Moscovici: Portugal está numa posição mais forte, mas ainda enfrenta desafios
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros defende que Portugal deve reforçar "o seu sucesso através do combate às vulnerabilidades que ainda mantém".
“Portugal está hoje numa posição muito mais forte do que há dez anos, quando a crise financeira estava a começar”, mas o país ainda enfrenta desafios. Quem o diz é o comissário para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici.
O Jornal de Negócios quis saber, junto do comissário, se Portugal estaria hoje mais bem preparado para enfrentar uma crise económica global. Moscovici indica, no seu comentário, que as “decisões difíceis” tomadas desde os anos da crise “ajudaram a tornar as finanças públicas sustentáveis, a reparar o setor bancário e a tornar a economia mais competitiva”. “Hoje, a economia portuguesa cresce de forma robusta, as suas finanças públicas estão a melhorar e o desemprego está a cair rapidamente”, diz ainda.
Recordando que a Bruxelas reconhece Portugal já não apresenta desequilíbrios macroeconómicos excessivos, as recomendações recentes “focam-se nos desafios que o país ainda enfrenta”. “Queremos que Portugal reforce o seu sucesso através do combate às vulnerabilidades que ainda mantém: reduzindo a sua ainda elevada dívida, fortalecendo mais partes do setor bancário, tornando o mercado de trabalho mais inclusivo. Mas o facto de que Portugal ainda enfrenta desafios – que país não os tem? – não nos deve desviar das importantes conquistas dos anos recentes, que tornaram a economia portuguesa muito mais resistente a choques potenciais”, sublinha Moscovici.
Para o comissário europeu, também há “mais trabalho a fazer para tornar a zona euro como um todo mais resistente, bem como mais justa e mais democrática”. Pierre Moscovici lembra que o Euro Summit, no final de junho, “precisa de tomar ações decisivas credíveis” no sentido do reforço da zona euro. “Esta vai ser a última oportunidade para fazer progressos significativos nesta frente durante um longo período de tempo – é vital que os façamos”, conclui.
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