BCE diz que cabe às autoridades nacionais decidirem sobre provisões do Banco de Portugal

O Banco Central Europeu remete o assunto para as autoridades nacionais, já que não existem regras europeias neste âmbito. Governo, PS e BE querem que o Banco de Portugal dê mais dividendos ao Estado.

Questionado pelo ECO sobre a possibilidade de o Governo avançar com uma alteração legislativa que mude a política de provisões e dividendos, o Banco Central Europeu (BCE) responde que o assunto é tratado pelas autoridades nacionais. O BCE esclarece que “não existem guidelines” para os bancos centrais em matéria de provisionamento.

A instituição liderada por Mario Draghi e Vítor Constâncio afasta-se assim da polémica gerada em Portugal e atira a decisão para as “autoridades nacionais”.

“Este é um assunto relativo às autoridades nacionais”, esclarece fonte oficial do BCE, descartando a existência de um impedimento no enquadramento europeu para que esta mudança avance, tal como pretende o Governo, Partido Socialista e Bloco de Esquerda.

Não existem guidelines centrais para o provisionamento“, acrescenta a mesma fonte, recusando fazer mais comentários sobre a matéria. Também dentro da Lei Orgânica do Banco de Portugal (BdP) existe ambiguidade quanto à constituição de provisões, ficando ao critério da política que o Conselho de Administração do banco central quiser fixar.

Na passada sexta-feira, na apresentação do relatório sobre a sustentabilidade da dívida, o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, apesar de não assinar o documento, destacou três medidas em que o Governo estava de acordo, sendo uma delas precisamente a diminuição das provisões do BdP e o aumento dos dividendos, tal como aconteceu no Orçamental do Estado para 2017.

Contudo, o Executivo quer ir mais longe e conta com o apoio do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda, que também fez parte do grupo de trabalho. O deputado socialista, João Galamba, na conferência de imprensa de apresentação do relatório, tinha acusado o Banco de Portugal de estar “sobrecapitalizado de forma injustificada” e abriu caminho para uma alteração legislativa, que contou com o apoio do também presente líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares.

Galamba admitiu que era possível mudar a política de provisões e dividendos do Banco de Portugal sem uma alteração legislativa — tal como foi feito no OE2017 –, mas que essa mudança na Lei Orgânica serviria para tornar mais clara a intervenção do acionista Estado no processo.

É isso que os economistas e deputados que compuseram o grupo de trabalho propõem no relatório: além de exigirem uma fundamentação detalhada que justifique as provisões, as propostas dão mais poder de decisão ao Governo, nomeadamente passando a autorização final da política de provisões para as mãos do ministro das Finanças.

Entretanto, a oposição já veio criticar esta proposta, com o líder do PSD Pedro Passos Coelho a acusar a esquerda de querer “quer deitar mãos às reservas do Banco de Portugal”.

Marcelo Rebelo de Sousa também pronunciou-se sobre o tema, em declarações às televisões, defendendo ser positivo que o Banco de Portugal tenha “uma almofada”. Na ocasião, o Presidente da República alertou que a previsão de uma situação de crescimento da economia europeia e de aumento de juros deve “levar o Banco de Portugal a ter uma almofada financeira que proteja [Portugal] contra esse aumento de juros”.

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Orascom volta a estender prazo da proposta para salvar a Oi

Não há duas sem três: a operadora egípcia Orascom voltou a alargar o prazo de validade da proposta alternativa para salvar a Oi. Empresa brasileira tem até junho para decidir.

A Orascom estendeu mais uma vez o prazo de validade do plano alternativo de recuperação judicial da Oi. Mediante a nova data, a operadora tem até ao primeiro dia de junho para decidir se aceita ou não o plano proposto pela operadora egípcia em dezembro do ano passado, e que prevê uma angariação de até 1,2 mil milhões de euros em capital proveniente do Grupo Sawiris (onde se insere a Orascom) e da venda pública de ações da operadora.

Recorde-se que o plano inclui um investimento de 240 milhões de euros por parte do multimilionário Naguib Sawiris, o dono do grupo, para evitar a falência da maior operadora de telecomunicações do Brasil. No entanto, a Oi tem-se visto a braços com outras alternativas, nomeadamente a recuperação judicial em curso e, em dezembro, disse apenas que ia “analisar com cuidado” essa nova proposta.

O adiamento, comunicado esta terça-feira aos mercados, não é o primeiro. Nem sequer o segundo. O primeiro adiamento colocou a proposta a expirar a 28 de fevereiro deste ano. O segundo alargou o prazo para a última segunda-feira, 1 de maio. Agora, o terceiro adiamento coloca a proposta da Orascom a expirar a 1 de junho. Todas estas decisões foram “voluntárias”.

A Oi tem vindo a analisar tudo isto. Mas, ao mesmo tempo, o processo de recuperação continua. Numa das últimas novidades, a operadora teve luz verde para fazer ajustes ao plano principal, propondo um método pelo qual os obrigacionistas acabam por deter uma fatia de 38% da empresa, como o ECO já explicou aqui.

A Oi é detida em mais de 27% pela cotada portuguesa Pharol PHR 0,00% e acumula 17,6 mil milhões em dívidas a vários credores, incluindo a Anatel, o regulador brasileiro das telecomunicações.

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Transferências para offshore com controlo apertado

  • Lusa
  • 3 Maio 2017

Lei que aumenta as obrigações de reporte de informação sobre offshore entra em vigor esta quinta-feira. O reforço do controlo surge após a polémica em torno da não publicação das transferências.

O Fisco fica obrigado a publicar anualmente o valor total e o destino das transferências de dinheiro de Portugal para paraísos fiscais (‘offshore’), a partir de quinta-feira, segundo um diploma hoje publicado em Diário da república.

A lei aumenta as obrigações de reporte de informação sobre offshore e determina que o Governo, através do Ministério das Finanças, vai regulamentar a lei hoje publicada “no prazo de três meses” a contar de hoje, data da publicação.

“A Autoridade Tributária e Aduaneira fica obrigada a publicar anualmente, no seu sítio na Internet, o valor total anual das transferências e envio de fundos, bem como o motivo da transferência, por categoria de operação e de acordo com a respetiva tipologia, quando tenham como destinatários países, territórios e regiões com regime de tributação privilegiada mais favorável”, lê-se no diploma da Assembleia da República.

A lei altera a lei geral tributária, de 1998, obrigando à publicação dos dados das transferências e envio de fundos para países, territórios e regiões com regime de tributação privilegiada mais favorável.

Esta lei tinha sido promulgada pelo Presidente da República há menos de um mês, em 15 de abril, depois de ter sido aprovada em março no parlamento, por unanimidade, após polémica em torno da não publicação, pelo Governo anterior, do PSD/CDS-PP, dos dados estatísticos referentes a transferências para offshore.

Entre 2011 e 2015, quando o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais era Paulo Núncio, não foram publicadas as estatísticas da AT com os valores das transferências para offshore, uma publicação que tinha passado a ser feita regularmente desde 2010, por despacho do então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Sérgio Vasques (último governo de José Sócrates).

As estatísticas só voltaram a ser publicadas no Portal das Finanças por decisão do atual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, sendo que o Ministério das Finanças detetou que houve 20 declarações de operações transfronteiriças (os modelos 38, enviadas pelos bancos ao Fisco) que “não foram objeto de qualquer tratamento pela Autoridade Tributária”.

Em causa estavam quase 10.000 milhões de euros que foram transferidos para offshore sem o tratamento pela Autoridade Tributária e Aduaneira entre 2011 e 2014.

Inicialmente, em declarações ao Diário de Notícias, Paulo Núncio começou por responsabilizar a AT pela não divulgação pública das estatísticas, afirmando que “essa divulgação não estava dependente de uma aprovação expressa ‘a posteriori’ do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”.

No entanto, Paulo Núncio acabou por ser desmentido, no mesmo dia, pelo antigo diretor-geral do Fisco Azevedo Pereira, que garantiu ter solicitado autorização, por duas vezes, ao ex-secretário de Estado para publicar dados relativos às transferências para ‘offshore’, mas “em nenhum dos casos” esta lhe foi concedida.

No parlamento, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais acabou por admitir depois que deu uma “não autorização” de publicação das estatísticas sobre as transferências para as offshore, considerando que não era obrigado legalmente a fazê-lo.

E assumiu que essa não divulgação se deveu “ao facto de ter dúvidas se as devia publicar ou não devia publicar”, devido a “duas ordens de razão”: a publicação das estatísticas “podia dar algum tipo de vantagem ao infrator” e inclusive “prejudicar o combate à fraude e evasão fiscal”.

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Chineses da TAP tornam-se maiores acionistas do Deutsche Bank

A HNA Group aumentou a sua participação para perto de 10% no banco alemão. Um reforço que já tinha sido sinalizado no início do ano. O acionista chinês da TAP torna-se assim no maior acionista.

A HNA Group, o acionista chinês da TAP, tornou-se o maior acionista do Deutsche Bank. Elevou a participação para quase 10%, ultrapassando mesmo os norte-americanos da BlackRock. Este reforço de posição num dos maiores bancos alemães por parte da HNA acontece depois de o Deutsche Bank ter realizado um aumento de capital de oito mil milhões de euros e abandonado o plano de alienar o Postbank.

Foi em fevereiro que o conglomerado chinês HNA Group reportou uma participação de 3% no banco alemão. Mas, já na altura, o grupo disse que poderia aumentar ainda mais a posição no Deutsche Bank, apesar de querer continuar abaixo dos 10%. Agora aproximou-se dessa fasquia: aumentou para os 9,92%, de acordo com a Bloomberg.

Este aumento faz com que os chineses se tornem no maior acionista da instituição financeira germânica. O grupo fica mesmo à frente da BlackRock, que detém uma participação de 5,9% na instituição financeira. Um investimento que se junta aos 30 mil milhões que a HNA Group já gastou no ano passado em operações. No caso do Deutsche Bank, os direitos de voto do acionista chinês da TAP são formalmente detidos por um veículo criado pelo gestor de ativos austríaco C-Quadrat Investment.

Contactado pela Bloomberg, o porta-voz do Deutsche Bank não quis comentar. As ações do banco também não estão a reagir de forma expressiva às notícias, recuando 0,24% para 16,64 euros.

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Ações ao portador acabam esta quinta-feira

  • Lusa
  • 3 Maio 2017

São dois os diplomas que reforçam transparência no setor financeiro. Um deles dita o fim das ações ao portador enquanto o outro obriga a identificar quem são os no capital dos bancos.

A emissão de valores mobiliários ao portador é proibida a partir de quinta-feira, dia em que as instituições de crédito passam também a ser obrigadas a identificar os beneficiários efetivos das entidades que participem no capital dos bancos.

Os dois diplomas foram hoje publicados em Diário da República e entram em vigor em 4 de maio.

As propostas que resultaram nesta lei, aprovada em 10 de março, foram apresentadas pelo Partido Socialista e Bloco de Esquerda (BE) e proíbem a existência de ações em que os donos não estão devidamente identificados.

Segundo estas propostas de lei, a modalidade de ações ao portador (títulos que pertencem a quem os tiver na mão) fomenta a opacidade, pelo que a mudança visa combater a corrupção, o branqueamento de capitais, a fraude e evasão fiscal, contribuindo para uma maior transparência do mercado de capitais.

Em resultado da nova lei, são alterados os códigos das Sociedades Comerciais e dos Valores Mobiliários, que passam a proibir a emissão de valores mobiliários ao portador.

Os títulos existentes terão que ser convertidos em títulos nominativos (com titular identificado), no prazo de seis meses, define o diploma, que estabelece ainda que a conversão dos valores mobiliários ao portador em nominativos é objeto de regulamentação pelo Governo no prazo de 120 dias a contar a partir de quinta-feira.

Hoje, foi também publicado o diploma que obriga a tornar público o nome dos beneficiários efetivos de empresas que tenham participações qualificadas em bancos.

O diploma define ainda que as instituições de crédito têm 90 dias para proceder ao registo dos beneficiários relativos a participações qualificadas já registadas.

Quando promulgou o diploma, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou o alcance “inequivocamente positivo” do novo regime legal e desejou que ele não possa ser limitado pela definição e concretização dos “beneficiários efetivos”.

Segundo a proposta do Bloco de Esquerda, esta alteração à lei já tinha sido “discutida na sequência da Comissão de Inquérito ao BES, tendo tido o parecer favorável do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários”.

A possibilidade de fazer operações em que o beneficiário efetivo é desconhecido é muitas vezes usada com o objetivo de “ocultação e elisão fiscal”, segundo o BE, pelo que a obrigação de ser conhecido o beneficiário efetivo da participação acionista é importante para “trazer transparência às estruturas societárias das sociedades financeiras”.

Assim, é alterado o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, e onde diz que é obrigatória a “identificação de acionistas detentores de participações qualificadas”, passa a ler-se que é obrigatória a “identificação de acionistas detentores de participações iguais ou superiores a 2%, bem como dos seus beneficiários efetivos”.

Esta iniciativa, referiu na altura o Bloco, já tinha sido aprovada na generalidade na anterior legislatura (com votos favoráveis do PS, PCP, Bloco e “Os Verdes” e a abstenção do PSD e do CDS-PP) mas caducou, o que justificou que agora tenha sido de novo proposta, e aprovada.

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Revista de imprensa internacional

O Brexit continua a ser notícia. A UE reviu os custos de saída do Reino Unido, enquanto que o JP Morgan começa a transferir funcionários. Os chineses da TAP tornam-se maiores acionistas do Deutsche.

O Brexit continua na ordem do dia. Enquanto a União Europeia revê os planos iniciais e põe a fatura nos 100 mil milhões de euros, as instituições financeiras vão antecipando o futuro e começam a transferir quadros que estavam nos escritórios de Londres. Agora é a vez do banco de investimento JPMorgan mas tudo indica que este movimento terá mais seguidores. Mas como a vida não é só Brexit, em Espanha o governo está a desencadear uma verdadeira caça à fraude nos subsídios de desemprego. Só este ano o governo espanhol pretende poupar 1,9 mil milhões de euros e expulsar 220 mil pessoas do desemprego.

No entretanto, os acionistas chineses da TAP continuam na saga das compras e tornam-se no maior acionista de um dos maiores bancos alemães, o Deutsch Bank com uma posição de 10%.

Do outro lado do mundo, Hillary Clinton continua a digerir a derrota nas eleições americanas e apesar de assumir a responsabilidade aponta o dedo a interferências externas.

Expansión

Caça à fraude no subsídio de desemprego poupa 1,9 mil milhões em Espanha este ano

O governo espanhol desencadeou uma “caça” contra a fraude no subsídio de desemprego e estima poupar 1,9 mil milhões de euros expulsando do desemprego 220 mil pessoas este ano. A luta contra a fraude nas prestações do desemprego é um capítulo importante nos pressupostos de contenção e redução dos gastos públicos tanto mais que os 1.9 mil milhões representam 11% dos gastos efetivos desta rubrica que este ano ultrapassa os 18.050 milhões de euros. Desde que começou a crise em 2007, o controlo do desemprego em Espanha, causou 3,2 milhões de baixas e uma poupança de 19 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Expansión (conteúdo em espanhol/acesso gratuito).

Financial Times

Bruxelas coloca fatura do Brexit nos 100 mil milhões de euros

A União Europeia reviu os cálculos iniciais e terá elevado a “fatura” do Brexit para os 100 mil milhões de euros. As medidas mais rigorosas estarão a ser impulsionadas pela França e pela Alemanha. Os negociadores da UE terão revisto os cálculos com o objetivo de maximizar as responsabilidades que a Grã-Bretanha deve cobrir, incluindo medidas da politica agrária comum e taxas de administração da UE em 2019 e 2020. A primeira-ministra britânica, Theresa May por seu turno já veio dizer que a ausência de um acordo é preferível a um mau acordo.

Leia a notícia completa em Financial Times (conteúdo em inglês/acesso pago)

Bloomberg

JPMorgan retira centenas de funcionários dos escritórios de Londres

O JPMorgan pretende retirar centenas de funcionários dos escritórios de Londres e transferi-los para as suas unidades de Dublin, Frankfurt e Luxemburgo. Esta “transferência” de quadros é uma resposta do banco de investimento à saída do Reino Unido da União Europeia. “Vamos usar três bancos que já temos na Europa como âncoras para as nossas operações”, afirmou Daniel Pinto, líder da área de banca de investimento numa entrevista conceda em Ríade na Arábia Saudita. “Teremos de deslocar centenas de pessoas no curto prazo para estarem prontas para o primeiro dia, quando as negociações terminarem e depois veremos os números de longo prazo”, acrescentou.

A JPMorgan não está sozinha neste movimento. Vários bancos estão a preparar-se para alterar as suas operações ao nível europeu.

Leia a notícia completa na Bloomberg (conteúdo em inglês/ acesso pago)

Bloomberg

Chineses da TAP tornam-se maiores acionistas do Deutsche Bank

A HNA Group, o acionista chinês da TAP, tornou-se o maior acionista do Deutsche Bank ao elevar a sua participação para 9,92%. A HNA ultrapassou mesmo os norte-americanos do BlackRock detentores de 5,9% do capital da instituição. Este reforço de posição num dos maiores bancos alemães por parte da HNA acontece depois do Deutsche Bank ter realizado um aumento de capital de 8 mil milhões de euros e de ter abandonado o plano de alienar o Postbank.

Leia a notícia completa na Bloomberg (conteúdo em inglês/ acesso pago).

The Guardian

Hillary assume responsabilidade pela perda das eleições mas aponta dedo a interferências externas

Hillary Clinton, a candidata derrotada por Trump nas eleições presidenciais americanas assumiu esta quarta-feira a responsabilidade pela derrota nas eleições. Mas a ex-candidata democrata não perdeu a oportunidade de apontar o dedo à interferência externa. Clinton referia-se não só à suposta interferência russa no ato legislativo mas também à carta de James Comey, diretor do FBI, referente à investigação dos seus emails.

Leia a notícia completa em The Guardian (contéudo em inglês/ acesso pago)

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Metro quadrado: vista única sobre a cidade e o Tejo

  • ECO + JLL
  • 3 Maio 2017

Zona das Amoreiras vai ter novo projeto residencial com 50 apartamentos.

Está a nascer junto ao Jardim das Amoreiras o projeto residencial Amoreiras Vista, que trará 50 novos apartamentos para uma zona central e consolidada de Lisboa, onde a oferta de habitação nova de qualidade tem sido bastante limitada. A vista ímpar sobre a cidade e o rio Tejo é um dos principais argumentos do empreendimento, que acaba de entrar em comercialização, a cargo da JLL.

O Amoreiras Vista localiza-se numa zona calma, mas que é ao mesmo tempo muito central e cosmopolita. Este eixo das Amoreiras sempre foi um destino residencial premium com bastante procura, especialmente pelas famílias portuguesas, mas nos últimos anos a oferta tem sido avulsa e resultante, muitas vezes, de frações reabilitadas em edifícios antigos. Por isso, acreditamos que este novo projeto gerará bastante interesse e temos muito boas perspetivas para as vendas.

Patrícia Barão, Head of Residential da JLL

De construção nova e com uma arquitetura moderna, o Amoreiras Vista dispõe de apartamentos nas tipologias T1 a T6, com áreas que variam entre os 53 e os 318 m2, destacando-se pelos elevados padrões de qualidade e conforto. A boa exposição solar, a divisão inteligente dos espaços interiores, a amplitude de áreas, além dos terraços e varandas que permitem desfrutar das vistas sobre Lisboa e o Tejo são argumentos deste novo projeto, que dispõe de estacionamento para todos os apartamentos. A zona de grande centralidade em que se situa, permite ainda usufruir de uma vasta oferta de serviços, comércio tradicional e uma boa rede de transportes públicos.

O Amoreiras Vista tem a conclusão da construção estimada para julho 2019.

Saiba mais sobre o projeto.

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Eurostat: Economia da Zona Euro cresce 1,7%

  • Lusa
  • 3 Maio 2017

Os resultados do último trimestre de 2016 mostram um crescimento de para os países da UEe da zona euro, embora o primeiro trimestre deste ano já registe um abrandamento

As economias da Zona Euro e da União Europeia (UE) cresceram, respetivamente, 1,7% e 1,9% no primeiro trimestre do ano face ao mesmo período de 2016, segundo uma estimativa hoje divulgada pelo Eurostat.

De acordo com o gabinete oficial de estatísticas da UE, o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro cresceu 0,5% face ao quarto trimestre de 2016 e o do conjunto dos Estados-membros subiu 0,4%.

Em termos homólogos, o ritmo do crescimento da economia dos 19 países da moeda única abrandou 0,1 pontos percentuais entre janeiro e março, o mesmo acontecendo na UE (tinham crescido 1,8% e 1,9%, respetivamente, no quarto trimestre de 2016).

Já na variação em cadeia, o PIB da zona euro manteve a mesma taxa de crescimento, mas na UE esta recuou 0,2 pontos percentuais (0,6% entre outubro de dezembro de 2016).

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EMEL: Lisboa vai ficar com menos estacionamento e mais caro

  • ECO
  • 3 Maio 2017

A EMEL prepara-se para dividir mais as zonas de estacionamento na maioria das freguesias da capital, o que lhe permitirá aumentar as receitas, avança a Renascença. Moradores são prejudicados.

Menos zonas para estacionar e mais caras. É este o cenário com que muitos moradores de Lisboa se preparam para enfrentar. A Empresa Municipal de estacionamento de Lisboa (EMEL) prepara-se para dividir mais as zonas de estacionamento na maioria das freguesias da cidade de Lisboa, uma alteração que irá permitir à empresa aumentar as suas receitas, avança a Renascença.

De acordo com a rádio Renascença, esta previsível alteração das regras de estacionamento na capital ainda estão em consulta pública, mas já estão a ser alvo de críticas por parte dos residentes e dos comerciantes. Uma das freguesias onde já estará a ser preparada essa mudança é Alvalade, onde há oito zonas de estacionamento que deverão passar a ser 18.

Os moradores que têm direito a um dístico para estacionar de forma gratuita na zona onde residem, deverão ser penalizados por essa subdivisão de zonas de estacionamento da EMEL, já que passam a ter uma zona geográfica bastante mais limitada para estacionar. O processo que prevê essas alterações ao estacionamento em Lisboa está em consulta pública e pode ser visto no site da EMEL.

Esta notícia surge depois de, em julho de 2016, a assembleia municipal de Lisboa ter aprovado alterações ao Regulamento Geral de Estacionamento. O documento prevê a implementação de Zonas de Estacionamento de Duração Limitada em toda a cidade e a extensão da atividade da EMEL a todo o concelho.

Já no mês passado, a instalação de parquímetros na freguesia de Carnide suscitou protestos da população residente na zona. Mais de 200 moradores arrancaram sete parquímetros da EMEL durante a noite, alegando que estes lhes foram impostos sem uma consulta prévia.

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Procura por dívida da Brisa ficou dez vezes acima da oferta

Concessionária de auto-estradas realizou uma emissão de dívida a dez anos. Financiou-se em 300 milhões de euros, mas a procura superou os 3.000 milhões, o que permitiu baixar o custo de financiamento.

A concessionária de autoestradas Brisa vai pagar uma taxa de juro abaixo de 2,5% pelo financiamento de 300 milhões de euros que garantiu esta manhã, de acordo com fontes citadas pela Bloomberg. A operação registou forte interesse da parte do mercado, o que permitiu baixar o custo da emissão de dívida sénior a dez anos que conta com ratings de investimento.

Os termos finais da operação dão conta de um nível de procura mais dez vezes superior ao montante que a Brisa pretendia, superando mesmo os 3.000 milhões de euros.

De acordo com fonte próxima da operação, citada pela Bloomberg, a Brisa Concessão Rodoviária (BCR) avançou com uma emissão que tem maturidade em maio de 2027, ou seja, dentro de dez anos. Por esta dívida, que conta com ratings de investimento por parte da Moody’s e Fitch, a BCR deverá pagar um prémio entre os 160 e 165 pontos base acima da taxa de referência para o prazo em questão.

Tendo em conta que a taxa swap a dez anos está a 0,793%, a BCR deverá ter conseguido uma taxa global a rondar os 2,45% por este financiamento — a título de comparação, no último leilão de dívida a nove anos, a República portuguesa pagou um juro bem superior, acima dos 3,9%.

Barclays, Deutsche Bank, Société Générale, Santander, BCP, Novo Banco e CaixaBI foram os bancos responsáveis pela colocação destes títulos de dívida da empresa liderada por Vasco de Mello.

(Notícia atualizada às 14h23 com valores finais da operação de financiamento)

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Duas em cada cinco empresas de construção operam ilegalmente

  • ECO
  • 3 Maio 2017

A associação de industriais da construção diz que há várias empresas que operam no mercado sem alvará ou título habilitante para a atividade. Pede intervenção do Governo.

A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) denuncia a existência de um grande número de empresas que estão a operar ilegalmente. Diz que duas em cada cinco não têm alvará, tendo pedido já a intervenção do Governo para acabar com a clandestinidade que existe no setor.

Segundo a AICCOPN, existiam, em 2015, em Portugal, 75 705 empresas de construção. Para poderem operar, têm de dispor de título habilitante, seja ele um alvará ou um certificado de empreiteiro, cuja emissão está a cargo do IMPIC – Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção. E no IMPIC há apenas 47.214 empresas certificadas, refere o Diário de Notícias (DN).

“O total de empresas registadas pelo IMPIC é de, apenas, 62% das construtoras registadas no INE, o que implica que duas em cada cinco não têm qualquer título habilitante, promovendo uma concorrência desleal a todas as que operam cumprindo a lei e pondo em causa a segurança pública”, diz Reis Campos, o presidente da AICCOPN ao DN.

O recentemente reeleito presidente da associação já solicitou ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que tutela o setor, a criação de um grupo conjunto de trabalho para atacar o problema da clandestinidade na construção. E, diz o mesmo jornal, a AICCOPN conta com o apoio do Sindicato da Construção.

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Bruxelas coloca fatura do Brexit nos 100 mil milhões de euros

  • ECO
  • 3 Maio 2017

A União Europeia, impulsionada pela França e pela Alemanha, terá endurecido a posição e reviu os cálculos inicias para os 100 mil milhões de euros.

A União Europeia reviu os cálculos iniciais e terá elevado a “fatura” do Brexit para os 100 mil milhões de euros. O Financial Times (acesso pago) escreve na edição desta quarta-feira que as medidas mais rigorosas estarão a ser impulsionadas pela França e pela Alemanha.

Ainda segundo aquela publicação, na sequência de pedidos de vários Estados-Membros, os negociadores da UE reviram os cálculos iniciais tendo em vista maximizar as responsabilidades que a Grã-Bretanha deve cobrir, incluindo pagamentos agrícolas pós-Brexit e taxas de administração da UE em 2019 e 2020.

Isto apesar de nas próximas décadas a fatura liquida da Grã-Bretanha ser inferior à liquidação antecipada de 100 mil milhões de euros. A abordagem mais rigorosa das obrigações pendentes da Grã-Bretanha aumenta de forma significativa a estimativa de Jean-Claude Junker, presidente da Comissão Europeia, que apontava para uma estimativa de 60 mil milhões de euros.

Estas medidas mais rigorosas refletem a posição, cada vez mais rígida de muitos estados membros da UE, que deixaram muito cedo de ter reservas ao cálculo dos riscos políticos acumulados nas exigências que ajudarão a conter um buraco financeiro relacionado com o Brexit no orçamento comum do bloco comunitário.

Paris e Varsóvia têm pressionado no sentido de serem incluídos pagamentos agrícolas anuais pós Brexit. Já Berlim está contra conceder-se à Grã-Bretanha uma parte dos ativos da UE.

As estimativas do projeto Brexit variam bastante na medida em que há ainda muitas incertezas a começar pela própria data de saída da Grã-Bretanha da UE, da parcela adequada de contribuições e receitas do Reino Unido, bem como do desconto orçamental ou das despesas de investimento da UE.

Aliás, são estes custos pesados que tornam difícil um Brexit suave. Os alarmes dentro da União Europeia terão tocado após o jantar entre Theresa May e Junker e onde esta terá rejeitado a ideia de um custo de saída. Para May, quaisquer termos financeiros estariam vinculados à obtenção de um acordo comercial até 2019.

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