Digital está a mudar os empregos na UE. Trabalhadores portugueses são dos mais afetados
Portugal foi o sétimo país em que o Eurostat mais registou mudanças nas tarefas desempenhadas no emprego devido à entrada de novas tecnologias nas empresas. Mas o uso de computadores ainda fica aquém.
Os portugueses foram dos cidadãos da União Europeia (UE) que mais viram os seus empregos mudarem em 2018 devido à transformação digital. Os dados divulgados pelo Eurostat colocam Portugal na sétima posição entre os países em que os internautas mais reportaram mudanças nas principais tarefas que desempenhavam no trabalho, devido à introdução de novos programas e equipamentos informáticos.
No entanto, Portugal só aparece na segunda metade de países no que toca à utilização de computadores ou equipamento computadorizado no trabalho, ficando abaixo da média europeia e conquistando apenas a 16.ª posição entre os 28 Estados-membros. Focando a análise nos cidadãos empregados que reportaram ter acedido à internet nos últimos 12 meses, 69% admitiu usar computadores, portáteis, tablets ou smartphones no trabalho e 16% usou equipamento ou máquinas controladas por computadores.
Trabalhadores que mais reportaram alterações nas tarefas do emprego graças à introdução de novos programas e equipamentos informáticos em 2018
Entre os trabalhadores portugueses utilizadores de internet, a principal atividade digital desempenhada no trabalho foi a troca de correio eletrónico ou introdução de informação em bases de dados, com 63%, e o uso de software específico da empresa, com 44%. A terceira principal atividade para os internautas portugueses no trabalho foi a criação ou edição de documentos eletrónicos.
“No início de 2018, 87% das pessoas na UE, com idade entre 16 e 74 anos, usou a internet pelo menos uma vez nos últimos 12 meses. Desses utilizadores que têm emprego, 71% reportou usar computadores, portáteis, smartphones, tablets ou outros dispositivos eletrónicos portáteis no trabalho, e 19% disse usar equipamento ou máquinas controladas por computador”, revelou ainda o Eurostat num comunicado divulgado esta quinta-feira.
Uso de computadores ou de equipamento ou máquinas controladas por computador no trabalho em 2018
Os holandeses foram os que mais admitiram usar computadores no trabalho, contrastando com a Roménia, que está muito abaixo da média europeia nesta vertente. Quanto ao impacto da transformação digital nos empregos, os dinamarqueses ficaram à frente como os cidadãos da UE que mais observaram mudanças nas tarefas desempenhadas, contra o Chipre, o país mais aquém dos pares europeus neste indicador.
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