DBRS destaca “redução substancial” dos ativos problemáticos da banca espanhola
Apesar da diminuição, a agência de notação canadiana alerta que a banca espanhola ainda tem trabalho a fazer. É preciso voltar a níveis de malparado antes da crise.
A agência de notação financeira DBRS considera que os riscos ligados à qualidade dos ativos dos bancos espanhóis se “reduziram substancialmente”, havendo uma diminuição significativa dos ativos problemáticos.
Num comunicado de imprensa publicado esta terça-feira, a agência de notação financeira canadiana alerta, no entanto, que a banca espanhola ainda tem de reduzir o nível de ativos tóxicos e de crédito malparado para níveis anteriores à última crise financeira.
Quase dez anos depois do colapso do mercado imobiliário em Espanha, a DBRS considera que os bancos espanhóis estão prontos para iniciar “um novo capítulo” no que diz respeito à qualidade dos seus ativos.
“Isso ocorre porque a maioria dos bancos reduziu significativamente os ativos problemáticos, principalmente nos últimos doze meses”, sublinha a agência de notação de crédito.
Os empréstimos de cobrança duvidosa (malparado) foram “substancialmente reduzidos” e a maioria dos bancos espanhóis têm índices de crédito malparado próximos da média dos bancos europeus.
No entanto, para a DBRS “alguns bancos” espanhóis ainda têm altos níveis de ativos excluídos (tóxicos), estando os níveis de crédito malparado ainda acima dos níveis anteriores à crise.
A agência de notação financeira considera que o nível atual de ativos problemáticos “não representa um risco significativo” para os bancos, uma vez que estes continuam empenhados em continuar a reduzir esses ativos.
Estas entidades bancárias devem beneficiar das atuais “perspetivas económicas sólidas” em Espanha, do ambiente favorável do mercado imobiliário e da continuação da procura de ativos imobiliários por parte dos investidores.
A DBRS sublinha que, nos últimos doze meses, o Santander, BBVA, CaixaBank, Sabadell e Liberbank anunciaram ou concluíram transações com investidores institucionais para retirar ativos tóxicos dos seus balanços patrimoniais.
Esses movimentos foram apoiados pelo “desempenho positivo” do mercado imobiliário e pelo aumento da procura dos investidores espanhóis.
No total, os bancos espanhóis reduziram os ativos tóxicos para 16,9 mil milhões de euros no final do primeiro semestre de 2018, uma redução “notável” de 57 mil milhões de euros ou de 77% em relação ao ano anterior, de acordo com as estimativas da DBRS.
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