Saída de Paulo, entrada de Cláudia Azevedo. Sonae perde mais de 1% na bolsa de Lisboa
O setor energético está a pesar na bolsa nacional, que contraria a tendência da generalidade das praças europeias. Ações da Sonae recuam depois de anunciada a mudança na liderança.
A bolsa de Lisboa está a contrariar a tendência positiva na Europa e abriu a cotar no vermelho. O índice nacional está a ser pressionado por quedas no setor da energia, banca e construção, mas também no retalho. Um dia depois de se saber que Paulo Azevedo vai deixar a presidência executiva da Sonae, sendo sucedido por Cláudia Azevedo, as ações da empresa respondem em queda.
Enquanto o Stoxx 600 soma 0,38% para 386,42 pontos, o PSI-20 cai 0,12% para 5.631,34 pontos. O setor energético é o que mais contribui para as perdas, depois de conhecidos os dados sobre a produção de energia para as duas principais empresas cotadas na Euronext Lisbon.
A EDP está entre os piores desempenhos, com uma queda de 0,58% para 3,45 euros, mesmo depois de anunciar que aumentou a produção em 7% no primeiro semestre deste ano. Cenário semelhante na EDP Renováveis, que perde 0,11% para 8,99 euros, mesmo depois de ter anunciado um aumento de 6% na produção de energia no mesmo período, comparativamente com o período homólogo.
O pesado pesado BCP também está a contribuir para a desvalorização da bolsa portuguesa. A instituição liderada por Nuno Amado perde 0,14% para 2,954 euros.
Mas o destaque principal vai para as ações da Sonae. A empresa anunciou esta quarta-feira, após o fecho dos mercados, que vêm aí mudanças na presidência executiva: sai Paulo Azevedo e entra a irmã, Cláudia Azevedo. Em reação à notícia, os títulos da dona dos hipermercados Continente estão a perder valor. Arrancaram a sessão a cair 0,21%, mas recuam já 1,16% para 1,02 euros.
Em contraciclo, a Galp Energia está a travar as perdas na bolsa. A petrolífera avança 0,36% para 16,92 euros por ação, num dia em que o petróleo continua a perder valor nos mercados internacionais. Em Londres, o barril negoceia a 71,69 dólares, uma queda de 0,65%.
Por volta das 11h00, a bolsa de Lisboa irá ganhar mais uma cotada. Trata-se de startup financeira Raize, que passará a negociar no PSI Geral com o ticker “MLRZE”, depois de ter concluído com sucesso a oferta pública de venda inicial na semana passada, com uma procura que superou em quase quatro vezes o valor da oferta. O preço do IPO é de dois euros por ação.
(Notícia atualizada às 8h57 com o acentuar da queda da Sonae)
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