Incêndios: Zonas afetadas atraem investimento de 500 milhões
Face à dimensão das candidaturas, que excedem o valor disponibilizado pelo Governo, o executivo "vai criar condições para algum reforço das verbas".
O programa de atração de novos investimentos aos concelhos afetados pelos grandes incêndios de 2017 na região Centro registou “muitas candidaturas”, com uma intenção de investimento global de mais de 500 milhões de euros, informou o Governo.
“Tivemos muitas candidaturas. Temos mais de 500 milhões de euros de novo investimento candidatado para trazer novo emprego para o território”, afirmou o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com autarcas dos concelhos afetados pelo grande incêndio de Pedrógão Grande.
Este valor diz respeito às candidaturas apresentadas para novos investimentos no Pinhal Interior, mas também em todos os outros concelhos da região Centro fustigados pelos grandes incêndios de 2017.
"No total, tivemos um nível de procura muito grande, o que nos obrigará a ser seletivos na aprovação dos projetos. Não vamos aprovar tudo só porque apareceu. Temos que ter projetos bons que transformem efetivamente o território.”
Face à dimensão das candidaturas, que excedem o valor disponibilizado pelo Governo para este programa, o executivo “vai criar condições para algum reforço das verbas” que tinham sido inicialmente estipuladas, referiu o ministro.
Já ao início da tarde, Pedro Marques tinha avançado que o Pinhal Interior, zona fortemente afetada pelo incêndio de Pedrógão Grande, teria 90 candidaturas com um total de 90 milhões de euros de intenções de investimento no âmbito destes programas, número que é agora atualizado com as candidaturas dos concelhos afetados pelos grandes incêndios de outubro de 2017.
Esta candidaturas não estão relacionadas com os valores candidatados à reposição da atividade económica pelas empresas afetadas, sendo respostas aos avisos de candidaturas para atração de investimento para os territórios afetados, seja o de menor dimensão seja o sistema de incentivo a investimento “mais inovador e de maior dimensão”, explicou.
“No total, tivemos um nível de procura muito grande, o que nos obrigará a ser seletivos na aprovação dos projetos. Não vamos aprovar tudo só porque apareceu. Temos que ter projetos bons que transformem efetivamente o território, mas iremos procurar ir ao encontro desses projetos, tendo os recursos disponíveis para os aprovar”, realçou Pedro Marques. Os empresas, de fora e da região, “disseram presente ao desafio”, constatou o ministro.
Segundo Pedro Marques, na reunião foi também abordada a necessidade de capacitação dos territórios, nomeadamente os seus recursos humanos, para que as autarquias e as associações empresariais “possam apoiar a transformação destas ideias de negócios em bons projetos empresariais”.
Para o Governo, é necessário “dar mais quantidade e qualidade de recursos humanos à região”, por forma a “reter e atrair investimento” neste território.
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