Luís Costa Ferreira regressa ao Banco de Portugal depois da polémica saída para a PwC

Carlos Albuquerque sai da direção de supervisão para integrar a equipa de gestão da Caixa. Para o seu lugar entra Luís Costa Ferreira, que regressa ao Banco de Portugal após saída no final de 2014.

Luís Costa Ferreira está de regresso ao cargo de diretor do Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal, depois da polémica saída no início de 2015 para a PwC, que na altura estava a conduzir uma auditoria ao recém-criado Novo Banco após intervenção do supervisor nacional.

Segundo o comunicado divulgado esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, Costa Ferreira vem substituir Carlos Albuquerque, que solicitou ao governador a cessação de funções “tendo em vista o exercício futuro de funções no setor financeiro”. “O pedido foi aceite, com produção de efeitos a 31 de janeiro de 2017”, informa o supervisor. Já Luís Costa Ferreira inicia as novas funções a 15 fevereiro.

Carlos Albuquerque foi contratado ao BCP — onde era diretor — para vir ocupar o lugar deixado vago na liderança da área de supervisão prudencial por Costa Ferreira em janeiro de 2015.

O Banco de Portugal indica que impôs a Albuquerque um período de transição durante o qual não poderá assumir qualquer cargo em instituições financeiras sob a sua supervisão e do Mecanismo Único de Supervisão. Adiantou ainda que aquele responsável vai desempenhar funções, “em regime de destacamento, num projeto externo de solidariedade social, ligado ao tema do sobre-endividamento”.

De acordo com o Jornal de Negócios (acesso gratuito), Carlos Albuquerque deverá integrar a equipa de Paulo Macedo na Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas só depois de cumprido este período de nojo.

Em relação ao novo diretor do Departamento de Supervisão Prudencial, Luís Costa Ferreira havia abandonado esse cargo no final de 2014 para trabalhar na PwC, a entidade que na altura estava a conduzir uma auditoria ao Novo Banco, estando a ajudar a construir o balanço da instituição recentemente criada depois da medida de resolução imposta ao BES pelo Banco de Portugal.

Costa Ferreira foi então para aquela consultora acompanhado por Pedro Machado, então diretor adjunto do mesmo departamento no banco central.

(Notícia atualizada às 16h01)

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CTT voltam a afundar para mínimo histórico nos 5 euros

"Profit warning" dos Correios continua a ser altamente penalizado pelo mercado. Ações voltam afundar 3% esta quarta-feira para os cinco euros.

O aviso dos CTT de que o final do ano passado foi pior do que o esperado para os resultados da cotada está a ser levado à séria pelo mercado, que continua a castigar as ações pela quarta sessão seguida. Os títulos dos Correios perdem mais de um quinto do seu valor só este ano e chegam esta quarta-feira a cotar nos cinco euros.

A empresa lidera por Francisco Lacerda anunciou na passada sexta-feira que o negócio da distribuição de cartas quebrou no último trimestre de 2016. Com isso, o EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — deverá ter recuado entre 4% e 7% naquele período — sem contar com o Banco CTT. Mantém o dividendo de 0,48 euros, o que não está, ainda assim, a convencer os investidores.

As ações estão a cair esta quarta-feira 3% para os cinco euros, uma barreira psicológica que marca um novo mínimo histórico para a empresa que chegou à bolsa no dia 5 de dezembro de 2013 a valer 5,52 euros. Chegaram a valer 10,64 euros em abril de 2015. Atualmente, a preços de mercado, os CTT estão avaliados em 750 milhões de euros.

CTT perdem 22% desde o início do ano

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Fonte: Bloomberg (valores em euros)

Este mau momento para a cotada liderada por Francisco Lacerda surge num momento de transformação do negócio. O Banco CTT, lançado em março do ano passado, deverá continuar a pressionar os resultados. Em nove meses de atividade, o banco postal havia captado mais de 250 milhões de euros em depósitos dos seus mais de 100 mil clientes que conquistou neste período. E no final do mês passado lançou-se no competitivo mercado do crédito à habitação, com uma taxa de spread ligeiramente acima do que está a ser praticado pelos restantes bancos a operar no mercado nacional: 1,75%.

Em relação à sua atividade principal, a queda de tráfego postal na reta final do ano foi justificada com o “impacto relevante dos feriados naquele período (menos três dias úteis do que no quatro trimestre de 2015)”. Esta diminuição do volume de correspondência distribuída surge depois de um dos seus principais clientes, o Estado, ter anunciado em novembro que vai prescindir das cartas para notificar os cidadãos por via eletrónica.

“Acreditamos que mais do que o efeito negativo do aviso, o principal problema dos investidores tem mais a ver com a credibilidade da gestão depois de três “profit warnings” consecutivos”, referiram os analistas do Haitong, que mantêm algum otimismo e uma recomendação de compra sobre os títulos do CTT, com um preço alvo de 7,10 euros.

“As nossas razões para continuarmos positivos nos CTT, apesar do fraco momento, são: i) pensamos que a empresa consegue manter o EBITDA do seu negócio, excluindo o banco postal; ii) mantemos a visão do dividendo como sustentável aos níveis atuais; iii) potenciais operações de fusões e aquisições para consolidar a atividade de E&P (Expresso e encomendas), que poderia ser valorizado; iii) balanço rico em numerário e capacidade para gerar fluxo de caixa no negócio tradicional; iv) potencial do banco postal”, enumera o banco de investimento.

Os analistas concluem: “A gestão dos CTT precisa agora de focar-se na execução das suas medidas de aumento das receitas, no turnaround do E&P e com isso reconquistar a confiança dos investidores”.

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Caldeira Cabral: “O PSD está em contramão com os portugueses”

O ministro da Economia salienta os resultados alcançados pelo Governo e garante que as empresas e consumidores estão mais confiantes.

A economia portuguesa está melhor e os portugueses também. E o PSD não gosta disso. “O PSD está em contramão com os portugueses”, critica o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que está a ser ouvido, esta manhã, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

O ministro respondia assim a António Costa e Silva, deputado do PSD, que disse que Caldeira Cabral “quer colocar a geringonça a andar na autoestrada, mas, de cada vez que o Governo colocou a geringonça na autoestrada, colocou-a em contramão”.

Na resposta, Caldeira Cabral enumerou os resultados alcançados pelo atual Governo. “Diz que falta confiança às empresas. É curioso que as empresas estejam a investir mais e tenham menos confiança neste Governo e na economia do país“, começou.

"As perspetivas das instituições internacionais não estão favoráveis para os profetas da desgraça.”

Manuel Caldeira Cabral

Ministro da Economia

“Fala de um modelo económico errado, mas os dados económicos, em particular os do terceiro e quarto trimestre do ano passado, dão sinais muito positivos, quer de crescimento económico, quer de relançamento do investimento”, acrescentou. Ao mesmo tempo, “as perspetivas de investimento do Instituto Nacional de Estatística são as mais elevadas dos últimos nove anos”, o que “demonstra bem que as empresas e os consumidores estão com mais confiança“.

O ministro da Economia criticou ainda a palavra “desgraça”, ouvida várias vezes na bancada do PSD. “Mais uma vez, o PSD está em contramão. Oiçam as empresas. As empresas não estar a dar credibilidade aos profetas da desgraça. As pessoas percebem, os indicadores desmentem, as perspetivas das instituições internacionais não estão favoráveis para os profetas da desgraça. Saiam da contramão”, apelou Caldeira Cabral.

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Depois de navios, Portugal lança startups, escreve a Bloomberg

Portugal é o melhor lado da Europa e terra de oportunidades fora do Reino Unido, escreve a Bloomberg.

“Há qualquer coisa nova na pequena nação que extravasa a economia estagnada e o stress da indústria financeira”, escreve a Bloomberg. A agência de notícias internacional sublinha assim o potencial empreendedor de Portugal que, depois de ter “lançado navios” nos Descobrimentos, agora “lança startups”.

Portugal tem hoje destaque — numa altura em que a Startup Lisboa, um dos catalisadores do ecossistema, cumpre cinco anos (a 2 de fevereiro) — afirmando-se como o país-alternativa ao Reino Unido para onde, entre 2011 e 2016, foram metade dos investimentos feitos em startups de fintech na Europa.

O trabalho, garante a reportagem, tem sido feito, não só pelas instituições envolvidas e pelo Governo mas numa confluência entre os setores público e privado. Universidades, fundos de investimento, empreendedores e multinacionais têm trabalhado “a arte do empreendedorismo”, ao mesmo tempo que afirmam Lisboa como uma capital bem mais barata do que Londres, “uma das mais caras cidades do mundo”.

Este desenho de Matt Chase ilustra o artigo da Bloomberg.
Este desenho de Matt Chase ilustra o artigo da Bloomberg.D.R.

Talvez por isso, a Bloomberg considere que Portugal pode apresentar-se como uma alternativa viável ao êxodo de Londres, um cenário ponderado no pós-Brexit. “A perda do acesso ao mercado único europeu pode dificultar a estratégia e os planos de crescimento dos fundadores que se habituaram a ver no Reino Unido a melhor maneira de se expandirem na Europa”, explica o artigo.

Em vez de trabalharmos 18 horas por dia para outra pessoa, fizemos um projeto cool para nós. Tivemos uma alternativa.

Jaime Jorge

Fundador da Codacy

Entre amigos

O Fórum Económico Mundial destacou esta semana Lisboa como uma das dez cidades mais amigas das startups. Num vídeo publicado no Facebook, Lisboa surge em 5º lugar na lista de melhores cidades para se começar uma empresa. E a justificação é simples: “Os salários são baixos, o custo do espaço para escritórios é acessível e há talento disponível”, explica o FEM, sublinhando que “Lisboa é um elemento particularmente interessante da lista na medida em que só passaram alguns anos desde que Portugal esteve mergulhado numa profunda crise financeira”.

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Centeno: Regresso às 35 horas não aumentou despesa

  • Marta Santos Silva
  • 1 Fevereiro 2017

O ministro apresentou os dados de um relatório que afirma demonstrarem que o objetivo do Governo foi "salvaguardado": a despesa global com salários na Função Pública não subiu devido às 35 horas.

Uma das principais preocupações proclamadas pelo Executivo de António Costa foi cumprida, afirmou esta quarta-feira o ministro das Finanças Mário Centeno: o regresso às 35 horas de trabalho semanal na Função Pública não resultou num aumento da despesa global com salários na administração pública.

“O custo pessoal nas Administrações Públicas em 2016 registou um crescimento homólogo de 680 milhões de euros” em 2016, afirmou o ministro na Comissão Parlamentar de Trabalho e Segurança Social, decompondo depois as partes que deste crescimento para demonstrar que não incluem um aumento relacionado com a redução do horário semanal de trabalho.

Citando um relatório que se encontra disponível no site do Parlamento, Mário Centeno disse que os resultados comprovavam que “foi salvaguardada aquela foi uma das preocupações” do Governo: que não houvesse aumento do custo global com pessoal devido às 35 horas.

Do crescimento de 680 milhões de euros que foi registado, 262 milhões devem-se a um reforço na área da educação, através da dotação provisional, que, acrescenta o ministro, é inferior a reforços registados em anos anteriores; 338 milhões devem-se à reversão da redução remuneratória dos trabalhadores da Função Pública; 60 milhões devem-se a contribuições sociais cujo pagamento remontaria a 2015 mas cuja despesa se verificou em 2016; e 40 milhões de euros devem-se a um “inesperado que não estava numa avaliação normal das despesas com o pessoal que teve a ver com a decisão judicial de proceder a pagamentos retroativos a trabalhadores do IEFP”.

No relatório de análise de impactos do regresso às 35 horas de trabalho lê-se que havia “margens internas de ajustamento” na maioria dos serviços: “ganhos de produtividade, reorganização de equipas, motivação – que permitem reduzir o PNT [Período Normal de Trabalho] sem custos financeiros e para a atividade”. Os custos concentraram-se na área da Saúde, onde o trabalho por turnos é relevante, onde se “prevê um acréscimo de 19 milhões de euros”.

O presidente da comissão, o deputado do PSD Feliciano Barreiras Duarte, afirmou que os deputados ainda não tinham recebido o relatório em questão. O ministro das Finanças afirmou estar disponível para voltar a falar sobre a questão em sede da mesma comissão.

Notícia atualizada às 10.45 com mais informações sobre o relatório.

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Costa não está preocupado com propostas do PCP para a Carris

O primeiro-ministro está confiante de que a apreciação parlamentar à municipalização da Carris, pedida pelo PCP, não vai colocar em causa a medida.

A Carris volta esta quarta-feira para a alçada da Câmara Municipal de Lisboa e o PCP não está confortável com essa medida. Os comunistas vão apresentar propostas para alterar a lei que transfere a empresa de transportes para a autarquia, mas António Costa não está preocupado com o que poderá resultar da apreciação parlamentar pedida pelo PCP.

“Não fico nada preocupado. Este era um ponto fundamental do programa de Governo, que todos conhecem. O PCP já esclareceu que não há nenhum motivo para preocupação e presumo que a preocupação do PCP seja garantir que, no futuro, não haja risco de privatização da Carris. Não está em causa esta medida de descentralização, que era essencial”, disse o primeiro-ministro, na cerimónia que assinalou a municipalização da Carris.

"Não havia razão nenhuma para que quem vive fora de Lisboa pagasse pela Carris.”

António Costa

Primeiro-ministro

António Costa sublinhou ainda que “o que se fez foi devolver o seu a seu dono e evitar a privatização“, que era o essencial. “E isto foi conseguido com vantagem. Não é só a gestão que passa para a Câmara de Lisboa, é também a propriedade. Isto significa que os lisboetas vão ser mais bem servidos”, ao mesmo tempo que se “beneficia os outros portugueses, porque não havia razão nenhuma para que quem vive fora de Lisboa pagasse pela Carris“, salientou.

Também presente na cerimónia, Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, disse ainda que este é o “início de uma nova fase do transporte público” e que a câmara vai “fazer crescer o transporte público para dar mais qualidade de vida às pessoas”.

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Modelos XXL engordam lucros das retalhistas

"Os teus pneus são bonitos", diz uma recente campanha de um grupo de modelos de diversos tamanhos. As retalhistas concordam. Afinal, estão a lucrar com a aposta na diversidade.

A indústria da moda está para as curvas. E as grandes retalhistas estão cada vez mais cientes do poder que os tamanhos XXL podem ter na conquista de novos clientes no mercado altamente competitivo da roupa e acessórios. E nos seus resultados também.

A Aerie, uma marca de roupa interior dirigida aos millennials, é um desses exemplos. Desde que começou a usar modelos não retocados como Iskra Lawrence, as vendas dispararam: cresceram 20% em 2016 e 21% no terceiro trimestre de 2016.

É esta a marca que surge numa recente campanha promocional do movimento All Woman Project, onde aparece um grupo diversificado de modelos de diferentes tamanhos e formas com uma mensagem simples: “Os teus pneus são bonitos” ou em inglês “Your fat rolls are beautiful“, como escreveu Iskra Lawrence, uma das modelos da campanha, num post no seu Instagram.

“Pensamos que marcas como a Aerie são a mostra de que há lucro na diversidade”, frisou Charli Howard, uma das fundadoras do projeto, à revista Vogue. “As mulheres querem ver as suas formas e cores representadas e as marcas estão a começar a ver quão lucrativas elas podem ser”, acrescentou.

Os analistas não podem concordar mais. Morry Brown, um analista da Wedbush Securities, adianta que a utilização de modelos cujos tamanhos fogem à regra da indústria estão a dar um forte impulso às vendas de um série de marcas. “Os clientes querem uma visão mais democrática”, referiu Brown. “Há uma oportunidade para chegar aos clientes que não estão tão bem servidos em vez de um marketing baseado numa imagem idealizada”.

Além da Aeria, uma marca detida pela American Eagel Outfitters, também a H&M, que fez campanha com Ashley Graham, a mais conhecida modelo plus-size norte-americana, viu as vendas crescerem 7% na primeira metade do ano.

No sentido contrário, os retalhistas cuja imagem estão mais associadas a modelos de Photoshop vivem tempos de maiores dificuldades. A Abercrombie & Fitch despediu 150 funcionários no passado dia 25 de janeiro e os últimas contas revelaram uma queda de 70% dos lucros operacionais. A American Apparel foi pela segunda vez à falência em novembro e foi forçada a vender os seus ativos para fazer face às dívidas que tinha.

Iskra Lawrence, cara da Aerie, está “mais feliz do que nunca”, conforme demonstrou numa entrevista. “Quando vi a minha primeira campanha com eles e pude reparar que o meu corpo não foi retocado — fotografias com pneus –, não vou mentir, fiquei em choque”. “Mas isso rapidamente se transformou em alegria porque me fez sentir bem. Sei que estes “defeitos” não significam que não sou bonita”, salientou.

Ainda assim, Lawrence continua a receber alguns comentários negativos nas suas redes, comentários que ela faz questão de apagar e reportar. “Somos todos bons o suficiente e o que é bonito é que somos imperfeitamente perfeitos e todos diferentes”. As retalhistas concordam.

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Volkswagen aceita pagar 1,26 mil milhões para compensar clientes norte-americanos

O montante pode, contudo, ser bem mais elevado, se os reguladores norte-americanos não aprovarem as reparações que a Volkswagen vai fazer a 60 mil carros.

A Volkswagen aceitou pagar, pelo menos, 1,26 mil milhões de dólares (cerca de 1,17 mil milhões de euros) para reparar ou comprar de volta e compensar donos dos 80 mil carros que, nos Estados Unidos, foram afetados pela manipulação das emissões de gases poluentes.

O montante pode, contudo, ser bem mais elevado. Segundo a Reuters, a Volkswagen pode ver-se obrigada a pagar 4 mil milhões de dólares aos clientes norte-americanos, se os reguladores do país não aprovarem as reparações que forem feitas.

A fabricante automóvel já tinha anunciado, em dezembro, que deveria recomprar 20 mil carros e reparar outros 60 mil. O acordo agora alcançado prevê que os donos dos carros agora reparados terão ainda direito a uma compensação entre os sete e os 16 mil dólares, mais 500 dólares se a reparação afetar a performance do carro. Já os clientes que optarem por vender o carro de volta à Volkswagen terão direito a 7.500 dólares para além do valor do carro.

A confirmação deste acordo chega depois de, este mês, a Volkswagen ter-se declarado culpada e ter aceitado pagar outros quatro mil milhões de euros para encerrar os processos judiciais que lhe foram interpostos nos Estados Unidos.

Audi revê provisões

Depois do anúncio deste acordo da casa mãe, a Audi, uma das marcas de luxo do grupo Volkswagen, já adiantou que vai rever as necessidades de provisões para cobrir os custos com o escândalo das emissões.

“Vamos usar os documentos do tribunal para avaliar o que ainda temos de deixar de lado para as contas anuais”, referiu um porta-voz da Audi, citado pela Reuters.

Até agora, a marca alemã já pôs de lado 980 milhões de euros para fazer face aos encargos com o Dieselgate.

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Amazon investe mil milhões em terminal de carga aérea

A empresa de comércio online vai fazer um investimento milionário e os fãs estão entusiasmados. A expectativa é que a Amazon se esteja a preparar para competir com empresas como a FedEx.

A Amazon prepara-se para investir 1,49 mil milhões de dólares (mais de 1,38 mil milhões de euros) num terminal de carga aérea no estado do Kentucky, nos Estados Unidos. A expectativa dos clientes é que este seja o primeiro passo para que a Amazon venha a competir com as empresas de entregas FedEx e UPS, noticia a Reuters (acesso gratuito) esta quarta-feira.

Segundo a agência financeira, a Amazon fechou um contrato de 50 anos para arrendar um terreno de 900 acres (à volta de 364 hectares) no norte do estado de Kentucky. Esta dimensão fica bastante próxima dos terminais de carga aérea das grandes empresas de entregas.

Nos últimos meses, a Amazon tem apostado nas entregas por conta própria, de forma a reduzir o tempo de entrega, bem como os custos e a incerteza de confiar as entregas a terceiros. A empresa justifica assim o investimento que vai fazer, dizendo que o objetivo é complementar as empresas como a FedEx, e não substituí-las.

A justificação não convence, contudo, os analistas. “Estimamos que a Amazon tenha uma oportunidade de mercado superior a 400 mil milhões de dólares na área das entregas, expedição de mercadorias e serviços de logística”, comenta um analista da Baird Equity Research, numa nota citada pela Reuters.

O terminal ainda não tem data de inauguração, mas a empresa antecipa que serão criados 2.000 empregos.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 1 Fevereiro 2017

A direita francesa está a braços com um problema nas presidenciais, Espanha tenta reduzir riscos de voltar a ter um caso como o das 'cláusulas suelo', e outras quatro notícias que marcam a atualidade.

Esta quarta-feira as notícias aquecem na Ásia, onde um escândalo à volta do que se afigura agora como a detenção de um multimilionário para lá da linha de influência da China, em Hong Kong, está a criar confusão e controvérsia. Na Coreia do Sul, Ban Ki Moon desilude ao afirmar que não vai avançar para substituir a presidente impugnada do país. França continua a braços com as alegações contra a mulher do candidato da direita às presidenciais, François Fillon, e Espanha procura aprovar uma alteração legislativa que melhor proteja os clientes bancários de serem mal informados ao pedirem um empréstimo. Leia as seis notícias que marcam a atualidade mundial esta terça-feira.

The New York Times

Multimilionário levado pela polícia de Hong Kong para o continente

O multimilionário Xiao Juanhua terá sido levado do seu hotel em Hong Kong para a China continental pela polícia. O empresário, que tem laços com algumas das famílias mais poderosas do país, está desaparecido desde sexta-feira, e uma declaração publicada num jornal assinada por ele não convenceu de que Xiao se encontrava ainda em Hong Kong. Xiao tem nacionalidade canadiana e, a confirmar-se que foi levado de Hong Kong pela polícia chinesa, a sua detenção seria uma violação da regra de “um país, dois sistemas” entre Hong Kong e a China. Leia a notícia completa no New York Times. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

Les Échos

Fillon enfrenta graves dificuldades na corrida ao Eliseu após acusações de corrupção

A situação de François Fillon está a preocupar a direita francesa: o candidato escolhido nas primárias, preferido sobre Nicolas Sarkozy e Alain Juppé, pode estar prestes a ver cair a sua candidatura às presidenciais devido a uma investigação feita às contas da sua mulher. Segundo revelações de um jornal satírico de investigação, o Le Canard Enchaîné, Pénélope Fillon terá recebido mais de 900 mil euros de dinheiros públicos, contratada pelo marido para a Assembleia Nacional. Fillon já afirmou que retirará a candidatura se for constituído arguido. Leia a notícia completa no Les Échos. (Conteúdo em francês / Acesso condicionado)

Deutsche Welle

Conselho de Segurança da ONU pede regresso de cessar-fogo na Ucrânia

Treze pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em novos choques entre as forças ucranianas e os rebeldes apoiados pela Rússia, após a eleição de Donald Trump que, pelos seus laços próximos com Moscovo, deu novo fôlego aos confrontos. O Conselho de Segurança das Nações Unidas exprimiu esta terça-feira “profunda preocupação” com a “deterioração perigosa” na Ucrânia, e pediu um fim da violência. Leia a notícia completa na Deutsche Welle. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Straits Times

Antigo secretário-geral da ONU Ban Ki Moon não se vai candidatar à presidência da Coreia

Ban Ki Moon não vai concorrer para presidente da Coreia do Sul, declarou o ex-secretário-geral das Nações Unidas e predecessor de António Guterres no posto. “Vou retirar-me da política”, afirmou Ban Ki Moon, que muitos esperavam viesse a candidatar-se para substituir a impugnada e muito controversa presidente Park Geun Hye. “Lamento por desiludir tantas pessoas”. Leia a notícia completa no Straits Times. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El Economista

Bancos vão ser obrigados a explicar uma a uma as cláusulas das hipotecas

O Governo espanhol prepara uma mudança legislativa, após o escândalo das cláusulas hipotecárias consideradas abusivas pelo Tribunal Europeu de Justiça que abanou o sistema bancário do país, para obrigar a uma maior transparência na realização de empréstimos para a compra de casa. As medidas vão obrigar os bancos a explicar aos clientes cada uma das cláusulas do empréstimo antes de este ser assinado, e os notários a confirmar de que o cliente recebeu “efetivamente” a informação de que precisa. Leia a notícia completa no El Economista. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

Financial Times

Cofundador do PayPal e apoiante de Trump teve cidadania da Nova Zelândia sem cumprir requisitos

Apesar de não cumprir os requisitos necessários, o multimilionário cofundador do PayPal Peter Thiel, que se tornou uma figura importante na campanha de Donald Trump à presidência, teve acesso a um passaporte neozelandês através dos seus compromissos de investir no tecido empresarial do país. A revelação de que Thiel tem nacionalidade neozelandesa desde 2011 está a causar revolta no país, com muitos a argumentarem que trocar a cidadania por dinheiro não é “apropriado”. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

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BCP faz avançar Lisboa na primeira sessão do mês

Fechado o período de negociação em bolsa dos direitos do aumento de capital, o BCP volta aos ganhos acentuados. O desempenho do banco permite à bolsa nacional acompanhar os ganhos na Europa.

A bolsa nacional prova os primeiros ganhos da semana com as ações do BCP em destaque pelo segundo dia consecutivo. Lisboa fechou janeiro com uma desvalorização mensal de 4% e dá início o segundo mês do ano em terreno positivo. E com isso acompanha os ganhos europeus.

O PSI-20, o principal índice português, abriu a sessão com ganhos ligeiros. Seguia em alta de 0,2% para os 4.484,32 pontos. Pela segunda sessão consecutiva, as ações do BCP destacam na praça nacional com um ganho de 2,3% para 0,16 euros. Termina esta quinta-feira o período em que os acionistas podem subscrever os direitos do aumento de capital do banco português. Já o período de negociação em bolsa destes direitos terminou na segunda-feira.

Outra ação em evidência no mercado nacional em janeiro foram os CTT. Os Correios avisaram que o negócio da entrega de correspondência baixou no final do ano passado devido aos feriados, numa altura em que um dos seus principais clientes também já anunciou que vai deixar as cartas para passar a aproveitar a comunicação digital – o Estado passar a notificar os contribuintes por via eletrónica. As ações tombaram mais de 10% na segunda. Ontem recuperaram parte desse tombo. E hoje volta a lamber a ferida, seguindo com uma valorização de 0,41% para os 5,18 euros.

Entre as grandes cotadas nacionais, a Galp perdia 0,04% e a EDP Renováveis cedia 0,2%. Desempenhos que eram contrabalançados com os ganhos (também ligeiros) da EDP e Jerónimo Martins, que avançam 0,3% e 0,06%, respetivamente.

No panorama europeu o otimismo era mais vincado. As bolsas do Velho Continente somam cerca de 0,9%, casos de Madrid, Frankfurt, Paris e Milão. Investidores estão hoje focados na temporada de resultados empresariais.

O BBVA, por exemplo, surpreendeu o mercado com um lucro de 678 milhões de euros no último trimestre do ano, valor que ficou bastante acima dos 520 milhões esperados pelos analistas sondados pela Bloomberg. As ações do segundo maior banco espanhol avançam mais de 2%.

(Notícia atualizada às 8h26)

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Governo chama PCP e Bloco para discutir solução para os precários do Estado

  • ECO
  • 1 Fevereiro 2017

Há duas soluções em cima da mesa para integrar os precários nos quadros da função pública: a abertura de um concurso extraordinário ou a criação de um tribunal arbitral que faça esta integração.

O Governo vai reunir-se esta semana com o PCP e com o Bloco de Esquerda para lhes apresentar as conclusões do relatório que avalia a precariedade no Estado. A notícia é avançada pelo Público, que adianta que o Executivo de António Costa vai discutir com os dois partidos o modelo de integração dos trabalhadores precários das instituições públicas.

A reunião acontece depois de António Costa ter dito que o relatório e as medidas destinadas a combater a precariedade no Estado seriam tornados públicos esta semana. “Vamos ter concluído e será público o relatório que foi feito, mas também o conjunto de medidas” para “responder a este flagelo”, disse o primeiro-ministro na semana passada.

Antes desta apresentação pública, escreve agora o Público, decorrerá a reunião com o PCP e o Bloco. Assim, o mais provável é que o relatório e as medidas acabem por ser apresentados apenas na próxima semana.

Para já, há duas soluções em cima da mesa. Uma é a abertura de um concurso extraordinário para integrar nos quadros da função pública trabalhadores a recibos verdes ou com contratos a prazo, que desempenhem funções permanentes nos serviços. Já em 1997, António Guterres recorreu a uma solução semelhante.

A outra passa por recorrer a um tribunal arbitral, criado para o efeito, para integrar trabalhadores nos quadros, à semelhança do que António Costa fez na Câmara de Lisboa quando estava à frente da autarquia.

Por esclarecer está ainda qual o universo de trabalhadores precários em causa. No primeiro levantamento que fez, o Governo apontou para os contratos emprego-inserção, as bolsas de investigação, os estágios. Contudo, o Bloco e o PCP exigiram que o diagnóstico fosse alargado aos contratos a prazo.

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