Uber tem novo concorrente: Taxify chega a Lisboa e promete viagens mais baratas
Aplicação de transporte entra em Portugal e promete ter "o preço mais baixo do mercado". Há 50% de desconto nas viagens nas primeiras semanas e várias medidas para seduzir os motoristas.
Uber, Cabify, Chofer e, a partir desta quinta-feira, Taxify. É um novo player no mercado das aplicações de transporte privado. O conceito foi importado da Estónia, idealizado em 2013 pelo jovem Markus Villing, quando tinha apenas 19 anos. Chega a Portugal, à Grande Lisboa, e garante já ter 600 motoristas. Vantagens para passageiros? Para já, só pagam metade da viagem e a promessa é de preços mais baixos do que nos restantes serviços. E para os motoristas? A Taxify só cobra uma comissão de 15%, contra os 25% da Uber.
Esta é a história de como uma aplicação para chamar táxis se expandiu para o transporte com motorista privado — e, pelo caminho, chegou a 22 países. Portugal é o 23.º. E vai ser assim o foco em Portugal: ligar motoristas a passageiros na chamada “economia da partilha”, ainda que não esteja descartada a hipótese de vir a aceitar o registo de taxistas. Depende de como sair do Parlamento o regulamento para estas plataformas, no qual os deputados estão a trabalhar de momento.
“Há uma lei que está a ser desenvolvida e nós estamos a montar as operações de acordo com essa lei”, explica David Ferreira da Silva, responsável da Taxify em Portugal, em conversa com o ECO. De qualquer modo, garante que está tranquilo nesse aspeto. Em Lisboa, a Taxify contará, neste arranque, com 500 automóveis (com menos de sete anos) e cerca de 600 motoristas, estando mais 2.000 inscrições por rever e, potencialmente, aceitar. Para comparação, a Uber já conta em Portugal com mais de 3.000 motoristas.
A aplicação para telemóvel está disponível nas principais lojas e, se já usou um serviço do género, não deverá ter problemas em compreender como funciona. No curto prazo, a Taxify promete “o preço mais baixo do mercado”. O cálculo é baseado num modelo híbrido de quilómetros e tempo da viagem: o cliente paga 2,50 euros de taxa base do serviço, mais 0,60 euros por quilómetro e 0,10 euros por minuto.
Mas não nestas “primeiras três semanas”, porque há 50% de desconto para todos, sem exceção. E os motoristas não vão ver os rendimentos penalizados pela promoção: segundo David Ferreira da Silva, a Taxify compromete-se a pagar o remanescente. É a forma “agressiva” para atrair clientes e novos motoristas, reconhece o responsável — mas não a única para estes últimos. A Taxify tenciona também pagar “prémios e recompensas de metas atingidas” a quem está atrás do volante.
Recusando-se a revelar números e valores, David Ferreira da Silva diz apenas que os quatro membros da equipa em Portugal estão, para já, “focados no lançamento das operações”. Opta por dizer apenas que o projeto resultou de um investimento “relevante”, assente em capital próprio vindo da sede da empresa na Estónia. “Quem fica a ganhar são os motoristas e os clientes”, garante.
Além dos quatro elementos com que a Taxify já conta em Lisboa, o responsável português garante que a empresa “está a contratar”. A ideia é adaptar o ritmo à procura que a aplicação possa vir a ter na capital. O foco, desde logo, estará no “suporte” aos clientes, mas sobretudo aos motoristas. Até porque, na Estónia, este será um dos pilares da companhia: apostar em pessoas para prestar apoio, ao invés de máquinas, refere David Ferreira da Silva.
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