Extensão da concessão das barragens à EDP foi contra interesse nacional, diz José Penedos

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

"Fiquei surpreendido" com a "extensão do domínio hídrico", diz José Penedos. Para o antigo presidente da REN, esta extensão foi feita "contra o interesse nacional".

O antigo presidente da REN José Penedos considera que a “extensão do domínio hídrico, da maneira que foi feita, era contra o interesse nacional”, mas explicou que “não deu para protestar”.

José Penedos, que foi, entre outros cargos, presidente da REN entre 2001 e 2009 e secretário de Estado da Energia entre outubro de 1995 e março de 1996, foi ouvido na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas de energia, sendo o domínio público hídrico um dos temas sobre o qual os deputados estão a insistir.

“Eu vi, na altura, o despacho do senhor ministro da Economia sobre essa matéria e fiquei surpreendido, mas a minha surpresa não deu para eu protestar. Eu tenho um critério de comportamento que não dá para fazer sapateado. Não deu para protestar. Fiquei convencido que a extensão do domínio hídrico, da maneira que foi feita, era contra o interesse nacional”, afirmou.

O Governo tem até ao final de setembro para justificar à Comissão Europeia a decisão tomada em 2007 de estender 27 contratos de concessões hidroelétricas a favor da EDP, bem como a ausência de concurso público neste processo.

Numa carta do diretor-geral do Mercado Interno, da Indústria, do Empreendedorismo e das PME, Lowri Evans, datada de 12 de julho, a que a Lusa teve sexta-feira acesso, é chamada a atenção para “uma questão de direito europeu em matéria de contratação pública relativa à extensão dos contratos das concessões hidroelétricas portuguesas”, decisão de 2007, no seguimento da cessação dos contratos de aquisição de energia (CAE) e sua substituição pelos contratos de manutenção do equilíbrio contratual (CMEC).

Neste contexto, solicita, por um lado, que as autoridades portuguesas clarifiquem as “dúvidas suscitadas pelo artigo 35.º do decreto-lei número 226-A/2007 quanto à sua conformidade com o direito de contratação pública”.

“Podem as autoridades portuguesas apresentar elementos de clarificação e de justificação da decisão tomada em 2007, relativa à extensão de 27 contratos de concessões elétricas a favor da EDP?”, questiona ainda a Comissão através de uma carta dirigida a Nuno Brito, representante permanente de Portugal junto da União Europeia.

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Eco quer “criar nova forma de consumir água”. Espera faturar 2,5 milhões com garrafas reutilizáveis

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

A empresa investiu cinco milhões de euros para criar 500 unidades de estações de fornecimento de água filtrada em sistema self-service. Prevê faturar 2,5 milhões em 2019.

A Eco, negócio que junta garrafas reutilizáveis que deverão ser usadas nas estações de fornecimento de água filtrada, espera faturar no primeiro ano de atividade 2,5 milhões de euros, disse à Lusa um dos sócios.

A marca, apresentada esta terça-feira, tem como objetivo “criar uma nova forma de consumir água, que seja mais sustentável e possa, assim, ajudar o planeta”, numa altura em que o uso do plástico deve ser repensado.

O conceito do negócio assenta em garrafas reutilizáveis, que neste momento são de três litros (mas irão ser lançados outros formatos), que deverão ser usadas nas estações de fornecimento de água filtrada da Eco.

O investimento previsto para o mercado português é de cinco milhões de euros, com o objetivo de 500 unidades de estações de fornecimento de água filtrada em sistema self-service, sendo que o retorno neste momento está “calculado em quatro anos”, disse Pedro Ferreira Pinto, sócio da marca Eco, na conferência de imprensa, em Lisboa.

Questionado pela Lusa à margem da apresentação sobre qual a faturação prevista no primeiro ano de atividade, Pedro Ferreira Pinto disse que atingirá “2,5 milhões de euros”.

A Eco foi lançada no início de abril, em parceria com o retalhista Pingo Doce (Jerónimo Martins), com quem a empresa tem um contrato de exclusividade para o mercado português. A marca tem um “acordo com o Pingo Doce de exclusividade para o retalho alimentar”, acrescentou o responsável.

Desde o arranque do curto teste da Eco já foram poupadas mais de 30.000 garrafas de plástico, de acordo com a marca.

Questionado sobre se a Eco pretende ter parcerias com o grupo na Polónia, através da Biedronka, ou na Colômbia, onde a Jerónimo Martins opera com a marca Ara, Pedro Ferreira Pinto disse que essa questão deverá ser colocada ao grupo de retalho alimentar.

O objetivo da Eco é marcar presença em todos os países da Europa e ter uma parceria com um dos três maiores retalhistas de cada geografia, prevendo estar presente em quatro geografias até ao final do próximo ano.

Atualmente, a Eco tem 14 localizações de reabastecimento em lojas do Pingo Doce dispersas pelas regiões da Grande Lisboa, Grande Porto e em Braga.

De acordo com André Paiva, outro dos sócios do projeto, a Eco “tem ambição europeia” e a solução sustentável apresentada “não existe na Europa”, mercado onde todos os retalhistas estão à procura de soluções relativamente ao plástico.

Segundo o responsável, a garrafa, que é produzida na região Centro do país, tem uma duração de cerca de 18 meses.

“É uma nova forma sustentável de consumir água de qualidade [da rede pública]”, afirmou André Paiva, garantindo que a água filtrada pelas estações da Eco “não mudam as características químicas”.

Por exemplo, a garrafa de água de três litros da marca cheia numa das estações da Eco custa um euro, enquanto o simples enchimento (excluindo a embalagem) custa 18 cêntimos.

Relativamente à criação de empregos, Pedro Ferreira Pinto disse que a Eco vai certamente criar postos “na ordem das dezenas”, mas não adiantou um número.

Em termos ambientais, os dados apontam que metade do plástico é usado apenas uma vez e o seu consumo dura em média 12 minutos.

Por minuto, são vendidas um milhão de garrafas e 91% deste plástico não é reciclado, sendo que este material leva entre 450 a 1.000 anos a decompor-se.

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Grupo de trabalho do Governo dá até 2024 para tirar das estradas táxis com mais de dez anos

O Governo quer que todos os táxis tenham menos de dez anos de idade, mas isso só deverá ser realidade em 2024. Até lá, há um regime transitório, segundo documentos obtidos pelo ECO.

Só a partir de 2024 é que todos os táxis em Portugal vão ter menos de dez anos de idade, de acordo com uma proposta do Governo, a que o ECO teve acesso. O regime transitório foi definido pelo grupo de trabalho de modernização do setor do táxi e consta numa proposta de portaria que chegou esta segunda-feira às associações representativas do setor. Na prática, isso significa também que só os táxis com matrícula a partir de 2014 vão poder circular se a proposta virar lei.

“Para os novos veículos afetos ao serviço de táxi a licenciar criaram-se novas regras sobre a respetiva idade, que passará a estar limitada a dez anos a contar da data da primeira matrícula. Para o caso dos veículos já licenciados, é fixado um regime transitório para o cumprimento do limite de idade, que se estende até 31 de dezembro de 2023″, lê-se na introdução da proposta de portaria.

A proposta surge numa altura em que o Governo está a aceitar candidaturas, desde final de junho, a uma dotação entre 5.000 e 12.500 euros para a compra de táxis elétricos. Através do Fundo para o Serviço Público de Transportes, o Governo pretende ainda financiar totalmente a aquisição de postos de carregamento, no valor máximo de 5.000 euros cada. A dotação total do fundo é de 750 mil euros. As candidaturas estão abertas até 10 de dezembro.

O grupo de trabalho para a modernização do setor do táxi foi criado em 2016, por despacho do secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Gomes Mendes. Desde então, têm sido feitas reuniões e propostas para modernizar o setor do táxi, sobretudo numa altura em que enfrenta concorrência das plataformas como a Uber. Aliás, este trabalho foi uma das exigências expressas por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, quando chumbou em Belém a primeira versão final da regulamentação para as plataformas eletrónicas de transporte.

O ECO obteve os dois documentos com as propostas do Governo que chegaram esta segunda-feira às associações representativas do setor. Fica confirmada a proposta que fixa em dez anos a idade limite dos táxis, a contar a partir do final do ano de 2023. Mas não é a única medida de modernização do setor, proposta pelo Governo.

Táxis têm de ser pretos e “cor verde-mar”

Na mesma proposta de portaria, o Governo reconhece a “necessidade de uniformizar as características e normas de identificação dos veículos, designadamente no que respeita às cores utilizadas”.

Desta forma, o Governo propõe uma medida que obriga a que a parte superior dos táxis esteja pintada de “cor verde-mar”. A parte inferior dos automóveis tem de ser preta. A medida implica o fim dos táxis de cor bege, muito comuns em algumas zonas do país.

A medida visa facilitar a identificação dos táxis por parte dos “utilizadores deste tipo de transporte público”, de acordo com a proposta.

Os táxis de cor bege vão acabar. Terão de ser pretos e “cor verde-mar”.

Direito à suspensão de atividade… mas as Câmaras podem opor-se

Há ainda uma terceira medida, que consta não na proposta de portaria, mas na proposta de decreto-lei do Governo, obtida pelo ECO. Os taxistas vão ganhar o direito a suspender o exercício de atividade por um ano, sem que isso implique perda de licença.

“De entre os temas tratados no referido grupo de trabalho, foi proposta a possibilidade de suspensão do exercício da atividade por parte dos detentores de licença de táxi [taxistas] por um período de um ano, desde que previamente comunicado aos municípios emissores da licença. De forma a que não seja prejudicado o nível de serviço de transporte em municípios com um número de táxis muito pequeno, é ainda dada a possibilidade desses órgãos autárquicos competentes se oporem à suspensão da licença”, lê-se na introdução da proposta de decreto-lei.

Assim, “o exercício da atividade de transporte em táxi pode ser suspenso mediante mera comunicação prévia aos municípios emissores de licença, por um período de até 365 dias consecutivos”, estabelece a proposta. Uma vez comunicada a suspensão, o taxista perde esse direito por 365 dias consecutivos. “As câmaras municipais podem opor-se à suspensão do exercício da atividade quando tiverem fixado um contingente inferior a sete táxis por concelho”, lê-se na proposta.

Se terminar o prazo de 365 dias consecutivos sem que seja emitido um recibo pelo taxista, “presume-se que há abandono”. Nesses casos, a licença do táxi caduca.

O setor do táxi tem agendada para esta quarta-feira uma paralisação contra a legalização das plataformas como a Uber, acusando-as de concorrência desleal, numa semana em que chegou mais um player à cidade de Lisboa. A chamada “lei da Uber” entra em vigor a 1 de novembro.

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Haitong encolhe prejuízos. Perdeu 2,1 milhões

  • ECO
  • 18 Setembro 2018

Menos provisões com o crédito levaram a uma quebra dos prejuízos. Ainda assim, o saldo foi negativo em 2,1 milhões de euros.

O Haitong continua a apresentar resultados negativos. No entanto, os prejuízos registados na primeira metade deste ano ficaram bem aquém dos do ano anterior. Perdeu 2,1 milhões de euros no semestre em resultado da forte redução das imparidades associadas à carteira de crédito.

“As imparidades e provisões foram 38% inferiores às registadas no mesmo período do ano anterior, apesar de o banco ter mantido uma abordagem conservadora em relação à carteira de crédito histórica”, diz a instituição em comunicado. Neste sentido, os prejuízos foram substancialmente inferiores aos 79,8 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2017.

Apesar do resultado líquido negativo, o resultado operacional passou para positivo. “O lucro operacional foi de 9,6 milhões de euros, o que compara com um prejuízo operacional de 35,1 milhões no mesmo semestre de 2017″, sendo esta evolução explicada tanto pela quebra nos custos como o aumento do produto bancário.

“O produto bancário atingiu os 48,8 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 40,2%, tendo beneficiado de receitas mais elevadas por via de comissões, em particular provenientes das áreas de Mercados de Capitais e Structured Finance”, refere o banco liderado por Wu Min.

"É com orgulho que anunciamos o retorno do Haitong Bank a resultados operacionais positivos no primeiro semestre de 2018. Estes resultados são para nós muito representativos, uma vez que sinalizam que o processo de reestruturação, reposicionamento e implementação da nova estrutura de governo societário do Banco estão a ser bem-sucedidos.”

Wu Min

CEO do Haitong Bank

Quanto aos custos, registou-se uma quebra de 44% face ao verificado em igual período do ano anterior (39,1 milhões de euros vs 69,9 milhões de euros). “Este desempenho positivo dos custos foi um objetivo central do plano de reestruturação do Banco, a fim de garantir a sustentabilidade do negócio”, refere o banco.

“É com orgulho que anunciamos o retorno do Haitong Bank a resultados operacionais positivos no primeiro semestre de 2018. Estes resultados são para nós muito representativos, uma vez que sinalizam que o processo de reestruturação, reposicionamento e implementação da nova estrutura de governo societário do banco estão a ser bem-sucedidos“, diz o CEO.

(Notícia atualizada às 13h36 com mais informação)

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Com os táxis parados, Metro e Carris admitem reforçar transportes

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

Esta quarta-feira, dia de manifestação dos taxistas, o Metropolitano de Lisboa e a Carris admitem reforçar os transportes consoante as necessidades que se identifiquem.

O Metropolitano de Lisboa e a Carris vão acompanhar o protesto dos taxistas agendado para quarta-feira, com uma concentração que começará na Praça dos Restauradores, e admitem reforçar os seus transportes consoante as necessidades que identifiquem.

“O Metropolitano de Lisboa monitorizará a evolução da procura ao longo da rede e, se necessário, efetuará um aumento de oferta na medida dos recursos disponíveis”, garantiu o Metro, numa resposta enviada à agência Lusa. A empresa referiu ainda que esta é “uma prática habitual sempre que existem variações pontuais e localizadas da procura, designadamente em eventos desportivos, culturais e outros”.

O Metro de Lisboa acrescentou ainda que, com a entrada em vigor na segunda-feira dos horários de inverno, houve um aumento da oferta, nomeadamente aos dias úteis e nas horas de ponta das linhas Azul (que faz a ligação entre a Reboleira e Santa Apolónia) e Amarela (liga o Rato a Odivelas). Quanto à Carris, a empresa referiu à Lusa que, neste tipo de situações, “faz sempre uma avaliação das eventuais perturbações na circulação, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e das autoridades, e em função dessa avaliação é preparado um plano de contingência”.

Esse plano pode ser implementado “integralmente ou por fases” consoante a evolução dos acontecimentos. Nesse sentido, “eventuais reforços na oferta serão introduzidos pontualmente conforme as necessidades que se vierem a identificar”, de acordo com a Carris.

Os taxistas saem para a estrada em protesto na quarta-feira em protesto contra a lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal — Uber, Taxify, Cabify e Chaffeur Privé –, com entrada em vigor prevista para 1 de novembro. Este será o quarto grande protesto contra as plataformas que agregam motoristas em carros descaracterizados e que viram a lei de regulamentação da sua atividade ser aprovada, depois de muita discussão pública e no parlamento, a 12 de julho.

A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 31 de agosto. A entrada em vigor acontece a 1 de novembro, mas o setor do táxi marcou a manifestação precisamente com a intenção de que esta não venha a ser aplicada.

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Além da energia, Galp vai “vender saúde” aos clientes

A empresa segue a EDP, Pingo Doce e Continente, e vai também disponibilizar um seguro de saúde aos seus clientes. Este terá um custo de 6,90 euros por mês, valor que será incluído na fatura.

Para além da energia, a Galp Energia também vai vender seguros de saúde. A energética anunciou o lançamento de um seguro de saúde destinado aos seus clientes, seguindo assim a estratégia de captação e fidelização adotada por empresas como a EDP, o Continente e o Pingo Doce.

Em causa está o lançamento do serviço Galp Assistência Família, que por um valor mensal de 6,90 euros, incluídos na fatura de energia, permite aos clientes de eletricidade e/ou gás natural da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva, ter acesso, a um seguro de saúde de grupo Multicare para toda a família.

“Para além de dar acesso a maior rede privada de cuidados de saúde a nível nacional, disponibiliza uma ampla gama de coberturas, que inclui medicina online, médico ou enfermeiro ao domicílio, entrega de medicamentos e, ainda, descontos numa rede de cuidado e bem-estar”, diz a Galp Energia em comunicado.

A energética explica que este seguro dá acesso a mais de 30.000 pontos de atendimento, incluindo os hospitais da Luz, Lusíadas e CUF. Refere ainda que inclui o pagamento de capital diário por internamento hospitalar e permite o acesso a uma rede de terapêuticas não convencionais, que inclui homeopatia, acupuntura, naturopatia, osteopatia, fitoterapia e quiropática.

A adesão a este seguro dá ainda direito a um desconto mensal de 2% na fatura de energia durante a vigência do contrato.

O lançamento deste seguro surge cerca de quatro meses depois de também a EDP ter dado um passo semelhante, através da disponibilização de um plano de saúde para os clientes da EDP Comercial: o “plano Saúde Mais”.

As duas energéticas fogem assim um pouco ao seu negócio core, numa estratégia que já não é uma novidade em empresas de outros setores — nomeadamente as retalhistas Pingo Doce e Continente — e que tem como objetivo cativar e fidelizar clientes.

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Câmara do Porto quer reduzir impostos para controlar rendas das casas

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

A proposta pretende "o aumento da oferta de habitação com rendas controladas, ou seja, da possibilidade de arrendamento a valor do metro quadrado mais baixo, combatendo assim a pressão imobiliária".

A Câmara do Porto aprovou esta terça-feira por unanimidade submeter a discussão pública o regulamento de isenção de impostos municipais que prevê, entre outras medidas, baixar o IMI em imóveis para arrendamento.

A proposta foi votada na reunião camarária pública de hoje e pretende “o aumento da oferta de habitação com rendas controladas, ou seja, da possibilidade de arrendamento a valor do metro quadrado mais baixo, combatendo assim a pressão imobiliária e a fuga para a periferia e estimulando a fixação de agregados familiares na cidade”.

De acordo com o documento, a autarquia quer criar, por via regulamentar, um regime de isenções que ajude a promover a revitalização da malha urbana do Porto, através da atribuição de benefícios a proprietários com prédios urbanos arrendados para fins habitacionais e a jovens que se instalem nas áreas de reabilitação urbana do Centro Histórico, da Baixa, da Lapa, do Bonfim e de Massarelos.

Durante a sessão, o vereador do PS Manuel Pizarro destacou como ideia “inovadora” a “redução 10% do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para as casas de habitação”, assinalando que tal constitui um “aperfeiçoamento” de uma proposta anteriormente apresentada pelos socialistas. Pizarro afirmou que reduzir o IMI para o arrendamento de longa duração “corresponde a uma proposta eleitoral do PS”, bem como a isenção daquele imposto para as associações de moradores.

“Sendo este um sinal, não vai resolver o problema de acesso à habitação no Porto. Basta olhar para a despesa fiscal associada a esta proposta para perceber que não vai resolver a política de habitação no Porto”, observou o vereador do PS. Para Pizarro, “se a expectativa é permitir que jovens e classe média vivam no Porto, a proposta tem de ser mais audaciosa”.

O presidente da câmara, Rui Moreira, notou que “o facto de ser pequena a incidência [da proposta] na receita [camarária] demonstra que este mercado não existe”. “Mas pode começar a existir com estas medidas. É isso que se pretende”, afirmou. Ilda Figueiredo, da CDU, alertou que, sendo o IMI “uma receita municipal importante, deve ser paga por quem tem condições para o fazer”. Por isso nos pareceu sempre haver algum exagero quando se pretendeu baixar o IMI para todos os que têm de o pagar”, notou.

Álvaro Almeida, vereador do PSD, recordou que aquele partido defende, desde as eleições, “uma redução da carga fiscal junto dos residentes do Porto”. “Este regulamento tem por objetivo isso, pelo que tem o nosso apoio. Como está em causa discussão publica, vamos votar a favor, mas isso não significa que estejamos de acordo com tudo”, observou.

Para o social-democrata, é preciso “refletir sobre a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) no caso do arrendamento para fins habitacionais”. “A isenção de IMT aplica-se a imóveis já arrendados a rendas controladas. Mas, no documento, nada garante que, depois da transação, o novo proprietário mantenha o arrendamento, nomeadamente se os contratos estiverem perto do fim”, alertou.

Rui Moreira acolheu a preocupação e disse que pretendia dar aos serviços indicação para que a questão levantada por Álvaro Almeida pudesse ser estudada. De acordo com o documento, a câmara quer ainda isentar de IMI associações de moradores que desenvolvam projetos de reabilitação destinados a habitação a preços controlados. Na área do Apoio ao Arrendamento para Fins Habitacionais está prevista uma redução em 50% do IMI e a isenção do IMT, ao passo que, no Apoio às Famílias, se perspetiva uma redução de 10% da taxa anual do IMI para habitação própria e permanente.

A isenção do IMI está também pensada para jovens e jovens casais que residam no centro histórico, Baixa, lapa, Bonfim e Massarelos. A autarquia estima que o valor anual da despesa fiscal decorrente da aplicação deste regime de isenções ascende a cerca de 2,2 milhões de euros.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

As instituições financeiras disponibilizaram 11,03 mil milhões de euros em empréstimos às famílias nos primeiros sete meses do anos. Mais de metade foi para comprar casa. Em abril a Fundação Gulbenkian pôs um ponto final nas negociações com os chineses da CEFC para vender a Partex. Cinco meses depois, admite que já está novamente a negociar, mas não diz com quem.

Foi quebrada uma nova barreira psicológica no crédito às famílias. O montante dos empréstimos concedidos já ultrapassa os dez mil milhões de euros, no acumulado deste ano, superando os níveis de concessão registados em períodos comparáveis dos anos anteriores. Por cada dia que passou, os portugueses foram buscar, em média, mais de 50 milhões de euros por dia ao setor financeiro.

A Fundação Calouste Gulbenkian já voltou a negociar a venda da Partex, depois de ter decidido por termo ao processo que vinha a desenvolver com os chineses da CEFC, em abril.

Há cada vez mais empresas a quererem contratar. Só este ano, 53% das empresas admitem recrutar novos colaboradores, sendo que a tendência vai manter-se no próximo ano, apesar de uma percentagem ligeiramente menor. A explicação está, segundo a Mercer/Jason Associates, no bom momento da economia nacional.

A Comissão Europeia lançou uma investigação formal para apurar se a BMW, a Daimler e a Volkswagen estabeleceram um cartel com o objetivo de limitar a implementação de tecnologias para reduzir as emissões poluentes dos automóveis. A notícia foi avançada pelo Financial Times (acesso condicionado).

A transformação digital não está a passar ao lado do Ikea. A empresa sueca está a torna-se uma empresa tecnológica, primeiro adquiriu a plataforma Task Rabbit, introduziu aparelhos eletrónicos e inteligentes e lançou aplicativos de realidade aumentada. Agora, está prestes a transformar outra área, a do transporte, avança a Fast Company (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Vieira da Silva admite “problema” nas novas pensões, a resolver “até final do ano”

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

"Nos casos mais complexos, com carreiras contributivas mais diversificadas e nalgumas regiões onde há maior concentração, existe o risco de haver casos que demorem um pouco mais", disse o ministro.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social admitiu esta terça-feira que “existe um problema” na atribuição de novas pensões, devido à falta de pessoal e aos crescentes pedidos, mas disse que “até final do ano” os principais atrasos “serão resolvidos”.

“Não quero esconder o problema. Nos casos mais complexos, com carreiras contributivas mais diversificadas e nalgumas regiões onde há maior concentração, existe o risco de haver casos que demorem um pouco mais de tempo. Esses são a nossa prioridade e penso que, até ao final do ano, todos os casos de longa duração serão resolvidos, sendo que, depois, resta-nos trazer o valor médio para um valor aceitável, que era aquele que existia na Segurança Social antes desta sangria [de funcionários], que são os três meses que a lei prevê”, afirmou Vieira da Silva.

O ministro prestou estas declarações aos jornalistas à margem de um fórum da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dedicado aos postos de trabalho do futuro, que decorre hoje e quarta-feira no Porto.

Comentando dados avançados hoje ao Correio da Manhã pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), segundo a qual a atribuição de novas pensões pela Segurança Social regista, atualmente, atrasos que, em alguns casos, atingem os nove meses, o ministro afirmou que os “valores médios são significativamente mais baixos”, rondando os “150/160 dias nas pensões de velhice”.

Governo está a cumprir os timings de integração de precários

O ministro do Trabalho garantiu esta terça-feira que a “esmagadora maioria, se não a totalidade” dos concursos de integração de trabalhadores precários no Estado “será feito em 2018”, transitando para 2019 apenas “alguns passos” de “consolidação desse processo”.

“Aquilo que está dito na proposta de Grandes Opções do Plano [GOP] é que em 2019 será consolidado o processo, o que quer dizer que a esmagadora maioria, se não a totalidade dos concursos de integração dessas pessoas será feito em 2018”, afirmou Vieira da Silva em declarações aos jornalistas à margem de um fórum da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dedicado aos postos de trabalho do futuro.

Segundo precisou o ministro do Trabalho, da Solidariedade e Segurança Social, a “integração nos serviços” destes trabalhadores — “não a validação do seu direito a integrar os quadros, mas o seu enquadramento nos serviços respetivos de uma forma mais estável” –, é que “poderá ter ainda algumas fases em 2019”.

O Público escreve hoje que “a integração de trabalhadores precários nos serviços e organismos do Estado não estará concluída este ano e vai arrastar-se para 2019”, avançando que “nas GOP o Governo reconhece pela primeira vez que o Programa de Regularização Extraordinária de Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP) está atrasado face ao compromisso assumido por vários ministros”.

Vieira da Silva assegurou hoje, contudo, que “aquilo a que o Governo se comprometeu […] está a acontecer”, havendo já “centenas de concursos abertos para integração de precários” e “ministérios onde centenas de pessoas já viram reconhecido o seu direito a integrar os quadros”. “Esse processo decorrerá, está a decorrer, já decorreu e vai continuar a decorrer em 2018. É possível, e é isso que afirmam as GOP, que a consolidação desse processo possa ter ainda alguns passos em 2019”, precisou.

Como exemplo, Vieira da Silva avançou o seu próprio ministério, onde está “convicto” que “todos os processos” das várias “centenas de pessoas que vão ser integradas” serão concluídos “até final deste ano”, podendo depois a “repartição e fixação nos diferentes serviços ter alguns passos em 2019”.

Há ministérios que já o fizeram completamente, já fecharam o processo agora são apenas as fases concursais, e a maioria dos ministérios estão próximo de fechar os processos. Há um ou dois ministérios mais atrasados, por terem maior volume de processos para apreciar, mas o essencial do trabalho, que é o reconhecimento do direito e a transformação desse direito nos concursos quando eles são necessários, vai ocorrer durante o ano 2018”, rematou o governante.

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Bruxelas defende que “é chegada a hora” de modernizar a OMC

  • Lusa
  • 18 Setembro 2018

"Apesar do seu sucesso, a Organização Mundial do Comércio não tem sido capaz de se adaptar suficientemente a uma economia mundial em rápida mutação", defende a Comissão Europeia.

A Comissão Europeia apresentou esta terça-feira um conjunto de ideias para a modernização da Organização Mundial do Comércio (OMC), considerando que “é chegada a hora de tomar medidas” para adaptar esta instituição “a uma economia mundial em rápida mutação”.

“Atualmente, a OMC continua a ser indispensável para garantir um comércio aberto, equitativo e regulamentado. Mas, apesar do seu sucesso, a Organização Mundial do Comércio não tem sido capaz de se adaptar suficientemente a uma economia mundial em rápida mutação. O mundo mudou, mas a OMC não”, declarou hoje a comissária europeia responsável pelo Comércio, Cecilia Malmström, numa conferência de imprensa na sede do executivo comunitário.

Assumindo a vontade de a União Europeia ter “um papel de liderança” no processo de modernização da OMC, o documento de reflexão hoje publicado pela Comissão constitui o contributo da UE para a reunião de quinta-feira em Genebra convocada pelo Canadá sobre esta matéria. Elaborado “depois de consultados os Estados-membros”, o documento abrange três domínios considerados essenciais pela Comissão Europeia: atualizar o conjunto de regras sobre comércio internacional para refletir a economia global de hoje, reforçar o papel de supervisão da OMC e “superar o impasse iminente sobre o sistema de resolução de litígios” da organização.

Segundo o executivo comunitário, “o desenvolvimento de novas regras comerciais não acompanhou a evolução tecnológica, política e económica”. “Em especial, as regras atuais do comércio internacional não combatem adequadamente as subvenções que provocam distorções do mercado, frequentemente canalizadas através de empresas públicas, expondo os operadores económicos a condições de concorrência desiguais”.

Por outro lado, aponta Bruxelas, “a ação da OMC é cada vez mais entravada por procedimentos rígidos e conflitos de interesses entre países” e o órgão de resolução de litígios comerciais da OMC “está em vias de ficar paralisado devido ao bloqueio das nomeações de novos membros do Órgão de Recurso da OMC”. Por fim, sustenta a Comissão, “o papel da OMC enquanto organismo de supervisão encontra-se ameaçado pela falta de transparência de um grande número de países.

Bruxelas aponta que “a UE começou já a dialogar com outros parceiros da OMC”, designadamente com Estados Unidos e Japão, no âmbito das conversações trilaterais, com a China, no grupo de trabalho específico estabelecido durante a última Cimeira UE-China, e com outros parceiros, mais recentemente por ocasião da reunião de ministros do Comércio do G20. “A UE continuará a debater estas primeiras ideias com vários parceiros da OMC nas próximas semanas, tendo em vista preparar propostas a apresentar à OMC. O Parlamento Europeu e o Conselho serão plenamente informados desses debates”, indica a Comissão.

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Joaquim Piçarra é o novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça

Santos Cabral, Pinto Hespanhol e Joaquim Piçarra eram os nomes mais falados para suceder a Henriques Gaspar. Foi escolhido o ex número dois do Conselho Superior da Magistratura.

Os 62 juízes do Supremo Tribunal de Justiça elegeram hoje, em votação entre pares, o novo presidente deste tribunal superior, sendo Santos Cabral, Pinto Hespanhol e Joaquim Piçarra os nomes mais falados para suceder a Henriques Gaspar. Mas foi Joaquim Piçarra, ex-vice do Conselho Superior da Magistratura que acabou por ser nomeado.

Henriques Gaspar, quarta figura do Estado, deixa o cargo após um mandato de cinco anos e, apesar de à partida qualquer um dos juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ter possibilidades de ser eleito presidente, dois antigos diretores da Polícia Judiciária (PJ) e um ex-vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM) manifestaram disponibilidade aos seus pares para desempenhar o cargo.

Santos Cabral foi diretor nacional da PJ entre 2004 e 2006, tendo deixado o cargo numa altura em que o ministro da Justiça era Alberto Costa (PS).

Manuel Pinto Hespanhol, atual vice-presidente do STJ, desempenhou as funções de diretor-adjunto da PJ entre 1983 e 1989 e grande parte da sua carreira foi feita nos quadros do Ministério Público.

Joaquim Piçarra foi presidente do Tribunal da Relação de Coimbra e exerceu funções de vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM), órgão de gestão, administração e disciplina dos juízes.

O STJ é um tribunal superior que julga recursos em matéria de direito e aprecia pedidos de `habeas corpus´ para libertar arguidos que consideram que a sua detenção ou prisão é ilegal.

A eleição do novo presidente do Supremo ocorre numa altura em que o país aguarda uma decisão do primeiro-ministro e do Presidente da República sobre a recondução, ou não, da procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, que completa em outubro um mandato de seis anos.

Notícia atualizada às 16.40

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Coca-Cola interessada em criar bebida à base de canábis

São cada vez mais as empresas que se mostram interessadas nesta indústria. A ideia da multinacional é comercializar uma bebida à base de canábis, com efeitos positivos para a saúde.

A Coca-Cola está a pensar entrar no mundo do canábis, à medida que cada vez mais Estados norte-americanos legalizam esta substância. A ideia passa por comercializar uma bebida à base de canábis, saudável, e que ajude a aliviar inflamações e dores, avança a Bloomberg (conteúdo em inglês). Em cima da mesa estão possíveis parcerias com empresas do setor, nomeadamente a Aurora Cannabis, que já confirmou conversações com a Coca-Cola.

Já são nove os Estados norte-americanos que permitem o uso recreativo de canábis, somando-se, em outubro, o Canadá. Assim como outras empresas de bebidas, também a Coca-Cola se mostra interessada neste mercado. A bebida que poderá vir a ser produzida irá conter cannabidiol (CBD) — componente ativo não-psíquico encontrado na marijuana, que inibe o crescimento de tumores e que alivia a dor –, e THC, um componente psíquico com efeitos positivos para a saúde.

“Juntamente com muitas outras empresas na indústria das bebidas, a Coca-Cola está a estudar de perto a evolução do negócio de bebidas à base de canábis como ingrediente em bebidas de bem-estar funcional em todo o mundo. As negociações estão a evoluir muito rapidamente. No entanto ainda não foi tomada nenhuma decisão a esse respeito“, informou a multinacional em comunicado. Entre as possíveis parcerias está a empresa canadiana Aurora Cannadis — que sublinhou o “incrível potencial” desta área de negócio, confirmada no mesmo comunicado, adianta a Bloomberg.

A Cola-Cola junta-se, assim, a outras grandes empresas de bebidas que se mostram interessadas em explorar esta indústria, tirando proveito das receitas da legislação do setor na Europa e nos Estados Unidos. A Constellation Brands — fabricante das cervejas Corona –, investiu recentemente cerca de 4.000 milhões de dólares na produtora canadiana Canopy Growth, assumindo mais de 38% do capital, lê-se no Expansión (conteúdo em espanhol).

O interesse nesta indústria aumentou depois de ser aprovada a legalização de canábis no Canadá, que será oficial a partir de 17 de outubro. Mais de uma dúzia de países já legalizaram o uso terapêutico da substância, incluindo a Alemanha e a Austrália, estando outros a estudar a sua legalização. Em junho, o Parlamento aprovou em votação final e global um projeto-lei pelo qual passará a ser legal o uso da canábis para efeitos medicinais.

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