“Com muito orgulho”, Manuel Pizarro aceita ser candidato do PS no Porto

Está confirmado: Manuel Pizarro vai mesmo avançar com uma candidatura socialista à Câmara Municipal do Porto. "Para casamentos e batizados, só vai quem é convidado", remata Barbosa Ribeiro.

É oficial: Manuel Pizarro é o candidato do PS à presidência da Câmara Municipal do Porto. A confirmação surgiu esta manhã numa conferência de imprensa. A decisão foi tomada pela concelhia na sequência da rotura de Rui Moreira, atual presidente, com o apoio do PS, devido às declarações de Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do partido, que disse que votos em Moreira seriam votos no PS.

“Estes acontecimentos impõem uma atitude por parte do PS. É mais proveitoso, como uma vida, mantermos uma boa amizade do que um casamento em que uma das partes não se quer manter no casamento”, disse Manuel Pizarro aos jornalistas. E acrescentou: “A posição do Dr. Rui Moreira é legítima, assim como a do PS.”

O atual vereador e número dois de Moreira disse ainda estar orgulhoso do trabalho que os vereadores do PS têm vindo a levar a cabo na autarquia, “num acordo de coligação” em que foram “leais” e “absolutamente cumpridores”. “Tenho muito orgulho em aceitar o convite do meu partido para ser candidato do PS à Câmara Municipal o Porto”, reiterou.

Na conferência de imprensa, sem direito a perguntas, Manuel Pizarro terminou, dizendo: “Vamos fazer uma campanha valorizando que estamos onde sempre estivemos. Para mim e para nós, o Porto e os portuenses estão acima de tudo. Daremos mais detalhes durante a semana”, concluiu.

Estes acontecimentos impõem uma atitude por parte do PS. É mais proveitoso, como uma vida, mantermos uma boa amizade do que um casamento em que uma das partes não se quer manter no casamento.

Manuel Pizarro

Vereador, candidato à CM Porto

“Para casamentos e batizados, só vai quem é convidado”

Em declarações aos jornalistas, Tiago Barbosa Ribeiro disse que “o PS tem defendido o atual executivo, tem trabalhado com a atual maioria, colocando sempre, sempre, a cidade em primeiro”. “É assim que gostaríamos de continuar. Infelizmente não foi essa a posição que a outra parte assumiu”, acrescentou. E rematou: “Para casamentos e batizados, só vai quem é convidado.”

Barbosa Ribeiro referiu que o PS deu à maioria de Rui Moreira “a estabilidade” que não teria de outra forma. E confirmou que a concelhia do PS no Porto decidiu “por unanimidade e aclamação propor Manuel Pizarro para candidato do PS à Câmara Municipal do Porto”. Por responder fica uma questão: se o atual vereador com o pelouro da Habitação e Ação Social se mantém ou não em funções. A campanha arranca já este sábado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo sob pressão. O que está a arrastar as cotações?

O preço do barril de petróleo entrou num ciclo de quedas, negociando já em níveis anteriores ao acordo da OPEP. Conheça as três principais razões que justificam a quebra do "ouro negro".

É quase um regresso à “casa partida”. A cotação do petróleo regressou esta sexta-feira à casa dos 45 dólares por barril, com o crude norte-americano a recuar assim a níveis anteriores ao acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) celebrado no final de novembro do ano passado. Desde o máximo registado em fevereiro, acima dos 54 dólares, o barril de crude já desvalorizou perto de 17%, aproximando-se assim de entrar em “bear market”.

Cotação do crude nos últimos seis meses

Fonte: Bloomberg

Com os membros do cartel reunidos num consenso generalizado em torno do cumprimento dos limites de produção definidos no acordo, o que poderá então estar a pressionar a cotação do “ouro negro”? Conheça abaixo as três principais razões por de trás dessas quedas.

Produção nos EUA não pára de crescer

Os Estados Unidos aproveitaram a boleia do acordo da OPEP, e a recuperação dos preços do petróleo, para abrirem a torneira à sua própria produção. Os últimos dados oficiais disponíveis indicam que a produção de crude voltou a aumentar na semana passada, nos EUA, com esta a ficar próxima dos níveis máximos registados em agosto de 2015. No total foram mais 28 mil barris a mais, por dia, que elevaram para perto de 9,3 milhões de barris a produção diária. Esta é uma das principais razões que tem justificado a recente queda das cotações do petróleo.

Também a contagem de plataformas petrolíferas a produzir nos EUA tem ajudado a pressionar as cotações do petróleo. Segundo os últimos dados da Baker Hughes, entidade que realiza essa contabilização, o número de plataformas em atividade atingiu máximos de dois anos, na semana terminada a 28 de abril. No total, existiam nessa ocasião 697 plataformas a extrair a matéria-prima.

Estes números ajudam a suportar as perspetivas que apontam no sentido de mais aumentos de produção de “ouro negro” na maior economia do mundo. As estimativas do Departamento de Energia dos EUA vão no sentido de que a produção média de crude se situe nos 9,22 milhões de barris por dia, em 2017. Para o próximo ano, as estimativas governamentais apontam para uma produção média de 9,9 milhões de barris por dia, com a produção norte-americana a atingir o patamar mais elevado dos últimos 48 anos.

Reservas de gasolina a acumular

Se a produção de petróleo nos Estados Unidos não para de aumentar, o mesmo acontece com as reservas de gasolina que continuam a avolumar-se na maior economia do mundo. Esta realidade está também a ajudar a pressionar a cotação do “ouro negro”. Os últimos dados disponíveis pelo Departamento de Energia dos EUA indicam que na semana passada, os stocks de gasolina cresceram em 191 mil barris, dando seguimento a uma tendência de acumulação que se regista desde o início do ano.

Os stocks de combustível, ao nível de 241,2 milhões de barris, estão assim 10% acima da média sazonal da última década. A acumulação de reservas resulta da fraca procura de gasolina que, de acordo com dados governamentais, nas últimas quatro semanas caiu 2,7% face ao mesmo período do ano passado.

“Esta é uma tendência continua desde o início do ano, em que as vendas têm sido menores, o que está a lançar uma sombra no mercado e a pressionar os preços“, afirmou Andrew Lipow, presidente da norte-americana Lipow Associates, citado pela Reuters.

Cortes na OPEP: até quando podem durar?

A incerteza da resposta a esta questão é um dos fatores que está também a ajudar a pressionar a cotação do petróleo. Os membros da OPEP acordaram no final de novembro, uma redução concertada na produção da matéria-prima, por um período de seis meses que termina no final de junho. Uma redução cujo prolongamento irá ser reavaliado na próxima reunião dos membros do cartel que acontece em Viena no próximo dia 25 de maio. Apesar do compromisso que até tem sido cumprido num grau elevado pelos países signatários do acordo, existe a incerteza se este será, ou não, prolongado por mais seis meses, até ao fim deste ano.

De acordo com uma sondagem realizada pela Reuters junto de 35 economistas e analistas, poderá conduzir a um reequilíbrio do mercado petrolífero no final de 2017. Contudo, será necessário reunir consensos, o que muitos analistas consideram que será quase certo, mas que ainda não é garantido. E mesmo que se confirme, quais serão as principais consequências disso?

"Aumentar a produção de petróleo nos EUA continuará a impedir novas extensões ao limite de output da OPEP e dos países fora da OPEP… e mais uma vez, fazer renascer o debate relativamente à defesa de quota de mercado por parte dos países que participam no acordo.”

Abhishek Kumar, Interfax Energy Global Analytics

“Os produtores chave do Médio Oriente parecem estar dispostos a limitar a produção de petróleo por mais seis meses, na esperança de que os preços do crude se aproximem ou superem a marca dos 60 dólares“, afirmou Giorgos Beleris, analista de research de petróleo da Thomson Reuters, citado pela agência de notícias. Mas preços mais elevados da matéria-prima também podem ter um efeito enviesado. Podem ajudar a puxar ainda mais pela produção dos Estados Unidos. “Aumentar a produção de petróleo nos EUA continuará a impedir novas extensões ao limite de output da OPEP e dos países fora da OPEP… e mais uma vez, fazer renascer o debate relativamente à defesa de quota de mercado por parte dos países que participam no acordo”, afirmou Abhishek Kumar, analista sénior da Interfax Energy Global Analytics, em Londres, citado pela Reuters.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Relação do Porto proíbe alojamento local e choca contra o Supremo

  • ECO
  • 6 Maio 2017

Contrariando uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, a Relação do Porto proibiu um proprietário de arrendar um apartamento a turistas. Decisão pode não ser passível de recurso.

O Tribunal da Relação do Porto proibiu um proprietário de arrendar um apartamento a turistas, uma modalidade vulgarmente conhecida por alojamento de curta duração. A notícia é avançada pelo Público e a decisão vem em sentido contrário a um acórdão do tribunal superior, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Em março, o STJ considerou legítimo que proprietários de apartamentos em prédios destinados à habitação os destinem ao alojamento local. A decisão foi bem recebida pelos proprietários, com esperança de que viesse a influenciar futuras sentenças de tribunais inferiores acerca do mesmo tema e que, por várias vezes, consideraram ilegítimo este tipo de arrendamento. Não foi, no entanto, o que se verificou.

Segundo o Público, os magistrados da Relação do Porto até citam o acórdão do STJ, mas fazem uma fundamentação diferente. Nomeadamente, assentam a decisão no conceito de habitação, que é “um espaço de vida doméstica com a inerente necessidade de tranquilidade e sossego, não cabendo nela o alojamento local”. Em contrapartida, em março, o tribunal superior decidia que, apesar de o arrendamento dos apartamentos ser um ato de comércio, os mesmos eram destinados, ainda assim, à habitação. Sobretudo de turistas, neste caso.

“Salvo o devido respeito [pelo acórdão do Supremo], a questão está longe de esgotada dada a relevância e complexidade dos fatores envolventes”, indica o tribunal do Porto, citado pelo mesmo jornal. O acórdão ainda não transitou em julgado. Além disso, a decisão não deverá permitir recurso para o STJ, por o valor da ação estar abaixo dos 30.000 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Troika é o principal credor de Portugal, com 1/4 da dívida pública nacional

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

No final do ano passado, 43% da dívida pública portuguesa era detida por fundos europeus, FMI, BCE e BdP. Troika ainda é o maior credor dos 243,5 milhões de euros que o país devia em março.

Os países da zona euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) detêm mais de um quarto da dívida pública portuguesa, devido aos empréstimos concedidos no resgate, o que significa que a troika é o principal credor de Portugal. De acordo com a nota a investidores da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), do final de abril, 28% da dívida pública portuguesa era detida pelo FMI e países da zona euro, totalizando cerca de 68.000 milhões de euros.

Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, que dizem respeito ao período até março, a dívida pública representava 243.500 milhões de euros. Portugal recebeu da troika — FMI, Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (MEEF) — um total de 78.000 milhões de euros (26.000 milhões de euros de cada parte).

O IGCP recorda que dos cerca de 26.000 milhões de euros emprestados pelo FMI o Estado português já reembolsou quase 14.500 milhões de euros — mais de metade do total concedido pelo fundo. Ainda de acordo com a nota aos investidores do IGCP, 48% da dívida dizia respeito a Obrigações do Tesouro, 10% a instrumentos de retalho (como Certificados de Aforro e do Tesouro) e 6% de outros instrumentos de curto prazo.

O IGCP descreve também o tipo de investidor das emissões a 10 anos feitas entre 2010 e 2017: este ano, as principais geografias dos investidores eram sobretudo o Reino Unido, Espanha e Portugal, sendo sobretudo gestores de ativos, bancos, fundos de pensões e de seguros, hedge funds e instituições oficiais. Já em 2010, a maioria dos investidores estavam sediados em França, na Alemanha/Suíça/Áustria e em Portugal. Os gestores de ativos, os fundos de pensões e de seguros e bancos eram os principais perfis de investidores.

Segundo o relatório “Sustentabilidade das Dívidas Externa e Pública”, elaborado por PS e Bloco de Esquerda (BE), e que deverá ser debatido num grupo de trabalho que a Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças deve aprovar na próxima semana, quase metade da dívida pública portuguesa foi financiada pelo “setor oficial”. São cerca de 34.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro detidas pelo Banco Central Europeu (BCE) e Banco de Portugal (BdP), no âmbito do programa alargado de compra de dívida (PSPP – ‘Public Sector Purchase Program – 24.600 milhões de euros), bem como do Securities Market Programme (SMP, 9.500 milhões de euros), observam o PS e BE no relatório.

Somando este valor aos 68.000 milhões detidos ainda pela troika, são 102.000 milhões de euros, o que significa que 43% dos 236.400 milhões de euros de dívida pública portuguesa registados no final do ano passado eram detidos por fundos europeus, FMI, BCE e BdP.

O grupo de trabalho composto por PS e BE estima também que os fundos controlados pelo setor público (como o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social ou os Fundos de Reserva da Caixa Geral de Aposentações) detinham um total de 20.400 milhões de euros da dívida direta do Estado. Além disso, os depósitos a prazo das instituições públicas junto do IGCP somavam 5.300 milhões de euros no final de 2016.

“Em resultado, estima-se que no final de 2016, dos 236.400 milhões de euros da dívida direta do Estado, cerca de 126.200 milhões de euros sejam detidos pelo setor oficial nacional ou internacional e somente cerca de 110.200 milhões de euros sejam transacionados no ‘mercado'”, referem.

No relatório, os dois grupos parlamentares salientam que, desses 110.200 milhões de euros “cerca de 24.200 milhões de euros corresponde a dívida não transacionável (Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro), detida por aforradores particulares, sobretudo residentes”, o chamado mercado de retalho.

“Em suma, na realidade, excluindo a dívida detida pelo setor oficial e a dívida não transacionável detida por investidores de retalho, predominantemente residentes, concluímos que a DDE transacionada nos mercados financeiros e detida por investidores institucionais privados e públicos nacionais e internacionais não ultrapassa os 86 mil milhões de euros (46,4% do PIB de 2016)”, concluem.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PS e BE vão avançar com propostas de alteração ao estatuto do BdP

  • ECO
  • 6 Maio 2017

O PS e o BE vão mesmo avançar com iniciativas legislativas próprias para mudar três artigos do estatuto do Banco de Portugal (BdP). Marcelo Rebelo de Sousa já se mostrou contra.

O PS e o BE querem alterar os estatutos do Banco de Portugal (BdP) em matéria de provisões. Assim, os partidos tencionam avançar em breve com iniciativas legislativas nesse sentido, segundo avança o Expresso [acesso pago], na sequência do relatório apresentado por socialistas e bloquistas acerca da sustentabilidade da dívida pública portuguesa.

De acordo com o semanário, o BE vai avançar com uma proposta própria, tal como o PS, embora ambas possam “vir a ser harmonizadas” aquando da discussão na especialidade. Estão em causa três artigos do estatuto do banco central, que os partidos da esquerda querem alterar para “tornar mais objetivos” os critérios definidos para a criação de provisões, bem como aumentar a participação do Estado no processo e reforçar o papel do ministro das Finanças, que passaria a propor o plano de contas do BdP, submetendo-o também à aprovação do Conselho de Ministros.

Recorde-se que o Governo decidiu não assinar o relatório apresentado pelo PS e BE, embora não o tenha descartado por completo. Ainda assim, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cedo se mostrou contra alterações ao estatuto da entidade liderada por Carlos Costa que resultassem em mexidas na definição das provisões e dividendos do BdP. Citado pelo Expresso, Marcelo indicou que o Governo nunca lhe falou em reduzir os poderes do governador e que tudo não passa de “pura especulação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Macron alvo de ataque informático. Documentos acabam na internet

  • ECO
  • 6 Maio 2017

O candidato melhor posicionado nas sondagens anunciou ter sido vítima de um ataque informático "massivo" que expôs documentos da campanha. Hackers terão misturado documentos falsos com os reais.

Emmanuel Macron foi vítima de um ataque informático “massivo” que expôs uma grande quantidade de documentos roubados à campanha do movimento “En Marche!”, alegadamente a partir de contas de e-mail ligadas ao mesmo. A informação foi avançada esta sexta-feira num comunicado emitido pela campanha do movimento “En Marche!”, minutos antes do início do período de reflexão que proíbe qualquer ação de campanha eleitoral.

Segundo a Bloomberg, o comunicado indica que os hackers terão misturado documentos reais da campanha com documentos falsos e que as atividades expostas pelos documentos são completamente legais. Com receio de que o incidente influencie o resultado da segunda volta das presidenciais este domingo, as autoridades francesas pediram à comunicação social que evite publicar detalhes sobre os mesmos.

Este domingo, os franceses vão às urnas para escolher o próximo presidente. Nesta segunda volta, Macron concorre contra a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen. A campanha ficou marcada por grande crispação entre os candidatos e Macron segue à frente nas intenções de voto com uma distância de 24 pontos percentuais. No entanto, os investidores estão atentos ao desenrolar das eleições, face às intenções de Le Pen de cortar laços com a União Europeia, caso seja eleita.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Manuel Pizarro deverá ser candidato do PS no Porto

  • ECO
  • 6 Maio 2017

Manuel Pizarro deverá ser apresentado ao início da tarde como candidato socialista à presidência da Câmara Municipal do Porto. O vereador não deverá, assim, ir na lista de Rui Moreira.

O PS deverá apresentar um candidato próprio à Câmara Municipal do Porto. E esse candidato será… Manuel Pizarro. Segundo a RTP, o braço direito e vereador do atual presidente Rui Moreira foi escolhido pelo PS/Porto para concorrer à autarquia nas próximas eleições. O anúncio deverá ser feito ao meio-dia.

A confirmar-se, Pizarro entra em rota de colisão com Moreira, atual presidente, que também será candidato e que decidiu romper com o apoio dos socialistas na sequência da polémica provocada por declarações da secretária-geral adjunta do PS à comunicação social. Recorde-se que Ana Catarina Mendes disse ao Observador que votos em Rui Moreira seriam votos no PS, palavras que não caíram bem junto do independente.

Depois da rotura, Rui Moreira ainda admitiu convidar Pizarro para a sua lista independente à autarquia. Porém, ao fazê-lo, seria como cidadão e não como dirigente socialista — e afastou-o de número dois: “O número dois da lista, em qualquer caso, será uma uma pessoa independente, sem qualquer filiação partidária”, disse Moreira esta sexta-feira.

(Notícia atualizada às 10h31 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Reformas antecipadas: quem, quantos, como?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Maio 2017

Novo regime trava saídas mas promete cortes mais baixos. Universo potencial aproxima-se das 40 mil pessoas mas aplicação será faseada. Num primeiro momento pode abranger 18 mil.

Já são conhecidos mais alguns detalhes da proposta do Governo para o novo regime de reformas antecipadas. O futuro modelo pode abranger um universo potencial de quase 40 mil pessoas, mas a entrada em vigor será faseada, diluindo assim o impacto orçamental da medida.

O novo regime trava as saídas para as reformas antecipadas mas promete cortes reduzidos para quem conseguir reunir os requisitos de acesso. Em traços gerais, estas são as diferenças entre o regime atual e o previsto, de acordo com a proposta ainda preliminar:

Acesso mais apertado

O novo regime baixa as penalizações que incidem sobre as reformas antecipadas mas, por outro lado, também será mais rigoroso nas saídas, conforme noticiou o ECO. Atualmente, num regime considerado transitório, esta via está disponível para quem tem mais de 60 anos de idade e 40 de descontos. Mas o novo modelo exige que os 40 anos de contribuições sejam alcançados aos 60 de idade. Um exemplo para ilustrar a diferença: um trabalhador com 40 anos de descontos aos 61 de idade pode atualmente passar à reforma antecipada, com as respetivas penalizações — no novo regime, o acesso estará vedado porque esta pessoa contava apenas com 39 anos de descontos aos 60 de idade.

Além disto, a idade mínima de acesso à pensão (60 anos) vai aumentar ano após ano, ao ritmo da idade legal de reforma.

Idade de reforma continua a subir mas é ajustada consoante a carreira

Tal como hoje, a idade legal de reforma vai continuar a aumentar todos os anos, acompanhando a esperança média de vida. Este ano, fixa-se nos 66 anos e três meses e já se sabe que aumenta um mês em 2018.

Mas quem tem uma carreira contributiva mais longa pode contar com uma espécie de idade de reforma “personalizada”, mais baixa, conforme indica o quadro seguinte:

*Estes serão os referenciais a ter em conta em 2017 se a medida entrar em vigor este ano. A idade ajustada de reforma também avança ao longo dos anos, acompanhando a idade legal.

Esta idade de reforma ajustada permite reduzir ou até eliminar cortes nas reformas antecipadas. Quem abandonar o mercado de trabalho depois da “sua” idade de reforma, não tem cortes; quem abandonar antes, conta com uma redução de 0,5% (ou 0,4%) por cada mês de antecipação face a este referencial.

Atualmente já é possível reduzir a idade de reforma, mas sempre sem baixar dos 65 anos. Pelo caminho ficará ainda uma outra medida que permite hoje mitigar cortes, reduzindo a penalização em quatro meses por cada ano de contribuições acima dos 40.

Fator de sustentabilidade cai

O fator de sustentabilidade, que retira 13,88% às pensões iniciadas em 2017 e avança todos os anos, será eliminado.

Quer isto dizer que só se mantém o corte de 0,5% por cada mês de antecipação. E sabe-se agora que este pode ser reduzido para 0,4% no caso de pessoas que começaram a trabalhar antes dos 16 anos de idade (e têm pelo menos 40 anos de descontos aos 60 de idade).

Grupos protegidos

O Governo garante que os trabalhadores que têm 48 ou mais anos de descontos estão a salvo de qualquer penalização. E, tal como já tinha indicado António Costa, também estarão protegidos todos aqueles que começaram a trabalhar antes dos 16 anos de idade e contem com 46 anos de descontos. Isto tendo em conta os critérios de acesso à reforma antecipada, que exigem, nomeadamente, 60 anos de idade.

Aplicação será faseada

Num primeiro momento, que poderá ocorrer ainda este ano, o Governo conta implementar a primeira fase do regime, que abrange apenas os futuros pensionistas livres de cortes (por terem 48 ou 46 nos de carreira nas condições descritas) e ainda os que beneficiam da redução do corte para 0,4%. Em causa está um universo potencial de 18.123 pessoas, diz o documento entregue pelo Governo aos parceiros sociais. Num ano completo, esta medida tem um impacto de 138,9 milhões de euros.

A segunda fase abrange futuros pensionistas com 63 ou mais anos e a terceira fase dirige-se a quem conta entre 60 e 62 anos de descontos — sempre com o pressuposto de que, aos 60 anos de idade tinham 40 de contribuições. Aqui, o universo potencial abrange 21.509 beneficiários. O custo anual da medida poderá chegar a 194,4 milhões de euros. Porém, o Governo não aponta datas para a implementação destas fases.

Enquanto estas fases não chegarem ao terreno, os pensionistas poderão continuar a sair para a reforma antecipada ao abrigo das regras que vigoram hoje: por um lado, o acesso é agora mais abrangente, por outro, os cortes são mais elevados.

Todas estas alterações estão a ser desenhadas para o regime geral da Segurança Social, deixando de parte, pelo menos para já, a função pública e os regimes específicos, como o que resulta do desemprego de longa duração.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Segurança Social registou 11,4 mil novas reformas antecipadas em 2016

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Maio 2017

Apesar dos cortes a que estão sujeitos, estes pensionistas conseguem, em média, uma pensão mais elevada do que aqueles que saem a partir da idade legal de reforma.

Depois de um período em que as reformas antecipadas estiveram genericamente vedadas na Segurança Social, 2015 e 2016 marcaram novas fases no acesso a este regime. Em 2015, a Segurança Social contabilizou 10,7 mil novas reformas por flexibilização da idade e, em 2016, 11,4 mil, embora este dado mais recente seja provisório.

Se estas novas reformas aumentaram 6,5% entre 2015 e 2016, as pensões sem antecipação caíram 19,5%: de 38,4 mil para 30,9 mil. Mas em 2014 tinham atingido o valor mais baixo desde, pelo menos, 2008: 9,9 mil. Os dados constam de um documento apresentado, quinta-feira, pelo Governo aos parceiros sociais, no âmbito da discussão do novo regime de reformas antecipadas.

A evolução dos números não pode ser dissociada das alterações legislativas que ocorreram nestes anos. O acesso à reforma antecipada foi suspenso na Segurança Social em abril de 2012 (com o Governo PSD/CDS), estando apenas disponível para desempregados de longa duração e regimes especiais. Nesse ano, a Segurança Social contabilizou apenas 8,4 mil reformas por flexibilização da idade (que abrange saídas antes da idade legal de reforma, excluindo desemprego e regimes específicos); em 2013 e 2014, não se registaram saídas. Ainda assim, as novas pensões “normais” atingiram o valor mais alto em 2013 (46,6 mil), caindo a pique no ano seguinte, para 9,9 mil. Aqui, há que ter em conta que, em 2014, o Executivo aumentou a idade de reforma de 65 para 66 anos — o fator de sustentabilidade também foi agravado, mas passou a abranger apenas reformas antecipadas que, nesse ano, estavam vedadas.

Em 2015, o acesso às reformas antecipadas é parcialmente desbloqueado e passa a ser possível para todos aqueles que contem 60 anos de idade e 40 de descontos. Já no início de 2016 voltam as regras antigas, mais abrangentes, que permitiam a saída de trabalhadores que aos 55 anos de idade contassem 30 de descontos. Mas em março desse ano, o atual Executivo decidiu voltar à regra dos 60 anos de idade e 40 de descontos, para rever os cortes considerados significativos que resultavam do regime em vigor. “Tomando por referência os meses de janeiro e de fevereiro de 2016, e particularizando o grupo dos 55 anos (que se traduziu num universo muito reduzido), a penalização determinou uma redução em média de 67,4% das pensões”, indica o documento do Governo. Entre 2015 e 2016, as novas reformas por flexibilização aumentaram de 10,7 mil para 11,4 mil, e as pensões sem antecipação caíram de 38,4 mil para 30,9 mil.

Novas pensões

Fonte: MTSSS; dados de 2016 são provisórios

“Em suma, estas alterações legislativas explicam assim, não só a quebra no número de novas pensões entre 2012 e 2014 (pela suspensão do regime de flexibilização), como a redução significativa no ritmo de saída assim que a suspensão foi levantada”, avança ainda.

Em média, pensão antecipada tem um valor mais elevado

Os dados do Ministério da Vieira da Silva indicam que, nos últimos anos, as reformas antecipadas por flexibilização da idade destacam-se por três características:

  • Resultam de carreiras elevadas. Num cenário em que o acesso à reforma antecipada esteve limitado a trabalhadores com mais de 60 anos de idade e 40 de descontos é natural que as carreiras contributivas sejam mais elevadas comparando com as pensões “normais” — quem já atingiu a idade legal de reforma (66 anos e três meses em 2017, mas crescendo no futuro) pode pedir a pensão a partir dos 15 anos de desconto (ou até menos em casos específicos). Além disso, quem conta com mais anos de descontos tem “maior propensão a reformar-se antecipadamente” devido “à longa vida de trabalho” e também porque consegue reduzir penalizações, diz o documento. Em 2015 e 2016, o peso das carreiras correspondentes a 46 ou mais anos de descontos ascendia a, respetivamente, 57,2% e 52,4% do total.
  • São pagas a pessoas que começaram a descontar muito cedo. Este dado também resulta das condições de acesso. Em 1970, a idade mínima para prestar trabalho era de 14 anos; em 1966, 12 anos. Cerca de 44% dos trabalhadores que anteciparam a idade de reforma em 2016 e que contam com carreiras entre 45 e 47 anos começaram a descontar aos 14 anos de idade ou menos.
  • São pensões médias mais elevadas. O valor médio destas reformas é mais alto porque uma carreira acima de 40 anos de descontos abre a porta a uma pensão — antes de eventuais cortes — mais elevada, relacionada com as remunerações recebidas na vida ativa. “Por outro lado, poder-se-á também especular com algum grau de certeza que são aqueles que trazem historiais de remunerações mais elevados que têm maior propensão a reformar-se antecipadamente”, diz o documento. Isto porque “quem tem remunerações baixas que resultam em pensões baixas preferirá esperar pela idade de reforma, se tiver essa possibilidade”, acrescenta. Contas do Governo indicam que, em média, as pensões antecipadas por flexibilização atingiam 717 euros em 2015, um valor que resvala 14% em 2016, para 661 euros. Já as pensões “normais” eram, em média, de 552 euros em 2015 e de 584 euros em 2016, registando um aumento ao longo dos anos. Ou seja, apesar dos cortes, as reformas antecipadas têm um valor mais elevado.

Acesso vai ser mais restrito

O Governo já se comprometeu a reduzir cortes para carreiras mais longas mas, por outro lado, o novo regime vai tornar-se menos acessível. Porquê? Porque atualmente é possível sair para a reforma antecipada a partir dos 60 anos de idade e 40 de descontos e, no futuro, os 40 anos de descontos têm de ser alcançados aos 60 de idade, conforme já noticiou o ECO.

Ou seja, se atualmente um trabalhador com, por exemplo, 62 anos de idade e 40 de descontos pode aceder à reforma antecipada, com o novo regime isso não vai ser possível porque esta pessoa contava apenas 38 anos de descontos aos 60 de idade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maria Luís Albuquerque: “Défice é o registo de um ano, dívida é a memória de todos os outros”

  • ECO
  • 6 Maio 2017

A antiga ministra das Finanças diz que vivemos "uma fase de recuperação cíclica, a colher os frutos das reformas feitas". Aplaude o défice, mas diz que é preciso fazer mais para fugir ao diabo.

Maria Luís Albuquerque reconhece que país está a recuperar. A antiga ministra das Finanças diz que está numa fase de “recuperação cíclica”, mas que é preciso fazer mais reformas para evitar-se uma nova situação de bancarrota no futuro. Aplaude o défice, apesar de apontar o dedo a medidas extraordinárias, mas alerta para a dívida elevada. E sobre a banca, diz que o setor ainda precisa de se consolidar. E a CGD? “Não me chocaria que fosse privatizada”, mas “num contexto diferente”.

“Estamos numa fase de recuperação cíclica e claramente a colher os frutos das reformas feitas, nomeadamente a trajetória do emprego tem muito que ver com aquelas reformas que foram introduzidas durante a fase do período de ajustamento e que têm vindo, desde 2013, a dar frutos”, diz a antiga ministra das Finanças em entrevista à TSF e Dinheiro Vivo. Mas é preciso continuar a trabalhar, alerta.

"Se o défice é o registo do que aconteceu num ano, a dívida é a memória do que aconteceu em todos os outros anos e diz muito mais sobre o nosso comportamento a prazo do que um resultado do défice num ano”

Maria Luís Albuquerque

Ex-ministra da Finanças

A resolução dos problemas “não pode depender só de uma conjuntura que é favorável – voltará a ser desfavorável algures no futuro -, é preciso continuar a fazer reformas para garantir que a dinâmica positiva se mantém – e isso é que nós não vemos. Não está a ser feito nada para garantir que esta trajetória terá continuidade no futuro. Ir apenas à boleia de uma recuperação cíclica é curto e isso explica porque é que a taxa de crescimento, sendo positiva, não é maior como precisava e poderia ser”.

A ex-governante defende que é “preciso criar no país uma resiliência que nos permita enfrentar futuros choques internos ou externos e alterações do ciclo económico sem termos outra vez de passar por programas de austeridade gravíssimos por estarmos à beira da bancarrota”. Apesar de haver sinais positivos, como o défice, pede mais. Até porque os 2% de défice só foram conseguidos, diz, com medidas extraordinárias.

O défice foi, de facto, o mais baixo em democracia. Isso, em si mesmo, é bom, mas basta ver aquilo que dizem observadores independentes, que não foi feito com medidas sustentáveis para o futuro, ou seja, o corte do investimento é uma opção política que pode ser política mas que teria consequências graves”. E “aquilo que vimos em 2016 foram medidas extraordinárias, o que está previsto em 2017 são também medidas extraordinárias”, remata, salientando que a despesa continua a subir.

“A preocupação do rating tem que ver com isso, mas também com o facto de a acompanhar um défice baixo voltámos a ter uma subida da dívida pública”, diz, notando que “se o défice é o registo do que aconteceu num ano, a dívida é a memória do que aconteceu em todos os outros anos e diz muito mais sobre o nosso comportamento a prazo do que um resultado do défice num ano”.

“Precisamos de ter um comportamento em termos de finanças públicas que assegure que deixamos de aumentar consecutivamente a dívida pública, porque isso, quando já estamos em 130% do PIB, não é de todo sustentável”, nota. E sobre as propostas do grupo de trabalho que foi criado para analisar a dívida pública diz que só o “reembolso antecipado ao FMI faz todo o sentido”. As outras são “muito más ideias”.

Relativamente à banca, Maria Luís Albuquerque diz que o sistema está ainda a consolidar-se. Num contexto diferente “não me chocaria privatizar a CGD”. Neste momento, diz que não faz sentido já que o setor ainda está a recuperar da crise que o país atravessou. “Passar para a gestão privada não iria garantir por definição melhores resultados”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passos Coelho acusa Governo de falta de ambição para o país

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

O presidente do PSD diz que "o principal problema é a falta de ambição da agenda reformista a pensar no futuro".

O presidente do PSD acusou o Governo de falta de ambição para o país, disse que nunca houve tantos trabalhadores a ganhar o salário mínimo e adiantou que a dívida aos hospitais no primeiro trimestre cresceu 29%.

“Deixaram o país sem dinheiro, mas depois o país devia era gastar. E agora? Quando temos condições e devíamos estar a crescer, nunca tivemos tantos trabalhadores a ganhar o ordenado mínimo”, afirmou Passos Coelho.

O líder social-democrata, que se deslocou a Castelo Branco, para participar na apresentação do candidato do PSD, Carlos Almeida, à câmara local, recordou que quando chegou ao Governo, encontrou o país com um défice de quase 11% e quando saiu, deixou o défice em praticamente 3%.

“Estamos muito satisfeitos por estarmos mais próximos do equilíbrio orçamental. Mas, as medidas que hoje aplicam são as que criticavam no passado”, disse.

Adiantou ainda que gostava que o Governo liderado por António Costa usasse o equilíbrio para promover o crescimento do país: “É isso que queremos”.

Passos Coelho disse que espera que, numa altura em que se fala na reestruturação e renegociação da divida, que isso não seja prejudicial e acrescentou que Portugal devia crescer tanto como a média europeia.

“O principal problema é a falta de ambição da agenda reformista a pensar no futuro. O Governo é pouco ambicioso e quer preservar a sua sobrevivência”, frisou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diploma que isenta comerciantes em operações com cartões já foi promulgado

  • Lusa
  • 6 Maio 2017

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma que diz que o encargo com imposto de selo em operações de pagamento com cartões bancários recai sobre a instituição financeira, e não sobre os comerciantes.

O Presidente da República promulgou o diploma do parlamento que clarifica que o encargo com imposto de selo em operações de pagamento com cartões bancários recai sobre a instituição financeira, e não sobre os comerciantes.

Esta promulgação foi divulgada numa nota colocada da página da Presidência da República na Internet, juntamente com outras duas promulgações de diplomas da Assembleia da República sobre a denominação de freguesias nos municípios de Arruda dos Vinhos e de Santarém.

O Presidente da República promulgou hoje o diploma da Assembleia da República que altera o Código do Imposto do Selo, aprovado em anexo à Lei n.º 150/99, de 11 de setembro, clarificando o titular do interesse económico nas taxas relativas a operações de pagamento baseadas em cartões”, lê-se na nota.

Este diploma foi aprovado em votação final global no dia 31 de março, com votos a favor de todos os partidos, menos o PSD, que se absteve, e foi enviado para o Paládio de Belém para promulgação nesta quinta-feira, 04 de maio.

O texto final saído da Comissão de Orçamento e Finanças resultou de uma síntese de projetos apresentados por PS, PCP e Bloco de Esquerda depois de ter chegado ao conhecimento do parlamento que operadores de pagamento estavam a fazer repercutir o encargo do imposto de selo sobre os comerciantes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.