Samsung vai usar Blockchain para cortar custos de distribuição
Coreana Samsung planeia aplicar a Blockchain à sua cadeia de distribuição, o que deverá significar o corte em 20% dos custos associados a estes envios. Tecnologia também permitirá poupar tempo.
Há mais uma entrada na lista de empresas que acreditam no potencial da Blockchain e estão a usá-la para tornar os seus negócios mais eficientes. Desta vez, é a coreana Samsung a apostar nesta tecnologia, aplicando-a à sua cadeia de distribuição.
“[A Blockchain] terá um enorme impacto nas cadeias de distribuição das indústrias manufatureiras”, defende o líder do departamento da Samsung responsável pelo desenvolvimento de aplicações baseadas nesta tecnologia. Song Kwang-woo adianta à Bloomberg que a empresa espera assim cortar em 20% os custos associados aos envios de produtos, em todo o mundo.
A Blockchain resulta da união de bases de dados descentralizadas que criam um índice global de transações, tornando cada um dessas operações totalmente inviolável. Aplicada à cadeia de distribuição da gigante em causa, esta tecnologia deverá manter um registo irrepreensível de todos os carregamentos da marca, cujo valor atinge, todos os anos, dezenas de milhares de milhões de dólares.
A aplicação deste sistema deverá, além disso, resultar na diminuição do fosso temporal entre o lançamento dos produtos da coreana e o seu envio efetivo para os comercializadores. Também no que diz respeito à coordenação burocrática com as autoridades alfandegárias, a Blockchain deverá facilitar o processo, poupando tempo (e consequentemente dinheiro) à empresa.
No início do mês, o Governo português anunciou a criação de uma espécie de moeda digital (à base de Blockchain, como a Bitcoin), sem valor real, que possibilitará a cada cidadão “investir” nas startups mais inovadoras. Depois de autenticado na plataforma, cada português deve reclamar um saldo em tokens (moedas) que poderá distribuir pelos projetos que escolher.
Também o Santander juntou-se à tendência, consagrando-se, na semana passada, no primeiro grande banco a casar a Blockchain com os seus serviços: está a oferecer uma ferramenta de transferências internacionais baseada nesta tecnologia.
No âmbito da recém-criada Aliança Portuguesa de Blockchain, REN, Abreu Advogados e Fidelidade estão também à procura de projetos inovadores, nesta área. As melhores aplicações serão desenvolvidas por estas empresas.
No início do ano, o presidente do Banco Central Europeu elogiou a Blockchain, apelando, contudo, à prudência no que diz respeito às criptomoedas. “É uma tecnologia inovadora que pode melhorar a eficiência”, sublinhou Mario Draghi, avançado que a instituição tem planos para a utilizar no futuro.
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