China congela mais de mil milhões de euros de plataformas online de crédito
Autoridades chinesas congelaram o equivalente a 1,3 mil milhões de euros, após uma investigação a plataformas online que disponibilizam empréstimos entre pessoas.
As autoridades chinesas congelaram o equivalente a 1,3 mil milhões de euros de plataformas online que disponibilizam empréstimos entre pessoas, devido a um aumento dos riscos, fraudes, má gestão e desperdício.
As autoridades chinesas congelaram o equivalente a 1,3 mil milhões de euros, após uma investigação a plataformas online que disponibilizam empréstimos entre pessoas (P2P, na sigla em inglês), devido a um aumento dos riscos e fraudes, má gestão e desperdício.
A polícia chinesa investigou um total de 380 firmas de crédito online (P2P, na sigla em inglês), um setor que registou um ‘boom’, nos últimos anos, face à ausência de regulamentação no país.
Pequim permitiu o crescimento daquela indústria, para garantir o acesso ao crédito por pequenos empresários e famílias que não se conseguem financiar através dos bancos estatais, mas vários casos de fraude e falências geraram protestos por todo o país.
O ministério de Segurança Pública informou que mais de 100 executivos estão a ser investigados e que alguns fugiram para fora do país.
As autoridades não detalharam quanto do valor apreendido vai ser devolvido aos depositantes.
A polícia diz que alguns credores e plataformas de investimento foram “descaradamente fraudulentos”, enquanto outros entraram em colapso depois de os fundadores, inexperientes, não conseguirem gerir os riscos.
O comunicado revela que os credores P2P foram investigados após denúncias à polícia, incluindo por desperdício de dinheiro, planos de investimento falsos e uso de métodos ilegais para angariar fundos.
Os empréstimos por via de plataformas online cresceram a um ritmo de três dígitos por ano, até 2017, quando os reguladores apertaram o controlo.
No ano passado, os depositantes emprestaram 1,9 bilião de yuans (247 mil milhões de euros), uma queda de 50%, face a 2017, segundo o Instituto de Pesquisa de Finanças da Internet de Shenzhen Qiancheng.
O saldo de empréstimos pendentes fixou-se em 1,2 bilião de yuans (156 mil milhões de euros) no final de 2018, uma queda de 25%, em relação ao ano anterior, de acordo com Diyi Wangdai, um portal de informações sobre o setor.
A expansão da Internet ajudou as plataformas financeiras a atrair dinheiro de investidores inexperientes, com pouco conhecimento dos riscos inerentes.
Muitos emprestaram dinheiro a fábricas e retalhistas, mas a inexperiência e o pobre controlo dos risco significa que uma queda na atividade pode resultar em várias falências.
O setor financeiro como um todo passou a estar sujeito a um controlo mais apertado, desde que as praças financeiras chinesas colapsaram, no verão de 2015.
Numa das maiores fraudes no país envolvendo plataformas P2P, as autoridades chinesas detiveram 21 pessoas, por um esquema que ludibriou cerca de 900.000 pessoas, em mais de 50 mil milhões de yuans (sete mil milhões de euros), através da plataforma Ezubao.
O fundador da plataforma e o seu irmão foram condenados à prisão perpétua, em 2017.
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