Crossfit, pilates, ioga,… Ginásios de 5,5 a 120 euros

  • ECO
  • 7 Janeiro 2018

A sua resolução de Ano Novo é ficar em forma? A oferta é muita, a variedade de preços ainda maior. Para não ficar baralhado, o ECO reuniu as ofertas e campanhas, em várias modalidades e ginásios.

Depois das filhoses, rabanadas e fatias incontáveis de bolo-rei, vêm os quilos, as resoluções de Ano Novo e… o treino. Janeiro é um mês alto no que toca ao número de inscrições em ginásios, boxes de Crossfit e estúdios de ioga e pilates, por todo o país. “É um mês de regresso”, disse ao ECO fonte do Solinca. “[O aumento] está diretamente ligado aos excessos cometidos em dezembro“, conta uma representante do Fitness Hut.

Do ginásio à corrida de rua, o que não faltam são opções para cumprir a resolução de ficar em forma.Pixabay

Se jurou a si próprio, ao bater das 12 badaladas e à luz do fogo de artifício, que 2018 será o ano em que ficará em forma, há boas notícias para si: qualquer que seja o seu orçamento, oferta não falta.ginásios, em horário reduzido, por 5,50 euros semanais e aulas de ioga três vezes por semana a 25 euros. Praticar Crossfit, por outro lado, fica, em média, a 65 euros (por três aulas semanais) e experimentar pilates com máquinas pode chegar aos 120 euros mensais.

Não desanime se qualquer um desses valores lhe parece incompatível com as suas possibilidades. Para quem quer gastar zero, há grupos de corrida com treinos variados.

Para que realize o seu desejo sem sabotar o seu orçamento, o ECO reuniu abaixo múltiplas opções, nas mais variadas modalidades desportivas e com os mais díspares preços. Fique atento aos fatores diferenciadores de cada oferta e aproveite as campanhas especiais que indicamos.

Há ginásios para todos os gostos e bolsos.Holmes Place

Vamos ao ginásio?

Uma nota de cinco euros e uma moeda de 50 cêntimos. É o mínimo que precisa para se exercitar todos os dias da semana, num ginásio, se assim lhe apetecer. Ginásios há muitos, poderia dizer o Vasquinho de Anatomia, e os preços, esses, não param de variar.

Imagine que quer exercitar-se três vezes por semana: pode tanto fazê-lo por 5,50 euros semanais como por 99,90 euros mensais, ambos em horário reduzido. O acesso ao horário total faz levedar os preços, que passam, nesse caso, também a implicar outros serviços diferenciados.

No Solinca, pode treinar todos os dias e a qualquer hora por 9,99 euros por semana — valor que inclui ainda o acesso a banho turco, sauna, jacuzzi e piscina. Os membros têm também de pagar uma joia de 40 euros.

Além deste pacote, a cadeia de ginásios detida pela Sonae está a oferecer, até 25 de fevereiro, a possibilidade de frequentar qualquer um dos 20 clubes por 49,90 euros mensais, dos quais 24,95 passam para o Cartão Continente. Neste caso, os sócios têm apenas acesso a um treino por dia nos seguintes horários: das 07h00 às 10h00; das 14h00 às 17h00; das 21h00 às 23h00.

Ao ECO um representante da equipa comercial do ginásio confirmou que janeiro é o mês em que se regista um “boom” das inscrições: “são as resoluções”, realça. Ao longo do ano, a taxa de retenção dos sócios mantém-se alta, até porque em ambas as situações mencionadas, o cliente está sujeito a um período de fidelização de um ano.

Os serviços adicionais mais luxuosos, como o SPA (massagens e drenagens) e o acesso ao personal training, são pagos à parte.

Apostamos na qualidade das instalações e dos serviços, e gostamos que os nossos sócios sintam que estão em família.

Elizabete Agostinho

Marketing Assistant no Holmes Place

Até 26 de janeiro e porque o Fitness Hut faz sete anos, a inscrição no ginásio fica por sete euros. O custo semanal é também de sete euros, não exige compromisso e dá acesso ao horário total, aulas virtuais, balneários, áreas sociais, aulas de grupo, quatro consultas de nutrição (uma a cada três meses), utilização de um clube e sete vouchers para amigos.

Além desta campanha especial, o Fitness Hut oferece regularmente dois pacotes distintos: o mais barato (que fica por 5,50 euros por semana, com compromisso, ou 6,60 euros por semana, sem compromisso) inclui acesso em horário reduzido ao ginásio, às aulas virtuais, aos balneários e às áreas sociais; o mais caro (que fica por 8,80 euros por semana, com compromisso, ou 11 euros por semana, sem compromisso) permite ao sócio desfrutar do horário total, aulas virtuais e de grupo, balneários e áreas sociais, quatro consultas de nutrição (uma a cada três meses), águas vitaminadas (duas por dia) e utilização de todos os 27 clubes da rede.

Desde o início da nossa atividade que temos as duas hipóteses: horário total e horário reduzido“, garantiu ao ECO a responsável pela equipa de marketing do ginásio. A mesma fonte enfatizou que em janeiro há sempre um pico de inscrições, o que está ligado às resoluções do Ano Novo e aos “excessos cometidos no Natal e final de ano”.

Dos 5 aos 100 euros. Ginásios têm preços para todos os orçamentos.Holmes Place

“O início do ano é tradicionalmente um período em que as pessoas decidem mudar os seus hábitos”, começou a representante da equipa de marketing do Holmes Place ouvida pelo ECO. Ainda que janeiro seja uma das alturas mais altas em termos de inscrições, há cada vez mais interessados a conhecer os clubes ao longo do ano, reforçou a mesma fonte.

No Holmes Place, o pacote mais acessível custa 49,90 euros e inclui acesso ao ginásio em horário parcial (apenas off peak, isto é, das 07h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00), às aulas (algumas em ambiente aquático), à piscina e aos serviços de personal training, nutrição, fisioterapia e SPA.

Já a hipótese que tem o custo mais elevado fica a 99,90 euros por mês (sem fidelização) e permite o acesso a todos os clubes da rede Holmes Place (mesmo os platinum) em horário total. Os membros que optem por esta modalidade têm acesso a todos os serviços já referidos e a uma maior liberdade para treinar. “[Apostamos] na qualidade das instalações e dos serviços, e gostamos que os nossos sócios sintam que estão em família“, acrescentou o ginásio.

O Holmes Place reforçou ainda que oferece aulas de grupo exclusivas (como a de reeducação postural, uma novidade na cadeia) e, ainda este ano, passará a disponibilizar aulas de 15 minutos, que “permitem aos sócios com horários mais complicados atingirem os seus objetivos de fitness“.

Crossfit é uma das modalidades de fitness de crescimento mais rápido do mundo.Pixabay

Crossfit. Adere à tendência?

Considerado pelo presidente da Reebok, Matt O’Toole, a modalidade de fitness de “crescimento mais rápido do mundo”, o Crossfit é um regime de exercícios que mistura ginástica, corrida, pesos, máquinas de remos, calistenia e pliometria. Praticar a modalidade criada, no início do século, por Greg Glassman, em Portugal, custa em média 65 euros todos os meses (por três aulas por semana).

“Janeiro e setembro são os meses altos”, explicou ao ECO fonte do Crossfit Oriente Alvalade. No início de cada ano, as inscrições sobem motivadas por essa resolução de Ano Novo tão popular que é ficar em forma e o espírito desse regime acaba por convencer os participantes a ficarem nos 11 meses seguintes.

O primeiro mês em que treinar três vezes por semana no Crossfit Oniria terá de desembolsar 40 euros, valor ao qual acresce o pagamento obrigatório do seguro (que custa 15 euros). Depois dessa experiência, os preços sobem: 50 euros para duas aulas por semana; 60 euros (com contrato anual) ou 70 euros (com contrato mensal) por três aulas por semana. Se quiser ter livre-trânsito, isto é, treinar quantas vezes quiser e quando lhe apetecer, poderá aderir ao pacote que custa entre 70 e 85 euros e não exige qualquer compromisso.

Dezembro é sempre o mês mais fraco e janeiro aquele em que mais inscrições se registam.

Crossfit Oniria

“Dezembro é sempre o mês mais fraco e janeiro aquele em que mais inscrições se registam”, esclareceu ao ECO fonte do estabelecimento em causa. Regra geral, quem experimenta a modalidade rende-se aos seus encantos, garante. “Gostam do espírito. Começam a integrar-se na equipa”, adianta a mesma representante.

Treinar no Crossfit XXI custa entre 50 (por duas aulas por semana) e 70 euros mensais (por livre-trânsito). Para ter acesso a três aulas semanais, terá de pagar 60€ por mês mas, caso seja estudante ou trabalhe em alguma das empresas que têm protocolos com este estabelecimento, pode ver esses preços reduzidos. Para esses casos, há manhãs em regime livre por 40 euros e tardes com as mesmas condições por 60 euros.

Ao fim do primeiro mês já se nota uma diferença na performance do atleta“, avançou ao ECO o responsável pelo Crossfit XXI, que refere que, nesta modalidade, os resultados não se medem pelos efeitos estéticos, mas pelo desempenho do participante nos vários exercícios.

No Crossfit Alvalade Oriente, o cliente experimenta a modalidade e só depois conhece os diferentes pacotes a que pode ter acesso. Em média, para três treinos semanais, o custo ronda os 65 euros mensais.

Segundo fonte do estabelecimento, há maior afluência de interessados em janeiro e depois do verão.

Yoga pode ser um complemento do treino.Pixay

Quem quer ser um yogi?

Para os que assentaram ‘ficar em forma’ na sua lista de resoluções para 2018, pilates e ioga podem ser boas práticas para complementar o trabalho feito no ginásio. “O ioga é uma modalidade relaxante e faz um trabalho respiratório adicional”, revelou ao ECO fonte do Flow Studio. Já o pilates “promove o alinhamento muscular”, acrescentou. Os preços, esses, são muitos e completamente díspares: há aulas de ioga a 10 euros por mês (por uma vez por semana) e aulas de pilates com máquinas que roçam os 200 euros mensais.

O pilates é um complemento ao ginásio e à musculação para trabalhar todo o corpo.

Flow Studio

Ioga lowcost. É esse o serviço que o Yoga to Go oferece. As aulas acontecem em três estabelecimentos de ensino superior — Instituto Superior Técnico, ISCTE-IUL e ISEL — mas são abertas a qualquer interessado, mesmo que não seja estudante. Três aulas semanais custam, por mês, 25 euros (ou 20 para sócios das Associações de Estudantes das instituições referidas). O pacote mais em conta inclui apenas uma aula por semana e custa 15 euros (10 para sócios).

“Em janeiro, há um decréscimo do número de estudantes que participam, porque é época de exames, mas vêm outras pessoas”, contou ao ECO o representante do serviço. Para quem quiser experimentar esta modalidade sozinho ou acompanhado por amigos, o Yoga to Go dinamiza aulas particulares, cujo preço base ronda os 20 euros.

Ioga e pilates são ótimos complementos ao restante trabalho. Há aulas em estúdios e nos próprios ginásios.Holmes Place

Turmas pequenas, atendimento personalizado, equipamento diferenciado. É isso que promete o Flow Studio. Os preços variam entre os 35 e os 120 euros mensais consoante a frequência e a modalidade (pilates chão, pilates com máquinas e ioga).

“A modalidade mais popular [pilates chão] custa 90 euros mensais por três vezes por semana”, revelou ao ECO a representante do estúdio. O preço mais elevado corresponde às aulas de pilates com máquinas. “O pilates é um complemento ao ginásio e à musculação para trabalhar todo o corpo”, sublinhou a mesma fonte. E o ioga? “É uma atividade relaxante, que faz um trabalho respiratório adicional”, acrescenta.

Corrida pode sair-lhe (quase) a custo zero.Pixabay

Corra, leitor, corra

Correr com os excessos do fim do ano, com os quilos acumulados e com a rotina… uma das maneiras mais simples de pôr em prática a resolução que fez ao som das 12 badaladas é ir para a rua correr. Para aqueles que estão interessados em ter companhia durante essa atividade, há grupos de atletas prontos a recebê-los a custo zero. Se abrir os cordões à bolsa é uma opção para si, há também serviços que o ajudam com a técnica de corrida e maximização do treino: os preços variam entre os 15 e os 50 euros.

Quando fazemos atividades em grupo, temos uma sensação de compromisso, amizade e superação que dificilmente encontramos a correr sozinhos.

Bruno Claro

Correr Lisboa

Este grupo fundado em 2013 impõe como únicos requisitos para a participação a vontade de correr e conhecer gente, a boa disposição e o equipamento adequado. A adesão varia entre os 2 e os 200 corredores.

Os atletas do Correr na cidade exercitam-se no campo e na cidade: “ultimamente, temos organizado treinos com partida no Cais do Sodré, Monsanto e Sintra“, esclareceu ao ECO um membro do grupo. Participar nestas corridas é gratuito e garante “motivação e diversão”.

Há cinco anos que este grupo se reúne várias vezes por semana para correr. “Em média, temos 500 participantes, nos treinos semanais“, explicou ao ECO um representante do Correr Lisboa.

Os treinos são gratuitos e acontecem às terças-feiras (na Cidade Universitária, em Lisboa, pelas 19h15), às quartas-feiras (em Odivelas, às 19h30 e às 20h30), às quintas-feiras (no Parque das Nações, em Lisboa, pelas 19h30) e aos sábados (no Parque das Nações, pelas 8h30). Ao fim de semana, o encontro é dedicado à preparação para longas distâncias.

O Correr Lisboa está aberto aos que já correm com frequência e aos que querem começar a fazê-lo. “Quando fazemos atividades em grupo, temos uma sensação de compromisso, amizade e superação que dificilmente encontramos a correr sozinhos”, adiantou a mesma fonte, que refere que março e abril são os meses mais fortes (em janeiro, os corredores fogem da chuva e do frio).

Ate os atacadores dos sapatos de corrida e concretize a sua resolução.

O Belém Runners é para quem quer não só correr em grupo, como também ter acesso a um treino mais personalizado. A equipa de atletismo do Belenenses está aberta a todos os interessados e pretende fomentar a prática regular da corrida e da caminhada. A participação nos treinos (que acontecem de acordo com a disponibilidade dos atletas) está sujeita ao pagamento de uma quota mensal de 15 euros, à qual acresce a quota de sócio do clube (no valor de 2,50 euros).

Segundo explicou ao ECO a equipa, há um plano de treino adaptado à aptidão e forma física do atleta, acesso aos balneários e ao ginásio do estádio do Restelo, gestão das inscrições em provas e levantamento de dorsais e acesso a um massagista e fisioterapeuta a preços especiais. Tudo isto acaba por permitir “ter disciplina de treino e evolução”, assinalou o mesmo representante.

As corridas acontecem no estádio do Restelo e, ao fim de semana, em Monsanto e na zona ribeirinha lisboeta. Os Belém Runners apontam a primavera e o fim do verão como épocas altas de afluência de atletas e descartam um eventual pico gerado pelas resoluções de ano novo.

Apoiar e educar os atletas. É esse o objetivo do No limit runners, um serviço que fornece conselhos sobre a melhor forma de correr, treinar, recuperar em casa e até comer. O preço-base é 50 euros por mês, valor que inclui uma consulta de nutrição (com avaliação e plano alimentar), duas massagens de 30 minutos com um osteopata e duas sessões de treino acompanhado para verificar a postura e a técnica do clientes.

Depois da fase inicial, o atleta pode dispensar alguns dos serviços do pacote descrito acima, reduzindo o preço. Nesses casos, o valor a pagar passa a refletir apenas o que o cliente usa. Do mesmo modo, se desejar mais massagens ou treinos acompanhados verá o preço final aumentar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quer partilhar Stories no WhatsApp? Instagram vai permitir

  • ECO
  • 7 Janeiro 2018

Instagram está a testar uma ferramenta que permite ao utilizador partilhar Stories diretamente no WhatsApp. Conteúdo divulgado passa a ser não só efémero como também encriptado.

Depois de ter alargado o Instagram Stories ao Facebook, a multinacional criada por Mark Zuckerberg vai estender essa funcionalidade da popular aplicação móvel a um outro membro da sua família: o WhatsApp. Segundo avançou o Tech Crunch, está a ser testada uma ferramenta que permite a partilha desse conteúdo que, ao passar para a segunda app, passará a ser não só efémero (desaparece 24 horas depois de ter sido publicado) como também encriptado.

Stories chegam ao WhatsApp.

Com esta mudança, qualquer fotografia ou vídeo publicado na secção em causa do Instagram poderá ser divulgado como estado no WhatsApp (funcionalidade que permite igualmente ao utilizador partilhar com os seus contactos conteúdo encriptado e efémero).

Neste momento, apenas um pequeno grupo de utilizadores está a experimentar o canal, mas já se sabe que a partilha acontece através do botão “Enviar para”, que aparece no ecrã do Instagram. Depois de se fazer a transição para o WhatsApp, o conteúdo partilhado aparece com um logo do Instagram, no canto inferior direito.

Conteúdo partilhado passa a ter o logo do Instagram.

“Estamos sempre a testar formas de melhorar a experiência no Instagram e de facilitar a partilha de qualquer momento com as pessoas que lhe importam”, confirmou um porta-voz a empresa.

De acordo com o revelado pelo Facebook, o Instagram Stories conta com 300 milhões de utilizadores ativos diários. O canal de ligação com o WhatsApp dará a esta funcionalidade um impulso ainda maior, diversificando o seu tráfego. Em 2014, a empresa de Zuckerberg comprou esta última aplicação por 19 mil milhões de dólares (pouco mais de 15,8 mil milhões de euros).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Constança Urbano de Sousa: “Ser mulher pesou na forma por vezes desrespeitosa” como “fui tratada por alguns”

  • ECO
  • 7 Janeiro 2018

Constança Urbano de Sousa admite que ficou magoada com algumas pessoas que embarcaram "na espiral das acusações fáceis" depois da tragédia dos incêndios.

A ex-ministra de Administração Interna Constança Urbano de Sousa admite que, se pudesse voltar atrás, “provavelmente” evitaria as declarações que fez por altura dos incêndios que fustigaram o país. Em entrevista à Notícias Magazine, afirma que não é “calculista” e não faz nada a pensar no “sound byte”. E acredita que, se fosse um homem a passar pelas mesmas circunstâncias, “talvez tivesse merecido mais respeito”.

Ainda que admita que provavelmente evitaria as declarações feitas por altura dos incêndios, Constança Urbano de Sousa salienta que “fazer a análise no fim do jogo é bem mais fácil”. “Somos um país de treinadores de bancada e todos temos uma opinião, baseada muitas vezes em ideias ligeiras. Ir ao fundo dos problemas dá muito trabalho e exige reflexão”, acrescenta a professora, que se demitiu do cargo de ministra em outubro de 2017.

Apontando para pessoas que falam “sem calçarem os sapatos dos outros”, a ex-governante nota que “aquele momento foi aquele momento”. “E como não sou calculista, nem gostaria de ser, não fiz nem faço nada a pensar no sound byte ou para o momentinho televisivo. E era fácil — basta ser-se minimamente esperto para perceber o que os jornalistas querem ouvir. Acontece que não estava a trabalhar para imprensa mas para o meu país. Trabalho para as pessoas”, diz.

Na entrevista, Constança Urbano de Sousa revela que ficou magoada com algumas pessoas, “que tinha por sérias e inteligentes”, que embarcaram “na espiral das acusações fáceis, reduzindo todas as tragédias, fruto de uma série de fatores e de desinvestimentos de décadas, à minha competência ou falta dela”. Aliás, a ex-ministra acha que o facto de ser mulher pesou nesse tratamento. “Senti que se tivesse sido um homem a passar pelas mesmas circunstâncias talvez tivesse merecido mais respeito. Acredito que ser mulher pesou na forma por vezes desrespeitosa, deselegante e malcriada como fui tratada por alguns“, sublinha.

A professora recorda ainda o episódio em que chorou por altura da homenagem a um jovem polícia abatido em serviço. “Descobri que para alguns opinion makers uma mulher que chora é fraca. E se é fraca é incompetente, não serve. Já se um homem chora, bom, aí é sinal de grande sensibilidade. O que é uma forma absolutamente misógina e sexista de abordar a questão”, nota.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Explosão no metro de Estocolmo faz dois feridos

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2018

Os feridos são um homem de 60 anos e uma mulher de 45 que foram transportados para o hospital. Segundo relatos de testemunhas, o homem apanhou um objeto do chão que depois explodiu.

Duas pessoas ficaram hoje feridas devido à explosão de um objeto na estação de metro Varby gard, perto de Estocolmo, na Suécia, segundo o jornal sueco SVT Nyheter.

Os feridos são um homem de 60 anos e uma mulher de 45 que foram transportados para o hospital.

O alerta às autoridades foi dado às 11:07 locais (10:07 em Lisboa) que, segundo um bombeiro citado pelo jornal, encerraram a estação de metro e estabeleceram um perímetro de segurança. A equipa de inativação de explosivos também se encontra no local.

Segundo relatos de testemunhas, o homem apanhou um objeto do chão que depois explodiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já há casas à venda em bitcoins

  • ECO
  • 7 Janeiro 2018

Em vários países já não é novidade e o negócio começa a chegar a Portugal. Imobiliárias estrangeiras já vendem casas em moedas virtuais.

Se em vários países já há negócios imobiliários em bitcoin, Portugal começa agora a entrar nessa realidade. Ainda assim, as empresas têm dúvidas sobre como atuar, escreve este domingo o Dinheiro Vivo.

Os primeiros negócios deste género em Portugal começam agora a surgir: um deles, na Serra da Arrábida, a 30 minutos de Lisboa, dá conta da venda de uma moradia de tipologia T6, com 1500 metros quadrados, piscina privativa, quatro quartos, quatro casas de banho e ainda dois lugares de garagem. É anunciado como uma “luxuosa vivenda” e envolve um campo de golfe com 18 buracos, court de ténis e vários restaurantes — o preço corresponde a “975 mil euros ou o equivalente em bitcoins”.

Este anúncio é de uma uma imobiliária australiana especializada em comercialização de imóveis com bitcoin. Mas em fóruns especializados, também surgem portugueses anónimos com o mesmo objetivo. Nestas páginas, os vendedores promovem os golden visa e as políticas fiscais mais generosas para os residentes não-habituais. Há até um português que admite já ter vendido a sua casa neste novo modelo da blockchain.

Porém, nas imobiliárias portuguesas contactadas pelo Dinheiro Vivo ainda não se fecharam negócios, embora os profissionais assumam que já têm sido sondados em relação a esta possibilidade. Mas também admitem que as novas regras de prevenção ao branqueamento de capitais não facilita a compra numa moeda cuja origem do dinheiro não consegue ser rastreada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vítor Bento: “Qualquer dia somos uma economia” com “estatuto quase colonial”

  • ECO
  • 7 Janeiro 2018

Vítor Bento diz que é a própria soberania nacional que está em causa quando não há capital. E entende que o Governo tem de ser "mais ousado" na redução da dívida.

O presidente não executivo da SIBS entende que, sem capital para garantir a autonomia no desenvolvimento da estrutura económica, é a própria soberania nacional que está em causa. Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Vítor Bento diz que a falta de poupança pode culminar numa economia “com estatuto quase colonial”.

A baixa poupança nacional é uma questão cultural, afirma. “A consequência desta falta de cuidado na nossa acumulação de capital é que qualquer dia somos uma economia completamente dependente, com estatuto quase colonial”, diz o economista.

“Se não tivermos capacidade de desenvolver a nossa economia por nós próprios, ela vai ser desenvolvida por outros. Mas vai ser desenvolvida tornando-nos no canal de distribuição dos produtos dos outros, e não numa fonte de criação de riqueza, e sobretudo de riqueza de conteúdo elevado”, continua.

Vítor Bento também entende que o Governo tem de ser “mais ousado” na redução da dívida, salientando que os pagamentos que tem feito “são fogachos” que em si “não têm consequências”. E espera que o défice zero esteja no horizonte do Executivo. Por outro lado, duvida de que a legislatura chegue ao fim por causa da posição do PCP no Orçamento do próximo ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mário Soares homenageado pelas principais figuras do Estado um ano após a sua morte

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2018

Cerimónia ocorre este domingo e contará com a presença do Presidente da República e do Primeiro-Ministro. Mário Soares morreu há um ano.

O antigo chefe de Estado Mário Soares, que morreu há um ano, é hoje homenageado com um tributo das principais figuras do Estado, junto ao jazigo onde foi depositado, no cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

A cerimónia decorrerá pelas 16:00 e, além dos filhos, Isabel e João Soares, estarão presentes o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

Após o tributo junto ao jazigo, é inaugurada na galeria de exposições temporárias da capela do cemitério a exposição “A cerimónia do Adeus, o funeral de Estado de Mário Soares visto pelos fotógrafos”.

Mário Soares faleceu em 7 de janeiro do ano passado no Hospital da Cruz Vermelha, na capital, depois de ter permanecido internado 25 dias.

O Governo decretou então três dias de luto nacional e um funeral com honras de Estado, tendo o corpo do ex-chefe de Estado permanecido mais de 24 horas na Sala dos Azulejos do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, por onde passaram as mais destacadas figuras da política portuguesa.

A urna depositada em cima de um armão militar puxado por cavalos seguiu depois para o Cemitério dos Prazeres, onde agora se realizará uma homenagem.

Soares desempenhou os mais altos cargos no país e a sua vida confunde-se com a própria história contemporânea portuguesa.

Foi fundador e primeiro líder do Partido Socialista após combater o Estado Novo.

Em 1974 foi titular das pastas dos Negócios Estrangeiros dos primeiros governos provisórios, liderou os I, II e IX Governos Constitucionais (1976-78 e 1983-85), até chegar à Presidência da República, onde ficaria por dois mandatos (1986-1996).

Embora formalmente distante da primeira linha política desde 2006, Mário Soares manteve mesmo assim uma intervenção pública regular, que apenas foi interrompida por razões de saúde nos primeiros dois meses de 2013.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal está a recolher informações sobre descida de preços em supermercados na Venezuela

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2018

Autoridades venezuelanas obrigaram na sexta-feira 214 sucursais de 26 redes de supermercados a baixar os preços dos produtos para valores inferiores aos comercializados no princípio de dezembro.

O Governo português está a recolher informações sobre a situação dos supermercados de portugueses que foram obrigados pelas autoridades a baixar os preços, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

“Eu estou a recolher informação, amanhã [domingo] falarei com as comunidades e com empresários portugueses aqui há muito tempo radicados, designadamente do setor do comércio e da distribuição, para que na segunda-feira, todas as questões que devam ser consideradas no plano bilateral possam ser colocadas com informação”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Augusto Santos Silva falava à Agência Lusa em Caracas, à margem de um encontro com o cardeal local, Jorge Urosa Savino, que o governante considerou “muito útil” e que teve lugar no âmbito de uma visita de quatro dias do chefe da diplomacia portuguesa à Venezuela.

“Eu pedi a audiência ao cardeal Don Jorge, exatamente porque queria também ter o ponto de vista de quem, como a Igreja Católica, está tão presente na vida quotidiana das pessoas, num país católico como a Venezuela, e faz um trabalho social notável, porque isso permite também ter uma perspetiva sobre a situação que se vive na Venezuela, que é importante para um ministro dos Negócios Estrangeiros de um país que tem aqui uma grande comunidade residente”, disse.

Durante a visita, Augusto Santos Silva reunir-se-á com compatriotas nas localidades de Carrizal, Los Anacos e no Centro Português de Caracas, onde passará uma mensagem de apoio à comunidade lusa local.

“A mensagem principal é: os portugueses de Portugal estão convosco porque vocês são portugueses como nós, são descendentes de portugueses, portanto são nossos compatriotas, nós vivemos as dificuldades que vocês estão a viver, nós apoiamos no limite do que podemos, nós estamos presentes, nós preocupamo-nos e nós também intervimos junto das autoridades locais, das autoridades venezuelanas, para tentar garantir a segurança, o bem-estar, a propriedade e os negócios dos portugueses”, antecipou o ministro à Lusa.

As autoridades venezuelanas obrigaram na sexta-feira 214 sucursais de 26 redes de supermercados a baixar os preços dos produtos para valores inferiores aos comercializados no princípio de dezembro.

A medida, aplicada pela Superintendência de Preços Justos (Sundde) afetou, entre outras, as redes de supermercados Central Madeirense, Unicasa, Plazas, Excelsior Gama, Luvebras, propriedade de portugueses radicados na Venezuela.

As autoridades acusam os supermercados de subir os preços de produtos que tinham em inventários e os empresários queixam-se de injustiça porque estão a ser obrigados a vender, nalguns casos, a valores inferiores aos custos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santana pede desculpa por episódios do seu governo mas recusa ter falhado no essencial

  • Lusa e ECO
  • 7 Janeiro 2018

Candidato ao PSD recordou alguns episódios mas considerou que nunca cometeu erros em matéria de política interna e externa que justifiquem um pedido de desculpas.

O candidato à liderança do PSD Pedro Santana Lopes afirmou no sábado que aprendeu com as lições do passado, e pediu desculpas por episódios que lhe são apontados durante o seu governo entre 2004 e 2005.

No entanto, o candidato considerou que nunca cometeu erros em matéria de política interna e política externa que justifiquem qualquer pedido de desculpas.

“Aqueles que dizem que não tirei lições do que aconteceu em 2004 estão enganados, aos que acham que seria conveniente pedir desculpas por algumas situações, peço desculpas”, afirmou, na intervenção de encerramento da Convenção Nacional da sua candidatura, que decorreu em Lisboa.

Em seguida, Santana Lopes elencou uma série de episódios que ocorreram durante o tempo em que foi primeiro-ministro.

“Peço desculpa por uma careta de um ministro na cerimónia de tomada de posse [Paulo Portas], peço desculpa por uma dirigente não ter ficado numa secretaria de Estado e ficado noutra [Teresa Caeiro], peço desculpa não sei bem porquê, porque ninguém teve hombridade de me dizer”, afirmou.

Santana disse ainda que até pode pedir desculpa por se ter sentido indisposto na cerimónia de tomada de posse ou por ter feito um discurso sobre um bebé na incubadora, um dos últimos que fez antes da dissolução do parlamento pelo então Presidente da República Jorge Sampaio

“Por nunca ter cometido um erro em decisões de política interna e externa, isso já não peço desculpa porque isso era o meu dever, dar o melhor por Portugal”, afirmou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de 12 mil funcionários públicos passaram à reforma em 2017

  • ECO
  • 7 Janeiro 2018

O ano de 2017 foi marcado por uma corrida às reformas no Estado. Aposentaram-se mais de 12 mil funcionários públicos, o que representa uma subida de 40% face a 2016.

Mais de 12 mil funcionários públicos passaram à reforma em 2017, um número que representa uma subida de 40% face às 8.727 aposentações registadas em 2016, escreve este domingo o Correio da Manhã [acesso pago].

Para o líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), esta corrida à reforma pode ser explicada nomeadamente com “a eliminação dos cortes nos salários, que permitiu obter pensões mais elevadas, e a desilusão com a carreira nos serviços públicos”.

De acordo com os dados da execução orçamental referente a novembro de 2017, a grande concentração de novos reformados ocorreu em junho, julho, agosto, outubro e novembro. Só nesses cinco meses, 5.882 funcionários públicos passaram à reforma, quase metade do total.

Mesmo tendo em conta os cortes que se aplicam às pensões antecipadas, “as pessoas preferem reformar-se com redução na pensão, porque não há aumentos salariais e as expectativas na carreira são muito baixas”, diz o líder da FESAP. E destaca ainda que a corrida às reformas em 2017 “indica uma inversão na tendência dos últimos anos“, em que a forte penalização nas pensões contribuiu para uma redução acentuada no número de novos reformados. De 2012 para 2017, por exemplo, o número de novos funcionários sofreu uma redução de quase 60%.

De acordo com o Correio da Manhã, a análise das listas mensais da Caixa Geral de Aposentações (CGA) indica que há 180 novos reformados da Função Pública com pensões de valor superior a quatro mil euros por mês. Justiça, saúde e ensino superior, por exemplo, são setores com pensões dessa ordem de grandeza.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bastonário dos Economistas reeleito quer contribuir para “melhor governação”

  • Lusa
  • 7 Janeiro 2018

Bastonário dos Economistas reeleito toma posse segunda-feira. “Reconhecimento e dignificação da profissão de economista" estão entre as prioridades.

A contribuição para a “formulação das políticas públicas” e para “uma melhor governação macroeconómica” do país está entre as prioridades do recém reeleito bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho, que toma posse na segunda-feira.

Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, Rui Leão Martinho — que toma posse numa cerimónia agendada para as 15:30 de segunda-feira, em Lisboa, juntamente com os restantes órgãos nacionais eleitos em novembro passado para o quadriénio 2018/2021 — destaca o papel que para o efeito pode ter o ‘think-tank’ “Missão Crescimento”, constituído pela Ordem dos Economistas com outras instituições em 2011.

Entre as prioridades da nova direção da Ordem estão ainda o “reconhecimento e dignificação da profissão de economista, com maior esforço de penetração junto dos recém-licenciados das várias universidades”, e “o desenvolvimento e divulgação da ciência económica, através de iniciativas em estreita colaboração com universidades e meios empresariais”.

Também referida pelo bastonário é a “preocupação, mas igualmente oportunidade, de conseguir que o país seja mantido numa rota de crescimento económico sustentado” ao longo dos próximos anos.

Para o efeito, destaca, impõe-se “atuar em vários domínios”, desde o demográfico e envelhecimento ativo à “atração de investimento produtivo e captação de poupança e reformas”.

O objetivo, sustenta Rui Leão Martinho, é contribuir para que “Portugal se torne cada vez mais um país inclusivo”.

Rui Leão Martinho liderou a lista única, nacional e de cada uma das delegações regionais, que se apresentou às eleições de 30 de novembro de 2017 para a direção da Ordem dos Economistas, sob o tema “Avançar no fortalecimento da Ordem e no reforço do prestígio dos economistas ao serviço de Portugal”.

Além do bastonário, integram a direção que agora toma posse Joaquim Miranda Sarmento, Ricardo Arroja, Pedro Fontes Falcão, Raul Marques, Nuno Crespo e Paulo Carmona.

Já o Conselho Geral inclui personalidades como Teodora Cardoso, Carlos Costa, Daniel Bessa e João Duque.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Alta tensão entre Mexia e Costa. Vai dar faísca?

Uma relação hostil, de "manhas" e sem medos. António Costa e António Mexia, o primeiro-ministro e o presidente da EDP, continuam de candeias às avessas.

Duas frases tiradas a papel químico. A primeira foi proferida na Assembleia da República há seis meses quando se discutiam as rendas excessivas na energia; a segunda foi dita este fim de semana a propósito da decisão da EDP de deixar de pagar a Contribuição Extraordinária Sobre o Setor Energético (CESE).

“A EDP tinha posição dócil e passou a ser hostil desde que o Governo mudou.”
António Costa, 8 de junho de 2017

“Só lamento a atitude hostil que a EDP tem mantido e que representa, aliás, uma alteração da política que tinha com o anterior Governo.”
António Costa, 6 de janeiro de 2018

António Costa e António Mexia estão definitivamente de costas voltadas, se é que alguma vez tiveram alguma simpatia um pelo outro. A seguir à mudança de Governo, o presidente da EDP deu uma entrevista à revista Sábado em que se mostrava “otimista” na relação com o novo Governo, dizendo que “as pessoas reconhecem que se abusou da demagogia sobre a EDP”.

Na altura, nos primeiros meses de 2016, discutia-se precisamente a questão da CESE e Mexia abria o caderno de encargos: “Espero que a discussão do próximo Orçamento trave a CESE. Se não teremos de tomar medidas, porque não aceitaremos que a CESE se torne definitiva.”

Não só o OE para 2017, mas também o OE de 2018 manteve a CESE e Mexia resolveu esta semana “tomar medidas”. Conta o Observador que a maior elétrica nacional, que em janeiro de 2017 tinha decidido impugnar esta taxa nos tribunais, vai seguir o exemplo da Galp e deixar de pagar a contribuição extraordinária, uma medida que vem do tempo do Governo PSD/CDS, durante o resgate da troika.

Confrontado este sábado com a decisão da EDP, — que, tal como a Galp e a REN, queixa-se que o Governo está a transformar uma contribuição extraordinária em permanente, — António Costa primeiro disse: “Eu não vou comentar”. Mas depois comentou: “Só lamento a atitude hostil que a EDP tem mantido e que representa, aliás, uma alteração da política que tinha com o anterior Governo”.

Uma frase em tudo parecida a esta outra dita pelo mesmo Costa há seis meses no Parlamento em resposta a uma exigência do PCP para que se baixasse as chamadas rendas excessivas na energia: “É por termos bem presente a situação desproporcionada de encargos e responsabilidades no quadro da energia que temos mantido a contribuição extraordinária do setor energético, não obstante a conflitualidade judicial de que temos sido objeto, em particular da EDP, que tinha posição dócil e passou a ser hostil desde que o Governo mudou”.

O ataque de António Costa à EDP não se ficou por aqui. Na resposta a Heloísa Apolónia sobre as rendas excessivas, o primeiro-ministro afirmou ainda que as empresas grandes como a EDP “têm várias manhas”, com a ajuda das entidades reguladoras, para ultrapassar e “contornar a lei”.

Estava lançado o ataque à EDP e enviado o recado ao regulador que desde então passou a ser um ator bastante mais enérgico nesta contenda entre o poder político e o poder energético.

Raios e coriscos numa relação atribulada entre Mexia e Costa

Foi pela mão do ministro socialista Pina Moura que António Mexia chegou à presidência da Galp. Saiu depois para o Governo de Pedro Santana Lopes (agora novamente na corrida à liderança do PSD) e depois regressou ao setor, desta feita para CEO da EDP, onde agora procura ser eleito para um novo mandato.

2 de junho de 2016
Quando completou dez anos à frente da maior elétrica nacional, António Mexia deu uma entrevista à revista Sábado em que tenta lançar uma ponte para o Governo, mostrando-se “otimista” em relação ao fim da CESE. “Tem de haver sinais de uma redução rápida e significativa e espero que a discussão do Orçamento do Estado para 2017 trave esta injustiça”, afirmou Mexia.

29 de abril de 2017
As primeiras entrevistas de secretário de Estado da Energia mostravam que o CEO da EDP não tinha muitas razões para estar otimista. Em abril, ao Jornal de Negócios, Jorge Seguro Sanches defende que os “consumidores estão a ser autenticamente atacados pelas empresas” de energia e que o Governo não vai tolerar práticas comerciais agressivas. Estava dado o recado.

8 de junho de 2017
O mesmo secretário de Estado dá uma entrevista ao Dinheiro Vivo, reconhecendo a existência de “rendas excessivas na energia”. Seguro Sanches diz que Portugal paga uma “eletricidade bastante mais cara” do que devia e que os CMEC deverão ser revistos ainda este ano. Novo recado.

8 de junho de 2017
No Parlamento, António Costa é confrontado por Jerónimo de Sousa a propósito das chamadas rendas excessivas na energia. Foi nesse dia que o primeiro-ministro disse que empresas como a EDP “têm várias manhas”.

14 de junho de 2017
Das ameaças e dos recados, o Governo e os partidos que o apoiam no Parlamento passam aos atos. A 14 de junho, os socialistas aprovam uma proposta do PCP que permite o regresso dos clientes ao mercado regulado de eletricidade.

18 de junho de 2017
Numa entrevista ao DN e à TSF, o secretário de Estado de António Costa regressava à carga: “Não tenho medo da EDP”.

António Mexia na conferência de imprensa para explicar o caso dos CMEC.Paula Nunes/ECO

Entretanto, entre Pequim e Lisboa

O mês de junho foi também o mês em que Mexia soube que era um dos arguidos na investigação do DCIAP aos contratos entre o Estado e a EDP sobre rendas garantidas (os chamados CMEC).

É fragilizado que Mexia tenta ganhar uma outra guerra nos bastidores e que coloca o presidente da EDP e António Costa novamente em barricadas opostas. Com a bênção dos fundos internacionais, vai à China defender junto do seu maior acionista uma fusão da EDP com a espanhola Gás Natural. António Costa dá garantia aos chineses que não apadrinha o negócio, que morre à nascença.

12 de julho de 2017
No Parlamento, o CDS ataca António Costa por ter dado uma “borla fiscal” de 174 milhões de euros à EDP que aderiu ao regime de reavaliação de ativos adotado pelo Governo do PS.

14 de agosto de 2017
É publicado um despacho para limitar a autorização dada às centrais eólicas para produzir mais energia a um preço de venda garantido, que passará a ter que ser avaliado pelo regulador. A EDP diz que vai contestar.

13 de setembro de 2017
O Governo declara nulo um despacho do Governo anterior no qual era concedido a alguns produtores de eletricidade, entre os quais a EDP, um benefício com vista a garantir um equilíbrio regulatório entre os sistemas elétricos de Portugal e Espanha.

29 de setembro de 2017
A ERSE entregou ao Governo um estudo sobre o cálculo final do valor que os consumidores terão de pagar à EDP no âmbito dos CMEC. As conta da ERSE apontam para um corte de 15 milhões de euros por ano, a que se somam os 150 milhões de redução das verbas a pagar à EDP decorrente do menor número de centrais. A elétrica contesta.

13 de outubro de 2017
A ERSE vem anunciar que vai propor ao Governo que os preços da eletricidade no mercado regulado desçam 0,2% em 2018. O Governo naturalmente que aceita.

27 de Novembro de 2017
O Parlamento vota uma proposta do Bloco para a criação de uma CESE, mas desta vez para o setor das energias renováveis. Depois de num primeiro momento ter votado favoravelmente, o PS acabou por recuar e chumbar a taxa que iria penalizar também a EDP, maior acionista da EDP Renováveis.

28 de dezembro de 2017
O ano não havia de terminar sem uma nova guerra entre a EDP e o Governo. A EDP Comercial, que atua no mercado liberalizado, diz que vai aumentar os preços em 2,5% em 2018. Jorge Seguro Sanches despiu as vestes de secretário de Estado para vestir as de um analista da DECO: “No mercado liberalizado, a EDP Comercial determinou um aumento. Pode fazê-lo, mas os consumidores podem dizer-lhes que não”.

Belém vai enviar reforços?

Entretanto, nesta contenda entre São Bento e a Avenida 24 de julho, surgem aparentemente reforços e artilharia pesada vindos de Belém. Este sábado, o presidente da República revelou que o aumento dos preços da eletricidade pela EDP no mercado livre é uma matéria que está a estudar e sobre a qual poderá vir a pronunciar-se: “É uma matéria sobre a qual não me queria pronunciar já, uma vez que estou a estudá-la e a acompanhar o que se passa, porque ela é muito mais vasta e muito mais ampla. E quando tiver dados de fato para eventualmente me pronunciar, pronunciarei”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.