Microsoft destrona a Apple. É a cotada mais valiosa do mundo

As sucessivas quedas da empresa fundada por Steve Jobs fizeram-na perder o pódio de cotada mais valiosa do mundo. O trono passa agora a ser ocupado pela Microsoft.

A empresa fundada por Steve Jobs perdeu o pódio de cotada mais valiosa do mundo. Consequência das sucessivas desvalorizações que a Apple tem vindo a ter em bolsa, o trono passa agora a ser ocupado pela Microsoft, avança a Bloomberg (conteúdo em inglês). Os títulos da tecnológica fundada por Bill Gates e Paul Allen estão atualmente a cotar nos 107,27 dólares.

A 2 de agosto, a Apple tornou-se a empresa mais valiosa do mundo ao ser a primeira norte-americana a valer 1.000.000.000.000 dólares em bolsa. Pouco tempo depois foi a Amazon a alcançar essa meta, mas cerca de dois meses depois, muita coisa mudou. A 3 de outubro, a empresa da marca da maçã bateu um mínimo histórico de 233,47 dólares, quando surgiram notícias de que as vendas dos iPhone tinham diminuído.

Para além disso, as ações das tecnológicas foram prejudicadas nos últimos meses à medida que aumentavam as tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, com os investidores preocupados com as repercussões que isso poderia ter nas empresas. Mas a Apple sofreu mais do que qualquer outra.

No início de novembro, altura em que foram publicados os resultados do quarto trimestre fiscal, a Apple perdeu 23% depois de anunciar que as previsões para o último trimestre do ano estavam aquém das expectativas, embora as receitas tenham ficado acima do esperado pelos analistas.

As ações da Apple estão a cair 0,7% para 173,32 dólares, avaliando a empresa em 822,47 mil milhões de dólares.

Esta segunda-feira, impulsionada pela recuperação dos índices de ações dos Estados Unidos, a Microsoft valorizou 3,1%, estando atualmente a cotar nos 107,23 dólares, elevando o seu valor de mercado para um recorde de 822,51 mil milhões de dólares.

Em 2010, a capitalização bolsista da Apple superou a da Microsoft numa altura em que a fabricante de software do Windows lutava contra a fraca procura por computadores, em parte devido ao boom dos iPhone.

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Conheça as datas do IPO da Science4you até à estreia na bolsa de Lisboa

Interessado no IPO da Science4you? Já é conhecido o calendário da operação que culminará, a 27 de dezembro, com a admissão das ações da empresa na bolsa de Lisboa. Fique a par das principais datas.

A Science4you já publicou o prospeto com todas as informações relativas à operação que culminará, a 27 de dezembro, com a admissão de até 40% das ações da empresa na bolsa de Lisboa. A oferta pública inicial (IPO) começa já esta quarta-feira, com cada ação a valer 2,45 euros. Conheça as datas que vão marcar esta operação:

  • 28 de novembro, às 8h30: Início do período da oferta;
  • 10 de dezembro, às 15h00: Deixa de ser possível revogar as ordens de subscrição/compra;
  • 14 de dezembro, às 15h00: Fim do período da oferta;
  • 14 de dezembro, às 16h30: Fim do período de transmissão de ordens à Euronext por parte dos intermediários financeiros.
  • 17 de dezembro: Registo definitivo da conversão das ações em ações ordinárias. Ao mesmo tempo será feito o apuramento dos resultados pela Euronext em sessão especial;
  • 19 de dezembro: Liquidação física e financeira da oferta;
  • 20 de dezembro: Data prevista para o registo comercial do aumento de capital;
  • 21 de dezembro: Admissão à negociação das ações no Euronext Growth. É nesta data que as ações começam a negociar na bolsa de Lisboa.

Com esta operação, a empresa fundada por Miguel Pina Martins pretende encaixar até 15 milhões de euros, através da venda de ações existentes e através de um aumento de capital por injeção de dinheiro fresco. O IPO encontra-se a ser coordenado pelo Montepio Investimento.

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“Malparado é o cancro da banca”, diz Vieira Monteiro. “Não chamaria cancro, mas doença grave”, responde Maya

Em Lisboa, a presidente do Mecanismo Único de Supervisão, Danièle Nouy, disse esperar que bancos portugueses estejam a esforçar-se para reduzir o malparado.

“O crédito malparado deve ser resolvido imediatamente pois é o cancro da banca”, defendeu António Vieira Monteiro, presidente do Santander Totta. Ao seu lado, Miguel Maya, do BCP, rejeitou a comparação: “Não chamaria um cancro, mas é uma doença grave”. Enquanto António Ramalho falava em “recordes” de crédito problemático no seu Novo Banco, Fernando Ulrich, chairman do BPI, disse que “não sendo um grande problema, reduzir os NPL (non performing loans) é um grande objetivo”.

Foi durante a conferência sobre os “quatro anos do Mecanismo Único de Supervisão: lições e desafios”, organizada esta terça-feira pelo Banco de Portugal, em Lisboa, que os responsáveis pelos cinco grandes bancos nacionais (incluindo ainda Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos) falaram sobre o problema que atormenta mais uns do que outros: o crédito em incumprimento ou, na linguagem mais técnica, NPL.

Vieira Monteiro comparou estes ativos tóxicos a um cancro que afeta o banco. Já Miguel Maya preferiu chamar-lhe “doença grave” porque “a questão não é assim tão importante se os bancos tiverem as imparidades adequadas”. O CEO do BCP lembrou a seguir que o banco reduziu o nível de NPL em 1,8 mil milhões no último ano e que conta estar em linha com a média europeia em 2020, isto para mostrar que “não empurra o problema com a barriga”.

"O crédito malparado deve ser resolvido imediatamente pois é o cancro da banca.”

António Vieira Monteiro

Presidente do Santander Totta

Por seu turno, este “problema” não preocupa tanto Ulrich, que liderou o BPI na última década antes de ser substituído por Pablo Forero em 2017. “O BPI é o que tem os rácios de NPL ou NPE mais baixos, mas temos sempre o objetivo de melhorar. Não sendo um grande problema, é um grande objetivo. Também estamos a reduzir os níveis mas de uma forma mais voluntária porque o ponto de partida é melhor”, assinalou o agora presidente do conselho de administração do BPI.

Do lado do Novo Banco, António Ramalho colocou o cenário em perspetiva: “Quando se falam de bancos que estão particularmente bem, o problema é um. Quando os bancos têm excesso de malparado, e onde eu sirvo bate todos os recordes, naturalmente que o problema é outro“, disse Ramalho.

Adiantou que, “de uma forma adequada”, o banco deve resolver o problema do malparado “o quanto antes”. “Sou muito prático: todos os adiamentos do presente vão representar imparidades no futuro“. Isto numa altura que o Novo Banco se prepara para alienar uma importante carteira de malparado, no valor de 1.700 milhões de euros, com KKR, Deutsche Bank e Cerebrus na corrida.

Sobre o mesmo tema, Danièle Nouy, presidente do Mecanismo Único de Supervisão, lembrou que as autoridades europeias não estão a olhar para o nível de malparado, mas antes para o “stock, para o legado, para o montante absoluto”.

"Quando se falam de bancos que estão particularmente bem, o problema é um. Quando os bancos têm excesso de malparado, e onde eu sirvo bate todos os recordes, naturalmente que o problema é outro.”

António Ramalho

Presidente do Novo Banco

Falando na mesma conferência, a responsável disse esperar que os bancos “estejam a fazer esforços” para baixar este fardo, porque é “necessário que regressam à rentabilidade” para estarem mais bem preparados para uma eventual crise futura.

Pouco depois, em jeito de resposta a Nouy, Elisa Ferreira fez um ponto de situação em relação à situação portuguesa: “Em termos absolutos, em junho de 2016, o montante de NPL era de 50 mil milhões de euros. Agora é de 32 mil milhões. Foi um grande trabalho, resultou de uma colaboração próxima entre Banco de Portugal e os bancos”.

A vice-governadora frisou mesmo que “estas mudanças estão a ser reconhecidas pelo mercado, através das melhorias de rating da parte das agências”.

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Science4you vende ações a 2,45 euros. Oferta já arrancou

Prospeto da oferta pública inicial da startup portuguesa foi aprovado pelo regulador. A oferta das ações arranca esta quarta-feira, estando a entrada em bolsa prevista para 21 de dezembro.

A Science4You vai vender ações a 2,45 euros, na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). O prospeto foi aprovado esta terça-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na oferta, que arranca esta quarta-feira e irá decorrer até 14 de dezembro, serão vendidos títulos já existentes, mas também novas ações, correspondentes a 44,11% do capital da startup.

A operação dirige-se ao retalho em Portugal e irá incluir a emissão de novas ações da Science4you, mas também títulos dos atuais acionistas. A operação é composta por uma oferta pública de subscrição de até 3.367.346 novas ações, no âmbito do aumento de capital, acompanhado de uma oferta pública de venda de 2.755.102 ações já existentes e alienadas pelos atuais acionistas.

Vendendo os títulos a 2,45 euros, a empresa prevê obter cerca de 8,25 milhões de euros com os novos títulos, sendo que a venda de ações por parte dos atuais acionistas gerará um encaixe de 6,75 milhões de euros. Tendo em conta a avaliação no IPO, a Science4you entrará no mercado de capitais (a 21 de dezembro) avaliada em 34 milhões de euros.

O capital social da emitente é atualmente de 517.296,18 euros, representado por 10.511.083 ações ordinárias. Entre os principais investidores estão o Millennium Fundo de Capitalização, a Portugal Ventures e o Banco Europeu de Investimento. Todos os investidores vão manter-se na estrutura acionista e nenhum vai vender mais de metade das participações atuais.

“No caso de a procura não atingir o número de ações disponíveis, a oferta ficará limitada ao número global das ações visadas pelas ordens recolhidas e devidamente validadas, sendo a mesma eficaz relativamente ao número total de ações objeto dessas ordens, desde que tenham sido recebidas e validadas ordens tendo como objeto, pelo menos, 2.040.817 ações (ações essas reservadas à componente de oferta de venda). Se esta condição não se verificar, a oferta não será eficaz e a liquidação da oferta não terá lugar”, nota o prospeto.

Reforçar posição financeira e investir no e-commerce são os objetivos

Não existe montante mínimo para a subscrição por investidor e o máximo é de 816.326 ações, correspondente a um investimento de 1.999.998,70 euros. Caso as ordens excedam o número de ações objeto da Oferta, as ações serão objeto de rateio pelos investidores que manifestaram a intenção de subscrever ações.

O encaixe financeiro líquido para a startup será de 7,612 milhões de euros, enquanto a receita líquida estimada para os acionistas é de 6,56 milhões de euros, assumindo a subscrição integral do aumento de capital. A Science4you adianta que os custos associados à operação serão de 828 mil euros.

“Tendo em consideração o aumento de capital previsto, bem como o objetivo do mesmo de reduzir o endividamento da sociedade, reforçar a sua situação financeira e aumentar a sua flexibilidade para futuros investimentos, a sociedade não prevê pagar dividendos referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018”, refere o prospeto.

Criada em 2008, a Science4you conta atualmente com uma linha de mais de 500 brinquedos científicos e educativos. No ano passado, atingiu um volume de vendas consolidadas superior a 20 milhões de euros, dos quais 40% referentes às exportações para mais de 60 países. O encaixe financeiro será usado para investir no comércio digital.

“O aumento de capital visa a obtenção de fundos para financiamento da estratégia de negócio da emitente, através do reforço do seu capital social, financiamento da sua atividade geral e de investimentos futuros, nomeadamente tendo em vista a prossecução do processo de internacionalização e um modelo de negócio focado no e-commerce“, afirma.

“Adicionalmente, a oferta contribui igualmente para reforçar a visibilidade e credibilidade da sociedade e dos seus ativos no mercado em geral e, em particular, junto dos seus clientes, fornecedores e parceiros nos mercados nacional e internacional, alargar a sua base acionista e facilitar futuros aumentos de capital que sejam necessários ao desenvolvimento da sua atividade”, acrescenta.

O preço das ações foi definido com base numa análise dos auditores Mazar. O Banco Best, o Banco Carregosa, e a Caixa Económica Montepio Geral são os bancos membros do sindicato de colocação.

(Notícia atualizada às 19h03 com mais informação)

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Municípios aprovam descentralização na saúde, portos e transporte de passageiros em vias navegáveis

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

A associação que reúne os municípios portugueses deu "luz verde" aos diplomas setoriais nas áreas da saúde, portos e vias navegáveis, ao abrigo do processo de descentralização.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) deu parecer favorável aos diplomas setoriais relativos às áreas da saúde, portuárias e de transporte de passageiros em vias navegáveis, no âmbito do processo de descentralização. A associação “emitiu hoje [terça-feira] parecer favorável sobre estes três diplomas setoriais na versão final”, anunciou o presidente da ANMP, Manuel Machado, sublinhando que, deste modo, “está praticamente concluído todo este processo que decorreu no âmbito da descentralização administrativa”.

Este processo, acrescentou Manuel Machado, que falava aos jornalistas depois de ter participado, em Coimbra, na sede da ANMP, numa reunião do Conselho Diretivo da Associação, tem sido “caracterizado pelo diálogo, pela troca de pontos de vista, pelo confronto de opiniões”. Ainda “não está consensualizado o decreto-lei das freguesias” e falta, por outro lado, o diploma relacionado com a área da ação social, sobre o qual a ANMP aguarda “algumas especificações” que foram “exigidas” ao Governo, recordou Manuel Machado.

O decreto-lei sobre a segurança de incêndios em edifícios já foi “consensualizado”, mas ainda não foi aprovado em Conselho de Ministros. Os restantes diplomas setoriais já mereceram a aprovação do Governo, tendo os decretos-lei sobre praias e sobre as modalidades afins de jogos de fortuna e azar sido publicados no Diário da República.

Globalmente, no âmbito do processo de descentralização de competências para as autarquias, estão aprovados os diplomas setoriais sobre o regime da organização dos serviços das autarquias locais, o policiamento de proximidade, as modalidades de jogos de fortuna e azar, a captação de investimento/gestão de projetos financiados por fundos europeus, a promoção turística, as praias, a justiça, a habitação, a proteção civil e a proteção, saúde animal e segurança alimentar.

Do total de 21 diplomas aprovados fazem também partes aqueles que se relacionam com as estruturas de atendimento ao cidadão, as vias de comunicação, a cultura, o património, a ação social, o estacionamento público, a educação, a saúde, as áreas protegidas, as áreas portuárias e o transporte de passageiros em vias navegáveis interiores.

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ECOfin especial. O poder do ministro das Finanças e a coordenação económica

Eduardo Catroga, Jorge Braga de Macedo e Fernando Teixeira dos Santos são antigos ministros das Finanças e partilharam, num ECOfin especial, o que tem de mudar na política financeira e económica.

Numa altura em que no Parlamento se discutem, na especialidade, as medidas contidas no Orçamento do Estado para o próximo ano, o ECO decidiu reunir alguns dos antigos titulares da pasta das finanças para debaterem o atual estado do país, as opções de política económica e orçamental, as oportunidades e desafios de Portugal no contexto europeu.

Eduardo Catroga, Jorge Braga de Macedo e Fernando Teixeira dos Santos, os dois primeiros que fizeram parte de governos do PSD e o terceiro em executivos do PS, são os oradores do ECOfin, um ECO Talks especial dedicado ao segundo aniversário do ECO. Na plateia estarão decisores económicos e políticos e estudantes da Nova SBE.

Leia abaixo o nosso liveblog com o minuto a minuto das intervenções de cada um dos oradores.

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Advogado da Garrigues distinguido com o Prémio José Luís Sapateiro

O advogado Vasco Freitas da Costa, associado sénior da Garrigues Portugal, foi distinguido com o Prémio José Luís Sapateiro de 2017, pelo seu trabalho sobre a regulação jurídica de crowdfunding.

O advogado Vasco Freitas da Costa, associado sénior da Garrigues Portugal, foi distinguido com o Prémio José Luís Sapateiro de 2017, pelo seu trabalho sobre a regulação jurídica de crowdfunding, intitulado “Regulação jurídica do financiamento colaborativo ou crowdfunding – em especial, o caso português”. A entrega do prémio decorreu no dia 23 de novembro, na Conferência Anual da CMVM, este ano subordinada ao tema Sustainable finance: The Road Ahead.

A investigação premiada fez uma análise do fenómeno do crowdfunding e de alguns desafios regulatórios do mesmo, apresentando uma exposição crítica das primeiras respostas regulamentares sobre a matéria.

Vasco Freitas da Costa é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pós-graduado em gestão de bancos e seguradoras pelo IDEFE/ISEG, tendo completado um Master of Laws pela Faculdade de Direito de Columbia (Nova Iorque). Atualmente, exerce advocacia no departamento de Direito Público da Garrigues Portugal.

O Prémio José Luís Sapateiro, no valor de cinco mil euros, foi instituído pela CMVM para distinguir uma dissertação académica ou um trabalho de investigação original que incida sobre um tema de relevância e interesse para o mercado de capitais português, alternando anualmente trabalhos de natureza jurídica e económica. A edição do ano de 2017 destinou-se a premiar trabalhos de natureza jurídica.

José Luís Sapateiro (1927-2016) foi Secretário de Estado do Tesouro entre 1972 e 1974 e coordenou os trabalhos do processo legislativo que culminou, em 1991, no primeiro Código do Mercado de Valores Mobiliários e na criação da CMVM. Este Código ficou conhecido por “Lei Sapateiro”. Desde 2016, o Prémio anual da CMVM passou a designar-se Prémio José Luís Sapateiro.

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Best Lawyers. Morais Leitão, PLMJ e VdA e Cuatrecasas com mais distinções

A Morais Leitão, PLMJ , VdA e Cuatrecasas foram as sociedades mais distinguidas nesta edição do Best Lawyers, na categoria “Law Firm of the Year”. Mas a Morais Leitão teve mais advogados premiados.

A edição de 2019 do ‘Best Lawyers’ – um dos rankings internacionais mais antigos do mercado da advocacia, acaba de lançar os resultados dos melhores advogados e firmas. Este diretório é considerado um guia de prestígio na indicação, por região geográfica, dos melhores advogados em cada área de prática.

Os “Law Firm of the Year” distinguem, desde 2010, uma única sociedade, a nível nacional, pelo trabalho desenvolvido numa área de prática específica. Os vencedores são escolhidos com base nos votos dos pares e o alcance e a reputação da empresa na área de prática destacada. Tal como os “Lawyers of the Year”.

A Morais Leitão, a PLMJ, a Cuatrecasas e a VdA foram as sociedades portuguesas mais distinguidas, tendo cada uma sido reconhecida em duas áreas de prática.

A Morais Leitão foi, assim, indicada em Administrative Law e em Labor and Employment Law; a PLMJ em Corporate Law e Insolvency and Reorganization Law; e a VdA em Banking and Finance Law e Mergers and Acquisitions Law e a a Cuatrecasas em Litigation e Tax.

Nesta categoria foram ainda distinguidas a Abreu (Intellectual Property Law), a Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados (Project Finance and Development Practice), a Linklaters (Capital Markets Law), a Miranda (Natural Resources Law), a SRS (Technology Law) e a Uría Menéndez- Proença de Carvalho (Arbitration and Mediation).

O diretório destacou também 31 “advogados do ano” (2019) em Portugal (Lisboa e Porto), um por cada área de prática, com destaque para a Morais Leitão, que contou com seis advogados referenciados: Carlos Botelho Moniz (European Union Law), Pedro Costa Gonçalves (Administrative Law – Porto), António Lobo Xavier (Corporate Law – Porto), Carlos Osório de Castro (Mergers and Acquisitions Law – Porto), Rui Patrício (Litigation) e Segismundo Pinto Basto (Transportation Law).

Já da VdA foram distinguidos cinco advogados: Rui Amendoeira (Natural Resources Law), Magda Cocco (Media Law), Frederico Gonçalves Pereira (Insolvency and Reorganization Law), Hugo Moredo Santos (Banking and Finance Law) e Miguel Pinto Cardoso (Arbitration and Mediation).

Logo a seguir, com três “advogados do ano”, surgem a Garrigues (Fernando Castro Silva – Tax Law; João Miranda de Sousa – Intellectual Property Law; Rui Valente – Labor and Employment Law Porto) e a Sérvulo (Paulo Câmara – Capital Markets Law; Rui Medeiros – Public Law; José Manuel Sérvulo Correia – International Arbitration).

Por sua vez, a Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados teve dois advogados distinguidos (Maria Castelos – Project Finance and Development Practice; Francisco Sá Carneiro – Corporate Law) , assim como a PLMJ (Manuel Lopes da Rocha – Technology Law; Ricardo Oliveira – Competition / Antitrust Law) e a Sousa Guedes, Oliveira Couto & Associados (Joana Clemente – Litigation Porto; Francisco de Sousa Guedes Insolvency and Reorganization Law Porto).

O diretório americano Best Lawyers, distingue os melhores advogados de diversas jurisdições, tendo por base a opinião e a votação dos pares. Desde a edição de 2010, destaca igualmente as melhores sociedades nas diversas áreas de prática.

Veja aqui as nomeações e as distinções

Law Firm of the Year

Administrativo – Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

Arbitragem – Uría Menéndez- Proença de Carvalho

Banking and Finance – Vieira de Almeida & Associados

Mercado de Capitais – Linklaters

Corporate – PLMJ

Insolvências – PLMJ

Propriedade Intelectual – Abreu Advogados

Direito do Trabalho – Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados

Contencioso – Cuatrecasas

M&A – Vieira de Almeida

Recursos Naturais– Miranda & Associados

Project Finance – Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados

Imobiliário – Uría Menéndez – Proença de Carvalho

Fiscal – Cuatrecasas

Tecnologia – SRS Advogados

 

Lawyer of the Year

Administrativo – Pedro Costa Gonçalves – (Morais Leitão)

Arbitragem – Miguel Pinto Cardoso (VdA)

Banking and Finance Hugo Moredo Santos (VdA)

Mercado de capitais – Paulo Câmara (Sérvulo)

Concorrência – Ricardo Oliveira (PLMJ)

Corporate – Francisco Sá Carneiro ( Lisboa) – Campos Ferreira Sá Carneiro & Associados e António Lobo Xavier (Porto), Morais Leitão

Criminal – Paulo Sá e Cunha – Cuatrecasas

Direito da Energia – Agostinho Pereira de Miranda (Miranda)

Direito da União Europeia – Carlos Botelho Moniz (Morais Leitão)

Insolvências – Frederico Gonçalves Pereira – (VdA- Lisboa) e Francisco Sousa Guedes (SGOC – Sousa Guedes, Oliveira Couto & Associados – Porto)

Propriedade Intelectual – João Miranda de Sousa (Garrigues)

Arbitragem Internacional – José Manuel Sérvulo Correia (Sérvulo)

Direito Laboral – Pedro Madeira de Brito (BAS – Lisboa) e Rui Valente (Garrigues – Porto)

Contencioso – Rui Patrício (Morais Leitão – Lisboa) e Joana Clemente (SGOC – Sousa Guedes, Oliveira Couto & Associados – Porto)

Media – Magda Cocco (VdA)

M&A – Marcos Sousa Monteiro (Lisboa- Linklaters) e Carlos Osório de Castro (Porto – Morais Leitão)

Recursos Naturais – Rui Amendoeira (VdA)

Planeamento – Gonçalo Capitão (Capitão, Rodrigues Bastos, Areia e Associados)

Private Equity – Rafael Lucas Pires (Lisboa) – Serra Lopes, Cortes Martins & Associados

Project Finance – Maria Castelos – Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados

Public Law – Rui Medeiros (Sérvulo)

Imobiliário – Duarte Garin (Uría Menéndez – Proença de Carvalho)

Fiscal- Fernando Castro Silva – (Garrigues Lisboa) e Miguel Durham Agrellos (Durham Agrellos Advogados)

Tecnologia – Manuel Lopes Rocha (PLMJ LIsboa)

Transportation Law – Segismundo Pinto Basto (Morais Leitão)

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Presidente da Bolsa de Lisboa demite-se. Isabel Ucha será nova CEO

Paulo Rodrigues da Silva irá sair no final do ano para se dedicar a projetos pessoais. A nova presidente está há 11 anos na Euronext e tem experiência no IGCP e na CMVM.

O presidente da Bolsa de Lisboa, Paulo Rodrigues da Silva, vai abandonar a função no final deste ano e será substituído por Isabel Ucha, segundo anunciou a Euronext esta terça-feira, em comunicado. Além de CEO da Euronext Lisbon, Ucha irá acumular funções de presidente da Interbolsa e membro do managing board da Euronext N.V. a partir de dia 1 de 2019.

Isabel Ucha entrou para a Euronext Lisboa em 2007, na área de atividade comercial e desenvolvimento de produto em Portugal. Esteve envolvida na criação do Centro Tecnológico do Porto e desempenha atualmente funções de administradora. Em 2016, antes da chegada de Maria João Carioca à presidência da Bolsa de Lisboa, Ucha chegou mesmo a exercer funções de presidente interina.

Licenciada em Economia pela Universidade Católica, detém um mestrado em Economia da Universidade Nova, e um mestrado em Finanças pela London Business School. A nível profissional, dirigiu o Núcleo de Emissões e Mercados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, foi sócia de uma empresa de consultadoria ao longo de sete anos, desempenhou funções na divisão de emitentes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e foi Assessora para os Assuntos Económicos do primeiro-ministro durante quatro anos.

“Estou confiante que Isabel Ucha irá usar os seus conhecimentos da Euronext e do ecossistema português para continuar com sucesso o impulso iniciado na construção de clientes, parceiros e funcionários em Portugal”, afirmou Stéphane Boujnah. O CEO e chairman do managing board da Euronext agradeceu ainda ao presidente da Bolsa de Lisboa demissionário pela “dedicação à Euronext nos últimos dois anos”.

A mudança segue-se à resignação de Paulo Rodrigues da Silva, que se irá dedicar a projetos pessoais académicos e no âmbito do empreendedorismo. A nomeação por parte do supervisory board está ainda sujeita à aprovação formal pelos acionistas da Euronext N.V. e do regulador.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Medicamentos nos hipers mais baratos que nas farmácias. Mas diferença é cada vez menor

  • Lusa
  • 27 Novembro 2018

Os hipermercados continuam a vender medicamentos que não precisam de receita médica a um preço inferior ao praticado pelas farmácias, mas a diferença é cada vez menor.

Os hipermercados vendem os medicamentos que não precisam de receita médica, em média, 9% mais baratos do que as farmácias, uma tendência que acontece desde 2007, mas que tem vindo a diminuir, segundo um estudo da associação de defesa do consumidor Deco. O estudo da Deco/Proteste, que será publicado na edição de dezembro da Teste Saúde, analisou os preços de 25 medicamentos para as dores, tosse, alergias, obstrução nasal e gripe.

Entre julho e setembro de 2018, a Deco recolheu os preços dos medicamentos de venda livre cujas substâncias ativas são das mais vendidas em Portugal, tendo obtido 8.286 preços em farmácias (incluindo online), hipermercados e parafarmácias. O conjunto dos 25 medicamentos estudado custa, em média, 152 euros nas grandes superfícies, 170 nas parafarmácias e 173 nas farmácias, sendo de 21 euros a diferença média de preços entre farmácias e hipermercados.

Os resultados revelam que estes “são mais baratos nos espaços de saúde dos hipermercados, o que acontece desde 2007”, altura em que a Deco realizou o segundo estudo, uma vez que no primeiro não foram registadas discrepâncias. “Contudo, a diferença face às farmácias e outros locais de venda autorizados tem vindo a diminuir, devido ao maior aumento de preços nos hipermercados”, referem as conclusões do estudo, a que a agência Lusa teve acesso.

As farmácias apresentam a maior variação de preços para o mesmo medicamento, sendo que em muitos casos, foi nas farmácias que foram encontrados os valores mais baixo e mais elevado, salienta. Dentro dos hipermercados, o preço médio mais baixo pertence ao grupo Auchan (Jumbo), onde a amostra custa menos 4% do que a média dos restantes estabelecimentos. O Pingo Doce não entrou na corrida, porque não forneceu os dados relativos aos 25 medicamentos. No El Corte Inglês, custam mais 2% e, na Wells (Continente), mais 3%%, refere o estudo.

A Deco começou a analisar o preço destes medicamentos em 2006, um ano após a autorização de venda fora das farmácias. Nesse ano, os preços dos cinco medicamentos mais vendidos em farmácias e outros locais de venda não eram muito diferentes. Durante 12 anos, houve variações nessa diferença média, permanecendo, nos últimos dois anos, em 10%.

Desde 2006, cinco medicamentos mantiveram-se entre os mais vendidos: Canesten Creme 10 mg, Cêgripe 500 mg, Fenistil Gel 1 mg, Ilvico N e Trifene 200. Dos cinco medicamentos que se mantiveram na amostra, o Ilvico N, um antigripal, foi o que sofreu maior aumento real (ajustado com valores da inflação), custa agora, em média, mais 2,86 euros por embalagem do que há 12 anos. O Daflon 500 apresenta a maior diferença absoluta entre os preços mínimo (16,95 euros) e máximo (21,95), ambos encontrados em farmácias.

O estudo revela que o custo médio dos 25 medicamentos é mais barato no distrito de Castelo Branco, enquanto os caros são nos distritos de Évora e Guarda, onde o conjunto de fármacos custa, em média, 175 euros. O volume de venda do total de medicamentos não sujeitos a receita médica representa atualmente 80% da quota de mercado das farmácias, menos 13% do que em 2007.

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Mota-Engil dispara mais de 11%. Papeleiras tramam bolsa de Lisboa

A bolsa nacional encerrou em queda, pressionada pelas cotadas do papel. A Mota-Engil foi a estrela desta sessão, com os títulos a subirem mais de 11%. Soma 21% em três dias.

Sessão de quedas para a bolsa nacional, com as cotadas do setor do papel a deslizarem mais de 3%. As papeleiras acabaram por ofuscar a forte valorização da Mota-Engil, que disparou mais de 11%. Em três sessões, a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins acumula uma subida de mais de 20%.

O principal índice bolsista nacional encerrou a recuar 0,51% para 4.836,18 pontos, depois do desempenho positivo da primeira sessão da semana. Lisboa acompanhou, assim, o cenário vermelho vivido na Europa, com os receios da guerra comercial a pairarem novamente sobre os mercados, depois das declarações de Donald Trump, que pretende aumentar as tarifas sobre os produtos chineses. O Stoxx 600 caiu 0,26% para 357,54 pontos, assim como o índice francês que recuou 0,24% e o espanhol 0,04%.

A contribuir para este desempenho da bolsa de Lisboa estiveram as cotadas do setor do papel: a Altri perdeu 2,68% para 6,53 euros, representando a maior queda desta sessão, enquanto a Navigator desceu 2,59% para 3,604 euros e a Semapa desvalorizou 2,53% para 13,86 euros. Todas se ressentiram dos receios dos investidores em torno do escalar da guerra comercial.

Também as cotadas do setor energético pressionaram o PSI-20, especialmente a REN que caiu 1,83% para 2,364 euros. A Galp Energia deslizou 1,06% para 14,405 euros, numa altura em que o barril de Brent está a subir 0,02% para 60,49 euros. A EDP perdeu 0,23% para 3,07 euros e a EDP Renováveis desvalorizou 0,2% para 7,61 euros.

A travar uma queda mais acentuada da bolsa estiveram os títulos da Mota-Engil, que encerraram a valorizar 11,17% para 1,812 euros. Em apenas três sessões, a cotada acumula uma valorização de 21,2%, reduzindo o saldo negativo no acumulado do ano para 55%.

Esta forte subida dos títulos acontece num período marcado pela emissão de dívida da construtora. A procura dos aforradores superou a oferta em 30 milhões de euros, ascendendo a 140 milhões de euros. E ao mesmo tempo que os investidores antecipam uma melhoria significativa da atividade da empresa que, diz o CEO, Gonçalo Moura Martins, terminará este ano com encomendas recorde.

(Notícia atualizada às 16h54 com novas cotações)

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Haver “bancos tradicionais a valerem menos que algumas fintechs dá ideia de novas fontes de risco”

Governador do Banco de Portugal diz que a Zona Euro tem hoje em dia mais equipamentos para enfrentar crises no sistema financeiro, mas vê alguns elementos perturbadores no horizonte, com as fintech.

Carlos Costa defende que a Zona Euro está mais bem equipada para dar resposta a crises futuras no sistema financeiro, mas diz que há “alguns” elementos de perturbadores começam a “perfilar-se no horizonte”, tal como o crescimento das fintech e da digitalização da economia.

“Apesar de ser sempre difícil antecipar de onde vão surgir novos elementos de perturbação da estabilidade, alguns começam a perfilar-se no horizonte, seja no shadow banking, nas áreas do branqueamento de capitais, ou no mundo ainda desregulado das fintechs e do desenvolvimento digital”, disse o governador do Banco de Portugal na conferência sobre os “4 anos de Mecanismo Único de Supervisão: lições e desafios”.

“O facto de alguns grandes bancos tradicionais, sujeitos a regulação intensa, valerem hoje menos em bolsa do que algumas fintechs dá uma ideia das novas potenciais fontes de risco”, destacou.

Mas o digital não é o único desafio imediato para os supervisores, acrescentou Carlos Costa. Falou do elevado nível de crédito malparado no sistema financeiro, mas o governador do Banco de Portugal sublinhou sobretudo o movimento de concentração no mercado financeiro na Europa, com cada vez mais fusões e aquisições entre os bancos, o que “comporta riscos que não podemos ignorar”.

“A concomitante aceleração de movimentos de concentração bancária transfronteiriça será neste contexto uma realidade a prazo. Esse processo de concentração será tão mais rápido quanto menos preparados estiverem os bancos para concorrer no espaço europeu”, disse, repetindo a ideia de que os bancos nacionais têm de ganhar escala e rentabilidade para enfrentar outras instituições financeiros internacionais.

Neste ponto, adiantou que “importará avaliar quais as necessidades de investimento e onde apostar para concorrer num mercado em que a delimitação da fronteira nacional é cada vez menos relevante, tendo como pano de fundo a discussão sobre a localização dos centros de decisão”.

No discurso de abertura da conferência sobre os quatro anos do Mecanismo Único de Supervisão, Carlos Costa disse que é fundamental que se crie “no prazo mais curto possível” um mecanismo europeu de garantia de depósitos e uma backstop para o Fundo Único de Resolução (FUR).

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