Lisboa aprofunda quedas. Intercalares nos EUA pressionam bolsas europeias
A bolsa nacional, a par das dos principais mercados acionistas da Europa está no vermelho, com os investidores expectantes face ao desfecho das eleições nos EUA. BCP é um dos títulos mais penalizados.
Ventos menos favoráveis sopram a partir do outro lado do Atlântico, e os efeitos fazem-se sentir no Velho Continente. A bolsa nacional, a par dos restantes mercados acionistas europeus, aprofundam as quedas do início da sessão, com os investidores a revelarem o seu nervosismo face às eleições intercalares que decorrem esta terça-feira nos EUA. O vermelho faz quase o pleno em Lisboa, com o BCP a ser o principal responsável pelo rumo negativo do PSI-20.
O índice PSI-20 desvaloriza 0,73%, para os 4.951,11 pontos, em sintonia com o rumo seguido pelos principais pares europeus. O Stoxx 600, que agrega as 600 maiores empresas da Europa recua 0,18%, após um arranque de sessão em alta ligeira.
O desempenho negativo que se regista um pouco por todas as praças bolsistas europeias acontece no dia em que nos EUA vão ser escolhidos 35 dos 100 senadores e a totalidade dos congressistas, ou seja, 435 eleitos para a Câmara dos Representantes.
Estas eleições norte-americanas são o primeiro “teste de fogo” à política de cortes de impostos e à guerra comercial imposta pela administração de Donald Trump. As sondagens apontam para que o Partido Republicano perca o controlo da Câmara de Representantes, algo que a acontecer poderá retirar algum poder ao presidente norte-americano.
"Definitivamente não é altura para comprar na queda.”
É nesse contexto de incerteza que se enquadra o receio dos investidores. “Definitivamente não é altura para comprar na queda”, afirmava Pau Morilla-Giner, diretor de investimentos da London & Capital, citado pela Reuters, para justificar a fuga ao risco dos investidores.
BCP pressiona bolsa de Lisboa
Em Lisboa, o BCP é um dos títulos que mais se ressente desse cenário e o que mais pesa no desempenho negativo do índice bolsista nacional. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuam 1,84%, para os 23,89 cêntimos, isto na véspera de apresentar o balanço das suas contas relativas ao terceiro trimestre.
Os analistas do Caixabank/BPI estimam que o lucro líquido atribuível do BCP mais do que tenha duplicado para 93 milhões de euros, entre o início de julho e o final de setembro, face aos 43 milhões de euros reportados no mesmo período do ano passado.
Referência ainda para o deslize de 1,01%, para os 7,81 euros, das ações da EDP Renováveis, enquanto as da casa-mãe EDP recuam 0,26%, para os 3,08 euros.
Em termos percentuais, as maiores quebras são sofridas pela Mota-Engil e pela Sonae. Os títulos da construtora caem 2,89%, para os 1,678 euros, enquanto as da retalhistas perdem 2,64%, para os 84,95 cêntimos.
Apenas a Galp Energia e a Jerónimo Martins contrariam o desempenho negativo da praça bolsista nacional. As ações da petrolífera sobem 0,2%, para os 15,045 euros, em contraciclo com a queda das cotações do petróleo que acusam o sentimento negativo que impera no mercado. Já as ações da dona do Pingo Doce sobem 0,19%, para os 10,82 euros.
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