PCP: “O critério do défice deve ser afastado das prioridades políticas”
Os comunistas garantem que vão continuar a "marcar a sua posição" não em função do défice, "mas em função das necessidades do povo português".
O PCP não revela se vai acompanhar o Bloco de Esquerda na apresentação de um projeto de resolução contra o Programa de Estabilidade, mas também é claro quanto à rejeição deste documento. “O critério do défice das contas públicas deve ser afastado das prioridades políticas do nosso país“, resumiu Vasco Cardoso, da comissão política do PCP.
As metas que o Governo adota neste documento, “da sua exclusiva responsabilidade, quanto ao défice e à dívida, travam a resposta necessária aos problemas com que o país é confrontado, da escola pública, da saúde, do investimento público, da contratação de trabalhadores, do investimento na cultura, na defesa e da promoção da produção nacional”, disse o dirigente comunista, em declarações transmitidas pela RTP 3.
Estas são, para o PCP, “opções que se afastam do caminho de reposição de rendimentos” que o partido defende e que está previsto no programa de Governo. De resto, o PCP já se tinha demarcado do Programa de Estabilidade, guardando o período de negociações para o Orçamento do Estado para 2019.
Vasco Cardoso salientou ainda que “devem ser os interesses nacionais, e não o critério do défice, a definir a resposta a ser dada aos problemas do país“. “Não identificamos esse rumo na proposta que o Governo apresentou”, acrescentou.
O comunista garante também que o partido vai continuar “a intervir neste processo, sendo certo que o PCP marcou, marca e marcará a sua posição não em função do défice e das contas públicas, mas em função das necessidades do povo português“.
Isto porque, diz, o “critério do défice como elemento de aferição das respostas necessárias ao país” deve ser afastado. “A questão decisiva que se coloca é não subordinar o país ao critério do défice quando é necessário investimento público. O critério do défice das contas públicas deve ser afastado das prioridades políticas do nosso país”, concluiu.
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