Martifer dispara 15% depois do batismo do primeiro navio encomendado pelo Estado
Depois do batismo do primeiro de dois navios encomendados pelo Estado à West Sea, os títulos da Martifer -- grupo que detém esse estaleiro -- estão a subir quase 15%.
Depois do batismo do primeiro de dois navios patrulha encomendados pelo Estado à West Sea ter animado as redes sociais, o grupo que detém este estaleiro naval volta a ser notícia por outra razão: os títulos estão a disparar. Esta segunda-feira, as ações da Martifer estão a valorizar 14,5% para 0,41 euros. O grupo está a negociar cerca de 222 mil títulos, que correspondem a 86 mil euros.
Foi na sexta-feira que o primeiro-ministro presidiu à cerimónia de batismo do Oceânica, o primeiro de dois navios em construção pela participada do grupo industrial Martifer. Durante a cerimónia, António Costa deu os parabéns à “indústria portuguesa de construção e reparação naval”, considerando a construção dos navios referidos “um exemplo muito feliz” do que se pretende fazer “para reforçar as Forças Armadas”.
Segundo o Diário de Notícias, o presidente do grupo Martifer revelou ainda que a West Sea está a construir seis navios e emprega atualmente mais de mil trabalhadores. Carlos Martins adiantou também que, desde 2014, ano em que o grupo Martifer assumiu os estaleiros navais em causa, “foram investidos oito milhões de euros”.
Além disso, o responsável anunciou a construção de “uma nova doca de 200 metros de comprimento, num investimento de 11 milhões de euros”, o que também terá animado os investidores, esta segunda-feira.
De fora da lista dos convidados, ficou o antigo ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco, responsável por essa encomenda e pela subconcessão a privados da atividade dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).
A ausência não caiu bem ao político, que usou o Facebook para mostrar o seu desagrado. “Hoje, do socialista autarca de Viana do Castelo ao primeiro-ministro e a sua mulher, passando pelo neossocialista ministro da Defesa, vão estar todos a aplaudir o que tanto criticaram, nos últimos anos“, escreveu Aguiar-Branco, na rede social.
No mesmo post, o político acrescentou: “Por Portugal, valeu a pena, ‘contra tudo e contra todos estes’ lutar pela solução que acreditei ser a melhor para o país e para a região”. Recorde-se que a decisão de subconcessionar a atividade em causa foi, na altura, abertamente criticada pelos socialistas.
Evolução das ações da Martifer
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