CGD, BCP e Novo Banco usam fundo ECS para melhorar resultados
CGD, BCP e Novo Banco emprestaram 100 milhões à sociedade de capital de risco ECS, no final de 2017. No dia seguinte, receberam o mesmo montante numa distribuição de capital de fundo gerido pela ECS.
A Caixa Geral de Depósitos, o BCP e o Novo Banco usaram a sociedade de capital de risco ECS para melhorar as suas contas. No final do último ano, estas instituições bancárias transferiram para a sociedade referida cerca de 100 milhões de euros com o propósito claro de permitir ao FLIT (fundo gerido pela ECS) distribuir, no dia seguinte, esse mesmo montante pelos seus acionistas, avança o Expresso (acesso condicionado).
Criado em 2012 para reestruturar uma série de ativos imobiliários e turísticos problemáticos, o FLIT tem como maiores acionistas estes três bancos portugueses.
De acordo com o relatório e contas do fundo, a FLITPTREL Portugal SGPS entregou os 100 milhões emprestados pela banca à luxemburguesa FLITPTREL Lux, que por sua vez passou o dinheiro ao FLIT, que acabou por distribuir esse montante pelos seus acionistas.
Questionados pelo Expresso, os bancos e a ECS escolheram manter o silêncio. Ainda assim, fonte ouvida pelo jornal explica que o negócio tinha como objetivo a rentabilização de ativos que estão a ser recuperados e a antecipação dos reembolsos de ativos, cuja venda está a ser preparada.
Com esta operação, os bancos conseguiram “reciclar” algum do dinheiro que tinham na FLIT, o que lhes permitirá melhorar rácios de capital, reduzir a exposição a créditos problemáticos e até mesmo melhorar os seus resultados.
Nesta reestruturação, também a ECS saiu a ganhar. A acionista minoritária da FLIT conseguiu assim encaixar 140 mil euros.
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