Carlos Pimenta rejeita existência de rendas excessivas na produção eólica
O antigo secretário de Estado do Ambiente Carlos Pimenta diz que "foi tudo feito de forma legal, transparente, com concurso".
O antigo secretário de Estado do Ambiente Carlos Pimenta recusou esta sexta-feira que existam rendas excessivas na energia eólica uma vez que os concursos foram legais, transparentes e as tarifas “em linha” com as remunerações na União Europeia.
Carlos Pimenta está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito às rendas excessivas da energia, assumindo não estar de acordo com muito do que foi dito em audições anteriores a propósito produção eólica, como por exemplo o antigo ministro da Energia Mira Amaral que defendeu que “o desastre do sistema elétrico teve origem em 2007, quando o governo de José Sócrates decidiu instalar 8.000 megawatt de potência eólica remunerada”.
O antigo secretário de Estado do Ambiente, atualmente ligado a várias empresas do setor das energias renováveis, questiona “como é que se pode dizer que há rendas excessivas” nos processos de atribuição de potência eólica quando “foi tudo feito de forma legal, transparente, com concurso” e “estando em linha com as remunerações pagas na União Europeia”.
Carlos Pimenta sublinhou ainda que as tarifas são sempre decrescentes, coincidentes com a maior maturidade tecnológica, destacando que a opção pela eólica “foi boa”. O antigo secretário de Estado considerou ainda que, em termos de alternativa, o nuclear “não era opção para Portugal e seria uma desgraça”, orgulhando-se de ter pertencido ao Governo que tomou a decisão política de rejeitar o nuclear.
Recusando ser “treinador de bancada” sobre CAE e CMEC, uma vez que não conhece estes contratos, Carlos Pimenta recorreu a um parecer da Comissão Europeia para concluir que “as eólicas passam bem na comparação com os CAE e com os CMEC“.
Carlos Pimenta destacou ainda a “criação de vários milhares de empregos diretos” associados aos concursos eólicos e o forte impacto nas exportações nacionais que tem este setor.
Carlos Pimenta foi secretário de Estado do Ambiente em dois governos, primeiro, entre 1983 e 1984, no conhecido governo de bloco central, liderado por Mário Soares, e, depois, entre 1985 e 1987, no X Governo Constitucional chefiado por Cavaco Silva. Carlos Pimenta lidera o fundo de capital de risco NovEnergia, dono de vários projetos de renováveis.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Carlos Pimenta rejeita existência de rendas excessivas na produção eólica
{{ noCommentsLabel }}