BCP e CTT arrastam Lisboa. Europa não fez melhor
Dia negativo na praça nacional e na generalidade das pares europeias. Lisboa foi pressionada pelas quedas do BCP e CTT. Sonae acelerou após ECO ter revelado bancos que vão vender retalho na bolsa.
BCP e CTT foram as principais causas das perdas da bolsa de Lisboa esta terça-feira. As duas cotadas fecharam a sessão a cair mais de 2%. Foram os piores desempenhos em Lisboa. Mas lá por fora o dia não foi muito melhor.
O PSI-20, o principal índice português, encerrou em baixa de 0,41% para os 5.383,58 pontos. O registo mais negativo pertenceu mesmo ao operador postal português, que apresentou um deslize de 2,37% para 3,054 euros, na sequência do corte na avaliação que o Barclays faz do título: reviu o preço-alvo em 21% para os 3,00 euros. Também o banco liderado por Nuno Amado pressionou a praça: as ações caíram 2,21% para 0,266 euros.
Outro destaque negativo vai para a Altri, que perdeu 0,74% para 5,38 euros, no dia em que a imprensa brasileira adiantou que a papeleira portuguesa está na corrida para a compra da brasileira Lwarcel, num negócio avaliado entre 370 milhões e 440 milhões de euros.
Em contramão, as ações da Sonae avançaram 0,18% para 1,097 euros, depois de o ECO ter avançado que a retalhista já escolheu os bancos de investimento que vão liderar a colocação da sua unidade de retalho em bolsa: Barclays, BNP Paribas e Deutsche Bank. Operação poderá estar avaliada em perto de dois mil milhões de euros.
Feitas as contas, seis cotadas fecharam acima da linha de água, incluindo pesos pesados como a EDP (+0,06%) e EDP Renováveis (+0,5%), e que evitaram quedas mais acentuadas por cá.
“A EDP e a EDP Renováveis prolongaram os ganhos obtidos na semana passada, ainda que de forma contida. De acordo com a REN, a produção de eletricidade através de fontes renováveis em Portugal continental excedeu o consumo em março de 2018, pela primeira vez em pelo menos 40 anos, levando à queda dos preços médios diários e mostrando a sua viabilidade”, contextualizam os analistas do BPI no seu comentário de fecho.
No plano internacional, as perdas em Madrid foram de 0,54%. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, perdeu 0,32%. Melhor este o FTSE-Mib de Milão, que contrariou o sentimento mais negativo no Velho Continente e avançou 0,56%.
(Notícia atualizada às 16h55)
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