Inteligência artificial nos consultórios clínicos. Ao serviço dos médicos e dos pacientes
A Google pretende pôr a inteligência artificial a ajudar os médicos e, consequentemente, melhorar as consultas dos pacientes. Mais interação com os doentes é o objetivo final.
A Google quer tornar as consultas médicas mais eficientes, de modo a melhorar as visitas aos consultórios. Para isso, em colaboração com a Escola de Medicina da Universidade de Stanford, a empresa norte-americana está a trabalhar num novo projeto: o “Medical Digital Assist”. Este tem um sistema baseado na inteligência artificial e promete alterar a experiência da próxima geração aquando das visitas clínicas, ao mesmo tempo que auxilia o trabalho dos médicos.
O preenchimento de relatórios clínicos, ou historiais, é uma das tarefas na qual os médicos gastam mais horas do seu horário de trabalho. Para a Google, tal tempo podia ser utilizado para interagir com os seus pacientes e a solução para este dilema passa por um sistema baseado no reconhecimento de voz e na tecnologia tátil. A ideia é usar as mesmas tecnologias de voz que os produtos Google Home, Google Assistant e Google Translate já utilizam.
O grande desafio está em ouvir e, simultaneamente, registar a informação dos pacientes. Mas, para preencher as histórias clínicas dos pacientes, a precisão é de extrema importância e esse fator está a tornar mais difícil a concretização do projeto. Caso as complicações se ultrapassem, o “Medical Digital Assist” poderá “desenvolver aos profissionais as alegrias da medicina: na realidade, interagir com os pacientes”, avançou Steven Lin, médico de Stanford que lidera a investigação com a Google, à CNBC.
A ideia nasceu depois de concluído o estudo que a Google realizou com a Escola de Medicina de Stanford. Segundo essa investigação, os médicos americanos perdem 6 das suas 11 horas de trabalho diário a documentar os historiais clínicos. O estudo revelou, também, que é possível construir um modelo de reconhecimento automático da voz, através do qual os relatórios clínicos sejam preenchidos, de forma eletrónica, automaticamente.
O projeto ainda está num estado muito inicial, no entanto a Google Brain concluirá a primeira fase em agosto e já está à procura de colaboradores que se encarreguem da parte comercial e legal. Ainda assim, a Google não é a única empresa a investir neste tipo de programa. A Microsoft e a Amazon também estão a desenvolver sistemas de inteligência artificial capazes de gerar historiais clínicos eletrónicos.
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