Comissão Europeia vê “melhoria orçamental” em Portugal
"Em termos de trajetória orçamental e ajustamento estrutural, os números que recebi do ministro mostram alguma melhoria", afirma o vice-presidente da Comissão Europeia, Dombrovskis.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Dombrovskis, esteve em Portugal esta quinta-feira, e analisou os números da economia portuguesa com o ministro das Finanças, Mário Centeno. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), deixa cair o “risco de desvio significativo das metas” que Bruxelas apontou em novembro e diz que os números que recebeu “mostram melhoria orçamental”.
“Em termos de trajetória orçamental e ajustamento estrutural, os números que recebi do ministro mostram alguma melhoria. Provavelmente, em maio vamos ver também algumas previsões orçamentais melhores do que vimos nas previsões de outono”, afirma Dombrovskis, que salienta a evolução positiva na redução do desemprego e do malparado.
“Mário Centeno explicou-me que o resultado tanto para 2017, como para 2018, pode ser melhor do que nas nossas previsões de outono”, avança Dombrovskis, ressalvando de seguida: “Mas isto vamos ver em maio” — data na qual, relembra, se impõe a questão da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.
E quando lhe é pedido que faça recomendações a Portugal, o vice-presidente defende que o país deve promover a “contratação nos contratos sem termo, incluindo através da revisão do enquadramento legal” e diz ainda que “o que é importante para sustentar a retoma é garantir o crescimento da produtividade”.
Brexit pode impor “mais contribuições” dos europeus
“O que precisamos de compreender é que o Brexit deixa um buraco no Orçamento Europeu“, avisa Dombrovskis. Mas uma coisa é certa: “Para manter o nível de ambição europeia com a saída do Reino Unido precisamos de aumentar o tamanho do Orçamento Europeu”.
Para tal, a proposta de Bruxelas é clara: “Mais contribuições para os Estados-membros e possivelmente também novas fontes de receitas próprias“. O comissário diz que esta última hipótese tem vindo a ser debatida. Em causa está a criação de novos impostos sobre as emissões de carbono, o imposto sobre o plástico ou um imposto comum sobre as empresas, sublinha o comissário. Recorde-se que António Costa já demonstrou disponibilidade para Portugal aumentar sua contribuição para o Orçamento comunitário e sugeriu a criação de impostos sobre as empresas poluentes, as plataformas digitais e sobre as transações financeiras
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