Apenas 14,7% das empresas portuguesas cumpre prazos de pagamento
Os limites de pagamento do mês passado foram cumpridos por apenas 14,7% das empresas portuguesas, o valor mais baixo dos últimos 11 anos. A maior parte das empresas paga com um atraso de até 30 dias.
Apenas 14,7% das empresas portuguesas cumpriram em agosto prazos de pagamento, o valor mais baixo em 11 anos, pagando a maioria das empresas com atraso até 30 dias, segundo o barómetro da Informa D&B, divulgado esta sexta-feira.
“Em agosto, a percentagem de empresas que pagam dentro dos prazos acordados (14,7%) atingiu o valor mais baixo desde 2007, sendo transversal a todos os setores e regiões”, lê-se no relatório da Informa D&B.
O indicador de cumprimento está em queda desde setembro do ano passado, embora o atraso médio de pagamento, de 26 dias, se tenha mantido face aos últimos 12 meses com mais de dois terços das empresas a pagar com um atraso até 30 dias.
Segundo o mesmo barómetro, nos primeiros sete meses deste ano, foram encerradas 10.295 empresas, um aumento de 17,3%, face a igual período de 2017, que inverteu a tendência de descida registada no ano passado, segundo o barómetro da Informa D&B.
O aumento de encerramentos, que se acentuou entre abril e julho, registou-se em quase todos os setores de atividade, destacando-se os setores grossista (38,5%), das indústrias transformadoras (26,3%), e da construção (20,6%).
No mesmo período foram criadas 30 mil empresas, mais 10% do que em igual período de 2017, um aumento impulsionado essencialmente pelas atividades ligados ao turismo, onde este indicador cresceu 19,4%.
O barómetro destaca, entre os setores com mais empresas criadas, as atividades imobiliárias, construção, transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, que representaram quase 40% das empresas constituídas, registando-se também um crescimento elevado (19,5%) no setor de tecnologias da informação e comunicação (TIC).
O setor mais tradicional da agricultura, pecuária, pesca e caça, registou uma descida nas constituições (29,9%), com maior impacto nas regiões do Alentejo, Norte e Centro.
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