Indorama investe 150 milhões na antiga fábrica da Artlant para retoma da produção

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2018

A fábrica de Sines vai receber 150 milhões de euros em tesouraria e na retoma de produção. O início dos trabalhos de manutenção está marcado para este mês de janeiro.

A Indorama Ventures, que adquiriu a antiga fábrica da Artlant em Sines, vai investir 150 milhões de euros em tesouraria e na retoma da produção, prevista para o segundo semestre deste ano, anunciou esta terça-feira a AICEP Global Parques.

“Em 2018, a Indorama investirá cerca de 150 milhões de euros entre tesouraria e investimentos para o reinício da fábrica” na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), distrito de Setúbal”, indicou em comunicado enviado à agência Lusa a AICEP Global Parques, gestora do parque industrial e logístico, onde estão instaladas várias unidades da indústria petroquímica.

Segundo a AICEP, os trabalhos de manutenção devem começar este mês, estando prevista a retoma da produção na unidade fabril para o segundo semestre de 2018. A empresa, que atualmente emprega 105 trabalhadores, prevê aumentar “em 10% a força de trabalho” ainda “durante o primeiro semestre” do ano.

Toda a produção é destinada à exportação, sendo 80% para o mercado europeu e Turquia e 20% para as Américas e Médio Oriente.

A compra da Artlant, fábrica da área petroquímica instalada no complexo industrial de Sines, pela empresa tailandesa Indorama Ventures foi concluída no mês de novembro do ano passado, um negócio que, segundo a imprensa, foi fechado por 28 milhões de euros, ou seja, três milhões acima do preço mínimo definido.

A Artlant, que tinha a Caixa Geral de Depósitos (CGD) como principal credora, foi declarada insolvente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa no final do mês de julho de 2017, dois anos depois de ter entrado em Processo Especial de Revitalização (PER).

A unidade fabril, agora nas mãos da Indorama Ventures, é produtora de ácido tereftálico purificado, a matéria-prima utilizada para a produção de politereftalato de etileno (PET), componente base no fabrico de embalagens de plástico para uso alimentar (como garrafas para bebidas), e tem uma capacidade produtiva de 700 mil toneladas por ano.

A Indorama adquiriu também os ativos da fornecedora Artelia Ambiente, que tem uma capacidade de produção de 40.390 megawatts de eletricidade, vapor, água desmineralizada, tratamento de águas residuais e hidrogénio.

A Indorama Ventures é um dos principais grupos tailandeses e “o maior produtor mundial de PET integrado, com 20% da quota no mercado”, segundo indicou a AICEP Global Parques, referindo ainda a presença internacional da empresa, que tem “70 instalações em quatro continentes”.

“Esta aquisição aumentará substancialmente a escala e fortalecerá a liderança da Indorama na Europa, que terá um papel importante no aumento das exportações portuguesas através de Sines, a maior plataforma portuária, industrial e logística nacional”, destacou ainda a AICEP.

Além da retoma de atividade prevista na antiga unidade fabril da Artlant, no comunicado é ainda anunciada a instalação em Sines da Repnunmar Logística e Trânsitos, uma empresa do setor logístico.

A empresa vai realizar “operações logísticas de receção, parqueamento, reparação e expedição de contentores marítimos” e vai instalar “um estaleiro para apoio às atividades e ao parqueamento das viaturas da Transportadora Ideal do Bairro de Alcântara (empresa do Grupo Silvestre e Silva)” afetas ao porto de Sines e suporte do tráfego.

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BCP volta a segurar bolsa. E dispara mais de 10% em 2018

Bolsa nacional soma e segue em 2018. E, mais uma vez, foi o BCP a destacar-se em Lisboa. O banco liderado por Nuno Amado protagoniza arranque bastante positivo no novo ano: acumula ganhos de 10%.

Tem sido um hábito em 2018 e a sessão desta terça-feira não foi exceção. O BCP voltou a segurar a bolsa nacional com ganhos que foram decisivos para contornar o sentimento mais negativo em torno dos pesos pesados da energia. O bom desempenho do banco liderado por Nuno Amado coloca o título como o melhor do PSI-20 em 2018: já acumula ganhos de 10,6% desde o início do ano.

O PSI-20, o principal índice português, fechou o dia em alta de 0,15% para 5.657,85 pontos. Uma subida tímida e que foi sobretudo suportada pelo BCP, cujas ações ganharam 0,63% para 0,3027 euros. Na verdade, o banco protagoniza um arranque de ano assinalável, acumulando ganhos de 10,6% em 2018.

“O mercado nacional voltou a terminar em terreno positivo o que permitiu ao PSI20 alcançar um nível máximo dos últimos dois anos e meio”, referiram os analistas do BPI no Comentário de Fecho. “O BCP continua a ser um dos maiores catalisadores da bolsa portuguesa“, acrescentaram.

Ao lado do BCP, destacaram-se ainda CTT, Corticeira Amorim, Semapa e Sonae. Os títulos destas quatros cotadas apresentaram ganhos superiores a 1%.

A travar uma maior subida em Lisboa estiveram as grandes cotadas do setor energético. a Galp caiu 0,35% para 15,8 euros. Na família EDP, a EDP cedeu 0,87% para 2,952 euros, isto depois de os acionistas terem submetido uma proposta para a eleição de António Mexia e de Luís Amado para liderar a elétrica nos próximos três anos. Enquanto isso, a EDP Renováveis caiu 0,57% para 6,97 euros.

Lá por fora, ganhos de 0,7% em Milão e Paris e de 0,1% em Frankfurt dão conta de uma panorama positivo nas bolsas do Velho Continente. Em termos empresariais, destaque para a Altice. As ações dispararam 10,52% para 10,44 euros, depois de a operadora multinacional ter anunciado uma profunda reestruturação organizacional. Em concreto, a Altice NV vai separar a Altice USA da filial holandesa. Em Portugal, admite vender as torres de comunicações.

(Notícia atualizada às 17h18)

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Santa Casa no Montepio? “É uma boa ideia, só tenho pena de não ter sido minha”

  • Margarida Peixoto
  • 9 Janeiro 2018

O primeiro-ministro defendeu que desde que a auditoria encomendada pela provedoria da Santa Casa aponte para a operação como um investimento rentável, a ideia é boa.

António Costa, minutos antes de arrancar o primeiro debate quinzenal do ano.Paula Nunes / ECO 9 janeiro, 2018

António Costa defende o investimento da Santa Casa no setor financeiro, desde que a auditoria que foi pedida indique que esta é uma operação vantajosa. Para o primeiro-ministro, “o Montepio não é um banco qualquer” e o reforço do sistema financeiro do terceiro setor é vantajoso.

“É uma boa ideia, só tenho pena de não ter sido minha”, disse o primeiro-ministro, António Costa, sobre o potencial investimento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), no Montepio, no primeiro debate quinzenal do ano. O chefe do Executivo explicou que a nova provedoria da Santa Casa está à espera dos resultados da auditoria encomendada ainda pela direção de Pedro Santana Lopes para tomar uma posição. Mas defendeu que a operação poderá ser “rentável” para a própria Santa Casa.

Em causa está a possibilidade de a SCML investir 200 milhões de euros para reforçar o capital do Montepio. Segundo o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, a ideia de a Santa Casa investir num banco partiu de Santana Lopes, mas foi o Governo quem sugeriu o Montepio.

Em junho a Associação Mutualista Montepio, dona do banco, aumentou o capital em 250 milhões de euros, na sequência de uma orientação do Banco de Portugal. Contudo, tal como o ECO revelou, o administrador financeiro da Associação Mutualista votou contra a decisão, tendo mesmo apresentado uma declaração de voto onde se mostrou preocupado com o impacto da operação nas contas da Mutualista.

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Altice irá analisar “oportunamente” proposta do sindicato para revisão salarial

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2018

Os sindicatos propuseram um aumento de 50 euros nos salários, bem como progressões na carreira para 10% dos trabalhadores. A empresa garante que vai discutir estas medidas "oportunamente".

A Altice Portugal, dona da Meo, informou esta terça-feira que vai analisar “oportunamente” a proposta de revisão salarial feita pela Frente Sindical, prevendo aumentos de 50 euros, com os sindicatos a ponderarem pedir intervenção do Governo.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, a Altice Portugal “confirma a receção das propostas de revisão salarial por parte dos sindicatos”, indicando que se encontra “a analisar as mesmas” e que, “oportunamente, e dentro do quadro de normal funcionamento deste tipo de iniciativas, as mesmas serão objeto de discussão no fórum apropriado”.

Também hoje, as estruturas representativas da Altice/Meo denunciaram em comunicado que, “decorrido o prazo legal previsto no Código de Trabalho, o comité executivo da PT ainda não deu resposta à proposta apresentada pelos sindicatos que constituem a Frente Sindical”, entregue no final de novembro.

“Nestas condições, e se até ao final da semana de 15 a 19 de janeiro não nos for dada uma resposta, os sindicatos irão recorrer ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para se abrir, de imediato, a fase de conciliação com intervenção desta entidade governamental”, indicam.

A proposta de revisão salarial para as empresas do grupo abrangidas pelo acordo coletivo de trabalho visa aumentos de 4%, “com um referencial mínimo de 50 euros”. Ao mesmo tempo, o documento projeta progressões na carreira para 10% dos trabalhadores, desde que “colocados nos níveis de desempenho onde a avaliação de desempenho se aplica para este efeito”.

Na nota, os sindicatos adiantam que “não gostariam que esta matéria se tornasse mais um conflito a somar entre todos os outros, que têm derivado de uma gestão pouco preocupada com a estabilidade e direitos dos trabalhadores”.

Esta Frente Sindical é composta pelos sindicatos Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAVV), dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (Sindetelco), Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), dos Quadros das Comunicações (Sinquadros), dos Trabalhadores das Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) e dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (Sitese).

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Macron defende que a UE deve fechar os setores estratégicos a investimento estrangeiro

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2018

O presidente francês falava em Pequim quando defendeu que a União Europeia deveria manter os setores estratégicos sem intervenção estrangeira, incluindo chinesa.

O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu esta terça-feira perante o seu homólogo chinês, Xi Jinping, a ideia de definir os setores económicos da União Europeia que são estratégicos e fechá-los ao investimento estrangeiro, designadamente chinês.

Macron voltou, por outro lado, a manifestar o interesse de França em reequilibrar a relação comercial com a China. Foi celebrado, em Pequim, um acordo na área da energia nuclear e outro para o levantamento do embargo chinês sobre a carne de vaca. No plano cultural, Macron e Jinping acordaram a abertura de um Centro Pompidou em Xangai.

O Presidente francês está em visita oficial à China, a primeira desde que iniciou funções, e reuniu-se com Xi Jinping, com uma agenda centrada nas relações bilaterais e numa aproximação entre a Europa e o gigante asiático.

Em declarações à imprensa após o encontro, sem perguntas dos jornalistas, Macron salientou a importância de a União Europeia ter um objetivo comum na sua política em relação à China, que dentro de poucos anos será a primeira potência económica mundial. O presidente francês defendeu, contudo, que a União deve definir quais os setores económicos que são estratégicos para a sua soberania e fechá-los ao investimento estrangeiro.

Macron assegurou que não se trata de uma medida contra a China, mas pela soberania europeia, comparável à forma como a China limita o investimento estrangeiro em vários setores da sua economia.

No último ano registaram-se divergências entre países europeus, especialmente a Alemanha, e as autoridades da UE em relação à China, devido ao bloqueio de projetos de compra de empresas europeias por empresas chinesas por se tratar de setores estratégicos. Problemas semelhantes ocorreram noutros países, como na Austrália ou os Estados Unidos. O exemplo mais recente é da semana passada, com a negativa de Washington à compra da MoneyGram pela Ant Financial, do grupo Alibaba.

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Costa promete apresentar contrato-geração até março

  • Margarida Peixoto
  • 9 Janeiro 2018

O primeiro-ministro comprometeu-se a avançar com uma medida emblemática, que já tinha sido anunciada para esta legislatura.

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira, na abertura do primeiro debate quinzenal do ano, que apresentará o Contrato-Geração até março deste ano. Esta é uma iniciativa que permite às empresas disponibilizar emprego parcial aos trabalhadores mais velhos, com vista a contratar jovens desempregados e que o Executivo já tinha dito que queria concretizar até ao final da legislatura.

A ideia não é nova, mas ainda não estava calendarizada. Esta terça-feira, António Costa definiu março como prazo para a apresentação da medida, que foi identificada pelo primeiro-ministro como uma das prioridades do Governo para 2018. O objetivo, garantiu Costa, é “promover a absorção dos jovens desempregados” pelo mercado de trabalho português para que, a par com “habitação acessível”, estes possam “confiar que é em Portugal que se podem realizar plenamente”.

O Contrato-Geração passa por permitir que as empresas ofereçam a possibilidade aos seus trabalhadores mais velhos de conjugar o emprego a tempo parcial, com um subsídio público. Em contrapartida, a empresa contrata trabalhadores mais jovens que estejam desempregados.

Esta foi apenas uma das medidas sublinhadas pelo primeiro-ministro como prioridade para 2018. Costa disse ainda que o Governo pretende “acabar com o ensino vocacional no ensino básico” por considerar que é “uma dualização precoce”, bem como “eliminar os requisitos discriminatórios no acesso ao ensino superior para os alunos do ensino profissional”.

O primeiro-ministro sublinhou ainda a importância de dar “continuidade às políticas de recuperação de rendimentos das famílias”, de manter um rumo orçamental “rigoroso”, voltar a acelerar os fundos comunitários e avançar com a descentralização e a reforma da floresta.

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Altice admite vender torres de telecomunicações em Portugal

Ao ECO, o líder da Altice Europa disse que o grupo não planeia vender ativos basilares em Portugal, mas admitiu a venda de torres de telecomunicações no país.

A Altice admite vender torres de telecomunicações também em Portugal, à semelhança do que está a fazer noutros mercados na Europa, como em França, por exemplo. A informação foi avançada por Dennis Okhuijsen, presidente executivo da Altice Europa, numa conferência telefónica com jornalistas esta quinta-feira.

Questionado pelo ECO sobre se vão ser vendidos ativos em Portugal, o gestor disse: “Em Portugal, claramente não estamos focados em vender quaisquer ativos e continuamos empenhados na aquisição da Media Capital. Creio que a única coisa que estamos a ponderar em Portugal é a venda do portefólio de torres [de telecomunicações], que consideramos ser um ativo não estratégico.” As torres em causa fazem parte da infraestrutura da Meo, a operadora com maior quota de mercado em Portugal.

"Creio que a única coisa que estamos a ponderar em Portugal é a venda do portefólio de torres [de telecomunicações], que consideramos ser um ativo não estratégico.”

Dennis Okhuijsen

Presidente executivo da Altice Europa

No ano passado, levantaram-se preocupações acerca da liquidez da Altice para pagar os mais de 50 mil milhões de euros de dívida que acumulou ao longo de vários anos de aquisições. Dúvidas que levaram a uma significativa desvalorização das ações da empresa. Para reconquistar a confiança dos investidores, a empresa viu-se obrigada a anunciar a venda de ativos, como data centers na Suíça, o negócio da empresa na República Dominicana e torres de telecomunicações na Europa. Até agora, nunca tinha ficado claro se havia intenções de abranger neste plano a infraestrutura da Meo em Portugal.

Armando Pereira vai “supervisionar” operações da Altice em Portugal

A Altice anunciou esta terça-feira que vai separar a unidade norte-americana, a Altice USA, da holding do grupo, a Altice NV, cotada em Amesterdão. Esta última será renomeada para Altice Europa e estará dividida em três subsidiárias: a Altice France, a Altice Internacional (onde se inclui as operações em Portugal) e uma nova unidade, a que a empresa chamou de Altice Pay TV.

Desta feita, outro ponto clarificado na conferência é o papel de Armando Pereira nesta operação, o sócio do multimilionário Patrick Drahi, que fundou o grupo Altice. “O Armando Pereira será o administrador operacional para o grupo europeu. Por isso, terá o supervisionamento das operações em Portugal. Continuará a ser também o administrador operacional do negócio de telecomunicações em França [a operadora SFR]”, disse, em resposta ao ECO.

Já na tarde desta terça-feira foi conhecida uma mensagem enviada aos trabalhadores da Meo pelo presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca. Nela, o gestor português garante que este spin off da Altice USA não vai mudar “quase nada” nas operações no país.

Para Dennis Okhijsenn, a operação representa “uma tremenda oportunidade” para a Altice na Europa. Já para Dexter Goei, presidente executivo da Altice USA, o grupo “mantém-se completamente confiante” nos objetivos a que se propôs quando entrou na bolsa de Nova Iorque em meados do ano passado.

(Notícia atualizada às 16h55 com mais informação)

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Costa concorda com Van Dunem mas adia decisão sobre Joana Marques Vidal à frente da PGR

  • Margarida Peixoto e Marta Santos Silva
  • 9 Janeiro 2018

O primeiro-ministro defendeu que as palavras da ministra da Justiça são uma interpretação técnica pessoal e recusou-se a avançar uma decisão sobre o assunto antes de o Governo o ter discutido.

Ao centro, a ministra Francisca Van Dunem, de roxo, que esteve no foco da discussão entre Hugo Soares, do PSD, no primeiro plano, e o primeiro-ministro.Paula Nunes / ECO 9 janeiro, 2018

O primeiro-ministro reconheceu esta terça-feira que concorda com a interpretação jurídica de Francisca Van Dunem, ministra da Justiça, sobre a saída de Joana Marques Vidal do cargo de Procuradora-Geral da República (PGR), uma vez terminado o mandato. Contudo, frisou que o Governo não discutiu o assunto e que por isso não há qualquer decisão tomada.

“Tenderei a concordar com a posição da ministra sobre a PGR”, disse o primeiro-ministro. Mas recusou-se a falar sobre o futuro do Ministério Público sem discutir com o Presidente da República e garantiu que o assunto ainda não foi discutido pelo Executivo. “Não vou decidir aqui em nome do Governo uma decisão que o Governo ainda não avaliou”.

Eu não confundo a orientação política, que me cabe a mim definir, com a avaliação técnica. Não é por ser ministra que deixa de ser uma ilustre jurista.

António Costa

Primeiro-ministro

Pressionado pelo líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, Costa chamou a si o dossiê, fazendo, contudo, um esforço por não desautorizar a ministra: “Eu não confundo a orientação política, que me cabe a mim definir, com a avaliação técnica. Não é por ser ministra que deixa de ser uma ilustre jurista”. E continuou, defendendo que Van Dunem “respondeu com naturalidade a uma questão jurídica que lhe foi colocada” e que “essa questão jurídica pede uma opinião pessoal”.

“Eu não desautorizo opiniões jurídicas de qualquer membro do Governo”, rematou. Mas das bancadas da direita ouviu-se uma ruidosa gargalhada. Hugo Soares acusou o Governo de condicionar o trabalho da Procuradora-Geral da República. “Não respeitam a autonomia do Ministério Público e não gostaram da atuação da Procuradora-Geral”, criticou.

Esta segunda-feira, a ministra da Justiça deu uma entrevista à TSF onde indicou que os mandatos dos Procuradores-Gerais da República devem ser “longos e únicos”, sugerindo que quando Joana Marques Vidal terminar os seis anos de mandato não deverá ser reconduzida no cargo.

No final do debate, nos Passos Perdidos, António Costa fez questão de chamar a ministra das Finanças para lhe dar um abraço e um beijinho. O gesto foi capturado pelo ECO.

António Costa abraça a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, no final de um debate onde não assumiu como posição do Governo a opinião da governante.Paula Nunes / ECO 9 janeiro, 2017

(Notícia atualizada às 17h26)

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Spin off do grupo Altice não muda “quase nada” em Portugal

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2018

Numa carta enviada aos trabalhadores, Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, diz que a separação da Altice USA da holding não muda "quase nada" nas operações portuguesas.

O presidente executivo da Altice Portugal disse esta terça-feira que a reestruturação anunciada do grupo com separação entre operações na Europa e Estados Unidos “não altera em nada” o foco estratégico da empresa no mercado português.

Num email enviado aos trabalhadores da Altice Portugal, a que a Lusa teve acesso, Alexandre Fonseca começa por dizer que o grupo entrou em 2018 “com um importante anúncio” para a ambiciosa estratégia de negócio, com a intenção da Altice NV de autonomizar a Altice USA, tornando-a numa empresa com atuação independente “e, com isto, transformando a Altice NV em Altice Europe, com um novo perímetro de atuação”. “Esperamos que este processo esteja concluído até ao final do segundo trimestre de 2018”, afirmou.

“Ao autonomizar a Altice USA do grupo Altice, não só promovemos uma maior clareza e simplificação, como alinhamos melhor o nosso foco na liderança e no desenvolvimento dos mercados locais, dando sequência ao momento positivo que iniciámos recentemente”, continuou o presidente executivo da Altice Portugal. Assim, “teremos uma maior capacidade de entregar valor acrescentado aos nossos clientes, a todos vós, colegas da Altice, e aos nossos acionistas. No entanto, apesar de este ser um movimento muito significativo, não altera em nada o nosso foco estratégico nem a nossa atuação quotidiana”, salientou o gestor.

“E o que significa esta mudança para nós, aqui em Portugal? Quase nada, trata-se de uma reorganização ao nível jurídico, financeiro e de estrutura, visando uma simplificação orgânica. Os nossos acionistas mantêm-se os mesmos. O fundador do grupo, Patrick Drahi, será o presidente executivo da Altice Europe e o chairman do board [presidente do Conselho de Administração] da Altice USA”, prosseguiu Alexandre Fonseca, acrescentando que as prioridades se mantêm.

Teremos uma maior capacidade de entregar valor acrescentado aos nossos clientes, a todos vós, colegas da Altice, e aos nossos acionistas.

Alexandre Fonseca

Presidente executivo da Altice Portugal

O presidente executivo da Altice Portugal enumerou ainda as prioridades: otimizar a performance em cada um dos mercados, com particular foco no serviço ao cliente e na maximização do valor do ciclo de vida de cada cliente; consolidar o investimento em infraestruturas; concretizar o turnaround [retorno] operacional e financeiro sob a liderança da nova equipa de gestão; e monetizar o investimento em conteúdos através de novos e inovadores modelos de televisão paga e de receitas crescentes de publicidade.

“Acreditamos — e já demonstrámos — que existem imensas oportunidades no nosso mercado e esta decisão [de reorganização do grupo] apenas reforça a nossa ambição e expectativa. Eu, o Patrick e o Armando confiamos na excecional trajetória da nossa operação em Portugal, continuando o caminho de investimento em infraestruturas, em serviços e em conteúdos”, salientou.

“Sei que podemos contar com todos vós. Vocês sabem que podem contar connosco. Juntos iremos mais longe… Temos uma ambição comum para 2018: fazer os nossos clientes felizes”, concluiu Alexandre Fonseca, desejando um bom ano aos colaboradores da operadora de telecomunicações.

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Who’s Who Legal distingue 19 advogados em Data Protection

Who’s Who Legal distinguiu 19 advogados portugueses na primeira edição do ranking Who’s Who Legal: Data. Cinco são da Vieira de Almeida. Dois são PLMJ, dois da Coelho Ribeiro e dois da Cuatrecasas.

A publicação internacional Who’s Who Legal distinguiu 19 advogados portugueses na primeira edição da do ranking Who’s Who Legal na área da Data Protetion. Cinco são advogados da Vieira da Almeida – Inês Antas de Barros, Magda Cocco, Helena Correia Mendonça, Margarida Couto e Fernando Resina da Silva. A PLMJ tem dois advogados distinguidos – Manuel Lopes da Rocha e Daniel Reis. A Coelho Ribeiro & Associados viu dois dos seus advogados distinguidos (Jaime Medeiros e Mónica Oliveira e Costa) e a Cuatrecasas conta com a referência ao trabalho de Ricardo Bordalo Junqueiro e Leonor Chastre.

De acordo com comunicado da PLMJ enviado à Advocatus, o diretório considera que “Daniel Reis e Manuel Lopes Rocha são líderes mundiais na habilidade de lidar com operações transnacionais complexas, incluindo matérias de outsourcing e regulação, bem como disputas relacionadas com licenciamento e problemas de conteúdo. Foram distinguidos um total de 762 advogados em todo o mundo”.

Para Manuel Lopes Rocha, esta distinção “é mais uma confirmação que a aposta da PLMJ na Propriedade Intelectual foi acertada”. Já Daniel Reis, considera que “a PLMJ está a afirmar-se como líder na área da Tecnologia e o destaque da Who’s Who Legal vem confirmar isso”.

A lista completa de advogados é:

  • Teresa Anselmo Vaz – Anselmo Vaz, Afra & Associados
  • Inês Antas de Barros – Vieira de Almeida & Associados
  • Ricardo Bordalo Junqueiro – Cuatrecasas
  • Octávio Castelo Paulo – SRS Advogados
  • Leonor Chastre – Cuatrecasas
  • Magda Cocco – Vieira de Almeida & Associados
  • Helena Correia Mendonça – Vieira de Almeida & Associados
  • Margarida Couto – Vieira de Almeida & Associados
  • Luís Neto Galvão – SRS Advogados
  • Ricardo Henriques – Abreu Advogados
  • Ricardo Rodrigues Lopes – Caiado Guerreiro & Associados – Sociedade de Advogados, RL
  • Manuel Lopes Rocha – PLMJ
  • Jaime Medeiros – Coelho Ribeiro e Associados
  • Mónica Oliveira Costa – Coelho Ribeiro e Associados
  • Ana Rita Paínho – Anselmo Vaz, Afra & Associados
  • João Pedro Alves Pereira – Alves Pereira & Teixeira de Sousa
  • Daniel Reis – PLMJ
  • Fernando Resina da Silva – Vieira de Almeida & Associados
  • João Luis Traça – Miranda & Associados

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Menos insolvências e mais novas empresas em 2017

  • Lusa
  • 9 Janeiro 2018

Os distritos de Lisboa e do Porto destacaram-se com o maior número de insolvências em 2017, enquanto Angra do Heroísmo e Coimbra registaram um decréscimo mais significativo.

As insolvências de empresas diminuíram 12,7% em 2017 face a 2016, para 6.284, tendo as novas empresas constituídas aumentado 9,1%, para 40.465, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Iberinform Crédito y Caución. Os distritos de Lisboa e do Porto destacaram-se com o maior número de insolvências – 1.683 e 1.330 respetivamente – o que, ainda assim, representa diminuições de 2,4% e de 15,4% face a 2016.

Já os distritos com decréscimos mais significativos em 2017 foram Angra do Heroísmo (-64,3%), Coimbra (-40,6%), Beja (-37,8%), Ponta Delgada (-35,8%) e Castelo Branco (-31,6%), enquanto os distritos com maior aumento de empresas insolventes foram Faro (17,2%), Portalegre (12,5%) e a Madeira (1,1%).

Numa análise por setores, verifica-se que todos apresentaram um decréscimo de insolvências, com as maiores variações a serem registadas na eletricidade, gás e água (-18,5%), construção e obras públicas (-17,4%), transportes (-15,7%), comércio de veículos (-15,8%), comércio a retalho (-14%), comércio por grosso (-13,5%) e agricultura, caça e pesca (-13,5%).

De acordo com a Iberinform, em 2017 registaram-se 3.312 declarações de insolvência (DI), menos 158 do que em 2016 (redução de 4,6%), tendo o ano terminado com uma redução homóloga de 20,7% das declarações de insolvência requeridas (DIR), para um total de 1.410 (menos 369).

No período em análise registaram-se ainda 1.450 declarações de insolvência apresentada (DIA), menos 385 do que em 2016 (quebra de 21%), e foram aprovados 112 planos de insolvência, mais um que em 2016. “O balanço total das ações apresentadas traduz-se em menos 911 insolvências do que em 2016”, lê-se no estudo divulgado.

No que se refere às constituições de empresas, aumentaram 9,1% em 2017, para um total acumulado de 40.465, mais 3.382 empresas do que no ano anterior. O número mais significativo de constituições foi registado em Lisboa, com 13.687 novas empresas constituídas (aumento de 14,5% relativamente a 2016), tendo o distrito do Porto registado 7.107 novas constituições, mais 5% do que em 2016.

Braga surge na terceira posição, com 2.963 novas empresas constituídas e um crescimento de 5,4%, seguida pelos distritos de Setúbal, com 2.748 constituições e um aumento de 18,3%, e de Faro, que totalizou 2.256 novas empresas e um crescimento homólogo de 20%.

Analisando o peso de cada distrito no total das constituições em 2017, Lisboa lidera com 33,8%, seguida do Porto (17,6%), Braga (7,3%), Setúbal (6,8%), Faro (5,6%) e Aveiro (4,8%). Já numa análise de peso comparativo em relação a 2016, 10 distritos mantiveram o seu peso relativo no total, oito decresceram (com destaque para Aveiro, Porto e Santarém) e os maiores aumentos aconteceram em Lisboa (+1,6%), Faro e Setúbal (+0,5%).

Os setores com maior peso nas constituições foram outros serviços (47,3%), hotelaria/restauração (12,3%) e construção e obras públicas (8,6%), sendo que as descidas mais significativas se verificaram no comércio a retalho (de 10,3% em 2016 para 8,8% em 2017), comércio por grosso (de 7,3% para 6,5%) e indústria transformadora (de 6,5% para 5,8%).

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Costa: “Oposição não tem nada a dizer sobre o futuro”

  • Marta Santos Silva
  • 9 Janeiro 2018

O tema do Governo era as prioridades políticas para 2018, mas os partidos preferiram focar-se nas declarações da ministra da Justiça sobre a PGR e em questões de saúde.

O Governo veio pela primeira vez ao Parlamento este ano para responder às perguntas dos deputados, e o tema escolhido por António Costa e os seus ministros foram as prioridades políticas para 2018. A intervenção inicial do primeiro-ministro centrou-se nestas previsões para o ano que começa.

No entanto, é certo que os deputados quiseram falar de outros temas. À Lusa, o Bloco de Esquerda já dissera que iria falar sobre saúde, e outros partidos seguiram a deixa, incluindo o CDS-PP e Os Verdes. O PSD focou-se nas declarações da ministra Francisca Van Dúnem sobre a PGR, enquanto o CDS-PP questionou o Governo sobre a Santa Casa e o Montepio. Releia o minuto a minuto do ECO sobre o debate quinzenal desta terça-feira.

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