Instalação da rede de bicicletas partilhadas deve estar concluída no final de março
Conclusão da instalação da rede de bicicletas partilhadas de Lisboa deve acontecer no final do primeiro trimestre de 2018. Até ao momento, já foram vendidos três mil passes para a Gira.
A instalação da rede de bicicletas partilhadas da capital deve estar concluída no “final do primeiro trimestre” deste ano, anunciou na terça-feira o vereador da Mobilidade e Segurança da Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar.
Perante os deputados das Comissões Permanentes de Finanças e Transportes da Assembleia Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar apontou que o objetivo do município é implementar “o plano original” da rede Gira “no final do primeiro trimestre”. No total, o sistema será composto por 140 estações e 1.410 bicicletas.
Das 140 estações, 92 ficarão localizadas no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo entre as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade.
Segundo o responsável, já estão a ser feitas “obras em Telheiras, no Marquês e na Avenida da Liberdade” para a colocação de mais estações, pelo que o objetivo será ligar “o planalto até Belém e Algés”.
A Assembleia Municipal está a ouvir a vereação no âmbito do orçamento municipal, Grandes Opções do Plano e planos de atividades das empresas municipais, como é o caso da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL) e da rodoviária Carris.
Foram várias as forças políticas que pediram um balanço desta rede que foi implementada em setembro, e que contava há um mês com 43 estações distribuídas por algumas das principais artérias da cidade, bem como 409 bicicletas disponíveis nas freguesias de Alvalade, Avenidas Novas e Parque das Nações, segundo a EMEL, responsável pela rede. Em resposta, o vereador responsável pela Mobilidade afirmou que já foram vendidos “três mil passes” para a Gira.
Falando na rede ciclável da cidade, Miguel Gaspar deixou o compromisso de “chegar aos 200 quilómetros neste mandato”, sendo que atualmente a cidade conta com “80 quilómetros” de ciclovias já instaladas.
O autarca salientou também que a “EMEL será cada vez menos uma empresa de estacionamento e cada vez mais uma empresa de mobilidade”, sendo que a rede Gira é um exemplo desse caminho.
O vereador anunciou também o reforço da “equipa com 60 novos colaboradores”, bem como a criação de “cinco mil novos lugares de estacionamento”.
Já no que toca à Carris, Miguel Gaspar apontou um “investimento entre 35 e 40 milhões de euros em 2018 em autocarros”, que devem começar a ser entregues no “segundo semestre” do ano.
Elencando que a maioria dos autocarros serão movidos a gás natural, o vereador socialista salientou que os novos equipamentos “têm de chegar primeiro à Avenida da Liberdade, que é onde existem maiores problemas de poluição”. Assim, no “segundo semestre” haverá “condições para aumentar a oferta”, dado que “para crescer de forma significativa são precisos mais meios e mais recursos”. “A partir daí vamos atender às carreiras de bairro. A partir daí vamos atender onde é mais prioritário, como Alcântara, Ajuda e Belém”, acrescentou.
Fazendo um balanço desde que a Carris passou para gestão municipal, há quase um ano, o autarca explicou que a empresa “entrou a perder passageiros, algures no verão estabilizou e em novembro recuperou e a oferta aumentou 4%”.
Miguel Gaspar disse aos deputados que, “em 2017, já entraram 164 trabalhadores para a Carris e está prevista a contratação de mais 250”.
Questionado sobre avarias nos painéis que indicam o tempo de espera entre autocarros, o autarca afirmou que “de 79 avariados, 25 deles já estão corrigidos, e os outros estão em fase de resolução”, sendo que os “problemas habituais são cortes de energia e vandalismo”.
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