Costa: “Legislação laboral não é um entrave ao crescimento do emprego”
António Costa defendeu esta terça-feira que a atual lei não prejudica o mercado de trabalho. Admite apenas "rever o banco de horas individuais e combater a precariedade".
António Costa reuniu-se esta terça-feira com Mariano Rajoy, em Madrid, para fazer um ponto da situação das decisões tomadas na última cimeira entre os dois países. Ao final do dia, questionado pelos jornalistas sobre se a Europa pediu mais flexibilidade na legislação laboral, o primeiro-ministro falou na redução da taxa de desemprego nacional, defendendo que “a legislação laboral não é um entrave ao crescimento do emprego” e que se torna “essencial” apostar nas novas gerações.
“Nós julgamos que a nossa legislação laboral tem revelado um bom comportamento e, a melhor forma de o demonstrar, são os números que têm saído relativamente ao desemprego”, disse António Costa. Referindo que “há dois anos, a taxa de desemprego era de 12,6% e, neste momento, está nos 8% ou nos 7,9% e com uma descida consistente”, o primeiro-ministro voltou a destacar que a “legislação laboral não é um entrave ao crescimento do emprego (…) e o aumento do salário mínimo nacional, neste três anos, também não foi um entrave, pelo contrário“.
Costa deixou ainda um conselho às empresas e empresários, sublinhando que se torna “essencial” apostar nas novas gerações, pois é “aquilo que temos de olhar para o mercado de hoje”, e apenas essas “têm o direito a exigir oportunidades de realização pessoal e profissional dignas da formação que têm”.
“É essencial para as empresas portuguesas fixarmos estes jovens, atrairmos estes jovens, mantê-los nas empresas portuguesas… E isso implica, necessariamente, que as empresas compreendam que investir em mão-de-obra mais qualificada é uma coisa essencial para a inovação e que a inovação é a chave da sua competitividade“, disse. “E eu acho que as empresas têm compreendido isso bem”.
O primeiro-ministro acrescentou ainda que o Governo vai apenas “rever o banco de horas individuais, combater a precariedade, apostar numa política de rendimentos que seja atrativa e que melhore a qualidade do trabalho“, pois “essa ideia de que seremos mais construtivos e produtivos esmagando salários e destruindo direitos é uma ideia errada, não faz parte do mundo de hoje”.
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