Explicações do governador não foram “esclarecedoras”. Bloco mantém proposta de exoneração
Mortágua considera que Carlos Costa tem um "conflito de interesses face à posição que desempenha", uma vez que a sua idoneidade não pode ser avaliada. A motivação para a sua exoneração mantém-se.
As explicações de Carlos Costa dadas à SIC, em entrevista transmitida na terça-feira, não convenceram o Bloco de Esquerda, que mantém, por isso, o projeto de resolução que propõe a exoneração do governador do Banco de Portugal.
“O governador voltou a dizer que entende que não deve ser avaliado, que não pode, que as regras não o deixam ser avaliado, que não se submeterá a essa avaliação”, afirmou a deputada Mariana Mortágua, em declarações à Antena 1. Ao mesmo tempo, defendeu, “a avaliação de idoneidade não é feita numa entrevista, sendo que ela tão pouco foi esclarecedora“.
Desta forma, o Bloco de Esquerda mantém a intenção de levar a exoneração de Carlos Costa a votos na Assembleia da República.
“Entendemos que um governador que não pode ser avaliado está num conflito de interesses face à posição que desempenha. Este conflito de interesses, para o Bloco de Esquerda, é motivação suficiente para que ele tenha de ser exonerado. Isso coloca o governador numa posição insustentável”, conclui a deputada.
Na entrevista à SIC, Carlos Costa rejeitou qualquer responsabilidade ou participação nos 25 grandes créditos que resultaram em perdas de milhões para a Caixa Geral de Depósitos (CGD), negando ainda que tenha tomado decisões ruinosas para o banco público, durante o período em que foi administrador não executivo da CGD. E assegurou ainda: “Nunca presenciei qualquer movimento que lesasse os interesses da CGD do ponto de vista da concessão de crédito”.
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