Wall Street em standby. Investidores à espera da Fed
Jerome Powell deverá anunciar, esta tarde, uma nova subida das taxas de juro. Expectativa quanto ao que dirá sobre novos aumentos mantém as praças pouco alteradas.
Todos os olhos estão postos, esta quarta-feira, na Reserva Federal norte-americana. Depois de uma reunião de dois dias, a entidade liderada por Jerome Powell deverá anunciar, esta tarde, uma nova subida das taxas de juro. Apesar de recearem esse aumento (o quarto do ano), os investidores esperam que o banco central dos EUA sinalize que, no próximo ano, haverá menos subidas das taxas de juro do que houve em 2018, face ao risco de desaceleração da economia global.
Na abertura da sessão de quarta-feira, o índice de referência, o S&P 500, sobe apenas 0,03% para 2.547,05 pontos. Também o industrial Dow Jones arranca em terreno positivo… mas por pouco. Está a somar 0,07% para 23.693,33 pontos. Já o tecnológico Nasdaq está a recuar 0,09% para 6.777,59 pontos.
Os investidores estão à espera de encontrar um presente no sapatinho. Isto é, estão à espera que a Reserve Federal deixe a sugestão de que 2019 será marcado por apenas três subidas das taxas de juro. Isto no dia em que se espera o quarto aumento deste tipo em 2018, o que está poderá implicar uma desaceleração da economia global.
A propósito, o Presidente dos Estados Unidos considerou essa última decisão uma “tolice“, criticando, mais uma vez, a atuação do banco central.
“Com a economia global a registar um desaceleramento em 2019, incluindo a norte-americano, com a inflação em xeque e com o mercado dos EUA ainda em correção, este pode não ser o melhor momento para aumentar as taxas de juro”, realça o analista Craig Erlam, citado pela Reuters. Ainda assim, sublinha: “Há esperança de que o anúncio de hoje desfaça de certo modo os danos registados nos últimos meses”.
A pesar sobre Wall Street, estão ainda os títulos da FedEx, que estão a desvalorizar 8,72% para 168,88 dólares. Tal desempenho explica-se pela revisão em baixa das estimativas da empresa para 2019 face à debilitação da economia europeia e à desaceleração da sua atividade na China.
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