Há relações familiares “abundantes” na bancada do Bloco de Esquerda?
Carlos César falou em relações familiares "abundantes" na bancada do Bloco, mas será que tem razão?
O ano tem sido marcado pelas notícias das várias relações familiares no Governo, mas o líder do PS decidiu apontar o dedo ao Bloco de Esquerda (BE), falando em relações familiares “abundantes e diretas”. Estas declarações foram ditas depois de Catarina Martins ter referido que era preciso uma “reflexão” sobre as nomeações de “pessoas com muitas afinidades”. Mas terá Carlos César razão? Estas nomeações também acontecem no BE?
Maridos, esposas, pais e filhos… As relações familiares ao nível de gabinetes políticos e Conselho de Ministros têm sido várias, o que tem levantado muita polémica. O comentador do PSD, Marques Mendes, já falou mesmo em “overdose familiar” e, este domingo, até Catarina Martins defendeu que o Governo e o PS devem refletir sobre a prática de ocupação de cargos públicos por “pessoas com muitas afinidades”.
A resposta à líder bloquista não tardou, com Carlos César a afirmar: “Não percebo como é que o Bloco de Esquerda as pode fazer, sendo um partido onde se conhece que, no seu próprio grupo parlamentar, são abundantes e diretas as relações familiares”. O Observador (acesso pago) fez um fact check para perceber se o líder socialista tem, ou não, razão.
Na banca do BE, composta por 19 deputados desde 2015, há duas irmãs: Mariana e Joana Mortágua. Mariana tornou-se deputada em 2013, na altura para substituir Ana Drago, tendo à sua frente nova pessoas que acabaram por desistir. Em 2015 foram as duas irmãs eleitas diretamente deputadas, sendo a única relação familiar existentes naquele grupo parlamentar. Ou seja, Carlos César estava errado, conclui o Observador.
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