Amazon desenvolve “pulseira eletrónica” para trabalhadores
A empresa norte-americana patenteou uma pulseira para os funcionários, com o objetivo de aumentar a produtividade. A ideia gerou polémica e Itália já disse que não será implementada no país.
A norte-americana Amazon patenteou um modelo de “pulseira eletrónica”, que será usado pelos seus trabalhadores, capaz de identificar a localização de cada um nas suas lojas. A notícia causou polémica mas a gigante do comércio eletrónico já veio explicar que o objetivo é aumentar a produtividade e o desempenho de cada um dos seus funcionários.
Não é usada nos tornozelos, mas sim nos pulsos. As novas patentes de pulseira da Amazon, tornadas públicas pelo site GeekWire (conteúdo em inglês), foram apresentadas em setembro do ano passado e a sua patente, registada no final de janeiro. O funcionamento é bastante simples: sempre que um utilizador fizer um pedido na empresa de comércio online, um dos funcionários receberá os dados sobre esse pedido. Deve, então, recolher o produto no armazém, empacotá-lo e colocá-lo nas caixas destinadas. E é aí que entram as pulseiras.
O novo aparelho vai emitir um alerta, através de vibrações, sempre que o funcionário fizer um trajeto diferente do que aquele que seria suposto. A intensidade das vibrações vai aumentar à medida que as mãos se afastam do produto a recolher. Este processo é possível graças a sensores ultrassónicos, capazes de identificar a localização do funcionário que estiver a usar a pulseira.
No entanto, e ainda antes de se saber se a Amazon pretende implementar este sistema, a notícia já gerou polémica por uma suposta invasão da privacidade dos funcionários. As dúvidas fizeram a empresa explicar que o objetivo destes protótipos é apenas “reduzir as tarefas que consomem mais tempo”, possibilitando aos trabalhadores “responder de forma mais rápida às encomendas“. Ainda assim, parece que as justificações da norte-americana não convenceram todos, principalmente o Governo italiano.
O Ministro do Desenvolvimento Económico, Carlo Calenda, citado pelo El País, alegou que esta ideia é totalmente ilegal e nunca será implementada no país, adiantando ainda que se reuniu com membros da Amazon, em Roma, onde explicou “que as únicas pulseiras feitas em Itália são as de joalharia. (…) Essa não é uma prática em Itália e nunca será“, de acordo com o jornal The Local Italy.
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