OMS gasta mais em viagens do que no combate à SIDA

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

Por ano, a Organização Mundial gasta em viagens cerca de 200 milhões de dólares (179 milhões de euros), mais do que despende no combate a alguns dos maiores problemas de saúde, como a SIDA.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) gasta em viagens cerca de 200 milhões de dólares (179 milhões de euros) por ano, mais do que despende no combate a alguns dos maiores problemas de saúde, como a SIDA, foi hoje divulgado.

De acordo com documentos da OMS, a que a agência de notícias AP teve acesso, o que a OMS gasta em ajudas para lutar contra alguns dos maiores problemas de saúde pública, caso da SIDA, tuberculose e malária é bastante inferior do que gasta anualmente em viagens realizadas pela organização.

À medida que ONU tem vindo a pedir mais dinheiro para dar resposta às crises mundiais na área da saúde, também tem vindo a lutar contra as despesas que faz com as viagens.

Embora a ONU tenha introduzido novas regras na tentativa de travar um orçamento crescente para as viagens dos seus funcionários, os documentos internos alertam para o facto de estarem a ser quebradas as regras de controlo de despesas com viagens.

“Há funcionários que procuram ter regalias, tais como a reserva de bilhetes de avião em classe executiva e a reserva de quartos em hotéis de cinco estrelas”, refere a AP, citando documentos internos da OMS.

No ano passado, a OMS gastou cerca de 71 milhões de dólares com a SIDA e com a hepatite e para travar a propagação da tuberculose despendeu 59 milhões de dólares.

Numa recente viagem à Guiné-Conacri, onde a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, elogiou as equipas de saúde na África Ocidental por terem triunfado na luta contra o vírus Ébola, ela instalou-se na maior suíte presidencial no hotel Palm Camayenne em Conacri.

O preço da suíte é de 900 euros (1.008 dólares) por noite, sendo que a OMS se recusou a dizer quem tinha pago à guia que a acompanhou.

Sobre o assunto apenas referiu que os hotéis são, por vezes, pagos pelo país anfitrião.

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Passos Coelho defende que União Europeia complete a união bancária

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

Completar a união bancária é, segundo Passos Coelho, uma forma de impedir que os empresários e famílias sejam penalizados. Permite também evitar as divergências económicas dentro da UE.

O presidente do PSD defendeu hoje que a União Europeia precisa de completar a união bancária, de forma a que empresários e famílias não sejam penalizados e também para evitar as divergências económicas dentro do espaço europeu.

“Sem completar a união bancária, não conseguimos que os empresários, as famílias, quando têm de aceder ao crédito e ao financiamento não sejam penalizados pela geografia dentro da Europa”, afirmou Pedro Passos Coelho.

O líder do PSD, que intervinha no encerramento da 10.ª Universidade Europa, na Batalha, promovido pelas estruturas do partido a nível nacional e europeu, lamentou que “ainda se esteja muito longe de se ter uma discussão séria” sobre a matéria.

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Portalegre não escapa à escassez de alojamento para universitários

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

Apesar de não estar entre as cidades mais procuradas para arrendamento pelos estudantes universitários, Portalegre tem uma oferta escassa de alojamento em relação à procura.

Apesar de não estar entre as cidades portuguesas mais procuradas para arrendamento pelos estudantes universitários, Portalegre tem uma oferta escassa de alojamento em relação à procura e muitas vezes as condições estão aquém do desejado.

Além da escassez, nem sempre a qualidade acompanha as exigências do mercado, segundo o empresário do ramo imobiliário Duarte Gonçalves. “Pelo que consigo perceber deste tipo de mercado em Portalegre, a taxa de ocupação é máxima, as condições oferecidas nem sempre são as melhores e os valores mensais situam-se entre os 150 e os 175 euros”, disse à Lusa.

De acordo com este empresário, a procura supera a oferta e o negócio existente está nas mãos de particulares, não havendo, por exemplo, uma imobiliária que domine este tipo de mercado na cidade do Alto Alentejo.

Também contactado pela Lusa, o presidente da Associação de Estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), Jaime Leitão, confirmou que “a oferta é inferior à procura” e que uma grande parte dos imóveis não apresenta condições de habitabilidade satisfatórias.

“Há relatos por parte dos estudantes que indicam que as casas que alugam ou pretendem alugar não apresentam condições, estão velhas, o mobiliário também antigo e as canalizações obsoletas”, disse.

De acordo com Jaime Leitão, também há relatos negativos sobre os valores praticados nos arrendamentos – muitas vezes “não estão adequados” às condições dos imóveis e “uma grande parte” dos senhorios não passa recibos de renda.

“Além desses fatores, também há proprietários de quartos ou apartamentos que não querem alugar os seus espaços a estudantes”, acrescentou.

A residência para estudantes do IPP tem capacidade para cerca de 200 pessoas, estando atualmente com uma taxa de ocupação de 100% e com lista de espera, de acordo com o administrador Antero Teixeira. De acordo com o responsável, os preços praticados na residência variam “entre os 73 e os 110 euros”.

O arrendamento dirigido a estudantes universitários continua caracterizado por uma maior procura do que oferta e com mais quartos no mercado para arrendar do que apartamentos, segundo imobiliárias consultadas pela agência Lusa.

Como cidades mais procuradas pelos estudantes, além das tradicionais Lisboa e Porto, surgem Aveiro, Vila Real, Coimbra, Almada, Setúbal, Braga, Faro, Covilhã e Évora.

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“Hotel do futuro” começa a ser inventado agora. Centro de inovação do turismo lançado este mês

O Governo quer fazer de Portugal "um país especializado na indústria do turismo" e o primeiro passo é dado já este mês, com a inauguração do centro de inovação para o setor.

“Se queremos liderar o turismo do futuro, é preciso haver um motor adicional”. Foi desta forma que, no final do ano passado, a secretária de Estado do Turismo anunciou que o Governo, em parceria com o Turismo de Portugal, com associações empresarias e com o sistema financeiro, iria criar um centro de inovação para o turismo. O centro está pronto para ser inaugurado e será anunciado esta segunda-feira, durante a apresentação do programa Turismo 4.0.

O centro de inovação do turismo é uma das iniciativas que faz parte do pacote Turismo 4.0, que, por sua vez, se insere na estratégia do Governo para a digitalização da economia. O objetivo? Discutir e desenvolver ideias inovadoras para o setor. “O que se pretende é levar a digitalização e a inovação às empresas portuguesas”, explica ao ECO Luís Araújo, acrescentando que o centro estará aberto a todas as nacionalidades e a todos os tipos de empresa do setor.

Será um centro de discussão e de lançamento de ideias ou de projetos que qualquer entidade, em qualquer país do mundo, entenda que precisa de desenvolver. Podem ser questões de gestão da atividade turística, seja hoteleira, seja de agências de viagens, seja de animação, ou podem ser equipamentos a serem desenvolvidos para criar o hotel do futuro ou a viatura do futuro”, detalha o presidente do Turismo de Portugal, sem precisar ainda a que tipo de recursos as empresas terão acesso neste centro.

Quando anunciou a criação deste centro, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, adiantou que o objetivo é fazer de Portugal “um país especializado na indústria do turismo”, para que este setor “tenha um efeito arrastador sobre outras indústrias que não aquelas que associamos tradicionalmente ao turismo”.

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Proprietários conciliam arrendamento a estudantes com alojamento local em Lisboa

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

Os proprietários de imóveis na capital estão crescentemente a investir em residências privadas para estudantes, negócio que conciliam com o alojamento local.

Os proprietários de imóveis na capital estão crescentemente a investir em residências privadas para estudantes, negócio que conciliam com o alojamento local e que está a afetar a disponibilização de prédios para residências públicas da Universidade de Lisboa.

De um prédio abandonado há alguns anos na zona do Intendente, Lourenço Botton fez uma residência privada para estudantes universitários, investimento realizado com outros sócios. A reabilitação do imóvel começou em fevereiro de 2016. Passados sete meses, em setembro, o prédio começou a receber os estudantes, disponibilizando 41 quartos, com capacidade para 84 pessoas.

“É um negócio rentável. Estamos agora a fechar o nosso segundo semestre e está-nos a correr muito bem, felizmente”, disse à Lusa Lourenço Botton, que assume o cargo de diretor operacional desta residência, indicando que existem quartos ‘standards’ a 500 euros, suites até 625 euros, apartamentos T1 até 750 euros e T2 até 1.050 euros.

Nos meses de julho e agosto, que coincidem com o período de férias, a residência vai estar destinada ao alojamento local. O mês de julho já está completamente cheio e há bastantes reservas para agosto.

A sociedade estabelecida para a criação desta residência privada no Intendente ambiciona crescer no negócio do alojamento a estudantes, perspetivando atingir “mil camas em Portugal até 2020”, avançou Lourenço Botton, considerando que é uma boa forma de rentabilizar os imóveis, uma vez que “há uma enorme falta de camas estudantis em Portugal”.

De acordo com o presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), Luís Menezes Leitão, tem havido “algum interesse” dos proprietários em disponibilizar os imóveis para arrendamento a estudantes.

“O grande problema dos proprietários, neste momento, é fazer arrendamentos com maior duração”, devido à instabilidade da lei do arrendamento, afirmou Luís Menezes Leitão, advogando que o alojamento a estudantes acaba por ser “um alojamento menos comprometido do que propriamente o arrendamento tradicional”, uma vez que “os estudantes, normalmente, estão transitoriamente no imóvel”.

Segundo o responsável de marketing da plataforma ‘online’ Uniplaces, que se dedica ao alojamento de estudantes universitários, João Ribeiro, verifica-se um crescimento no negócio do alojamento a estudantes em Lisboa, em que “muitos investidores começam a reabilitar antigos prédios para construir e adaptar a residências universitárias”.

“Também temos assistido a um fenómeno que é senhorios ou proprietários que acabam por [conciliar] o alojamento local com o alojamento a estudantes, isto porque o alojamento a estudantes tem uma sazonalidade, tal como o alojamento local”, referiu João Ribeiro, explicando que, assim, os proprietários acabam por “maximizar a taxa de ocupação” do imóvel com “turismo no verão e estudantes no período de inverno”.

Questionado sobre a nacionalidade dos investidores que apostam no alojamento a estudantes em Lisboa, o responsável da Uniplaces disse que há “um pouco de tudo”, mas estimou que 50% dos investidores sejam portugueses e os restantes 50% sejam estrangeiros, nomeadamente “franceses, ingleses, angolanos e brasileiros”.

O interesse dos proprietários pelo arrendamento a estudantes e pelo alojamento local já está a afetar o serviço de alojamento disponibilizado pela Universidade de Lisboa.

Atualmente, a Universidade de Lisboa tem 19 residências públicas, em que “metade das residências são arrendadas” e a outra metade é património da academia, indicou à Lusa Rita Casquilho, responsável pela área de alojamento universitário.

“Os senhorios estão a pretender as casas que são deles, que a lei lhes dá hipótese de recuperarem, isto para venderem ou tornarem a alugar a outros”, declarou Rita Casquilho.

Já foi encerrada uma residência e está previsto o encerramento de mais duas, bem como a diminuição de andares disponíveis numa outra residência.

Neste momento, as residências da Universidade de Lisboa disponibilizam um total de 869 camas, mas estima-se que percam “até 160 camas” com o fim dos contratos de arrendamento com os proprietários dos imóveis.

“Pensamos que, em relação às residências que estão a ser construídas, vamos compensar as que estão arrendadas e que temos que devolver aos senhorios”, afirmou a responsável pela área de alojamento universitário, lembrando que está a ser construída uma residência no polo da Ajuda, com 170 camas, e outra está “em fase de projeto” na Avenida das Forças Armadas.

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Universitários queixam-se de “preços estapafúrdios” no alojamento em Lisboa

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

Os estudantes universitários de que encontrar alojamento em Lisboa está cada vez mais difícil, quer em residências públicas, devido à oferta limitada, que leva à prática de "preços espatafúrdios".

Encontrar alojamento na cidade de Lisboa tornou-se cada vez mais difícil para os estudantes universitários, quer em residências públicas, devido à oferta limitada, quer em residências privadas, uma vez que os senhorios pedem “preços estapafúrdios”.

“Os senhorios abusam imenso nos preços”, afirmou à Lusa Liliana Sá, de 26 anos, estudante da Universidade de Lisboa, advogando que as condições dos imóveis são “terríveis”: “Já vi um quarto em que a cozinha e a casa de banho eram no mesmo local”.

Deslocada da Madeira, Liliana conseguiu alojamento na residência universitária Egas Moniz, na zona do Saldanha, onde vive há cinco anos, dividindo o quarto com outra rapariga e partilhando a casa com outros 140 jovens, e onde acaba por não pagar nada por ser bolseira.

Prestes a concluir os estudos, a jovem madeirense pretende continuar a viver em Lisboa, mas os preços “altíssimos” para arrendar casa deixam-na assustada.

A viver também na residência pública, Tiago Carvalho, de 21 anos, de Santarém, sente-se um privilegiado – apesar de não ser bolseiro, conseguiu ser ali aceite e paga 140 euros por mês com despesas incluídas.

“Há colegas meus que se não estivessem aqui a morar muito provavelmente não poderiam estar a estudar”, declarou, admitindo que “é complicado” viver numa residência, porque não há tanta privacidade, “mas em termos económicos é um sacrifício que tem que ser feito”.

Atualmente, a Universidade de Lisboa tem 19 residências, com capacidade total de 869 camas, informou à agência Lusa Rita Casquilho, responsável pela área de alojamento universitário, indicando que “a taxa de ocupação é 100%” e existe fila de espera, uma vez que a oferta existente não consegue dar resposta à procura.

De acordo com Rita Casquilho, a grande procura pelas residências públicas deve-se “a carência económica dos agregados familiares, que não têm hipótese de pagar um alojamento em Lisboa”.

“Ao aluno que se candidatou a alojamento [nas residências públicas], se é bolseiro e não lhe foi solucionado o problema, desde o momento em que entregue o recibo a provar que está a pagar o alojamento, o Estado dá 125 euros na bolsa para ajuda do pagamento do alojamento em Lisboa”, explicou a responsável, frisando que estas regras se aplicam a nível nacional.

"Face ao último trimestre do último ano, houve um crescimento de 70% na procura e mais ou menos 33% na oferta [de arrendamento a estudantes]”

Lourenço Botton, Uniplaces

No circuito das residências privadas, a Uniplaces posiciona-se como “a única plataforma dedicada ao alojamento universitário” em Portugal, com “cerca de seis mil” imóveis em Lisboa e no Porto, declarou João Ribeiro, responsável de marketing da plataforma. “Face ao último trimestre do último ano, houve um crescimento de 70% na procura e mais ou menos 33% na oferta” de arrendamento a estudantes, revelou.

O aumento da procura face à oferta acaba por se refletir na dinâmica de preços. Atualmente, o preço médio por quarto em Lisboa é 355 euros, após ter registado um aumento de 10%, disse o responsável de marketing da Uniplaces.

Na zona do Intendente, os proprietários de um prédio de cinco andares, que estava há alguns abandonado, decidiram reabilitar o imóvel e destiná-lo totalmente ao arrendamento a estudantes, disponibilizando, desde setembro de 2016, 41 quartos, com capacidade para 84 pessoas.

Segundo o diretor operacional desta residência privada no Intendente, Lourenço Botton, existem quartos ‘standards’ a 500 euros, suites até 625 euros, apartamentos T1 até 750 euros e T2 até 1.050 euros, dirigindo-se a “um ‘target’ mais alto”.

“A ocupação é garantida pela Uniplaces a 100%”, afirmou Lourenço Botton, reconhecendo que a maioria da procura é de estudantes estrangeiros, porque o preço pedido “está um bocadinho acima da média” que os estudantes portugueses conseguem pagar.

Vindos de Faro, Gonçalo Aniceto, de 27 anos, e Ana Delgado, de 22 anos, são namorados e ambos estudantes em Lisboa. Neste momento, são os únicos portugueses a viver na residência privada do Intendente, onde partilham um dos apartamentos T1 e pagam 685 euros com despesas incluídas, o que corresponde a um encargo individual de cerca de 350 euros.

“O preço é acessível”, afirmou Gonçalo Aniceto, acrescentando que o preço para um apartamento com as mesmas condições e com a mesma qualidade fora de uma residência para estudantes “é mais 100 ou 150 euros” do valor que pagam atualmente.

O casal vai ter de sair em breve da residência privada por não ter renovado o contrato atempadamente e já anda à procura de uma nova casa, tarefa que não tem sido fácil. “Cada vez está a ser mais difícil arranjar um quarto por menos de 300 euros, o que é absurdo”, expôs Ana Delgado.

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Proprietários: Arrendamento a estudantes continua a ser “negócio à margem da lei”

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

A Associação Nacional de Proprietários afirma que o arrendamento a estudantes universitários continua a ser “um negócio à margem da lei”, praticado por inquilinos, através de subarrendamento.

O presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), António Frias Marques, afirma que o arrendamento a estudantes universitários em Portugal continua a ser “um negócio à margem da lei”, praticado por inquilinos, através de subarrendamento.

“É um negócio clandestino, porque não passam recibo”, declarou à Lusa o presidente da ANP, explicando que, “normalmente, as casas que são alugadas aos estudantes não são alugadas pelos proprietários diretamente”.

De acordo com António Frias Marques, o negócio do alojamento a estudantes é feito essencialmente por subarrendamento, em que “o proprietário aluga um andar, depois quem aluga esse andar aluga quarto a quarto”.

Desde que os proprietários estejam de acordo, é permitido” fazer subarrendamento, disse o representante da ANP, acrescentando que os donos dos prédios só se opõem quando arrendam o imóvel “por 100 ou 200 euros, como são as rendas antigas, e depois quem lá está subaluga por 1.000 ou 1.500 euros”.

Segundo João Ribeiro, responsável de marketing da plataforma ‘online’ Uniplaces, que se dedica ao alojamento de estudantes universitários, o arrendamento clandestino a estudantes “é uma realidade que ainda existe”.

“Não conseguimos de todo controlar. Aquilo que fazemos é, sempre que alguém está a reservar com a Uniplaces, nós garantimos que essa pessoa está legal. Pelo menos, providenciamos todas as ferramentas e toda a informação disponível para que seja legal”, declarou João Ribeiro, advogando que o problema “vai sempre existir”.

Na perspetiva da Uniplaces, “a sensação é de que cada vez mais começa a diminuir” a ilegalidade no negócio do alojamento a estudantes.

“Se todos trabalharmos em conjunto, sejam empresas privadas, empresas públicas, o próprio Governo, acho que é algo que conseguimos combater”, defendeu João Ribeiro.

Habituada a dar resposta à procura dos estudantes por alojamento em Lisboa, Rita Casquilho, responsável pela área de alojamento da Universidade de Lisboa, disse à Lusa que o grande problema é “o mercado paralelo”, uma vez que os senhorios não passam recibos.

O recibo de renda é essencial para os estudantes universitários com bolsa de estudo que se candidatam a alojamento nas residências públicas da universidade e não conseguem vaga, porque só com a prova do recibo é que recebem “125 euros na bolsa para ajuda do pagamento do alojamento em Lisboa”, explicou Rita Casquilho, frisando que estas regras se aplicam a nível nacional.

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Banca estrangeira aposta no negócio das casas

  • ECO
  • 21 Maio 2017

Os promotores imobiliários nacionais estão a ser sondados por bancos alemães e holandeses, que são atraídos pelo boom do mercado e por spreads mais altos, avança o DN/Dinheiro Vivo.

bancos europeus a sondar promotores imobiliários nacionais, com vista a financiar novos projetos que estavam até agora parados por dificuldades de acesso ao crédito, avança o DN/Dinheiro Vivo neste domingo (acesso pago). Em causa, estão, sobretudo bancos alemães e holandeses que procuram tirar partido do boom do mercado imobiliário nacional, bem como de spreads mais altos que podem conseguir.

Os contactos estarão a ser feitos junto de property advisors, segundo revelou uma fonte do mercado imobiliário. “Pedem-nos que sejamos uma espécie de ponte com os promotores para anunciar que há interesse em conceder crédito. É bom para as empresas que não encontram alternativas viáveis junto da banca portuguesa e é bom para os bancos estrangeiros, que nos países de origem financiam a construção com spreads de 1% e aqui podem ganhar taxas de 3%“, referiu ao jornal.

Luís Lima, presidente da APEMIP, confirmou ao jornal a existência deste tipo de contactos. “Há realmente vontade de bancos estrangeiros em financiar a construção em Portugal”, afirmou o representante das imobiliárias, que vê com bons olhos essa entrada de bancos estrangeiros no mercado de crédito nacional. “Pela saúde do mercado, equilíbrio de preços e até redução da especulação que infelizmente começa a surgir é importante que haja nova construção“, salienta Luís Lima.

"Pela saúde do mercado, equilíbrio de preços e até redução da especulação que infelizmente começa a surgir é importante que haja nova construção.”

Luís Lima, APEMIP

Segundo os cálculos da APEMIP, a banca nacional está a conceder apenas 5% do crédito que circulava antes da crise. Acresce ainda o facto de, apesar da recuperação, o crédito às empresas de construção baixou 14,3% e está em mínimos de 16 anos. “A construção ainda é vista em Portugal como um setor de risco e, estando os bancos portugueses mais pressionados em termos de rácios de capital, têm mais dificuldade em conceder empréstimos. A carteira de crédito malparado na construção é muito elevada. Os bancos estrangeiros, de maior dimensão, têm maior capacidade para oferecer crédito“, explica ao DN/Dinheiro Vivo fonte da banca.

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Imobiliárias nacionais registam melhores resultados de sempre no 1.º trimestre

  • Lusa
  • 21 Maio 2017

O aumento da procura de casas e da concessão de crédito à habitação justificam o crescimento da faturação e das vendas das maiores imobiliárias nacionais no primeiro trimestre deste ano.

As imobiliárias Remax, ERA e Century 21 registaram nos primeiros três meses de 2017 os melhores resultados de sempre, graças ao aumento da procura por compra de casa e de concessão de crédito a habitação.

Pela Remax surgiu o anúncio de que o primeiro trimestre deste ano foi o seu “melhor de sempre”, ao registar aumentos de faturação de 40% face ao período homólogo, de colaboradores, cujo total é de 5.400, e de transações na ordem dos 19%.

A empresa escusou-se a divulgar os números absolutos, mas acrescenta que no segmento de luxo os “números também são muito expressivos”, com um aumento de 39% na faturação e 36,5% nas transações.

Nos três primeiros meses do ano, a rede da imobiliária participou na transação de 6.809 imóveis (5.116 vendas e quase 1.700 arrendamentos).

A empresa referiu à Lusa que se mantém a tendência da localização da venda de casas dos últimos anos, com a zona da Grande Lisboa a “representar uma fatia importantíssima dos negócios de compra/venda efetuados”.

“Com exceção do concelho do Porto (com um peso de 2,91% do total), os mais importantes concelhos em termos de compra/venda são os situados na Zona da Grande Lisboa e Margem Sul”, concluiu a empresa à Lusa, que indicou a “tendência de crescimento das vendas” quer nos imóveis usados quer nos novos.

“Na realidade, há uma escassez, cada vez mais notória, da oferta destes dois produtos, isto é, a procura tem excedido largamente a oferta, o que tem conduzido a uma subida dos preços praticados”, indicou a Remax, referindo que algumas agências suas têm “clientes interessados na compra de imóveis com características não distintas ou especiais e mesmo assim não encontram qualquer produto condicente”.

Já Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, confirmou que a empresa viveu também o “seu melhor trimestre de sempre”: “desde 2007 que registamos uma sólida média de crescimento, de cerca de 15%, ao ano. Porém, nos primeiros três meses de 2017 registamos um aumento de 29% na rede Century 21 Portugal”.

Na base dos bons resultados está o aumento das transações com recurso ao crédito à habitação, o que “está a permitir que as famílias, de classe média e baixa, regressem ao mercado”.

O crescimento no início de 2017 faz adivinhar uma “evolução muito significativa” para o resto do ano, que deverá ficar marcado por um “enorme dinamismo” no mercado imobiliário nacional.

“Não obstante, a oferta continua bastante desajustada da procura”, comentou o responsável, notando ser “imperativo que os valores médios dos imóveis se ajustem às reais capacidades financeiras das famílias e jovens de classe média”.

“O maior motor do mercado imobiliário nacional são os portugueses que, na sua esmagadora maioria, não possuem poder de compra compatível com os preços de aquisição ou arrendamento de imóveis no centro das cidades”, pelo que se deve abandonar uma “lógica especulativa” e enveredar por uma “lógica de valor acrescentando, centrada no consumidor”.

Já a ERA caracterizou março de 2017 como o “melhor mês de sempre em 20 anos”, um resultado justificado pelos níveis de confiança mais elevados, a economia a crescer, a maior concessão de crédito à habitação, as taxas de juro baixas e ‘spreads’ competitivos e a elevada procura por parte de estrangeiros.

Junta-se ainda a baixa rentabilidade dos depósitos a prazo, segundo a empresa, que refere a cada vez maior procura de imóveis, tanto por estrangeiros, como por famílias nacionais.

Sem avançar números absolutos, a ERA indicou um crescimento de faturação, no primeiro trimestre e na comparação homóloga, em distritos como Setúbal (36,1%), Viana do Castelo (33,8%) ou Braga (30,6%).

O inquérito mensal Portuguese Housing Market Survey (PHMS), produzido pela Confidencial Imobiliário e pelo RICS desde finais de 2010, tinha assinalado que em março a venda de casas em Portugal “cresceu ao ritmo mais forte já registado” por este indicador e que a colocação de novos imóveis no mercado não acompanha o ritmo de crescimento de procura de casa para comprar, o que impulsiona a subida de preços.

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Novo Banco: João Salgueiro diz que regras da venda “não foram cumpridas”

  • ECO
  • 21 Maio 2017

João Salgueiro defendeu que deveria ter sido aberta uma ronda de negociação "concorrencial" em vez de uma "imposição" na venda do Banco.

As regras do concurso para a venda do Novo Banco não foram cumpridas. A denúncia é feita por João salgueiro, economista e antigo ministro das Finanças, que em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, considerou que deveria ter sido aberta uma ronda de negociação “concorrencial” em vez de uma “imposição” na venda do banco.

O economista que, segundo adiantou, recebeu as regras do concurso na sua caixa do correio, através de duas fontes anónimas, salienta que as regras foram alteradas a meio do percurso não permitindo que outros interessados viessem a concurso. Para João Salgueiro, deveria ter sido aberta “uma nova rodada” do concurso, porque “as regras diziam coisas que não foram cumpridas”, e não percebe porque é que o Governo ainda não explicou o que se passa, nem porque é que a União Europeia aceita o negócio de venda à Lone Star.

O antigo ministro das Finanças, considera que não é possível um concurso ter “um dia marcado com um só concorrente”, sublinhando que as regras do concurso – a que teve acesso – impunham uma negociação “concorrencial”, considerando, por isso, que deixou de haver “negociação” para haver uma “imposição”, o que “reduz o valor das coisas”.

João Salgueiro referiu ainda que este negócio provocou um “mal estar grande na banca” porque estão “a financiar um concorrente que ainda tem um bónus para estar em Portugal”.

A recapitalização da CGD foi outro dos temas alvo de críticas por parte do economista. Este critica a ingerência da União Europeia no futuro da CGD, admitindo no entanto que “tem confiança no governo português e na administração da CGD para resolverem os problemas da CGD”. Para João salgueiro, o maior foco de preocução é a “interferência de fora” para beneficiar outros concorrentes, considerando que a banca portuguesa está a ficar prejudicada no contexto europeu.

A União Europeia “gostava de acabar com todos os bancos portugueses“, disse. “Está a criar bancos grandes intencionalmente quando foi isso que levou à crise de 2008”, criticou.

Desempenho do PIB não resolve o problema

Do ponto de vista do desempenho económico do país, o antigo ministro das Finanças desvaloriza o crescimento de 2,8% do PIB regitado no ultimo trimestre. João Salgueiro não considera que se trate de um bom desempenho. “Não resolve o problema, não se fez nada para isso. Aconteceu”, afirma.

O economista considera que o crescimento registado esteve diretamente ligado às mudanças no Médio Oriente e no Mediterrâneo que fizeram o turismo crescer, e defende que é preciso investimento produtivo e investimento estrangeiro. E neste último aspeto lembra que o governo tem contra si a coligação que o apoia. Admite mesmo que “o governo é heroico” porque está a tomar medidas nessa matéria mesmo sabendo que não tem o apoio incondicional.

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Temer vai recorrer no Supremo. PGR diz que gravação é legal

Presidente brasileiro falou pela segunda vez ao país para anunciar que vai recorrer no Supremo tribunal para suspender investigação. O PGR diz que a gravação é legal e que o inquérito deve continuar.

O presidente brasileiro Michel Temer anunciou na tarde deste sábado que vai recorrer no Supremo tribunal de maneira a fazer suspender o inquérito que decorre e no qual é acusado de ter dado o “aval” para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, envolvido na Operação Lava Jato. “Ele cometeu o crime perfeito”, disse Temer, referindo-se a Joesley Batista, que terá feito a gravação. “Enganou os brasileiros e agora mora nos Estados Unidos. Quero observar a todos vocês as incoerências entre o áudio e o teor do depoimento. Isso compromete a lisura de todo o processo por ele desencadeado”, sublinhou o presidente brasileiro, citado pela Folha de S. Paulo.

O Procurador-Geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, acusou formalmente o presidente brasileiro por indícios da prática de três crimes. Michel Temer, mas também o senador afastado Aécio Neves, estão a ser acusados de corrupção passiva, obstrução à justiça e organização criminosa no âmbito das investigações de corrupção da Operação Lava Jato.

Esta tarde, Temer considerou a gravação secreta, divulgada esta quarta-feira pelo jornal O Globo, de “clandestina manipulada com objetivos subterrâneos”, na declaração ao país. “Continuarei à frente do país”, reiterou.

Esta não é a primeira vez que Temer fala ao Brasil na sequência do inquérito. Já esta quinta-feira, o presidente brasileiro tinha vindo dizer que não renunciaria.

Na sexta-feira, a crise política no Brasil chegou também às empresas na Península Ibérica. Do petróleo ao retalho, há várias cotadas com uma exposição elevada ao mercado brasileiro, que reagiu às notícias de que Michel Temer foi apanhado numa gravação que pode comprometer a sua liderança enquanto Presidente do Brasil.

PGR diz que gravação é legal e que inquérito é para avançar

Apesar das suspeições levantadas por Michel Temer relativamente à validade das gravações, o procurador-geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, defendeu neste sábado a continuidade do inquérito aberto para investigar o presidente brasileiro.

De acordo com vários órgãos de comunicação social brasileiros, o Ministério Público Federal divulgou no sábado um comunicado no qual informou que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal uma nota na qual defende a continuidade do inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer.

Na mesma nota, a PGR informou que foi feita uma avaliação técnica à gravação, que concluiu que o registo é “audível, inteligível e apresenta uma sequência lógica e coerente, com características iniciais de confiabilidade”.

O procurador acrescentou que “a referida gravação é harmónica e consentânea com o relato da colaboração de pelo menos quatro colaboradores, a saber Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud e Florisvaldo Caetano de Oliveira”, segundo a nota da PGR.

A investigação foi autorizada pelo juiz do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, a pedido da PGR, com base nas delações dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, e do diretor da J&F Ricardo Saud.

Já a ordem dos advogados brasileira avançou com o pedido de afastamento do presidente brasileiro. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil decidiu entregar na Câmara dos Deputados um pedido de abertura de um processo de impeachment [afastamento judicial] do Presidente Michel Temer, acusando-o de “ter cometido um crime de responsabilidade”. De acordo com jornal O Globo, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu no sábado à noite (madrugada em Lisboa), por 25 votos (em 27), aprovar o relatório que recomenda que a entidade faça um pedido de impeachment do presidente Michel Temer.

(Notícia atualizada com mais informação às 16 horas deste domingo)

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Quais são as novidades que a Google tem para nós?

  • Juliana Nogueira Santos
  • 20 Maio 2017

Se não conseguiu acompanhar a conferência da Google, o ECO resume as novidades que foram apresentadas pela gigante norte-americana.

As conferências de apresentação das empresas tecnológicas são sempre eventos entusiasmantes para os amantes das novas tecnologias. E não foi diferente com a última conferência da Google, apelidada de I/O. Por entre conversas, discussões e painéis, lá surgiram as notícias que deixaram os corações dos geeks aos pulos.

Em cerca de duas horas, o presidente executivo da Google, Sundar Pichai, apresentou a todo o mundo os projetos ambiciosos que foram preparados em Mountain View. O ECO já tinha destacado a possibilidade de responder automática e de forma “inteligente” a um email, dando aos utilizadores três hipóteses de resposta predefinidos, mas as melhorias não ficaram por aqui. Que mais novidades tem a Google para nos oferecer?

Sundar Pichai na conferência I/O da Google.

Novos olhos para o seu smartphone

A primeira novidade vai dar novos olhos ao seu telemóvel. A Google anunciou um novo sistema de visão computorizada que será aplicado ao Google Assistant para que este identifique qualquer coisa num relance. Assim, será apenas necessário apontar a câmara para qualquer coisa para que o assistente pessoal a reconheça e apresente automaticamente todas as informações que uma pesquisa Google iria apresentar.

Esta ferramenta já está disponível nos Samsung S8, através da assistente Bixby, mas não tem tido as melhores avaliações dos utilizadores, que afirmam que raramente esta consegue reconhecer corretamente alguma coisa — para além de ainda só saber falar algumas línguas.

Assistente para todos (até para os iPhone)

Além de passar a ver através do Google Lens, o Google Assistant passa também a estar disponível em vários dispositivos, nomeadamente nos da concorrência. A partir de agora também pode obter respostas, marcar eventos ou simplesmente conversar através do assistente da Google através do seu dispositivo Apple — ainda que a empresa não se responsabilize pelos ciúmes que o Siri possa desenvolver.

O assistente da tecnológica também vai ser disponibilizado em novas linguagens, sendo que esta ainda não foi a vez do português europeu.

… até em casa

O concorrente do Amazon Echo foi à escola e aprendeu novas funções. A coluna inteligente da Google, denominada Google Home, foi melhorada para que consiga efetuar chamadas e entenda contextos nas ordens que recebe e envie instruções para outros dispositivos Google, quer seja um smartphone ou um Chromecast.

Para além disto, a componente interativa foi polida e o dispositivo irá notificar proativamente o utilizador, como por exemplo se este tiver de sair mais cedo de casa para chegar ao trabalho, no caso de haver trânsito. Além disto, a Google Home irá ter uma luz de notificação, que alerta o utilizador que esta tem alguma coisa “a dizer” e que só irá ser “dita” quando o utilizador assim o ordenar.

Um Android mais doce

Sempre que chega uma nova versão do sistema operativo, junta-se um novo doce à família: o último foi o Nougat. Sundar Pichai anunciou que o próximo será o Android O. E se está já a pensar que “O” não é um doce, não se apresse. Tudo indica que este tenha herdado a primeira letra das bolachas Oreo.

E quais serão as novidades do novo doce? Emojis renovados, melhorias na segurança, preenchimento automático de palavras-passe e mais funcionalidades que utilizam inteligência artificial. A melhoria de eficiência do software também vai levar a um maior ciclo de vida das baterias.

Com o anúncio destas novidades não foi anunciada a data de lançamento do novo Android O, mas prevê-se que o novo Pixel, o telemóvel topo de gama da tecnológica, traga já estas novas funcionalidades.

… e outro mais leve

Além da nova versão do software, a tecnológica também anunciou uma versão mais leve, para correr em dispositivos com menos de 1 GB de memória, o Android Go. Esta foi feita a pensar nos utilizadores dos países em desenvolvimento, como é o caso da Índia, que não têm acesso a ligações de dados tão rápidas ou tão constantes.

Para além do sistema operativo, as aplicações de raiz também terão uma versão mais light, que consumirá menos memória e menos dados. Os primeiros smartphones com Android Go vão ver a luz do dia em 2018.

Uma realidade virtual cada vez mais real

Pouco a pouco, a Google vai empurrando os limites da realidade, a virtual e a aumentada. No primeiro campo, foi anunciada a criação de um novo set de óculos para a sua plataforma de realidade virtual, a Daydream, que não vão precisar de um smartphone como suporte principal. O produto vai ser desenvolvido numa parceria com a HTC e a Lenovo.

No campo da realidade aumentada, Sundar Pichai acabou com o secretismo e anunciou que já está a ser desenvolvido um projeto há alguns anos, o chamado “projeto Tango” que permitirá andar por um espaço interior e receber automaticamente informações sobre tudo o que está à volta

Se ficou curioso com todas estas novidades, pode rever o evento completo através do vídeo abaixo.

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