Ministro Adjunto: “Temos de fazer escolhas” sobre aumentos na Função Pública
Pedro Siza Vieira afirma que é necessário fazer "uma ponderação" entre as contratações e os aumentos no Estado, apesar da contestação laboral "evidente e natural".
Pedro Siza Vieira, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, afirma que a possibilidade de aumentos na Função Pública tem de ser ponderada em relação à necessidade de contratações para os quadros do Estado, por exemplo de médicos e enfermeiros.
O ministro Adjunto explicou ao jornal: “Acho que há uma coisa muito importante que os portugueses percebem: é preciso rejuvenescer a Função Pública, é preciso fazer crescer os seus recursos, precisamos de mais médicos, precisamos de mais enfermeiros, precisamos de mais funcionários na Segurança Social”. Para tal, acrescentou, “temos de fazer escolhas”.
Questionado sobre se o discurso do Governo deixara os funcionários públicos na expectativa de aumentos salariais, Pedro Siza Vieira discordou. “Este Governo fez uma inversão clara, apostou na reposição de rendimentos, apostou no apoio às exportações e investimento e isso tem tido resultados importantes do ponto de vista da gestão financeira. Mas não podemos esquecer que continuamos a ser um país com níveis de dívida pública muito elevados e que neste momento as taxas de juro estão também num quadro historicamente baixo”, acrescentou.
A contestação pública, no entanto, entre os que pretendem salários mais altos é “evidente e natural”, já que os trabalhadores do setor público, como os do privado, passaram por períodos de diminuição de rendimentos e, sentindo “que agora há melhores condições no país”, estarão “impacientes”.
A entrevista de Pedro Siza Vieira é publicada no dia a seguir às declarações de António Costa em que o primeiro-ministro expressou uma opção pela contratação de mais funcionários públicos ao invés de aumentos salariais para os trabalhadores atuais.
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