PCP propõe encontro com trabalhadores da Carris e STCP

Poucos dias depois de o pedido de apreciação parlamentar ter dado entrada no Parlamento, o PCP vai reunir com organizações de representantes dos trabalhadores das empresas de transportes.

Os comunistas vão reunir com os trabalhadores da Carris e da STCP, depois de no final da semana passada ter pedido uma apreciação parlamentar sobre a transferência da gestão da Carris do Estado para a Câmara de Lisboa. Em causa pode estar a formação de uma nova maioria negativa com o apoio do PSD e CDS, semelhante ao que aconteceu no caso da TSU.

“O PCP propôs um encontro com todas as organizações representativas dos trabalhadores da Carris na Assembleia da República, quinta-feira, pelas 14h e com as organizações representativas dos trabalhadores da STCP, segunda-feira, no Porto”, comunicaram os comunistas esta segunda-feira de noite. Fonte oficial do partido explicou ao ECO que esta proposta vai ao encontro de alguns pedidos feito por essas organizações ao PCP.

Em debate vai estar o futuro de ambas as empresas públicas de transporte que, em 2017, passam a ser geridas pelos respetivos municípios. O Partido Comunista não concorda com essa transferência e, por isso, pediu uma apreciação parlamentar, um meio que o Parlamento tem para cessar a vigência ou para propor propostas de alteração a um decreto-lei do Governo.

O Partido Socialista quer dialogar sobre o assunto com o PCP. O PSD não garante ainda que vota ao lado dos comunistas para viabilizar, na prática, a revogação da passagem da Carris para Fernando Medina, mas um dos vereadores social-democrata já manifestou o seu apoio por ser uma “solução melhor”.

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Wall Street regista maior queda desde as eleições em novembro

A bolsa de Nova Iorque desvalorizou como nunca tinha feito desde a eleição de Donald Trump. A razão? O novo Presidente e a sua ordem executiva de impedir a entrada de refugiados no país.

Até agora os mercados estavam a reagir de forma positiva às políticas de Donald Trump, mas esse panorama mudou esta segunda-feira. Até o Dow Jones — depois de acumular recordes na semana passada — baixou dos 20.000 pontos. Hoje os índices fecharam em terreno negativo em Nova Iorque acompanhando os protestos à política isolacionista de imigração com a ordem executiva do novo Presidente.

Segundo a Bloomberg, este é o pior resultado de Wall Street desde que o resultado das eleições de 8 de novembro deu vitória a Trump. O S&P 500 desvalorizou esta segunda-feira como não tinha feito desde 1 de novembro. O índice baixou 0,7% para os 2.278,54 pontos. Quem desceu mais foi o Nasdaq que registou uma quebra de 0,83% para os 5.613,71 pontos.

Contudo, a desilusão do dia é o Dow Jones que desceu da barreira dos 20.000 pontos, depois de a ter atingido na semana passada. O índice desvalorizou 0,61% para os 19.971,13 pontos. A prejudicar as expectativas dos investidores está um previsível choque entre o Presidente dos Estados Unidos e o Congresso, o que está a captar mais a atenção mediática do que as políticas pró-crescimento que a nova Administração quer aplicar. O dólar também desvalorizou face ao à divisa japonesa iene.

Numa ordem executiva assinada, Donald Trump suspendeu a entrada de refugiados nos Estados Unidos por pelo menos 120 dias e impôs um controlo mais severo aos viajantes oriundos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Síria e Iémen durante os próximos três meses. Esta tentativa de bloquear a entrada a refugiados — entretanto travada por uma juíza federal norte-americana — mereceu críticas por parte de alguns dos principais líderes mundiais. Além disso, vários empresários norte-americanos já demonstraram a sua solidariedade com os refugiados.

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Fundação Champalimaud oferece ajuda a cientistas impedidos de viajar para os EUA

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2017

A Fundação Champalimaud ofereceu-se hoje para ajudar os cientistas afetados pela ordem executiva de Trump que impede a entrada nos EUA a refugiados e a cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

A Fundação Champalimaud ofereceu-se hoje para ajudar os cientistas afetados pela ordem executiva de Trump que impede a entrada nos EUA a refugiados e a cidadãos de sete países de maioria muçulmana.

Numa declaração publicada na sua página na Internet, escrita em inglês, a fundação declarou estar “profundamente perturbada” com as notícias recentes que dão conta de cientistas retidos na Europa devido à nova política de imigração do presidente norte-americano Donald Trump.

“Encorajamos os cientistas afetados por esta ordem [executiva] que possam estar retidos na Europa a contactar-nos. Faremos todos os esforços para dar resposta às vossas necessidades aqui, no Centro Champalimaud, em Lisboa, Portugal”, lê-se na nota divulgada pela instituição.

Na sexta-feira, o Presidente norte-americano assinou uma ordem executiva que proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.

Os cidadãos daqueles sete países que possuem uma autorização de residência permanente (‘green card’) nos Estados Unidos “não são afetados”, disse no domingo ao canal NBC o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, adiantando, no entanto, que poderão ser submetidos a interrogatórios aprofundados à sua chegada ao país.

O período anunciado de 90 dias será usado para pôr em prática um sistema de verificação extremamente minucioso dos candidatos à entrada nos Estados Unidos.

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CMVM proíbe short selling com ações do CTT

O regulador decidiu que as vendas a descoberta estão proibidas esta terça-feira porque o preço das ações caiu 13,99%, mas também porque não é de excluir a especulação com os títulos.

O regulador proibiu temporariamente as vendas a descoberto das ações dos CTT devido à queda abrupta do preço das ações. Na sessão de hoje, os títulos da empresa liderada por Francisco Lacerda caíram 13,99% para os 5,17 euros por ação, depois de a empresa ter revisto em baixa as perspetivas para a sua atividade. E a CMVM não põe de parte a possibilidade de haver movimentos especulativos na bolsa.

A proibição vigora durante esta terça feira. Em comunicado, a CMVM explica que “a proibição temporária de vendas a descoberto das ações representativas do capital social dos CTT – Correios de Portugal” é “relativo às vendas a descoberto e a certos aspetos dos swaps de risco de incumprimento”.

No mesmo comunicado ao mercado, o regulador justifica a decisão dada a “diminuição significativa do respetivo preço”, “uma diminuição de 10% ou mais no preço das ações em causa, em relação ao preço de fecho do dia de negociação imediatamente anterior”. Neste caso, uma quebra de 13,99%, depois de a empresa anunciado uma deterioração do negócio no final do ano passado, sendo que o lucro antes de impostos provavelmente terá caído até 7%.

A generalidade dos bancos de investimentos alertaram para as perspetivas menos otimistas da empresa liderada por Francisco Lacerda. O JPMorgan, por exemplo, talhou em 30% a avaliação que fazia dos Correios.

A CMVM justificou ainda a sua decisão com o facto de “não poder excluir a ocorrência de um fenómeno de especulação com impacto negativo”.

As vendas a descoberto, ou short selling, são a venda de um ativo que ainda não se detém a um preço acordado, esperando depois que o preço real do ativo caia para o recomprar e lucrar com a diferença.

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Grécia: Assistência poderá estar em causa se FMI rejeitar participar

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2017

A Grécia está novamente em maus lençóis a aguardar por uma decisão do FMI. A participação do Fundo Monetário Internacional é decisiva para que a UE apoie os gregos, avisa Klaus Regling.

O diretor-geral do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, admitiu esta segunda-feira que as instituições europeias não aprovarão o desembolso da próxima ‘tranche’ do programa de assistência à Grécia se o Fundo Monetário Internacional (FMI) rejeitar participar no resgate.

“Essa é a minha hipótese de trabalho. Não porque seja a minha condição, mas porque os nossos Estados-membros assim o entendem. Esse é o acordo institucional a que chegámos no passado. Essa é a minha hipótese de trabalho”, afirmou Regling aos jornalistas quando questionado sobre se a participação do FMI era uma condição para aprovar o próximo desembolso à Grécia.

O FMI vai anunciar a 6 de fevereiro se participa no resgate à Grécia, face ao qual agora só proporciona apoio técnico aos credores europeus – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e MEE –, mas os Estados-membros, nomeadamente a Alemanha, que conta com o apoio de Bruxelas, insistem que a instituição deve participar no resgate.

Nesta decisão, o Fundo terá em conta a análise de sustentabilidade da dívida helénica que considera ser “altamente insustentável”, o que contraria a posição do MEE, que entende que esta “pode ser gerível”. Neste sentido, Regling lembrou que estas preocupações “não são novas” e que a posição do MEE é “clara” quanto a continuar o programa com a participação do FMI, não porque necessitem do seu apoio financeiro, considerando que o MEE o pode proporcionar, mas porque esse foi o acordo entre as instituições “e não há razão para mudá-lo agora”.

Não porque seja a minha condição, mas porque os nossos Estados-membros assim o entendem. Esse é o acordo institucional a que chegámos no passado.

Klaus Regling

Diretor-geral do Mecanismo Europeu de Estabilidade

O diretor-geral do MEE assumiu que o deixa “muito nervoso” a possibilidade de o FMI recusar participar no resgate, “porque isto criaria sérios problemas em alguns países”, e assegurou que o presidente do Eurogrupo e ministro holandês das Finanças, Jeroen Dijsselbloem, bem como as instituições europeias, “estão a trabalhar” para que o FMI participe na próxima reunião do Eurogrupo. Questionado sobre se as instituições europeias têm um “plano B” caso o FMI rejeite participar no resgate à Grécia, Regling respondeu negativamente.

O responsável antecipou que as instituições europeias não terão de desembolsar os 86.000 milhões de euros previstos no terceiro resgate, uma vez que, quer o crescimento, quer o desempenho orçamental do país foram “melhores do que o esperado” e a banca “provavelmente necessitará de menos 20 mil milhões de euros que o previsto”.

Na sexta-feira, foi divulgado um relatório segundo o qual o FMI considera a situação da dívida grega “insustentável” e “explosiva” a longo prazo e apela à zona euro para propor medidas de alívio “mais credíveis”.

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Lisboa entre as cidades mais amigas das startups

Num vídeo do Fórum Económico Mundial, Lisboa surge a meio da lista das dez cidades mais amigas das startups. Noutro, Portugal é um dos dez países com mais empreendedores.

Restam poucas dúvidas de que Lisboa está na moda. Ainda mais se o tema em causa for o empreendedorismo. Depois de um ano marcado pela vinda do WebSummit para Lisboa, que reuniu mais de 53.000 participantes vindos de 167 países, a capital portuguesa é agora destacada pelo Fórum Económico Mundial (FEM) como uma das dez cidades europeias mais amigas das startups.

Num curto vídeo publicado no Facebook, Lisboa surge como a quinta melhor cidade para se começar uma empresa. A justificação é pragmática: “Os salários são baixos, o custo do espaço para escritórios é acessível e há talento disponível.” Mas, num artigo, o FEM vai ainda mais longe: “Lisboa é um elemento particularmente interessante da lista na medida em que só passaram alguns anos desde que Portugal esteve mergulhado numa profunda crise financeira.”

O que faz com que uma cidade seja mais amiga das startups? Na ótima do FEM, “não é só o dinheiro”. O artigo cita um estudo para indicar alguns dos pontos que põem as cidades na mira dos empreendedores. Entre eles, a existência de “talento altamente qualificado” e de “ecossistemas de boa qualidade”. Os custos, que se querem baixos, surgem em terceiros lugar nas prioridades. E o capital? É só o último tópico.

A lista das melhores cidades para startups é encabeçada por Berlim (Alemanha), seguindo-se Londres (Reino Unido), Amesterdão (Holanda) e Barcelona (Espanha). A capital alemã beneficia dos “custos favoráveis” e de ser, para o FEM, uma das cidades europeias mais internacionalizadas. As últimas cidades entre as melhores são Copenhaga (Dinamarca) e Viena (Áustria).

Portugal também brilha

Lisboa não é a única a merecer destaque do FEM. Num outro vídeo publicado este sábado, Portugal aparece como um dos dez países europeus com mais empreendedores. O país surge na nona posição, com a indicação de que “foram criadas 35.264 empresas no último ano”, logo a seguir à Hungria, considerada um polo de talento na área da segurança aplicada às telecomunicações.

Letónia é, para o FEM, o país europeu com mais empreendedores, de onde se destaca a “forte cultura de startup que existe entre os jovens”. No pódio aparece ainda a Estónia e a Eslováquia.

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Trump tem outra na manga. E está a preocupar o setor da tecnologia

  • Bloomberg
  • 30 Janeiro 2017

Donald Trump prepara-se para reformar os programas de visto para trabalhadores estrangeiros, uma proposta que pode penalizar as empresas do setor da tecnologia. Mercados emergentes levam por tabela.

O atrito entre Donald Trump e Silicon Valley, provocado pelas políticas de imigração, está prestes a tornar-se ainda maior. Depois de o novo Presidente dos Estados Unidos da América ter banido refugiados e viajantes de sete países de maioria muçulmana, a Google, o Facebook, a Salesforce, a Microsoft e outras empresas já se opuseram à medida, defendendo que viola os princípios do país e ameaça perturbar o motor de inovação norte-americano.

No entanto, os próximos passos de Trump poderão afetá-las de forma ainda mais direta: o Governo está a preparar uma ordem executiva para reformular os programas de visto para trabalhadores estrangeiros, dos quais dependem as empresas de tecnologia para contratar dezenas de milhares de funcionários todos os anos. Se forem implementadas, estas reformas irão provocar grandes mudanças em empresas da Índia, como a Infosys e a Wipro, e mudar o modo como a Microsoft, a Amazon e a Apple recrutam profissionais, só para citar alguns exemplos. As companhias terão de dar primazia aos cidadãos norte-americanos e, caso recrutem trabalhadores estrangeiros, terão de dar prioridade aos de salários mais altos.

"Os programas de visto para trabalhadores estrangeiros devem ser administrados de modo a proteger os direitos civis dos trabalhadores norte-americanos.”

Proposta de reforma dos programas de visto para trabalhadores estrangeiros

Cópia obtida pela Bloomberg

“As políticas de imigração do nosso país devem ser elaboradas e implementadas para atender, acima de tudo, ao interesse nacional dos EUA”, lê-se no esboço da proposta, de acordo com uma cópia obtida pela Bloomberg. “Os programas de visto para trabalhadores estrangeiros devem ser administrados de modo a proteger os direitos civis dos trabalhadores norte-americanos e dos atuais residentes legais e a dar prioridade à proteção dos trabalhadores americanos — os nossos trabalhadores esquecidos — e aos cargos que ocupam.”

Originalmente, os vistos de trabalho para cidadãos estrangeiros foram uma medida criada para ajudar as empresas dos EUA a recrutar trabalhadores fora do país quando não conseguiam mão-de-obra qualificada internamente. No entanto, nos últimos anos, surgiram denúncias de abuso deste programa para recrutar do exterior mão-de-obra mais barata e, assim, preencher vagas que poderiam ser destinadas a cidadãos norte-americanos. Os principais recetores dos vistos H-1B são trabalhadores terceirizados, principalmente originários da Índia, que administram os departamentos de tecnologia de grandes empresas nas quais a maioria dos funcionários vem de outros países.

A Administração Trump não respondeu a um pedido de comentário a esta proposta, que vai ao encontro das declarações públicas do Presidente sobre pressionar as empresas para criarem mais empregos nos EUA, do setor automóvel à tecnologia.

A indústria está aberta a reformas, mas estas não devem criar obstáculos ao bom funcionamento das empresas.

R. Chandrashekhar

Presidente executivo da Nasscom

Já as empresas de tecnologia da Índia, encabeçadas pela Tata Consultancy Services, pela Infosys e pela Wipro, argumentam que os vistos ajudam-nas a tornarem-se mais competitivas, pondo funcionários especializados a gerir as operações de tecnologia. Sublinham ainda que os programas de vistos permitem manter empregos nos EUA e que, se tiverem de pagar mais pela mão-de-obra, deslocarão a maioria do trabalho para outros locais, em mercados mais acessíveis como a Índia.

“Inspeções e investigações anteriores não revelaram irregularidades por parte das empresas indianas de serviços de tecnologias da informação, que sempre cumpriram a lei na íntegra”, disse R. Chandrashekhar, presidente da Nasscom, um grupo deste setor na Índia. “A indústria está aberta a reformas, mas estas não devem criar obstáculos ao bom funcionamento das empresas.”

A Wipro e a TCS preferiram não comentar. Uma porta-voz da Infosys disse que a empresa está atenta às propostas dos EUA relativamente aos vistos, mas ainda é muito cedo para avaliar o impacto que estas vão ter porque ainda não se sabe o que vai ser aprovado.

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Regulador chumba tarifas da ANA para 2017

O regulador aéreo decidiu chumbar provisoriamente as novas tarifas para 2017 propostas pela ANA. A empresa que gere os aeroportos está a aguardar pela decisão final.

Não haverá aumentos nas taxas aeroportuárias para 2017, pelo menos para já. A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) reprovou, a título provisórios, as novas tarifas propostas pela ANA, a empresa que gere os aeroportos em Portugal. Desta forma, as taxas aplicadas em 2016 vão continuar a ser cobradas este ano.

“A ANAC – Autoridade Nacional Aviação Civil – deliberou não aprovar, a título provisório, a entrada em vigor, a partir do dia 1 de janeiro de 2017, da estrutura tarifária que consta da decisão da ANA de 28 de outubro de 2016”, lê-se no site da ANA, informando que, “em conformidade, e até à emissão da decisão final por parte da ANAC, a ANA irá aplicar nos aeroportos da rede os quantitativos das taxas sujeitas a regulação económica aprovados e em vigor desde janeiro de 2016”.

De acordo com o tarifário para 2017, disponível no ‘site’ da gestora aeroportuária, o aumento da receita regulada por passageiro terminal é de 16 cêntimos na rede ANA, sendo de 22 cêntimos em Lisboa, 15 cêntimos em Faro, 11 cêntimos no Porto e 10 cêntimos nos Açores, ficando inalteradas as taxas nos aeroportos da Madeira e no Terminal Civil de Beja. “As variações absolutas propostas não constituem uma variação tarifária excessiva e, igualmente importante, não comprometem a atividade dos aeroportos da rede ANA nem a respetiva competitividade tarifária”, defende a ANA — Aeroportos de Portugal no documento publicado na sua página na Internet, em novembro do ano passado.

"Até à emissão da decisão final por parte da ANAC, a ANA irá aplicar nos aeroportos da rede os quantitativos das taxas sujeitas a regulação económica aprovados e em vigor desde janeiro de 2016.”

ANA

A Aeroportos de Portugal é detida pela Vinci Airports desde 2012 e é presidida por Jorge Ponce de Leão. Prevê-se que em breve a empresa anuncie, em conjunto com o Governo, um memorando de entendimento para tornar a base aérea do Montijo no aeroporto complementar que tem vindo a ser pedido e estudado em Portugal. O aeroporto comercial do Montijo deverá ficar operacional para receber passageiros já no final de 2018.

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Maior banco italiano regista prejuízos de 11 mil milhões em 2016

O UniCredit não se salvou a um ano complicado para a banca italiana: os custos de reestruturação do banco ultrapassaram as estimativas. O maior banco italiano registou prejuízos de 11,8 mil milhões.

2016 foi um ano negro para a banca italiana: o resgate do Monte dei Paschi vai custar 6,6 mil milhões de euros ao país e esta segunda-feira ficou a saber-se que o maior banco de Itália registou prejuízos de 11,8 mil milhões de euros no ano passado. O UniCredit divulgou hoje os resultados e justificou-os com despesas extraordinárias maiores do que o previsto, explica a Bloomberg.

Apesar de ter colocado dinheiro à parte para lidar com o crédito malparado e despesas extraordinárias feitas no âmbito do plano de recuperação do banco, o banco com sede em Milão gastou mais mil milhões de euros, somados aos 12,2 mil milhões de euros anunciados a 13 de dezembro.

Em causa está, por exemplo, uma maior contribuição que o UniCredit fez para o Fundo de Resolução Nacional italiano. Com o anúncio dos prejuízos, as ações do maior banco italiano caíram 5,5% para os 26,2 euros por título, segundo a Bloomberg.

Porém, estes não são os resultados finais do banco relativos a 2016. Esse relatório será revelado a 9 de fevereiro. Até ao final do próximo mês, o UniCredit terá ainda de fazer um update no seu plano para lidar com o crédito malparado, uma obrigação do Banco Central Europeu.

No quarto trimestre de 2016, o banco falhou um dos requisitos do BCE relativo numa das medidas de solidez financeira (o rácio de capital common equity Tier 1). O desafio será diminuir o risco durante este ano conforme pedido por Mario Draghi.

Prevê-se que o banco faça o aumento de capital de 13 mil milhões de euros a 6 de fevereiro, uma vez que o conselho de administração do UniCredit reúne-se esta quarta-feira. O valor de mercado estimado do UniCredit é de 16,5 mil milhões de euros.

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Dia negro para os CTT… e as bolsas

  • Leonor Rodrigues
  • 30 Janeiro 2017

Os CTT registaram a maior queda de sempre num dia negativo para o setor financeiro na Europa. A bolsa nacional teve um dos piores desempenhos, com as cotadas a perderem quase mil milhões de euros.

Foi um dia negro para os CTT. A empresa liderada por Francisco Lacerda registou a maior queda de sempre, com as ações a desvalorizarem mais de 13% para um novo mínimo histórico. Esta queda só foi superada pela dos direitos do aumento de capital do BCP, que afundaram mais de 20%, arrastando as ações do banco num dia negativo para todo o setor financeiro europeu. A bolsa nacional esteve entre os piores desempenhos da Europa, com o PSI-20 a desvalorizar 2,8%. Num só dia, as cotadas nacionais viram o seu valor em bolsa encolher em quase mil milhões de euros.

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UGT vai assinar adenda ao acordo tripartido

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 30 Janeiro 2017

Reunião está agendada para sexta-feira. UGT já tinha dito que não aceitaria aditamentos de "entidades externas". CGTP frisa que não faz sentido subscrever a adenda a um acordo com o qual discorda.

A UGT vai assinar na sexta-feira a adenda ao acordo tripartido que prevê a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC), afirmou Carlos Silva ao ECO.

A central sindical já tinha dito que não aceitaria “qualquer aditamento de entidades externas ao acordo”, indicando que “quem outorga é quem tem de se pronunciar”. Carlos Silva fazia assim menção à CGTP, o único parceiro social que não assinou o acordo tripartido que prevê, entre várias matérias, a subida do salário mínimo para 557 euros e a descida das contribuições para as empresas abrangidas por este aumento. A redução da TSU acabou por ser travada no Parlamento e, em substituição, o Governo já acordou com os parceiros uma descida do PEC.

Para sexta-feira está agendada a assinatura da adenda ao compromisso tripartido que prevê esta matéria. “O compromisso é um contrato assinado pelo Governo, pela UGT e pelas quatro confederações patronais. Se houver um aditamento a esse contrato, só os outorgantes é que têm de o assinar“, afirmou Carlos Silva em declarações ao ECO.

"O compromisso é um contrato assinado pelo Governo, pela UGT e pelas quatro confederações patronais. Se houver um aditamento a esse contrato, só os outorgantes é que têm de o assinar.”

Carlos Silva

Líder da UGT

Ou seja, a UGT aceita que a CGTP assine todo o compromisso tripartido, mas não apenas a adenda. “Se a CGTP quiser assinar o compromisso tripartido, perfeitamente de acordo. Não temos nada contra, pelo contrário, isso só reforça e valoriza a concertação social. Agora só assinar o que é bom e deixar aquilo que entende que não é bom para os outros, não estou de acordo“, afirma. Aliás, esta nem é uma possibilidade na mesa para Carlos Silva: como poderia a CGTP assinar a adenda “se não faz parte do compromisso anterior?”, questiona. “Então você faz um acordo de um arrendamento de uma casa e o vizinho do lado vem assinar um aditamento ao contrato? O que é que ele tem a ver com aquilo? Nada”, remata.

Do lado da CGTP, Arménio Carlos confirma que estará na reunião de sexta-feira e diz que vai esperar pelo conteúdo da proposta de redução do PEC para se pronunciar. Mas acrescenta que não faria sentido alguém assinar a adenda “de um acordo que não subscreveu”. E o líder da Inter continua a achar o compromisso desequilibrado.

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Há um robô a servir café em San Francisco

A rapidez impera no Cafe X. O novo café robótico é o primeiro do género nos Estados Unidos e promete ser rápido a servir um café de qualidade. Quem o serve? Um robô.

A personalização está cada vez mais no centro dos serviços fornecidos ao consumidor. A par e passo está o desenvolvimento tecnológico com a automatização na linha da frente. Um jovem estudante norte-americano criou uma cafetaria tradicional, mas sem funcionários. Ou melhor, o funcionário é eletrónico: um robô é quem manda no Café X, uma aplicação com café lá dentro.

Aos 23 anos, Henry Hu continuava a odiar esperar nas filas e, por isso, decidiu criar um quiosque, conta o Business Insider. Pelas fotografias reveladas, não parece existir mesas ou cadeiras. Também não é esse o objetivo. A ideia é que os consumidores interajam com os tablets para personalizar o seu café e depois pegar no copo com o resultado final, continuando o seu percurso. Veja aqui uma demonstração:

A ideia materializou-se em Hong Kong e chegou esta segunda-feira a São Francisco, nos EUA, no centro comercial Metreon. O café robótico utiliza grãos de café locais (à escolha do freguês) e o objetivo é reunir qualidade com rapidez: o robô não consegue fazer coisas extraordinárias, mas faz os movimentos que tem programados com uma velocidade superior à dos humanos. Segundo o fundador, o Cafe X é capaz de preparar entre 100 a 120 bebidas por hora, consoante a complexidade dos pedidos.

Henry Hu pensou na ideia quando estava a estudar empreendedorismo e tecnologia na Babson College. Partilhou-a online com programadores de Hong Kong, vendeu o seu carro e pediu investimento a uma família amiga. Além disso, Hu conseguiu 100 mil dólares através do programa Thiel Fellowship, em junho de 2016, uma iniciativa de Peter Thiel (co-fundador do Paypal) para jovens que deixem o curso universitário para se focarem no empreendedorismo.

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