“Portugal pode ser a Silicon Valley da Europa” na Internet das Coisas, diz Mário Vaz
Mário Vaz garante que recursos humanos e infraestruturas de que Portugal dispõe podem fazer do país a "Silicon Valley da Europa", no que diz respeito ao campo da Internet das Coisas.
No palco encarnado do Vodafone IoT Conference, o futurista Gerd Leonhard apresentou a analogia: “Os dados são o novo petróleo [e] Portugal pode ser agora um gigante do petróleo”. Em declarações aos jornalistas, o líder executivo da Vodafone confirmou esse desígnio e avançou: “Portugal pode ser a Silicon Valley da Europa” no campo da Internet das Coisas.
No evento desta quarta-feira, Mário Vaz sublinhou, assim, que a qualidade dos recursos humanos nacionais e das infraestruturas de que o país dispõe poderão colocá-lo na vanguarda desta 5ª transformação tecnológica. Segundo o CEO da Vodafone, os maiores obstáculos que Portugal enfrentou nas revoluções anteriores — a sua pequena dimensão geográfica e dos seus recursos naturais — não estão implicados nesta nova onda. Desta vez, são os dados o principal ativo e a inteligência humana o principal património, o que coloca o mercado nacional em potencial vantagem.
Por outro lado, o gestor garante que, no campo da IoT, não estão envolvidas necessariamente grandes empresas. A IoT “pode ser disseminada em muitas organizações, que podem ser de nicho e podem ser escaladas”, reforçou. Além disso, a inovação terá de passar pela cooperação além fronteiras, podendo Portugal consagrar-se como “um dos motores do desenvolvimento económico digital na Europa”.
Apesar das perspetivas otimistas, Mário Vaz deixa um apelo: “Temos dado passos importantes. Portugal deve ser um país de debate, mas temos de passar à ação”. Nesse sentido, o líder executivo enfatiza também que “não podemos deixar que tudo se passe em Silicon Valley”.
No que diz respeito ao papel da Vodafone nessa revolução, o CEO explica que a empresa pode ser um “facilitador para a exportação do know-how português para outros mercados”. “Se o país quer ter um papel diferente no futuro do que tem hoje, temos todos de abraçar o desafio”, assinala Vaz, mencionando que a responsabilidade é transversal, das múltiplas indústrias ao Estado.
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