FMI negoceia com Venezuela entrega de dados económicos
Organização internacional está em diálogo com Banco Central da Venezuela para país disponibilizar dados económicos oficiais. Há 14 anos que Caracas não disponibiliza os dados económicos.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) está em diálogo com Caracas para ter acesso aos dados económicos oficiais do país. A Venezuela é membro do FMI desde 1945, mas desde 2004 que o executivo não permite visitas técnicas para verificação de relatórios e contas.
O porta-voz do FMI, Gerry Rice, confirmou numa conferência de imprensa em Washington, que têm existido debates entre o fundo internacional e as autoridades venezuelanas e de que há “esperança” que possam conduzir “a uma conclusão positiva”.
A tensão entre a organização internacional e Caracas subiu de tom ao longo deste ano. Em maio, o FMI emitiu uma declaração de censura ao país por não disponibilizar informação económica, nem aplicar medidas para corrigir a economia. Em contrapartida, o Presidente venezuelano, Nicolas Maduro, chamou os responsáveis do FMI de “assassinos do mundo”.
Enquanto a Venezuela não disponibilizar os dados económicos, o país está impedido de aceder a recursos da instituição financeira internacional. Arrisca-se mesmo a perder o direito de voto no seio do organismo, podendo ser até obrigado a abandonar o FMI.
O Governo de Nicolas Maduro impulsionou, em agosto, um plano de recuperação económica com vista a recuperar da recessão económica que afeta a Venezuela desde 2015. As medidas passaram por criação de uma nova moeda, aumento do salário mínimo e aumento dos impostos. Vários economistas expressaram preocupação pelas medidas anunciadas e alertaram para a possibilidade de a inflação aumentar ainda mais.
O FMI estima que o país terminará 2018 com uma subida anual acumulada de 1.000.000%.
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