pequenas e médias empresas] se tratar, mesmo com a robustez e solidez estratégica, financeira e operacional da nossa”, alerta. “É apenas uma questão de tempo”, sublinha.

“Esta é também uma das razões que nos obrigam a procurar parceiras externas que, numa primeira análise, decorrem da necessidade de sobrevivência”, diz José Costa, garantindo não se tratar de um fenómeno exclusivo do Porto de Lisboa. O empresário acredita que estas são práticas que são “do conhecimento da tutela e da Autoridade da Concorrência” que, recentemente, terá feito “uma avaliação ao setor concluindo que estava tudo bem”, conclui o responsável da PTL.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sugo, este chão que pisa é feito de… cortiça

Startup fundada na Amorim Cork Ventures quer reinventar o uso da cortiça: uma designer e uma gestora de marketing criaram uma marca que faz tapetes com a produção do sobreiro.

A primeira vez que Susana Godinho, 40 anos, formada em Design Têxtil no CITEX, pensou em tapetes feitos de cortiça, a ideia não passava disso: de uma ideia, desenvolvida entre 2010 e 2012. No entanto, por limitações técnicas e financeiras e contratempos de produção, a ideia não se transformou. “Nessa altura procurou privilegiar matérias-primas naturais e diferentes e daí a introdução do material cortiça, mas sem sucesso”, conta Susana, em entrevista ao ECO.

Só que, perante a possibilidade de fazer da ideia prática, a designer não pensou duas vezes. Desenvolveu o projeto a tempo de o tornar elegível à 1ª call da Amorim Cork Ventures, em meados de 2014.

Na equipa estava também Sónia Andrade, 35 anos, marketeer e gestora, e com experiência em marketing online e em centros comerciais e de grande distribuição. O concurso da incubadora da Amorim, líder internacional do mercado, foi considerado por Susana Godinho uma ótima oportunidade para trabalhar em estreita parceria. “Este foi um passo estratégico ideal para conseguir lançar a primeira coleção de tapetes de cortiça tecidos por tecelagem“, conta.

Na génese da conceção do novo tapete havia a vontade de inovar na utilização de matérias-primas e de utilizar materiais ecológicos. Em termos de desenvolvimento da coleção, contam, o processo foi “longo”: primeiro, uma pesquisa sobre a tipologia de cortiça adequada para um produto com as características e requisitos de um tapete e, neste caso, também com a facilidade de ser cortada, sem perder resistência. “Ultrapassada esta questão, foram desenvolvidos inúmeros testes e experiências no tear. Durante este período foram feitas várias melhorias face ao que era o protótipo inicial, sobretudo aos níveis da performance e da durabilidade”, recordam as duas sócias.

A cortiça apareceu no topo das matérias-primas mais interessantes para o efeito, uma vez que traz consigo, além das questões de sustentabilidade, uma performance técnica muito interessante neste tipo de produto: isolamento, propriedades antialergénicas e facilidade de conjugação com outros materiais.

Susana Godinho

Designer e cofundadora da Sugo

A ideia de registarem a patente surgiu depois de um longo percurso no desenvolvimento da solução de cortiça e do processo de produção. “Considerámos que deveríamos submeter o registo de patente pelo desenvolvimento que houve de uma solução inovadora associada aos métodos tradicionais de tecelagem”, contam, ao ECO.

A Sugo Cork Rugs é assim a primeira coleção de tapetes de cortiça concebida segundo métodos tradicionais de tecelagem. Para isso, as duas empreendedoras desenvolveram uma solução de cortiça que cumprisse os requisitos de um ponto de vista técnico e visual. “A novidade da coleção surge também pela conjugação inédita num tapete de cortiça com lã nacional e com algodão recuperado de grandes produções industriais, dando origem a infinitas possibilidades em termos de visuais privilegiando o ecodesign”, esclarecem.

"Apesar de a cortiça ser a matéria-prima diferenciadora, lembramos que a novidade da coleção surge pela conjugação inédita num tapete deste material com lã nacional e com algodão recuperado de grandes produções industriais, uma combinação relevante na medida em que permite oferecer uma coleção versátil, com infinitas possibilidades em termos de visuais. ”

Susana Godinho

Sugo

Ambas a trabalhar a tempo inteiro na Sugo, a ideia das duas empreendedoras é que o projeto continue associado a uma “competitividade responsável e o bom desempenho social e ambiental” já que, além de estas características fazerem parte do posicionamento da marca, são fatores de medição do impacto da startup na sociedade. Para isso, a TD Cork obteve já a certificação internacional Pending BCorp, um movimento internacional em grande crescimento que avalia as empresas de acordo com a sua performance ambiental, social e económica.

 

Com um público-alvo essencialmente B2B, gabinetes de arquitetura e design e lojas da especialidade, o posicionamento da Sugo são produtos — tapetes — para os segmentos médio e médio alto. A evolução da empresa, a curto e médio prazo, passa por estar associada ao aumento de capacidade de produção e à oferta de novas coleções.

A coleção base, a primeira da marca, apresenta 13 modelos de tapetes, que vão desde design mais simples ao mais arrojado, “procurando ir ao encontro de gostos diversos, desde os mais tradicionais aos mais vanguardistas”, detalham. Em desenvolvimento, no entanto, estão já diversos tipos de pontos que podem ser conjugados, a que se junta a possibilidade de combinar diferentes materiais, como a cortiça, a lã e o algodão. Pretende-se assim possibilitar a criação de soluções à medida”, explicam.

Pensados para comercialização em mercados como os EUA, países nórdicos, Reino Unido e Ásia, o preço por metro quadrado de tapete de cortiça varia entre 220€ a 500€. Os tapetes personalizados têm o preço sob consulta, de acordo com os materiais selecionados, tamanho e tipo de textura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ronaldo tem o salário mais alto do mundo, mas chineses dominam

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2017

Cristiano Ronaldo até pode ser o mais bem pago, mas é o domínio do futebol chinês que mais salta à vista na lista dos maiores salários no futebol mundial.

Cristiano Ronaldo tem o salário mais elevado no futebol mundial, mas são os futebolistas que jogam no campeonato chinês que dominam a lista dos jogadores mais bem pagos, segundo um ranking elaborado pelo site Finance Football (acesso gratuito).

O astro português, considerado melhor jogador do ano em 2016, recebe em termos brutos 38,9 milhões de euros, sendo o jogador mais bem pago no futebol mundial. Ronaldo surge imediatamente à frente dos argentinos Carlos Tévez (Shanghai Shenhua/China) e Lionel Messi (Barcelona/Espanha): os dois atletas recebem 37,5 milhões e 36 milhões de euros, respetivamente.

 

Fonte: Finance Football (valores em milhões de euros)

Mas o que salta mais à vista nos dados publicados esta segunda-feira pelo Finance Football é mesmo o domínio exercido pelo campeonato chinês no que toca à política de remuneração. Atualmente, dez dos atletas mais bem pagos no mundo do futebol atuam na emergente Superliga chinesa.

“O crescimento dos chineses é um fenómeno recente, mas impressionante”, dizem os especialistas daquele site. “De facto, a China já é o maior investidor externo no futebol europeu, está em vias de finalizar a compra do gigante AC Milan e paga salários como nenhum outro país. Onde é que isto acaba? Ninguém sabe, mas para já a China parece estar à beira de controlar o mundo do futebol”, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump dá novos recordes a Wall Street

Trump baralha tudo e volta a dar. As bolsas norte-americanas renovam máximos de sempre, com a Apple em destaque.

Trump tira, Trump dá. A euforia está de volta a Wall Street, depois da ordem executiva assinada por Donald Trump para proibir a entrada de estrangeiros oriundos de sete países com maioria muçulmana ter provocado desconfiança entre os investidores do outro lado do Atlântico.

A impulsionar as bolsas norte-americanas para novos máximos de sempre está… Donald Trump. O Presidente norte-americano apelidou de “fenomenal” o plano de redução fiscal que deverá ser apresentado nas próximas semanas, o que deixou água na boca dos investidores que esperam que os cortes de impostos venham a dar força à maior economia do mundo e, sobretudo, ao setor privado.

Com isto, os índices de referência em Wall Street estão de novo em recordes. O S&P 500 valoriza 039% para 2.325,11 pontos. Acompanham o tecnológico Nasdaq e o industrial Dow Jones, que seguem ambos em alta de 0,5%.

“A avaliação bolsista com base na reflação de Trump continua a ser o principal motor dos mercados norte-americanos. Os investidores estão curiosos para saber os detalhes de Trump a propósito dos cortes nos impostos das empresas”, referiu Ipek Ozkardeskaya, analista da London Capital Group.

"A avaliação bolsista com base na reflação de Trump continua a ser o principal motor dos mercados norte-americanos. Os investidores estão curiosos para saber os detalhes de Trump a propósito dos cortes nos impostos das empresas.”

Ipek Ozkardeskaya

London Capital Group

Em termos empresariais, destaque para a Apple. A fabricante dos iPhones avança 1,62% para 133,74 dólares, a cotação mais elevada de sempre, avaliando a tecnológica em mais de 700 mil milhões de dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BCP, o último dinossauro do PSI-20

Desde 1993, apenas o BCP e o BPI resistiram às mudanças operadas no principal índice português. O último saiu no final da semana do PSI-20. Os dinossauros estão em vias de extinção na bolsa de Lisboa.

Com saída do BPI do principal índice português, o papel de resistente na principal montra do mercado nacional fica reservado exclusivamente para o BCP, banco que se mantém de forma contínua desde que o benchmark lisboeta foi constituído em 1993, apesar das atualizações constantes operadas pela Euronext ao longo dos anos.

O BPI é o último dinossauro a extinguir-se do PSI-20, depois de a Oferta Pública de Aquisição (OPA) do CaixaBank ter colocado o banco numa posição de baixíssima liquidez, circunstância que impede a sua permanência no restrito clube da Euronext. Mas o futuro da instituição (ainda) liderada por Fernando Ulrich até pode nem passar pelo mercado de capitais. O próprio presidente do grupo catalão abriu a porta a essa possibilidade durante a apresentação dos resultados da oferta que decorreu quarta-feira em Lisboa. O CaixaBank controla agora mais de 84% do capital do BPI.

Ao longo do tempo, o PSI-20 sofreu uma mega revolução entre os seus constituintes. Isto apesar de algumas cotadas terem realizado jornadas que as levaram ao mesmo destino: caso da Corticeira Amorim, que abandonou o índice de referência em 1997 e figura hoje entre as principais cotadas nacionais; e casos da Mota & Companhia e da Engil, que saíram em 1994 e 1993, respetivamente, e atualmente assumem o nome de Mota-Engil, depois da OPA da primeira sobre a segunda, em 2000.

Composição do primeiro PSI-20, em 1993

Fonte: Euronext

O último histórico a abandonar o PSI-20 foi o BES. E de forma abrupta, depois da medida de resolução aplicada pelo Banco de Portugal, num domingo de agosto de 2014, e que dividiu a instituição ao meio. Foi daqui que surgiu o Novo Banco, um banco de transição que ficou com a parte boa do antigo BES e cuja venda deverá terminar em março.

Muitos dos “desaparecimentos” da bolsa ocorreram por via de processos de aquisições e consolidações setoriais. Por exemplo, o Banco Chemical foi adquirido em 2000 pelo BCP. A Mundicenter, gestora de centros comerciais, entre eles, o Amoreiras Shopping Center, foi adquirida em OPA pela família Alves Ribeiro. A Portugal Telecom absorveu a Marconi em 2003. A Mundial Confiança foi adquirida pela Caixa Geral de Depósitos. A seguradora veio a ser mais tarde integrada na Fidelidade.

No caso da Lisnave, os estaleiros navais de Lisboa abandonaram o PSI-20 em 1997. Três anos mais tarde, os acionistas aprovavam o abandono definitivo do mercado de capitais.

Independentemente do destino final das cotadas que compunham do índice original, contas feitas, apenas duas resistiram ao tempo e às mudanças. Até agora, depois da saída do BPI. O que deixa os dinossauros em vias de extinção no PSI-20.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.