Wall Street derrapa 2%. A culpa foi da Apple e da Goldman Sachs
Os principais índices bolsistas dos EUA estiveram sob forte pressão, condicionados pelos títulos das tecnológicas e da banca. As perdas rondaram os 2%.
Bastante negativo. Este é o saldo da primeira sessão bolsista da semana nos EUA. Os principais índices bolsistas de Wall Street registaram perdas em torno de 2%, condicionados pelo recuo dos títulos do setor tecnológico e da banca. A Apple e a Goldman Sachs sobressaem entre os principais culpados.
O Nasdaq destacou-se com o maior deslize, com o índice tecnológico a derrapar 2,78%, para os 7.200,87 pontos. Não muito distante esteve a quebra sofrida pelo industrial Dow Jones, que perdeu 2,32%, para os 25.387,18 pontos, seguido pelo S&P 500 que desvalorizou 1,97%, para os 2.726,22 pontos.
Os títulos da Apple recuaram perto de 5%, depois de vários fornecedores da empresa da “marca da maçã” terem sinalizado quebras de encomendas. A Lumentum Holdings, cujos componentes suportam a tecnologia de identificação facial digital do iPhone, foi uma delas, tendo cortado as suas previsões de resultados para o segundo trimestre, e mergulhado em perdas bolsistas superiores a 30%. Outras cotadas do setor tecnológico acabaram por seguir-lhe as passadas, sofrendo fortes quebras em bolsa.
“Os fornecedores da Apple sofreram alguns problemas“, disse J.J. Kinahan, responsável pela estratégia de mercados da TD Ameritrade, citado pela Reuters. “Pode ser que a procura mundial por iPhones esfrie“, acrescentou.
Também à Goldman Sachs coube grande parte da responsabilidade pelo rumo negativo sofrido pelas ações norte-americanas. As suas ações tombaram quase 8%, depois de, segundo a Bloomberg, o ministro das Finanças da Malásia, Lim Guan Eng, ter dito que o país estava a procurar receber de volta todas as taxas na ordem de milhares de milhões de dólares pagas ao banco pelos acordos conseguidos para o problemático fundo estatal do país.
Entre todos os 11 setores do S&P 500, a tecnologia e a banca foram os que mais pesaram no respetivo desempenho negativo. “É um sell-off ‘feio’ em toda a linha, liderado pela Apple e pela Goldman Sachs“, salientou Kinahan.
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