Riscos para a estabilidade financeira “intensificaram-se”
Incerteza geopolítica e económica, tensões comerciais e juros dos EUA são ameaça à estabilidade financeira. Alerta é do Banco de Portugal.
A economia portuguesa tem vindo a reduzir as vulnerabilidades e o sistema bancário nacional conseguiu aumentar a sua resiliência a choques adversos. De uma forma geral, a economia e banca estão mais fortes, mas o baixo crescimento potencial do PIB e as “ainda significativas fontes de risco sistémico” levam a que Portugal tenha de aprofundar o trajeto de ajustamento. Sobretudo tendo em conta que o principal risco para a estabilidade financeira no país, a reavaliação significativa e abrupta dos prémios de risco, “intensificou-se” nos últimos meses.
“O agravamento da incerteza geopolítica e económica, tanto a nível mundial como na Europa, a materialização parcial de alguns riscos provenientes das tensões comerciais e da normalização da política monetária nos EUA e um enquadramento em que se perspetiva a desaceleração do crescimento económico mundial poderão conduzir a comportamentos de aversão ao risco e a reavaliações dos prémios de risco”, alerta o Banco de Portugal e constam do último Relatório de Estabilidade Financeira.
Há ainda que contar com a “incerteza quanto ti ao desfecho do Brexit ou episódios de instabilidade financeira associados à situação política em países da área do euro”, que o Banco de Portugal vê como “eventos que têm o potencial de fazer recrudescer este risco num futuro próximo”, salienta.
Tudo considerado, o regulador avisa que “a concretização de um cenário com estes contornos terá certamente consequências para a economia portuguesa e sobre o setor financeiro”. Estas implicações, conclui, estão particularmente associadas “aos custos de financiamento e aos efeitos negativos sobre a procura externa dirigida à economia portuguesa”.
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